segunda-feira, agosto 29, 2005
A vitória do antijogo
Estão decorridas somente duas jornadas e já estamos a fazer história pela negativa. Nunca tínhamos ficado sem ganhar nos dois primeiros jogos do campeonato [correcção: isto é o que dá confiar nos jornais! Alertado pelo TMA, fui conferir no Almanaque do Benfica, o que deveria ter feito logo da primeira vez, e de facto houve sete épocas em que não ganhámos os dois primeiros jogos para o campeonato: 45/46, 46/47, 50/51, 52/53, 76/77, 88/89 e 93/94 - não me perdoo não me ter lembrado desta última... Mas só em 46/47 e 52/53 fizemos pior do que este ano, com duas derrotas a abrir. Igual a este ano foram as épocas de 50/51 e 76/77. Todavia, há que dizer que destas sete épocas nas três últimas fomos campeões]. Os principais rivais já estão a cinco pontos de diferença e a próxima jornada levar-nos-á de visita aos lagartos, antes do 1º jogo para a Liga dos Campeões. Nas próximas duas semanas e meia vai jogar-se muito do que será a nossa época.
No jogo contra o Gil Vicente, em que fomos derrotados por 2-0, o Koeman surpreendeu toda a gente a jogar de início em 3-4-3. O Nélson estreou-se, estando muito bem durante a 1ª parte, e jogou mais como um extremo-esquerdo do que um defesa. A táctica revelou-se adequada, só que com uma grande ressalva: o Beto NÃO pode jogar colado à linha. Bem sei que o Geovanni está fora de forma (como se viu quando entrou na 2ª parte), mas ao menos é extremo, coisa que o Beto, que esteve completamente desastrado, nunca poderá ser. É escusado tentar fazer do Beto algo mais daquilo que ele é: um bom substituto do Petit e Manuel Fernandes, mas tão-só isso. Globalmente a nossa primeira parte foi bastante razoável, com destaque para o primeiro quarto-de-hora de muito bom nível, com rapidez e atacando a baliza contrária. Tivemos algumas oportunidades de golo, mas o guarda-redes do Gil Vicente começou a sua série infindável de excelentes defesas. Fomos baixando de produção com o decorrer dos minutos e o penalty falhado no 2º minuto da 2ª segunda parte foi o nosso canto do cisne (o Simão deve ter marcado 90% dos penalties para o lado direito do guarda-redes, portanto não é muito difícil para eles acertarem no lado e algum dia um defenderia). A partir daí, e de forma quase inexplicável, a equipa foi-se abaixo psicologicamente e acabou por ser surpreendida num canto e num lance de contra-ataque.
O grande problema é não só a falta de reforços (voltamos a bater na mesma tecla), mas principalmente a baixa de forma dos jogadores que criam desequilíbrios: para além do já citado Geovanni, o Simão está irreconhecível e o Nuno Assis continua muito pouco consistente. Resumindo, em termos atacantes (o Petit e o Manuel Fernandes estão fora destas contas), estamos reduzidos ao Nuno Gomes que, apesar de ainda estar longe do seu nível (a perdida de cabeça na 1ª parte foi péssima, mas foi ele quem mais rematou e com mais perigo, obrigando o guarda-redes do Gil Vicente à grande defesa do jogo com o cabeceamento na 2ª parte), é o nosso melhor (ou menos mau) jogador neste momento. Com os jogadores decisivos nesta forma, não é por acaso que temos um golo marcado em 4,5 horas de futebol oficial jogado.
Parece-me muito prematuro contestar o treinador, porque ele não consegue fazer milagres. Se a equipa no ano passado já estava espremida, neste ano ainda está pior. Como já aqui escrevi várias vezes, é inexplicável a dispensa do Karadas por conta dos pontas-de-lança que hão-de vir, mas nunca mais vêm. O Miguel (que espero nunca mais ver com a gloriosa camisola vestida) era um jogador muito importante na construção de jogo atacante. As carências que existiam no ano passado continuam a existir neste ano: para além do “10” e do “matador”, o Geovanni e o Simão continuam sem substitutos à altura. Faltam três dias para o fecho das inscrições e vamos lá a ver quem é que vem. Só que cinco pontos de desvantagem à 2ª jornada, e sabendo que milagres como o do ano passado são dificilmente repetíveis, são uma diferença significativa.
Posto isto, gostaria de dizer o seguinte: enquanto existirem equipas como o Gil Vicente, é impossível haver bom futebol em Portugal. Isto tem que ser denunciado convenientemente: o que se passou no Sábado foi uma vergonha! Como é possível uma equipa começar a fazer antijogo ao 2º minuto (visto no relógio) da 2ª jornada?!?! É inacreditável! Estamos no início do campeonato! A maca entrou, sem exagero, umas sete vezes em campo e na maioria delas os jogadores do Gil Vicente continuaram a ser assistidos no chão com a complacência do árbitro. O que assistimos foi a completa negação do futebol, mas como disse paradigmaticamente o treinador do Gil Vicente “parece-me que se os jogadores ficam no chão com o consentimento do árbitro é por alguma razão.” Pois claro! É óptimo para cortar o ritmo ao jogo e reduzir ao mínimo o tempo útil. Diz-se que não há justiça no futebol, mas perder contra um adversário que utiliza este tipo de expedientes é muito revoltante. Equipas destas não fazem falta ao futebol e duvido que alguém tenha gostado de ver o jogo de Sábado, independentemente de ser ou não do Benfica. O nosso campeonato deveria ser disputado por 12 equipas, era mais do que suficiente. Tínhamos os três grandes a lutar pelo título, umas quantas equipas de valor médio que lutam pelos lugares cimeiros (Braga, Boavista, Guimarães, Belenenses, Marítimo) e as quatro restantes para não descer. Jogava-se a quatro voltas e tenho a certeza que teríamos melhores espectáculos do que temos. Subscrevo na totalidade o que disse o D’Arcy: vou torcer para que o Gil Vicente desça de divisão.
Last but not least: o árbitro, Rui Costa (que triste coincidência de nome), irmão do Paulo, ambos do Porto. Ficou a dever-nos dois penalties, já que existiram três (!) por marcar (Simão e Luisão na 1ª parte e Geovanni na 2ª) e o que marcou sobre o Nuno Gomes não existiu. Para além disso, e de ter sido conivente com o constante antijogo do Gil Vicente, deixou passar em claro na 1ª parte a expulsão do Carlitos por agressão ao Ricardo Rocha, que aliás teve que sair lesionado. A nossa exibição não foi a melhor, mas com um penalty aos 5 minutos e a jogar contra 10 durante toda a 2ª parte, provavelmente as coisas teriam sido diferentes.
P.S. – A única nota positiva da jornada foi outra derrota do V. Guimarães, em Vila do Conde, num jogo em que, já a ganhar por 3-1 e com a partida interrompida, o Mozer do Rio Ave cabeceia a bola para longe do local de marcação de uma falta a favor do Guimarães e leva o 2º amarelo. Pareceu mesmo que foi de propósito (tipo Liedson contra o Guimarães no ano passado para não jogar na Luz). Outra coincidência como a da semana passada: adivinhem com quem é que o Rio Ave vai jogar na próxima jornada? Queres ver que agora são os jogadores adversários a irem de férias ao Brasil em vez dos árbitros? Ou isto tudo será mesmo obra do acaso?
No jogo contra o Gil Vicente, em que fomos derrotados por 2-0, o Koeman surpreendeu toda a gente a jogar de início em 3-4-3. O Nélson estreou-se, estando muito bem durante a 1ª parte, e jogou mais como um extremo-esquerdo do que um defesa. A táctica revelou-se adequada, só que com uma grande ressalva: o Beto NÃO pode jogar colado à linha. Bem sei que o Geovanni está fora de forma (como se viu quando entrou na 2ª parte), mas ao menos é extremo, coisa que o Beto, que esteve completamente desastrado, nunca poderá ser. É escusado tentar fazer do Beto algo mais daquilo que ele é: um bom substituto do Petit e Manuel Fernandes, mas tão-só isso. Globalmente a nossa primeira parte foi bastante razoável, com destaque para o primeiro quarto-de-hora de muito bom nível, com rapidez e atacando a baliza contrária. Tivemos algumas oportunidades de golo, mas o guarda-redes do Gil Vicente começou a sua série infindável de excelentes defesas. Fomos baixando de produção com o decorrer dos minutos e o penalty falhado no 2º minuto da 2ª segunda parte foi o nosso canto do cisne (o Simão deve ter marcado 90% dos penalties para o lado direito do guarda-redes, portanto não é muito difícil para eles acertarem no lado e algum dia um defenderia). A partir daí, e de forma quase inexplicável, a equipa foi-se abaixo psicologicamente e acabou por ser surpreendida num canto e num lance de contra-ataque.
O grande problema é não só a falta de reforços (voltamos a bater na mesma tecla), mas principalmente a baixa de forma dos jogadores que criam desequilíbrios: para além do já citado Geovanni, o Simão está irreconhecível e o Nuno Assis continua muito pouco consistente. Resumindo, em termos atacantes (o Petit e o Manuel Fernandes estão fora destas contas), estamos reduzidos ao Nuno Gomes que, apesar de ainda estar longe do seu nível (a perdida de cabeça na 1ª parte foi péssima, mas foi ele quem mais rematou e com mais perigo, obrigando o guarda-redes do Gil Vicente à grande defesa do jogo com o cabeceamento na 2ª parte), é o nosso melhor (ou menos mau) jogador neste momento. Com os jogadores decisivos nesta forma, não é por acaso que temos um golo marcado em 4,5 horas de futebol oficial jogado.
Parece-me muito prematuro contestar o treinador, porque ele não consegue fazer milagres. Se a equipa no ano passado já estava espremida, neste ano ainda está pior. Como já aqui escrevi várias vezes, é inexplicável a dispensa do Karadas por conta dos pontas-de-lança que hão-de vir, mas nunca mais vêm. O Miguel (que espero nunca mais ver com a gloriosa camisola vestida) era um jogador muito importante na construção de jogo atacante. As carências que existiam no ano passado continuam a existir neste ano: para além do “10” e do “matador”, o Geovanni e o Simão continuam sem substitutos à altura. Faltam três dias para o fecho das inscrições e vamos lá a ver quem é que vem. Só que cinco pontos de desvantagem à 2ª jornada, e sabendo que milagres como o do ano passado são dificilmente repetíveis, são uma diferença significativa.
Posto isto, gostaria de dizer o seguinte: enquanto existirem equipas como o Gil Vicente, é impossível haver bom futebol em Portugal. Isto tem que ser denunciado convenientemente: o que se passou no Sábado foi uma vergonha! Como é possível uma equipa começar a fazer antijogo ao 2º minuto (visto no relógio) da 2ª jornada?!?! É inacreditável! Estamos no início do campeonato! A maca entrou, sem exagero, umas sete vezes em campo e na maioria delas os jogadores do Gil Vicente continuaram a ser assistidos no chão com a complacência do árbitro. O que assistimos foi a completa negação do futebol, mas como disse paradigmaticamente o treinador do Gil Vicente “parece-me que se os jogadores ficam no chão com o consentimento do árbitro é por alguma razão.” Pois claro! É óptimo para cortar o ritmo ao jogo e reduzir ao mínimo o tempo útil. Diz-se que não há justiça no futebol, mas perder contra um adversário que utiliza este tipo de expedientes é muito revoltante. Equipas destas não fazem falta ao futebol e duvido que alguém tenha gostado de ver o jogo de Sábado, independentemente de ser ou não do Benfica. O nosso campeonato deveria ser disputado por 12 equipas, era mais do que suficiente. Tínhamos os três grandes a lutar pelo título, umas quantas equipas de valor médio que lutam pelos lugares cimeiros (Braga, Boavista, Guimarães, Belenenses, Marítimo) e as quatro restantes para não descer. Jogava-se a quatro voltas e tenho a certeza que teríamos melhores espectáculos do que temos. Subscrevo na totalidade o que disse o D’Arcy: vou torcer para que o Gil Vicente desça de divisão.
Last but not least: o árbitro, Rui Costa (que triste coincidência de nome), irmão do Paulo, ambos do Porto. Ficou a dever-nos dois penalties, já que existiram três (!) por marcar (Simão e Luisão na 1ª parte e Geovanni na 2ª) e o que marcou sobre o Nuno Gomes não existiu. Para além disso, e de ter sido conivente com o constante antijogo do Gil Vicente, deixou passar em claro na 1ª parte a expulsão do Carlitos por agressão ao Ricardo Rocha, que aliás teve que sair lesionado. A nossa exibição não foi a melhor, mas com um penalty aos 5 minutos e a jogar contra 10 durante toda a 2ª parte, provavelmente as coisas teriam sido diferentes.
P.S. – A única nota positiva da jornada foi outra derrota do V. Guimarães, em Vila do Conde, num jogo em que, já a ganhar por 3-1 e com a partida interrompida, o Mozer do Rio Ave cabeceia a bola para longe do local de marcação de uma falta a favor do Guimarães e leva o 2º amarelo. Pareceu mesmo que foi de propósito (tipo Liedson contra o Guimarães no ano passado para não jogar na Luz). Outra coincidência como a da semana passada: adivinhem com quem é que o Rio Ave vai jogar na próxima jornada? Queres ver que agora são os jogadores adversários a irem de férias ao Brasil em vez dos árbitros? Ou isto tudo será mesmo obra do acaso?
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8 comentários:
Uma vez que não há muito mais a dizer, já que concordo com praticamente tudo o que foi escreveste, acrescento que:
- chamar "anti-jogo" e "futebol" ao que o Gil Vicente praticou é um eufemismo: aquilo é um autêntico mete-nojo. Até deita "gosma"...
- Acho que na época de 85-86 (a tal que o Benfica praticamente perdeu na derrota à penúltima jornada na Luz, contra o SCP), só à 4ª jornada o Benfica ganhou (seguindo-se uma recuperação espectacular e o dramático final de campeonato já referido).
- Se o suposto penalty sobre o Luisão é o mesmo lance em que estou a pensar (em que ele caíu perto da marca de penalty, descaído para direita), não concordo que tenha sido penalty. Para mim, o principal erro do árbitro foi a não expulsão do Carlitos e a complacência perante o "mete-nojo" do GV (só punida a meio da 2ª parte), porque essas situações não deixam dúvidas, ao contrário de lances hipotéticos de penalty (como o do Geovanni, em que nas repetições é evidente que ele foi pisado, mas o toque é tão subtil que admito que tenha passado despercebido ao árbitro).
- Em relação às coincidências passadas no jogo do Rio Ave, e como comentei no post sobre o patrocínio da liga (Betandwin.com), "aliciar" árbitros já não é o que era - "aliciar" jogadores em posições chave (essencialmente defesas e GRs), é muito mais rentável...
Gostei do Benfica dos primeiros 55mins. sinceramente. não vamos cometer o ERRO de crucificar já o Koeman! acho-o mt bom! e só falhou na colocação do beto, k mesmo assim nem se saiu mal... o que custa a um treinador holandes, com outra forma de pensar, é tirar da equipa alguem que dá tudo por tudo e ainda por cima em forma em detrimento de alguem em baixo de forma (geo)... daí a insistência em rocha na esquerda... esperemos... acho que podemos ter fé... se começarmos a marca golos... jogar bem e perder... prefiro que seja o sporting!
Abraços CAMPEÕES! SIM SOMO CAM-PE-ÕES!!
Ps. 93-94 começamos com 2 empates e fomos campeões...
Por acaso, e ainda não falei nisso, gostei da táctica do Koeman (muito comum no Ajax e no Barcelona dos tempos em ele lá jogou). Penso que com o Léo na esquerda e o Nelson na direita as coisas poderiam ter resultado (já agora: esta era a táctica preconizada pelo Manuel José...).
O problema não foi a táctica, mas sim a atitude da equipa que se enervou com o mete-nojo do GV, e que sobretudo depois do penalty, "desapareceu"...
PS: pelos vistos tinha e não tinha razão qto ao mau início de época, pois mencionei a época 85-86 (que realmente começou mal), mas pelos vistos ainda ganhámos um dos 2 primeiros jogos.
TMA:
- Também conferi a época 85/86 e ganhámos 9-0 ao Marítimo na 2ª jornada, mas tivemos 2 derrotas e 1 empate nos primeiros 4 jogos.
- Começo a dar-te razão em relação à tua "teoria da conspiração" de aliciamento de jogadores adversários. O que se passou nestas duas jornadas, principalmente a aparente justiça nas expulsões, é muito estranho.
- O lance do Luisão é esse que referes, que aconteceu na sequência de um canto durante a primeira parte. No estádio fiquei com a ideia de que era penalty e na televisão dissipei as dúvidas. Se reparares no resumo do jogo, enquanto a bola vai no ar o jogador do GV vira as costas a ela e só se preocupa em agarrar o Luisão, impedindo-o de chegar à bola. O lance do Geovanni é muito subtil para o árbitro ver, mas o fiscal-de-linha, que ainda por cima estava desse lado, tinha obrigação de ter reparado.
BP:
- Concordo em parte contigo. O Beto tinha sido dos melhores jogadores durante a pré-época, mas já vai no 3º jogo oficial em subrendimento. E, principalmente, não pode jogar a extremo. É preferível o Geovanni mesmo em má forma, porque ainda assim pode provocar um penalty (é preciso é que o árbitro o marque...). Quanto ao Ricardo Rocha, depois de ver a forma do Dos Santos, percebe-se perfeitamente a opção do Koeman.
- Em 93/94 começámos com três (!) empates. Clube regional (f) 3-3, no célebre jogo em que o Calheiros inventou o penalty que dá o golo do empate ao clube regional; Estoril (c) 1-1; Beira-Mar (f) 3-3.
SLB: obrigado pelo esclarecimeneto em relação ao penalty por marcar sobre o Luisão.
Em relação ao Beto, sempre pensei que ele seria mais uma alternativa do que um titular.
Acho que a recuperação do Léo é fundamental, pq com ele, parece-me que o lado esquerdo do Benfica ganha "profundidade" (pareço o Gabriel Alves ;-) ), que o Ricardo Rocha (muito bom a defender, mas pouco eficaz a atacar) e o Dos Santos (um molenga que às vezes parece que está a marcar a linha lateral...) não garantem.
Infelizmente confirmaram-se os meus piores temores. Apesar da falta de sorte, do guarda-redes do Gil ter engatado, do antijogo e da prestação vergonhosa do árbitro( o Benquerença é apenas um péssimo árbitro, este Costa um malandro encartado), perder com o Gil não tem desculpa, nem explicações.
Curiosamente, eu penso que em termos de exibição, Coimbra foi pior, mas desta vez o azar e a descrença foram maiores. Depois, algo está mal com o modelo de jogo. Ou seja, a culpa deste começo não é só do Koeman, nem do sistema (3-4-3 ou 4-3-3), mas da clara desadaptação entre a ideia e a prática. Ou o treinador não sabe explicar o que quer, ou os jogadores não percebem o que lhes é dito, o que vai dar no mesmo. Mudar o treinador. Para quê? Para voltar aos dias de sofrimento do Trap? Haverá outro campeonato como o do ano passado? Parece-me também que o Koeman aterrou aqui de páraquedas e não sabia o tipo de futebol que vinha encontrar, não escolheu plantel, não pensou o modelo em função do que tinha. Experiências agora só dão derrotas e impaciência, claro!
Por fim, os "artistas" continuam de férias. O Simão enfezou (estará a tomar algo estranho??) e está uma nódoa, o Petit não acerta e o Fernandes está preso de movimentos. E foram eles que levaram a equipa ao colo durante muito tempo da última época. Os outros não me surpreendem. Geovanni um mole, Assis inconsequente, Beto vulgar, Dos Santos lento. Gomes menos mau, mas aquela pseudo-cabeçada e,no final,por-se à frente do Mantorras são uma palhaçada. A defesa foi apanhada em contra-pé no 2º golo (Anderson foi lá para remediar e teve azar) e no primeiro viste quem estava a marcar o Marcos António? O Petit, que ficou nas covas e não acompanhou.
Os reforços vêm? Não sei. A mim, disseram-me que os 10 milhões do Miguel e do Alex já voaram para pagar dívidas (e não sei se algum para o bolso do Veiga).E acho que podes lá pôr o Adriano ou o Etoo que se continuarmos a jogar assim também não marcam nenhum.
Quero ver se têm a coragem de encostar o Simão ou o Petit por um joguinho, que bem merecem. Eu sei que são os nosso cromos, mas por Deus, precisam de recuperar algo.
O Beto para jogar só pode servir de alguma coisa no lugar do Petit, de resto é o que se viu. A extremo-direito, com franqueza...Ah! gostei do miúdo, o Nelson. Vamos ver se daqui a 1 mês não está como o Karyaka.
Os Campeões têm que se fazer respeitar e não há equipa bicho-careta que não venha à Luz dizer que vai a ganhar ao Benfica. Chega!
Deixa lá melhores dias virão!
Concordo com a tua análise ao jogo e com algumas coisas que vi aqui em comentários. Acho que a táctica do Koeman é boa para jogar em casa, mas o Léo tem de jogar no lugar do Beto. Gostei do Benfica até ter falhado o penalty e acredito se não fosse o Jorge Baptista ter engatado a vitória tinha acontecido e nada se falava sobre a táctica do Koeman...
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