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domingo, abril 01, 2012

A (hiper)ferros

Vencemos o Braga por 2-1 e mantivemos viva a esperança de sermos campeões. Com uma derrota ou mesmo um empate, ficaríamos de vez afastados do título, porque deixaríamos de ter possibilidades de voltar ao 1º lugar com o CRAC B – CRAC A da próxima semana. Felizmente um golo do Bruno César aos 92’ impediu que isso acontecesse.

Para variar um bocado das últimas jornadas para o campeonato, entrámos muito bem na partida. Velocidade, vontade, capacidade de luta, houve tudo isto, mas infelizmente não conseguimos criar grandes oportunidades de golo. O Braga defendia bem e saía com muito perigo para o contra-ataque, sendo que alguns dos nossos jogadores tinham alguma dificuldade em recuperar a posição no terreno depois das acções atacantes (Maxi e Witsel, por exemplo). A falta do Aimar sentia-se bastante, até porque o Rodrigo está numa forma muito sofrível (para ser simpático).

A 2ª parte foi bastante mais movimentada e com mais oportunidades de golo. Voltámos a entrar muito bem no jogo, mas o Bruno César, Witsel (por duas vezes) e Rodrigo não conseguiram marcar. Do outro lado, o Braga também teve boas chances pelo Lima e Mossoró, mas felizmente falharam. Aos 77’, foi finalmente marcado um penalty a nosso favor depois de uma cabeçada do Elderson ao Bruno César. O jogador do Braga tentou jogar a bola, mas acertou no nosso. Sem o Cardozo, entretanto substituído, foi o Witsel a marcar e enganou bem o sujeito Joaquim. No entanto, como infelizmente é impossível fazer um jogo em casa sem sofrer golos (excepto com os lagartos), o Braga empatou num livre (falta inexistente do Capdevila) do Hugo Viana, com óptima defesa do Artur, mas recarga vitoriosa do Elderson aos 82’. Sinceramente, com o desgaste todo que temos tido, nunca imaginei que conseguíssemos chegar à vitória, mas fomos buscar forças a sítios inimagináveis e o Gaitán e o Bruno César construíram uma jogada genial, que culminou no golo da vitória do brasileiro já aos 92’. Pouco depois, o Sr. João Ferreira apitou para o final da partida e a vitória estava selada.

Em termos individuais, o destaque vai para o Bruno César que, com o penalty sofrido e o golo marcado, é definitivamente o homem da partida. O Gaitán também fez uma boa exibição e foi dos poucos que imprimiu velocidade ao nosso jogo. O Miguel Vítor estava a ser igualmente dos melhores, mas é pena seja muito afectado por lesões, como aconteceu no lance da oportunidade do Mossoró. Ou seja, temos três centrais magoados e mesmo o Luisão chegou a assustar na 1ª parte. Espero que pelo menos um recupere para o WC. O Witsel marcou bem o penalty, mas jogou numa rotação significativamente mais baixa do que na 3ª feira. O Capdevila foi titular e, apesar de não ser um génio, a diferença para o Emerson é abissal.

Foi uma vitória feliz, não só pelo nível exibicional e oportunidades, que acabaram por ser mais ou menos repartidas, como pelo timing do segundo golo. Porém, já merecíamos uma vitória como esta que nos pode relançar para um título, que sinceramente já devia estar quase assegurado. Mas isso são outras contas…

P.S. – O Nuno Gomes, que eu naturalmente aplaudi de pé quando entrou, mostrou mais uma vez que é um Senhor. Foi o único jogador do Braga que não festejou o golo e regressou logo ao seu meio-campo. Foi um regresso bonito à Luz de onde lhe deveria ter sido permitido fazer uma despedida dos adeptos semelhante à do Rui Costa. Mas isso também são outras contas… Já em relação ao sujeito Joaquim, o ressabiamento e a ingratidão são algo que eu abomino. É preciso ser uma grande besta (que por vezes sorria quando sofria golos) para ter passado seis anos no Benfica, ser duas vezes campeão e não ter deixado saudades nenhumas. Não, seu parvalhão, nós não conseguimos ser campeões contigo na baliza, conseguimos ser campeões APESAR de te ter na baliza!


P.P.S. - Pôr o speaker a falar durante o jogo é de uma idiotice atroz!

2 comentários:

Henrique disse...

100% de acordo em relação ao ressabiado do Quim.

100% de acordo em relação ao speaker, é coisa de clube pequeno.

Nada de acordo em relação ao Nuno Gomes. Um jogador que escolhe assinar por um clube que pactua com a recepção aos adversários com bolas de golfe, em que uma delas chegou a abrir a cabeça ao Aimar, um clube que se solidariza com o poder corrupto, cujos atletas têm tanta raiva ao Benfica que inventam acusações racistas, faltas para expulsar jogadores nossos e que jogam contra nós como se fosse o último jogo da vida deles, coisa que não fazem com mais ninguém...

Com várias outras opções, entre ir para outro clube qualquer, ficar no Benfica a jogar quase nada ou acabar a carreira e aceitar um cargo na estrutura... entre todas estas opções, o Nuno escolheu ir para o Braga! Para mim, imperdoável.

E atenção, eu era daqueles que aplaudia o Nuno de pé quando quase todo o Estádio o assobiava porque ele falhava golos. Os mesmos que o assobiavam agora aplaudem-no, vá-se lá perceber. Os mesmos que assobiavam o João Pinto (nada contra!) agora aplaudem o Nuno. Não entendo.

Teve mais olhos que barriga, pensou que se ia fartar de jogar no Braga e que com sorte ainda ia à selecção. Pois agora joga tanto como jogava no Benfica, o que eu acho triste.

Posso não o assobiar porque não tenho a memória curta, mas aplaudir não o aplaudo. Prefiro aplaudir o Emerson!

carlos disse...

Como se pode falar bem do Nuno Gomes? Que fez de jeito no Benfica durante tantos anos, que nunca melhor marcador do campeonato conseguiu ser?