domingo, agosto 07, 2005
Benfica - 0 - Juventus - 2
Fiz uma ligeira interrupção nas férias algarvias para vir a Lisboa ver o jogo de apresentação aos sócios dos Campeões Nacionais de futebol. Se fosse contra a Sampdória ou o Español de Barcelona, teríamos certamente mais possibilidades de ganhar, mas como foi contra o campeão italiano, as coisas previam-se ser mais difíceis. Confirmaram-se e há que admitir sem rodeios que levámos um banho de bola. Só pelo golo do Ibrahimovic valeu a pena ir ao estádio, embora o Quim me pareça ter sido mal batido. Quem resumiu bem o que se passou foi o Koeman, que disse que a nossa equipa pode estar preparada para ganhar a Superliga, mas na Liga dos Campeões tudo vai ser muito complicado.
Este jogo serviu, tal como o do Chelsea, para provar que ainda nos falta muita estaleca para competir com as melhores equipas europeias. Basta só dizer que na 1ª parte a Juventus fez dois remates à baliza e marcou… dois golos! Nós fizemos uma série de remates durante o jogo todo, mas só conseguimos ter uma única grande oportunidade de golo, em que o Geovanni isolado permitiu a defesa do Buffon (também há o cabeçeamento do Ricardo Rocha quase no final da partida, mas aí o resultado já estava feito). Por outro lado, não se pode deixar de aproveitar livres frontais à entrada da área como tivemos, em que a bola ou ia para fora ou era defendida calmamente pelo guarda-redes. Enquanto precisarmos de quatro ou cinco oportunidades de golo descaradas para concretizar, não temos hipóteses contra estas grandes equipas.
Ficou visível mais uma vez que precisamos desesperadamente de alguém que marque golos. Já passaram três semanas desde o “falhanço Tomasson” e nada. Como já aqui escrevi acho que precisamos de dois avançados (e não um só), porque entretanto dispensámos o Karadas não sei muito bem porquê. Três pontas-de-lança parece-me muito pouco para uma época tão longa. Um organizador de jogo também seria bem vindo e temos um grave problema de que quase ninguém fala: só temos dois flanqueadores. Se o Geovanni ou o Simão não puderem jogar não há ninguém à sua altura para os substituir. O Carlitos é um bluff (a sua exibição contra o Estoril foi lamentável) e, segundo o Koeman, o Karyaka não é um extremo. Não sei muito bem como vamos descalçar esta bota. O aspecto positivo do jogo com a Juventus foi a reconfirmação da valia do Beto, que é realmente uma grande aquisição: joga prático, quase sempre para a frente, não “emperra” o jogo, recupera bastantes bolas, tem um bom remate e não se atemoriza contra grandes equipas.
Vejamos o que nos reservam estes dias que antecedem a Supertaça, no que respeita a reforços. Volto para o Sul no início da semana e no próximo Sábado lá estarei no Estádio do Algarve a ver, espero eu, a primeira conquista da época.
P.S. – Durante as férias, para além do jogo contra o Estoril (muito, muito fraco), também tive oportunidade de ver o jogo contra o Guimarães (grande golo de cabeça do Beto). Quando é que alguém responsável (pode até ser da UEFA ou da FIFA) proíbe, a bem do futebol-espectáculo, da fluidez do jogo e do fair-play, o Jaime Pacheco de treinar qualquer equipa de futebol? É lamentável que este senhor (como é que se chegou a admitir a hipótese de ele vir treinar o Glorioso?!) ensine às suas equipas as virtudes da luta greco-romana e da luta-livre em vez de ensiná-las a jogar futebol. Está visto que vamos ter um “Boavista - parte II” em Guimarães. Pode ser que não dure até ao Natal…
Este jogo serviu, tal como o do Chelsea, para provar que ainda nos falta muita estaleca para competir com as melhores equipas europeias. Basta só dizer que na 1ª parte a Juventus fez dois remates à baliza e marcou… dois golos! Nós fizemos uma série de remates durante o jogo todo, mas só conseguimos ter uma única grande oportunidade de golo, em que o Geovanni isolado permitiu a defesa do Buffon (também há o cabeçeamento do Ricardo Rocha quase no final da partida, mas aí o resultado já estava feito). Por outro lado, não se pode deixar de aproveitar livres frontais à entrada da área como tivemos, em que a bola ou ia para fora ou era defendida calmamente pelo guarda-redes. Enquanto precisarmos de quatro ou cinco oportunidades de golo descaradas para concretizar, não temos hipóteses contra estas grandes equipas.
Ficou visível mais uma vez que precisamos desesperadamente de alguém que marque golos. Já passaram três semanas desde o “falhanço Tomasson” e nada. Como já aqui escrevi acho que precisamos de dois avançados (e não um só), porque entretanto dispensámos o Karadas não sei muito bem porquê. Três pontas-de-lança parece-me muito pouco para uma época tão longa. Um organizador de jogo também seria bem vindo e temos um grave problema de que quase ninguém fala: só temos dois flanqueadores. Se o Geovanni ou o Simão não puderem jogar não há ninguém à sua altura para os substituir. O Carlitos é um bluff (a sua exibição contra o Estoril foi lamentável) e, segundo o Koeman, o Karyaka não é um extremo. Não sei muito bem como vamos descalçar esta bota. O aspecto positivo do jogo com a Juventus foi a reconfirmação da valia do Beto, que é realmente uma grande aquisição: joga prático, quase sempre para a frente, não “emperra” o jogo, recupera bastantes bolas, tem um bom remate e não se atemoriza contra grandes equipas.
Vejamos o que nos reservam estes dias que antecedem a Supertaça, no que respeita a reforços. Volto para o Sul no início da semana e no próximo Sábado lá estarei no Estádio do Algarve a ver, espero eu, a primeira conquista da época.
P.S. – Durante as férias, para além do jogo contra o Estoril (muito, muito fraco), também tive oportunidade de ver o jogo contra o Guimarães (grande golo de cabeça do Beto). Quando é que alguém responsável (pode até ser da UEFA ou da FIFA) proíbe, a bem do futebol-espectáculo, da fluidez do jogo e do fair-play, o Jaime Pacheco de treinar qualquer equipa de futebol? É lamentável que este senhor (como é que se chegou a admitir a hipótese de ele vir treinar o Glorioso?!) ensine às suas equipas as virtudes da luta greco-romana e da luta-livre em vez de ensiná-las a jogar futebol. Está visto que vamos ter um “Boavista - parte II” em Guimarães. Pode ser que não dure até ao Natal…
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2 comentários:
Regressei há 1 semana, após 15 dias fora do país sem jornais nem noticias. Regressei, e o filme era o mesmo! A rábula do ponta de lança e do 10 continua. Achei logo muita fartura o Tomasson. Já lá vai mais de 1 mês e o ataque é penoso! Depois, porquê, neste contexto, mandar embora o Karadas?
Quem vai marcar golos de cabeça? O Simão? O Assis? O puto Roque? o Petit? É para rir (ou chorar)...
Vi em gravação o jogo do Chelsea e achei razoável, mesmo com o problema da falta de golos. A equipa mexeu-se e o Beto foi "enorme". Depois o Estoril foi uma vergonha. Zero total! O Gomes foi uma nulidade (apesar de sózinho) e o Carlitos então foi patético. Agora, para completar o ramalhete, contra a Juve foi a clarificação da evidência. Uma equipa vulgar (sobre o fraco e com margem para melhorar um pouco, espero) e outra de outra dimensão. Não foi só a diferença de qualidade de jogadores, mas sim de organização de jogo, de ritmo, de classe natural. A Liga dos Campeões pode ser mais que um fiasco, uma tortura para todos nós.
A vinda de um 10 e de um striker pode mudar alguma coisa, mas quais as alternativas ao Simão e ao Geovanni quando estiverem em baixo? E ao Alex e ao Dos Santos/ Leo? Os laterais sobem pouco e centram mal, o ataque anda perdido.
A defesa no meio parece-me bem, pesem alguns lapsos, o Petit e o Manel Fernandes estão fora de forma e têm margem para melhorar.
No global acho que a equipa está a jogar pior que há 15 dias, o que é grave. E vejo o Koeman a olhar para o chão sem saber que volta a dar, o que é pior. Depois tenho dúvidas que este modelo do 4-3-3, que sinceramente aprecio, mas que nesta equipa mais parece um 4-5-1, se adapte aos jogadores que temos.
Vamos ver se não vamos sentir saudades do Karadas ou mesmo do Delibasic. Ou talvez o tal Kamburov seja outro Liedson. Ou o Kalou (se vier) desate os nós que há para desatar ali atrás do ponta de lança.
À partida tanto os lagartos como os tripeiros têm outras opções e um plantel mais recheado e equilibrado. E este ano há que contar outra vez com o Braga e também com o Boavista do Carlos Brito. Além de que o Guimarães vai ser sempre a aviar para o Hospital.
Estou pessimista, mas também sou quase sempre assim, crítico. Pode ser que me engane. ESPERO MUITO ENGANAR-ME! Mas o início da época é difícil em termos de calendário.
Aguardo agora pela Supertaça, com muitos pontos de interrogação e depois lá vamos a Coimbra para mais 90 minutos de sofrimento.
Um abraço de boas férias para ti e para o pai. E que tenhamos um bom arranque no sábado.
Estou plenamente de acordo com a tua análise e o que é mais grave é que nove dias depois deste comentário continuemos sem reforços. Entretanto, lá ganhámos a Supertaça, mas o V. Setúbal vai ser um sério candidato a descer de divisão.
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