quinta-feira, junho 19, 2025
Livrámo-nos de boa
O Bruno Lage surpreendeu ao dar a titularidade ao Bruma e Renato Sanches, ficando os turcos no banco, com o Dahl na lateral-direita, porque o Tomás Araújo ficou em Lisboa (e aparentemente ainda não tivemos tempo para arranjar um substituto para o Bah...). Nem entrámos mal no jogo, com o Renato Sanches a perder uma soberana ocasião com um remate ao lado , estando em óptima posição. O Bruma atirou ao poste pouco depois, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo. O problema foi que o Boca Juniors marcou na primeira vez que foi à nossa baliza, aos 22’, com o Florentino a ser mal batido na esquerda e o respectivo cruzamento a ser bem desviado pelo Merentiel. Seis minutos depois, aos 28’, os argentinos voltaram à nossa área e fizeram o 0-2 pelo antigo lagarto Battaglia de cabeça num canto, em que nós andámos aos papéis. Sentimos (e de que maneira!) ambos os golos e deixámos de conseguir ligar o nosso jogo. O Boca Juniors usava da agressividade típica dos argentinos e nós nunca conseguimos igualar isso. Quando num canto perto do intervalo o Otamendi se antecipa a um adversário e leva um pontapé, e o VAR a assinala o penalty, foi algo que caiu literalmente do céu. Tínhamos uma excelente ocasião para reduzir a desvantagem sem ter feito nada para a merecer. O Di María enganou o Marchesín na marcação do penalty, fazendo o importantíssimo 1-2 antes do intervalo, o que nos dava alguma esperança para a 2ª parte.
Depois do intervalo, o Bruno Lage fez entrar o Belotti para o lugar do Dahl, mas curiosamente jogar com dois pontas-de-lança não resultou... Sinceramente, não percebo esta insistência do Lage nesta táctica, que NUNCA resultou esta época! No entanto, o facto mais saliente deste segundo tempo foram os pouquíssimos minutos jogados, porque o jogo foi cheio de quezílias, muito físico e com imensas interrupções. A vinte minutos do fim, o Belotti levantou demasiado o pé, atingiu a cabeça de um adversário e foi expulso pelo VAR, porque o árbitro lhe tinha mostrado um amarelo. A partir daqui, confesso que pensei que já tínhamos ido... No entanto, aos 84’ outra bola parada, desta vez um canto do Kökçü na direita, propiciou ao Otamendi uma entrada de rompante de cabeça, fazendo o 2-2 sem hipóteses para o guarda-redes contrário. Logo a seguir, o Carreras poderia ter- nos dado a vitória, mas o remate de pé direito foi defendido pelo guarda-redes. Até final, menção ainda para a expulsão de um jogador do Boca Juniors por entrada violenta sobre o Florentino e para os incompreensíveis 5’ de compensação (a 1ª parte teve... 7’!).
Em termos individuais, o Otamendi foi o único a merecer destaque por ter estado nos nossos dois golos. E mais ninguém se salientou por aí além, porque, se até sofrermos o primeiro golo, até nem tivéssemos estado mal, a partir daí decaímos bastante e nunca nos reencontrámos exibicionalmente.
O golo do Otamendi permitiu que não estivéssemos já praticamente eliminados e amanhã iremos defrontar o Auckland, com o objectivo de marcar o maior número de golos possível, porque a diferença de golos pode ser um factor decisivo no apuramento para o oitavos-de-final.
terça-feira, junho 17, 2025
Vitória na Liga das Nações
quarta-feira, maio 28, 2025
Desilusão e roubo – parte II
segunda-feira, maio 19, 2025
Expectável
quinta-feira, maio 15, 2025
Falhanço
Com a lesão do Amdouni, o Bruno Lage voltou a dar a titularidade ao Di María, o que se revelou uma decisão muito pouco acertada, dado que o argentino não está com pedalada para este tipo de jogos, tendo regressado há pouco tempo de lesão. No entanto, isso nem foi o maior problema da 1ª parte, mas sim o facto de a lagartada ter marcado logo aos 4’ através do Trincão, depois de uma jogada típica do Gyökeres, que o assistiu. Num jogo tão decisivo, obviamente que este golo nos afectou e nunca nos conseguimos recompor na etapa inicial. Dois remates do Di María, ambos por cima, foram os nossos únicos lances perigosos. A lagartada manietou-nos bem e nunca estivemos confortáveis no jogo, até porque o Di María funcionou como um a menos.
Na 2ª parte, o Lage teve a coragem necessária de o deixar nos balneários e colocar o Schjelderup. E a equipa veio transfigurada para bem melhor. Começámos a empurrar a lagartada para o seu meio-campo e fizemos o 1-1 ainda relativamente cedo, aos 63’ pelo Aktürkoğlu, que só teve de encostar depois de uma jogada absolutamente magistral do Pavlidis, que passou por quatro(!) adversários e cruzou para o turco, cujo remate, mesmo assim, ainda bateu no Maxi Araújo. Com mais de meia-hora para jogar, precisávamos absolutamente de marcar mais um golo para virar o campeonato para o nosso lado. No entanto, só tivemos mais uma grande oportunidade, numa boa jogada do entretanto entrado Belotti pela direita, com assistência para o Pavlidis, que atirou... ao poste! Até final, o Gyökeres atirou de fora da área para defesa do Trubin e nós, apesar do domínio intenso, só tivemos mais uma chance já na compensação, mas o Schjelderup, num ressalto, falhou clamorosamente o cabeceamento, quando poderia eventualmente ter tentado dominar a bola de peito e depois rematado à baliza (embora o ângulo fosse apertado). Entretanto, o Bruno Lage já tinha feito todas as substituições, não se percebendo de todo a última, com cinco minutos para jogar e a precisar de marcar um golo, em que tirou o melhor marcador da equipa e segundo melhor do campeonato, Pavlidis, para colocar o... Arthur Cabral...! Indescritível!
Em termos individuais, o Pavlidis terá sido o nosso melhor jogador, bem secundado pelo Florentino. E foram estas as exibições que se salientaram bastante mais do que as outras, o que, quiçá, explique o empate, dadao que só duas num jogo deste é manifestamente pouco. O Aktürkoğlu esteve longe da forma dos últimos jogos, o Carreras também não se evidenciou tanto e o Kökçü lutou mais do que jogou. O Schjelderup veio melhorar a equipa, assim como o Belotti que fez a jogada que poderia ter dado o segundo golo. A defesa não esteve mal a controlar o Gyökeres durante grande parte do encontro, mas ele já tinha feito estragos logo nos minutos iniciais.
Iremos a Braga na última jornada naquilo que está longe de ser um jogo fácil. A única vantagem é que eles já não precisam do resultado, porque o 3º lugar é apenas uma miragem (teriam de nos ganhar, esperar uma derrota do CRAC em casa frente ao Nacional e superar a desvantagem na diferença de golos). Ao invés, o V. Guimarães, que vai à lagartada, precisa de igualar o resultado do Santa Clara em Faro para conseguir ir à Liga Conferência. Portanto, tem muito por que lutar. Mas, a jogar em casa, a lagartada tem tudo a seu favor.
P.S. - Não se compreende que o VAR André Narciso não tenha dito ao Sr. João Pinheiro para ir ver o lance na 1ª parte em que, na sequência de uma bola parada, o Debast não olha sequer para a bola e só se preocupa em empurrar o Otamendi... Inacreditável!
quinta-feira, maio 08, 2025
Sofrido
Apesar da disponibilidade do Di María, o Bruno Lage decidiu (e bem) deixá-lo no banco, mantendo o Amdouni na equipa titular, que foi a mesma que defrontou o AVS, com a excepção do Florentino em vez do castigado Carreras (o Dahl regressou à sua posição de origem de lateral-esquerdo). Entrámos a todo o gás e o Aursnes poderia ter inaugurado o marcador logo nos minutos iniciais, quando ficou isolado à frente do guarda-redes Robles, mas permitiu a mancha deste. No entanto, aos 7’, o mesmo Aursnes conseguiu mesmo fazer o 1-0, novamente isolado depois de assistência do Kökçü num contra-ataque rápido, ao rematar por entre as pernas do guarda-redes. O Estoril não nos conseguia criar muitas dificuldades e nós só não fomos aumentando a vantagem, porque revelámos alguma imprecisão no último passe. O segundo golo teve de surgir numa bola parada, num livre para a área, com o Dahl a colocar a bola na cabeça do Otamendi, que se antecipou ao guarda-redes.
Voltámos a entrar bem na 2ª parte, numa tentativa de fechar a partida de vez, mas não tivemos grandes chances de marcar e essa boa entrada foi sol de pouca dura. O Estoril foi equilibrando o jogo, o Amdouni lesionou-se e entrou o Schjelderup, mas nós deixámos de conseguir criar lances ofensivos. Apesar de dominar, o Estoril só teve a primeira oportunidade, porque o Otamendi fez um péssimo passe na nossa zona defensiva e depois fez penalty sobre o Begraoui. Estávamos no 65º minuto e temia-se o pior para o resto do jogo, no entanto, o Trubin foi gigante perante o mesmo Begraoui e também tivemos sorte, porque a recarga do Zanocelo bateu na barra. Livrámo-nos de boa, mas não aprendemos nada, porque logo a seguir o avançado Marqués não rematou quando estava em boa posição. O Lage chamou o Leandro Barreiro e o Belotti, mas a bola demorou a sair e o Estoril marcou... Foi aos 78’ num cruzamento do Guitane e cabeceamento do Zanocelo com o Trubin a dar a sensação de que poderia ter feito mais... Depois da entrada daqueles dois, voltámos a reassumir o jogo e o Estoril não conseguiu ter as mesmas facilidades em chegar à nossa área. E foram ambos a ter a melhor oportunidade até final, com o Barreiro a falhar o desvio e o Belotii a parecer-me derrubado na área, mas nem o Sr. João Gonçalves nem o VAR assinalaram nada... Aliás, pouco depois houve outro lance que noutros campos seria claramente penalty por mão na bola, mas não no nosso caso. Para demonstrar bem ao que vinha, o Sr. João Gonçalves deu só oito minutos de compensação... Mas teve azar, porque não houve nenhum lance onde pudesse ter uma intervenção mais directa...
Em termos individuais, o Otamendi teve uma prestação irrepreensível só manchada pelo lance do penalty, que acabou por não ter consequências negativas graças ao Trubin, que também esteve bem, embora no lance do golo pudesse ter feito mais (a bola passou-lhe por baixo da mão). Quanto ao resto da equipa, os destaques são sobretudo pela 1ª parte, com o Aktürkoğlu a confirmar o bom momento, com muito dinamismo pela faixa esquerda, e o Aursnes a ser importante pela abertura do marcador (apesar do falhanço uns minutos antes...). As entradas do Leandro Barreiro e Belotti deveriam ter acontecido mais cedo, porque deram capacidade de luta à equipa, que estava a faltar naquele momento.
Iremos receber a lagartada no sábado numa final como nunca me lembro de ter acontecido no campeonato: quem ganhar (nós, se for com diferença de pelo menos dois golos) será campeão. O empate favorecerá a lagartada, porque fica com vantagem no confronto directo, e uma vitória tangencial nossa coloca-nos a um ponto do título. Jogamos em casa, saibamos usar esse trunfo a nosso favor.
quarta-feira, abril 30, 2025
Goleada
sexta-feira, abril 25, 2025
Na final
terça-feira, abril 22, 2025
Eficácia
quarta-feira, abril 16, 2025
Desilusão e roubo
sábado, abril 12, 2025
Regresso ao Jamor
terça-feira, abril 08, 2025
PAVLIDIS!
sexta-feira, abril 04, 2025
Tremido
terça-feira, abril 01, 2025
Calmo
sexta-feira, março 28, 2025
Benfica FM | Temporada 2001/02
quinta-feira, março 27, 2025
O Centro de Dia da Selecção
quarta-feira, março 19, 2025
Susto
quinta-feira, março 13, 2025
Previsível
Com o regresso do Florentino ao onze e alinhando com possivelmente a camisola mais feia de toda a nossa história (é inacreditável como alguém no Benfica tenha deixado passar isto...!), tentámos fazer pressão alta logo desde o início, mas, a partir do momento em que o Barça a ultrapassava, criava o pânico na nossa defesa. Aos 11’, o inefável Raphinha continuava o seu caminho de ser a nossa besta negra deste ano ao inaugurar o marcador depois de um remate mal efectuado pelo Lamine Yamal, que se converteu numa assistência para o brasileiro. Reagimos muito bem e o Otamendi empatou no minuto seguinte, numa cabeçada, depois de um canto do Schjelderup, aproveitando um ligeiro desvio do Lewandowski. O Barça era naturalmente mais dominador, enquanto nós falhávamos algumas vezes por adornarmos os lances na parte final, em vez de ser mais pragmáticos. Aos 27’, os catalães puseram-se novamente em vantagem pelo Lamine Yamal num golão em arco de fora da área. Depois disto, tivemos mais dificuldades em responder e o Barça sentenciou a eliminatória aos 42’ no bis do Raphinha, depois de um contra-ataque que se seguiu a uma má decisão do Aktürkoğlu perto da baliza adversária (calcanhar em vez de um passe mais fácil e fomos apanhados em contrapé pela arrancada do Baldé).
Na 2ª parte, os catalães baixaram (e muito) o ritmo, mas sem nunca perderem o controlo do jogo. Ainda metemos a bola na baliza pelo Aursnes, mas o Pavlidis estava fora-de-jogo no início da jogada. Continuámos a tentar ao longo dos segundos 45 minutos, mas sem nunca conseguimos verdadeiramente colocar o Barça em sentido. O Bruno Lage, para variar, lá tirou o Schjelderup (é sempre dos primeiros a sair, não há que saber...) e colocou o Amdouni (também saiu o Aktürkoğlu para entrar o Renato Sanches), mas ficámos a perder, porque o suíço passou um pouco ao lado da partida. O Barça só não alargou a vantagem, porque o De Jong falhou uma emenda perto da pequena-área. Até final, ainda houve uma boa jogada individual do Renato Sanches culminada com um péssimo remate de pé esquerdo muito por cima e uma cabeçada do Amdouni que iria na direcção da baliza, se não fosse ter ficado nos pés do Koundé antes de lá chegar.
Em termos individuais, o Otamendi terá sido o melhor e não só pelo golo, já que se fartou de cortar bolas, estando sempre muito em jogo. Saúda-se o regresso do Florentino, embora se tenha percebido que não estava na sua melhor forma. O Aursnes também esteve muito bem, especialmente na 2ª parte. Já os turcos (Kökçü e Aktürkoğlu) estiveram no pólo oposto, provavelmente como consequência do Ramadão. O Schjelderup, infelizmente, deve ter feito dos últimos minutos da temporada, porque já se percebeu que o Lage não gosta nada dele e vai preferir sempre o Bruma para aquela posição. O Pavlidis não esteve mal, com a ressalva negativa para os inúmeros foras-de-jogo em que foi apanhado.
Iremos no domingo a Vila do Conde antes da pausa para a selecções. Terá havido tempo de descanso suficiente desde Barcelona e espera-se uma vitória, apesar de ser um campo tradicionalmente difícil. Foco total no campeonato a partir de agora!
terça-feira, março 11, 2025
Tranquilo
Com o regresso dos suplentes por estarmos a meio da eliminatória da Champions frente ao Barcelona, eu tinha pedido um jogo calmo e decidido relativamente cedo para não me enervar em dia de aniversário, e o Benfica fez-me a vontade. Abrimos o marcador logo aos 5’ pelo Amdouni, depois de uma recuperação do Dahl a aproveitar um mau passe do guarda-redes Lucas França na saída de bola. No entanto, este guarda-redes esteve em grande minutos depois ao defender um remate do Belotti e principalmente outro do Amdouni, que ainda estou para saber como não entrou... Aos 19’, penalty a nosso favor, por derrube sobre o Belotti, que o Kökçü converteu sem hipóteses para o Lucas França, fazendo o 2-0. Até ao intervalo, poderíamos (e deveríamos) ter resolvido a partida de vez, mas o guarda-redes continuava a exibir-se em bom plano e os nossos avançados mantinham-se perdulários, com realce para uma boa jogada de combinação entre o Amdouni, Kökçü e Belotti, com este a permitir a intervenção do guarda-redes na cara deste. Em cima do intervalo, o VAR Sr. Ricardo Baixinho sinalizou um pequeno toque do António Silva num avançado e o árbitro Sr. André Narciso assinalou penalty contra nós. Teria sido péssimo ir para o descanso com o jogo, que já deveria estar mais do que resolvido nesta altura, em aberto, mas felizmente o Samuel Soares fez uma magnífica defesa ao penalty do Dudu.
A 2ª parte começou praticamente com uma bola à barra do Bruma numa jogada de contra-ataque e, pouco depois, o mesmo Bruma estava em fora-de-jogo quando fez a assistência para o Dahl, que assim viu ser anulado um golão seu de pé direito de fora da área. Dez minutos depois do recomeço, uma perda de bola em zona perigosa do Amdouni deu ao Nacional a única verdadeira oportunidade, mas o remate do Dudu já na pequena área saiu felizmente ao lado. Daqui até final, a partida foi-se arrastando sem que nós conseguíssemos criar grande perigo, mesmo com a entrada de alguns titulares, até que mesmo em cima dos 90’, num livre para a área, um defesa do Nacional colocou a mão na bola e o entretanto entrado Pavlidis marcou um dos melhores penalties de que me lembro: golo ao canto superior esquerdo da baliza, sem a mínima hipótese para o Lucas França. Fazíamos o 3-0 selando uma vitória tranquila, tal como eu tinha pedido.
Em termos individuais, o Amdouni esteve em destaque durante a 1ª parte, mas depois decaiu a seguir ao intervalo, assim como o Kökçü. Quanto ao Dahl, é mesmo para exercer a opção o mais depressa possível, porque já ninguém duvida que é uma mais-valia. O Belotti falhou um golo feito, mas é um upgrade em relação ao Cabral como suplente do Pavlidis. O Samuel Soares foi muitíssimo importante com aquele penalty defendido que, a ser concretizado, tornaria a 2ª parte muito mais stressante. O Otamendi atravessa uma das melhores fases do ano.
Jogamos daqui a algumas horas em Barcelona o acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Será uma missão (quase) impossível, mas o que se exige é que a equipa esteja à altura da história do clube e dê a maior luta que conseguir. De qualquer forma, o jogo em Vila do Conde no próximo domingo é que é fundamental.
quinta-feira, março 06, 2025
Desperdício
sábado, março 01, 2025
A caminho do Jamor
terça-feira, fevereiro 25, 2025
Supremacia
Perante o último classificado e depois de uma jornada europeia, o Bruno Lage promoveu novamente a rotação da equipa. E começou logo pela baliza, com o Samuel Soares a substituir o Trubin, que esteve longe de estar bem frente ao Mónaco e é bom que sinta que o lugar não esteja completamente seguro. O Leandro Santos voltou à lateral-direita e a frente de ataque foi toda renovada, com o Belotti, Amdouni, Bruma e Dahl. Começámos numa toada muito morna, com o Amdouni a falhar uma oportunidade clamorosa, de peito, em cima da baliza, depois de um canto. O Boavista, com muitos reforços de Inverno, mas ainda quase nada entrosados com a equipa, não criava perigo praticamente nenhum e fomos nós a abrir o marcador aos 28’ numa boa jogada do Bruma pela esquerda, com assistência para o Belotti na área desfeitear o guarda-redes. Até ao intervalo, foi o italiano a estar em destaque com um remate de primeira ao poste, depois de centro na direita, e outro bem defendido pelo Vaclik (a primeira de uma série inacreditável de defesas), que não se percebe como é que estava desempregado...
Tudo se tornou ainda mais desequilibrado pouco depois do intervalo com a (justa) expulsão do Reisinho por ter atingido com os pitons a perna do Kökçü. Teve seguimento o nosso festival de desperdício, com o Vaclik a continuar a ser o grande responsável. O Amdouni e o Bruma viram-no defender quando estavam isolados perante ele, com o Belotti também a ter uma ocasião em que o guarda-redes defendeu com o ombro. Foi preciso entrar o Pavlidis para que fizéssemos o golo da tranquilidade aos 70’, ao desviar para a baliza uma assistência do Aktürkoğlu, também entrado, na direita depois de ser desmarcada por um passe do Kökçü. Logo a seguir, o Vaclik fez possivelmente a sua melhor defesa, quase à queima-roupa, num remate de recarga a meias entre o Kökçü e o Pavlidis. Até que aos 77’ fechámos de vez a partida com o 3-0 num penalty indiscutível sobre o Dahl, que o Kökçü marcou sem espinhas. Até final, ainda deu para entrar novamente o Nuno Félix e para a estreia do Diogo Priostes na equipa principal.
Em termos individuais, o Dahl foi para mim o melhor em campo. Muito inteligente a jogar, com boa capacidade técnica, está a ser uma indiscutível mais-valia. É bom que preparemos 8 M€ para exercer a opção de compra à Roma. O Belotti também esteve em destaque, em especial na 1ª parte, com um golo e mais duas chances que lhe poderia ter valido um hat-trick. O Bruma ficou em branco, mas teve intervenção no primeiro golo e está a revelar-se igualmente muito útil, porque deu rendimento imediato. Sem ter de forçar muito, no geral, toda a equipa se exibiu a um nível satisfatório.
Defrontaremos amanhã o Braga nos quartos-de-final da Taça e, em caso de vitória, jogaremos as meias-finais frente a uma equipa do Campeonato de Portugal, pelo que temos uma completa via aberta para ir ao Jamor. Estamos em todas as frentes, mas há que chegar aos jogos decisivos, pelo que a concentração competitiva é fundamental nesta fase, em que a equipa começa a revelar algum desgaste físico.