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segunda-feira, maio 19, 2014

Triplete histórico

Vencemos o Rio Ave por 1-0 e somos a primeira equipa a ganhar todas as três provas nacionais em disputa no mesmo ano. Mais: aparte o grande peso das duas Taças dos Campeões Europeus, sendo finalistas vencidos de uma prova europeia, fizemos a terceira melhor época da nossa história (ex-aequo com a primeira do Eriksson, em que também ganhámos a dobradinha e fomos a uma final europeia). Repito: terceira melhor época da história!

Com os regressos dos castigados de Turim (Salvio e Enzo a titulares e Markovic no banco), estava confiante para esta final. Entrámos bem na partida e, durante a 1ª parte, o Rio Ave praticamente não tocou na bola. O problema era que nós jogávamos muito devagarinho, parecendo os jogadores acusar ainda algum cansaço da final de 4ª feira. Não tivemos grandes ocasiões, mas lá nos conseguimos colocar em vantagem aos 20’ num golão do Gaitán de pé direito(!) e fora da área. Pouco depois, num livre, o Garay poderia ter feito o segundo de cabeça, mas o guarda-redes defendeu por instinto.

A 2ª parte foi completamente diferente. Demos o berro em termos físicos e o Rio Ave fartou-se de criar oportunidades. O que nos valeu foi termos o Olbak na baliza, que revelou novamente uma segurança impressionante. Não me custa nada a admitir que o Rio Ave provavelmente mereceria o prolongamento, porque atirou uma bola ao poste e fez com que o Oblak fosse o melhor em campo. Mas também nós merecíamos ter ganho o campeonato e as Ligas Europa do ano passado e deste, portanto paciência o futebol é assim mesmo. Em termos atacantes, pouco fizemos salvando-se um remate do Markovic defendido pelo guarda-redes.

O melhor do Benfica foi de longe o Oblak. Sem ele, provavelmente não conseguiríamos evitar o prolongamento. Outro que fugiu da mediania foi o Lima, que se fartou de lutar. Destaque inevitável para o Gaitán pelo golão decisivo que marcou. Ainda bem que a época termina agora, porque há alguns jogadores do Benfica que, se lhes fecharmos a boca, explodem.

Foi uma exibição que não ficará para a história, mas o que importa é mesmo o resultado: 27 anos depois, voltámos a fazer a dobradinha e conquistámos um inédito triplete interno. Vivemos tempos felizes, mas há que ter a consciência de que uma época destas é muito dificilmente repetível.

P.S. – É incompreensível que não se tenha salvaguardado a ida dos jogadores ao Marquês, seguindo a sua própria vontade. Seria assim tão difícil de prever que poderíamos bem ter ganho ao Rio Ave…?!

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