segunda-feira, dezembro 17, 2018
Confrangedor
Vencemos o Marítimo nos Barreiros por 1-0 e mantivemos a
distância para os da frente, que também ganharam (o CRAC por 2-1 nos Açores,
frente ao Santa Clara, a lagartada
deu a volta em casa frente ao Nacional por 5-2 e o Braga goleou o Feirense por
4-0). Os três pontos foram mesmo o melhor do jogo de ontem, onde voltámos a
evidenciar os mesmos problemas de sempre e a exibir um ‘futebol’ perto da indigência.
Defrontámos um adversário em crise de resultados (não ganha
desde Setembro) e que tem agora o Petit como técnico, que actua num campo onde
não ganhávamos desde o tricampeonato em 2016. Com o Cervi no lugar do lesionado
Rafa, revelámos novamente imensas dificuldades em conseguir chegar à área contrária.
As combinações não saem, porque é tudo muito lento e previsível. Só o Zivkovic
na direita é que ia tentando fazer algo diferente, mas sempre muito só nos seus
intentos. O Marítimo justificava o porquê de estar tão mal classificado, mas
mesmo assim criou um lance de perigo, com um remate de primeira a passar rente
ao poste depois de um centro da direita. Quanto a nós, tivemos uma cabeçada do
Cervi à entrada da área, num lance em que o argentino poderia eventualmente ter
dominado a bola, um falhanço clamoroso do Pizzi, que rematou na atmosfera,
quando estava em boa posição à entrada da área, e dois lances do Grimaldo que
proporcionaram defesas ao guarda-redes Abedzadeh, um num livre directo e outro
num remate cruzado da esquerda. Em cima do intervalo, um centro de trivela do
Cervi na direita tocou ligeiramente num defesa e chegou ao Jonas, que dominou
e, quando se preparava para contornar o guarda-redes, foi clamorosamente
derrubado por ele. Foi de tal maneira evidente, que nem senti aquela dúvida
comum sobre se o árbitro vai marcar ou não penalty. O próprio Jonas
encarregou-se da marcação e atirou rasteiro com força para o lado esquerdo do guarda-redes,
que se lançou para o lado contrário.
Perante as fragilidades do adversário e em vantagem no
marcador, esperava-se que na 2ª parte matássemos
o jogo com a expectável subida em campo do Marítimo. Isto aconteceu, mas aquilo
não. Tivemos alguns lances em que poderíamos ter criado perigo, mas ou o último
passe saía mal ou o remate era fraco. Do lado contrário, houve um cabeceamento
que saiu por cima, na sequência de um corte de cabeça falhado do Grimaldo, e
nos últimos 10’ o Marítimo remeteu-nos para o nosso meio-campo, com alguns
cantos que foram bem resolvidos por nós. Durante o período de compensação, lá
conseguimos ter bola e afugentar a pressão.
Em termos individuais, destaque para o Jonas por ter ganho e
ter marcado o penalty, e para o Zivkovic, que foi praticamente o único a tentar
criar momentos de ruptura no jogo. O Gedson esteve muito interventivo, mas as
coisas nem sempre lhe saíam bem. Quanto aos outros dois do meio-campo, reside aí
um dos nossos grandes problemas: tanto o Fejsa, como principalmente o Pizzi estão
longíssimo da melhor forma. Aliás, neste momento, bola no nº 21 é bola
emperrada e já se sabe que vai sair para o lado ou para trás.
Depois do descalabro de Munique, é a 5ª vitória seguida sem
sofrer golos. Em condições normais, seria algo que nos poderia dar alento para
o resto da época, mas o que (não) se vê em campo faz-nos logo cair na real e
perceber que isto vai ser sol de pouca dura. Não se vê evolução nenhuma na
equipa, o futebol continua paupérrimo e tem-se a sensação que bastará encontrar
um adversário um pouco melhor para as coisas descambarem outra vez. Depois da
ida a Montalegre para a Taça a meio da semana, vamos receber o Braga no próximo
domingo. Veremos como a equipa se vai portar nesse jogo.
P.S. – Decorreu hoje o sorteio da Liga Europa. Saiu-nos o Galatasaray,
uma equipa que, tal como nós, veio da Champions, mais especificamente do grupo
do CRAC, que venceu os dois jogos. Ou seja, é inevitável que se vá fazer
comparações, que não nos serão nada lisonjeiras, se não os ultrapassarmos. Os
turcos foram a última bola a sair, sendo a penúltima o BATE Borisov. Poderíamos,
de facto, ter tido mais sorte, mas se em Fevereiro estivermos a jogar o que
estamos agora, o nome do adversário é indiferente...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário