sexta-feira, setembro 15, 2006
Brilhante Leonor Pinhão
O link está sempre aí do lado esquerdo para ninguém se esquecer. Mas a crónica desta semana da grande Leonor Pinhão é absolutamente imperdível. O que ela escreve nesta 5ª feira é subscrito pela maioria dos adeptos de futebol, excepto provavelmente pelos do clube regional (caso contrário já se teriam organizado para correr com o seu presidente). Deixo aqui um pequeno excerto com o respectivo link:
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de clubes têm órgãos de justiça e de disciplina. Do que estão à espera para intervir, saneando o futebol da manipulação com cara e com nome?
O que mais será preciso para irradiar dirigentes, empresários, árbitros e outros figurões mais ou menos simpáticos?
A figura disciplinar da irradiação não existe na Lei de Bases do Sistema Desportivo?
Pode o Ministério Público arquivar tudo o que quiser. Mas quando o procurador escreve que «o modo de actuação» passa pela sugestão de nomes de árbitros, pelo conhecimento antecipado de nomes de árbitros, pela pressão directa ou indirecta sobre os mesmos árbitros e transcreve diálogos com frases como «o chefe da caixa», «bem roubadinho», «se quer umas viagens para o ano temos de atalhar caminho», «tu pediste, foi-te concedido», «é a malta que o pode fazer chegar onde ele quer», «queriam um penalty mas eu dei-lhe um amarelo», «dou-lhe uma beijoca», «ai se não fosse eu», «o senhor para mim é como um pai», «conceda-me essa graça», «trouxemos um carregamento que nem cabia na mala», «12 minutos que eu dei e nem assim», «o Serafim vai vacinado», «não pode fazer muito porque o jogo dá na televisão, percebe?», toda a gente percebe.
E porque temos nós, os que gostamos de futebol, de continuar a aturar estas pessoas todas nos seus postos de sempre, impunes, viciosas, trocando graçolas promíscuas com políticos em funções, em directo na televisão, ou recebendo honras de Estado em nome dos votos das «massas associativas»?
E não se pode irradiá-los?
A solução para mim seria muito simples: os dirigentes e árbitros arguidos no processo “Apito Dourado” seriam todos obviamente irradiados e até que os novos árbitros tivessem estaleca necessária, os campeonatos seriam apitados por árbitros estrangeiros (franceses, espanhóis ou ingleses, de preferência) durante os anos que fossem precisos.
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de clubes têm órgãos de justiça e de disciplina. Do que estão à espera para intervir, saneando o futebol da manipulação com cara e com nome?
O que mais será preciso para irradiar dirigentes, empresários, árbitros e outros figurões mais ou menos simpáticos?
A figura disciplinar da irradiação não existe na Lei de Bases do Sistema Desportivo?
Pode o Ministério Público arquivar tudo o que quiser. Mas quando o procurador escreve que «o modo de actuação» passa pela sugestão de nomes de árbitros, pelo conhecimento antecipado de nomes de árbitros, pela pressão directa ou indirecta sobre os mesmos árbitros e transcreve diálogos com frases como «o chefe da caixa», «bem roubadinho», «se quer umas viagens para o ano temos de atalhar caminho», «tu pediste, foi-te concedido», «é a malta que o pode fazer chegar onde ele quer», «queriam um penalty mas eu dei-lhe um amarelo», «dou-lhe uma beijoca», «ai se não fosse eu», «o senhor para mim é como um pai», «conceda-me essa graça», «trouxemos um carregamento que nem cabia na mala», «12 minutos que eu dei e nem assim», «o Serafim vai vacinado», «não pode fazer muito porque o jogo dá na televisão, percebe?», toda a gente percebe.
E porque temos nós, os que gostamos de futebol, de continuar a aturar estas pessoas todas nos seus postos de sempre, impunes, viciosas, trocando graçolas promíscuas com políticos em funções, em directo na televisão, ou recebendo honras de Estado em nome dos votos das «massas associativas»?
E não se pode irradiá-los?
A solução para mim seria muito simples: os dirigentes e árbitros arguidos no processo “Apito Dourado” seriam todos obviamente irradiados e até que os novos árbitros tivessem estaleca necessária, os campeonatos seriam apitados por árbitros estrangeiros (franceses, espanhóis ou ingleses, de preferência) durante os anos que fossem precisos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
10 comentários:
Só agora vi que andaste a "viajar" pelo meu blog, e claro... tinha que ser no post do cachecol do glorioso!
E este ano? Tás confiante?
Olha, eu... nem por isso!
Abraços!
Quando o Benfica perde e joga mal, a Leonoreta parece ficar bastante ressabiada. Costumo lê-la semanalmente e há muito, muito tempo que não a via ser tão directamente acutilante. Um primor. Mas preferia que ela tivesse desancado o Fernando Santos. Infelizmente, não foi o caso.
A pinhona esqueceu-se de citar mais duas frases: "eu já ando a tratar disto por outro lado" e "o joão pode ser". É irradiá-lo, já!
Corto Maltese: estou confiante (tenho a certeza) que temos uma excelente equipa. Estou muito pouco confiante que tenhamos treinador...
JAS: a Leonor Pinhão é a única pessoa que escreve na imprensa que tem coragem de dizer as verdades. Por muito mal que nós joguemos (e jogámos na Dinamarca), se este processo "Apito Dourado" ficar arquivado, podemos ter Ronaldinhos à vontade que não nos serve de nada. A "fruta" e o "café com leite" são mais poderosos...
Discordo. Aliás, sou e sempre fui da opinião que, ao contrário de todas as outras áreas da sociedade, o futebol é aquela em que a corrupção dificilmente grassa se as equipas forem, de facto, boas. No meu entender, cada corrupto, pelo receio de ser apanhado, tem um limite inultrapassável. Ora, se marcares dois ou três golos e fores impenetrável na defesa, não há corrupção que lhes valha. Por isso é que preferia que ela falasse no Fanã. Já deu para perceber que o Apito Dourado não tem resolução e que tudo ficará na mesma. Cabe, agora, ao Benfica, saber vencer as adversidades. Utópico? Talvez. Mas a verdade é que o futebol português ilustra bem a típica mentalidade portuguesa: todos debitam e poucos trabalham. Se jogassem mais e melhor, talvez pudesses acrescer "relativa" à importância que se dá ao fenómeno.
JAS: tens uma visão romântica do que é o futebol. Não deixas de ter razão, mas as equipas não são máquinas e nem sempre é possível marcar três golos. E aí entra inevitavelmente o factor "rebuçadinhos". Exemplo: SLB-Naval no ano passado. Vínhamos da épica vitória em Anfield Road, mas notou-se perfeitamente o cansaço dos jogadores. O Marcel NÃO podia ter falhado aquela cabeçada no último minuto, é verdade, mas pouco antes, a 10 minutos do fim há um penalty do tamanho do mundo sobre o Léo que o Sr. Carlos Xistra não marcou. Resultado: empatámos o jogo e dissemos definitivamente adeus ao título. Com uma arbitragem imparcial teríamos ganho o jogo, apesar de não termos jogado bem. Por outro lado, será que a concentração dos jogadores é a melhor sabendo que o árbitro os prejudicará em lances de dúvida?
As entradas a matar que os jogadores do clube regional fazem na maioria dos jogos, achas que é por acaso que as fazem? Não sentirão eles as costas quentes, sabendo que dificilmente irão para a rua? Quantas bolas o Vítor Baía já defendeu fora-da-área, sem ser expulso? Achas que o mesmo se passaria se ele representasse outro clube? Não sejas ingénuo...
O nível entre as equipas aproximou-se claramente nos últimos anos e a prova disso é que as goleadas são mais raras hoje em dia. Assim sendo os pequenos pormenores das arbitragens podem fazer diferença em alguns jogos.
Eu diria mais, quantas bolas já o Vitor Baía defendeu dentro da baliza?
Fixem os nomes.
"Paulo Costa, João Ferreira e Duarte Gomes são os únicos árbitros internacionais sobre os quais nunca recaíram indícios de corrupção. Dos restantes, há árbitros que foram constituídos arguidos em Gondomar e outros que foram alvos de certidões por indícios de crime.
Dos 25 árbitros que actualmente se encontram na primeira categoria do futebol profissional a apitar jogos da I e da II Liga, só sete nunca foram referidos nas quase mil folhas que compõem o despacho final do Ministério Público de Gondomar, no processo que ficou conhecido como Apito Dourado.
Dos nove internacionais também há apenas três sobre os quais nunca recaiu qualquer suspeita. São eles Paulo Costa, João Ferreira e Duarte Gomes, das associações distritais do Porto, Setúbal e Lisboa, respectivamente, sendo que os restantes, da primeira categoria, são Vasco Santos e Carlos Duarte (promovidos este ano), bem como Hélio Santos, de Lisboa, e Rui Manuel Costa, do Porto....
Actualmente, são nove os árbitros que estão incluídos no quadro da FIFA. Lucílio Baptista, Paulo Paraty e Bruno Paixão foram constituídos arguidos no processo de Gondomar. Dos que actualmente se encontram na primeira categoria do futebol foram também constituídos arguidos, por suspeita de corrupção desportiva, mais nove árbitros: Artur Soares Dias, Augusto Duarte, Carlos Xistra, Cosme Machado, João Vilas-Boas, Nuno Almeida, Paulo Pereira, Paulo Baptista e Rui Silva." Público, 14/09/2006
E o Vieira irradias-o também??? Olha k sou grande benfiquista....
Que eu saiba, o LFV não é arguido no processo "Apito Dourado"...
Enviar um comentário