quinta-feira, maio 08, 2014
Cinco em sete
Vencemos o Rio Ave
por 2-0 e temos 71% de vitórias nas edições da Taça da Liga! Não fizemos uma
grande exibição (longe disso!), mas o chavão “as finais não são para se jogar,
são para se ganhar” foi aplicado com competência. Acima de tudo, mostrámos
muita personalidade e a equipa sabe gerir como poucas os tempos do jogo. Na 1ª
parte, o Rio Ave ainda deu um ar de sua graça, mas na 2ª praticamente não tocou
na bola.
Confesso que não
estava à espera que o Jesus desse a titularidade ao Oblak, mas felizmente que
assim fez, porque o esloveno salvou um golo certo logo aos 5’. Não entrámos
nada bem na partida e perdíamos quase todos os lances divididos com o Rio Ave,
que mostrava muito mais vontade do que nós. A partir de um livre perigoso do
Rodrigo (passou muito perto do poste) por volta dos 20’, o jogo virou a nosso
favor, apesar de até ao intervalo o Rio Ave tentar sempre criar perigo. Aos
40’, uma óptima combinação desmarcou o Siqueira na esquerda, este centrou
atrasado e o Rodrigo em boa posição rematou rasteiro para boa defesa do Ventura
para canto. Na sequência do mesmo, o Luisão desviou de cabeça e o Rodrigo
dominou, e atirou calmamente fora do alcance do guarda-redes. Estava feito o
mais importante e este golo mesmo à beira do intervalo tornaria as coisas mais
difíceis para o nosso adversário. Aliás, depois vi na TV a reacção do Nuno
Espírito Santo a este golo, em que se percebe claramente que ele sentiu que a
final estava (quase) perdida.
Facto que se
confirmou na 2ª parte. O Rio Ave mudou do dia para a noite e não criou um único
lance de perigo apesar de o Sr. Hugo Miguel bem ter tentado enervar os nossos
jogadores e ter arranjado algumas faltas perto da nossa área. Nós não
aumentámos muito o ritmo, convencidos de que não sofreríamos um golo, mas já se
sabe que eu prefiro que se faça este tipo de descanso com bola com dois golos de vantagem. Outra boa combinação
ofensiva isolou o Gaitán, que perante o guarda-redes deixou que ele fizesse a mancha. Estávamos na hora de jogo e
teria sido bom acabar com ele logo nesta altura. Não foi nesta, mas foi pouco
depois: aos 78’, noutro lance de bola parada, o Enzo Pérez colocou na área e o
Ventura encarnou o espírito do Ricardo, falhando completamente a intercepção, e
permitindo que o Luisão cabeceasse muito devagarinho para a baliza. A vitória
ficava garantida e até final o Lima ainda falhou um golo incrível, depois de
uma boa iniciativa do Rodrigo, mas tem a atenuante de a bola ter sofrido um
pequeno desvio de um defesa mesmo antes de ele rematar.
Em termos
individuais, o Luisão foi o melhor. Imperial como sempre nas alturas e com a
mais-valia de ter terminado com o
jogo. O Rodrigo também esteve bem, embora melhor na 1ª do que na 2ª parte. O
Ruben Amorim substituiu bem o Fejsa (que, no entanto, é bom que recupere para
Turim..!) e conquistou a sua 6ª Taça da Liga (claro que se tivesse conquistado
só cinco, se calhar nós teríamos mais do que 33 campeonatos, mas isso é outra
conversa…). O resto da equipa esteve regular, sem grandes rasgos, mas nesta
fase o que interessa mesmo é aumentar o espólio do nosso museu.
Cinco jogos
realizados, quatro vitórias e um empate, 6-0 em golos é o nosso saldo nesta
competição deste ano. Impressionante! Esta era a menos importante das três
finais, mas por ser a primeira daria o tom para as outras que se seguem. Também
nesse sentido, a vitória foi muito importante e não foi por acaso que os
jogadores fizeram a festa que fizeram no final. Além de que, depois do que
sofremos na época passada, já temos karma
negativo que cubra não só os 110 anos passados, como os 110 futuros.
Portanto, não há cá condescendências perante os Rio Aves desta vida.
Lamentamos, mas é assim que terá que ser.
P.S. – Arbitragem
muitíssimo habilidosa do Sr. Hugo Miguel (para não lhe chamar de ladrão…). A
não amostragem de cartão ao defesa do Rio Ave que agarra o Lima à entrada da
área deu logo o mote. Desde cantos e lançamentos laterais marcados ao contrário
(e sempre a nosso desfavor), até à amostragem dos cartões, este tipo mostrou
que é bastante habilidoso. Felizmente conseguimos superar isso, mas lá que
tivemos que jogar contra 14 isso é indesmentível.
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