domingo, abril 27, 2014
Delicioso!
Vencemos o CRAC nos penalties (4-3) depois de um empate a zero e estamos na
final da Taça da Liga! Foi um triunfo muitíssimo saboroso, especialmente por
ter sido conseguido a jogar com 10’ durante mais uma hora (outra vez…!) e com
uma equipa bastante secundária. Pusemos uma pedra no assunto “catástrofe-da-época-passada”
e, segundo rezam as crónicas, há 31 anos que o CRAC não ficava atrás de nós em
todas as competições. O Bem triunfou em toda a linha frente ao Mal! Foi a
cereja no topo do bolo que está a ser esta época (até agora…!).
O jogo conta-se muito facilmente: até à meia-hora, a altura da expulsão do
Steven Vitória, o CRAC foi melhor que nós, exceptuando os primeiros 5’, em que
entrámos muito bem. Tiveram uma mão cheia de oportunidades, aproveitando bem o
facto de o Steven Vitória ser um enorme buraco. Até que aos 32’, o Sr. Marco
Ferreira resolveu expulsar o Steven Vitória por derrube ao Jackson, num lance
em que o jogador do CRAC estava numa posição bastante lateral, apesar de estar
isolado. Para mim, seria cartão amarelo, mas de uma coisa tenho a certeza: se
fosse ao contrário, duvido MUITO que houvesse expulsão. A entrada do Garay
(saída do Lima por causa de Turim, tal como referiu o Jesus, quando seria
expectável que fosse o Cardozo) estabilizou a nossa defesa e até ao intervalo o
CRAC só teve mais uma oportunidade com o Jackson.
Na 2ª parte, fechámos a baliza a sete chaves e o CRAC praticamente não
criou perigo. É certo que abdicámos completamente do ataque, mas o Ivan
Cavaleiro e o Sulejmani foram muito importantes em termos defensivos. Jogámos
muito bem tacticamente e fomos recompensados por isso. Foi com o autocarro? Claro que foi, mas o autocarro é legítimo desde que não se
faça antijogo. Porque esta coisa de o Mourinho ser “tacticamente brilhante”
quando o utiliza (e só esta semana fê-lo duas vezes frente ao Atlético Madrid e
em Liverpool) e os outros todos serem “atentados ao futebol” tem muito que se
lhe diga… Conseguimos o objectivo que era chegar aos penalties e conseguimos
uma grande vantagem: sermos os primeiros a marcar. Aliás, eu gostava muito de
ver uma estatística que pudesse confirmar uma ideia que eu tenho por quase
absoluta: a percentagem de vitória é muito maior nas equipas que são as
primeiras a marcar os penalties. O Garay atirou à barra e o André Gomes
permitiu uma boa defesa ao Fabiano, mas os assumidamente corruptos falharam por
três vezes e nós vencemos.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque acho que toda a
equipa merece crédito pela maneira como defendeu. Mas uma palavra para a
segurança do Oblak (gostava TANTO que fosse o titular em Turim…!). [Adenda:] E outra para o Jardel, pelo jogo que fez e principalmente pela flash interview: “o Porto não deve ficar muito triste por esta eliminação, porque foi sempre uma prova que desvalorizou. Nós não.” Sublime! Embrulhem!
Esta vitória soube-me MUITO melhor do que estava à espera. Cravámos a
estocada final num clube assumidamente corrupto, que vai terminar a época a
zeros. Era bastante importante que isso acontecesse, mas há que ter a noção de
que só ganhámos um título até agora. Convém não desprezar em NADA o Rio Ave,
porque surpresas em finais já tivemos duas nas duas últimas vezes que fomos ao
Jamor. Este par de saborosíssimas eliminações das forças do Mal perderão todo o
valor se não conseguirmos trazer os dois canecos
e vencermos tudo a nível interno. Algo que, recordo, nunca nenhum clube
conseguiu.
P.S. – Eu até gostava do Sr. Marco Ferreira, mas esta arbitragem de hoje
foi cirúrgica. O vermelho é muito discutível, mas entre amarelos por mostrar ao
Alec Sandro por braço na bola à entrada da área e faltas inacreditáveis ao
Siqueira e Markovic a não serem marcadas foi uma inclinação de campo a toda a
prova. Só que… hélas, não chegou! Para
a próxima, hão-de tentar expulsar dois jogadores nossos frente ao CRAC. Pode
ser que assim já nos consigam ganhar…
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