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segunda-feira, abril 30, 2012

Espelho da época

Empatámos em Vila do Conde (2-2) e permitimos que o clube regional assumidamente corrupto fosse campeão sem sequer ter entrado em campo. Foi o epílogo de uma época muito frustrante que terminou com um dos campeonatos mais mal perdidos da nossa história.

Não me vou alongar muito sobre este jogo, porque sinceramente não me apetece. O título do post diz tudo. Entrámos sem vontade (a vitória do CRAC no Marítimo tornou o título numa miragem, mas essa é a camisola do Benfica, senhores jogadores!!!!!) e completamente desconcentrados, sofremos um golo numa descoordenação entre o Luisão e o Artur. Conseguimos dar a volta perto do intervalo com golos do Nolito e Cardozo (de penalty a 120 km/h!). No início do 2º tempo, o Jesus tem uma paragem cerebral e, a ganhar, tira um trinco (Matic) e coloca um avançado (Saviola), com o Javi García no banco. Perdemos obviamente o meio-campo (com Witsel a trinco e… Aimar), concedemos a igualdade aos 50’ e poderíamos ter sofrido mais um ou dois golos. Aos 70’, o Jesus corrige a mão, lança o Javi García e, curiosamente, voltámos a ganhar o meio-campo e o Rio Ave deixou de criar perigo. Até final, tivemos uma boa mão cheia de oportunidades, mas ou a falta de pontaria ou o Huanderson (guarda-redes adversário) impediram que voltássemos a marcar. E, funcionando como a cereja no topo do bolo, um campeonato ganho por quem é assumidamente corrupto, e não tem vergonha de tal, não seria bem ganho se não fosse roubado como tantos outros: o Sr. Olegário Benquerença viu e não quis marcar dois penalties do tamanho do mundo (abalroamentos do Cardozo e do Saviola, então este…!!!) contra o Rio Ave. E, pronto, com estas condicionantes todas é óbvio que seria muito difícil ganhar este jogo.

Nos próximos tempos, far-se-á o balanço desta época e projectar-se-á o futuro. Agora não é tempo para tal. Com cabeça fria é melhor. Mas lá que este foi um dos (o?) campeonatos que mais me custou perder, isso não há dúvida nenhuma. Por muitas culpas próprias. E algumas alheias, principalmente nos momentos-chave.

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