domingo, dezembro 16, 2018
Estrelinha
Na passada 4ª feira, um golo do Grimaldo num livre directo aos 88’
deu-nos a vitória sobre o AEK Atenas por 1-0, 2,7 M€ e um lugar de
cabeça-de-série no sorteio da Liga Europa nesta 2ª feira. Costuma dizer-se que
tudo está bem quando acaba bem, mas não é o caso. Acabou tudo bem, mas tudo
está MUITO longe de estar bem. Estamos a jogar de forma miserável e isso,
aliado ao facto de ter andado andado bastante ocupado em termos profissionais,
faz com que só hoje tenha tido tempo para escrever sobre este jogo.
Para mim, nunca é, mas esta época, com o aumento significativo do
prémio monetário por vitória, deixou de haver jogos a feijões na Champions,
mesmo quando tudo já está definido. Recebíamos a única equipa com zero pontos
das 32 da fase de grupos e, para além do aliciante financeiro, tínhamos a
hipótese de lutar por ser um dos melhores terceiros classificados que nos permitiria
enfrentar na Liga Europa, por exemplo, um BATE Borisov em vez de um Chelsea…
Diferença pouca…! Não estávamos dependentes só de nós, mas sem uma vitória nem
valia a pena fazer contas. No entanto, especialmente na 1ª parte, parece que ninguém
avisou os jogadores do Benfica disto. Voltámos a ser, como disse o nosso
presidente na famosa conferência de imprensa da “luz que lhe deu”, “lentos,
lentos, lentos”. Os gregos mal passavam de meio-campo, não por pressão nossa,
mas porque eram a única equipa com zero pontos da Liga dos Campeões por alguma
razão. A lesão do Rafa, substituído pelo Zivkovic, e um remate de primeira do
Seferovic ao lado são os únicos destaques de uma das primeiras partes mais
enfadonhas de sempre na nova Luz.
Na 2ª parte, lá melhorámos um bocado, especialmente a partir da entrada
do Cervi para o lugar do inoperante Pizzi por volta da hora de jogo. Ainda
assim foi o AEK a criar uma boa ocasião, mas um remate de cabeça num canto saiu
ao lado, com o Vlachodimos batido. Atirámos uma bola à barra pelo Seferovic,
depois de um centro do Zivkovic, o Gedson isolado permitiu um desvio ao
guarda-redes e foi só com o tal livre exemplarmente marcado pelo Grimaldo muito
perto do fim que conseguimos marcar. Já em tempo de compensação, foi novamente
o Seferovic a acertar na barra e poste num tiraço de fora da área. Nos outros
três jogos, os resultados alinharam-se para nos colocarem na última vaga para
melhor terceiro classificado. Bem podemos agradecer aos deuses do futebol esta
benesse!
Em termos individuais, óbvio destaque para o Grimaldo pelo importante
golo, mas o melhor do Benfica foi o Seferovic, que esteve nas nossas melhores
jogadas e teve bastante azar em não ter marcado.
Veremos o que nos reserva o sorteio desta 2ª feira, mas a
(chamemos-lhe) jogar como estamos a
nossa caminhada europeia infelizmente não deve ser muito longa.
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