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segunda-feira, abril 14, 2014

Mini-Luz

Vencemos o Arouca (2-0) em Aveiro e estamos a meros dois pontos de conquistar o 33º campeonato nacional da nossa história. O que interessa nesta altura é mesmo o resultado pelo que o objectivo foi plenamente cumprido, mesmo que tenha sido longe do brilhantismo de jogos anteriores. Os três próximos jogos, todos em nossa casa, para as três das principais competições vão definir a época.

Sem o Luisão e Fejsa, substituídos pelo Jardel e André Almeida, a nossa 1ª parte resume-se em três palavras: horrível, horrível e horrível. Lentos, sem imaginação, muito marcados, com pouca capacidade de choque e a perder sucessivas bolas divididas (com alguma pancada a mais dos jogadores do Arouca, mas do Sr. Hugo Miguel não se pode esperar grandes punições aos nossos adversários), parecia que os nossos jogadores não tinham entrado em campo num estádio que era 99% nosso. Para complicar as coisas, o Oblak resolveu dar uma arturzada e tentou agarrar uma bola no limite da área, deixando-a obviamente escapar: o que nos valeu foi que o Maxi conseguiu tirar o remate que se seguiu quase em cima da linha de golo, impedindo que o Arouca se colocasse em vantagem, o que a acontecer tornaria o jogo muito complicado para nós. Isto foi aos 38’ e, quando todos esperávamos que a 1ª parte tivesse sido oferecida ao adversário, eis que no último lance dessa mesma 1ª parte inaugurámos o marcador: jogada pela direita do Lima, que centrou para o Cássio falhar a intercepção e o Rodrigo aproveitar a atrapalhação do defesa para atirar para a baliza. Foi literalmente um golo caído do céu que desanuviava muito o ambiente de alguma apreensão que se começava a sentir na mini-Luz, perdão, no Municipal de Aveiro.

Na 2ª parte, contava que o Benfica carregasse para fazer o segundo golo e acabar com as dúvidas, e foi isso que aconteceu logo aos 55’ com uma arrancada do Markovic pelo centro, que depois desmarcou o Gaitán para picar sobre o guarda-redes à saída deste. Foi um golão de um dos melhores jogadores do campeonato (senão mesmo o melhor). O Arouca sentiu imenso o 0-2 e quase não nos criou perigo. Quanto a nós, poderíamos ter aumentado o marcador quase a seguir ao golo com os mesmos Markovic e Gaitán no lance. Aos 65’ deu-se o lance mais aparatoso da partida, com um choque entre o Oblak e um avançado do Arouca (Roberto). Foi de tal forma violento que o nosso guarda-redes teve de sair. Esperemos que o traumatismo craniano não o faça estar de baixa durante muito tempo, porque mesmo com a arturzada desta partida dá muito mais confiança que o Artur… Até final, o Gaitán e o Lima tiveram boas hipóteses para marcar, mas o Cássio opôs-se bem.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Gaitán pelo golão que marcou e por uma 2ª parte muito bem conseguida. Aliás, vamos fazer de conta que a 1ª não existiu para toda a equipa… O Rodrigo continua a ser o nosso avançado em melhor forma e marcou outra vez o seu golito da ordem. O resto da equipa esteve mediana, com a já referida melhoria no 2º tempo.

Com jogos em casa frente ao Olhanense e V. Setúbal, só um verdadeiro cataclismo nos impedirá de não sermos campeões, pelo que vamos é apontar todas as baterias do mundo para derrotar as forças do Mal na próxima 4ª feira para termos hipóteses de 27(!) anos depois conquistarmos a dobradinha.

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