terça-feira, fevereiro 11, 2025
Sofrido – parte II
Vencemos o Moreirense no passado sábado por 3-2 e aproveitámos o empate da lagartada em Mordor (1-1) para estar agora equidistante dos dois: quatro pontos à frente do CRAC e a quatro dos verdes. Conseguimos o mais importante, mas foi uma partida muito parecida com a da Amadora, em que ficámos a ganhar por dois golos muito cedo e acabámos com o credo na boca.
Quando aos 15’, o Pavlidis já tinha feito um bis com um penalty aos 7’ e um remate na pequena-área na sequência de um canto, estava longe de imaginar o que viria a seguir. Resolver cedo um jogo antes das competições europeias é algo que todas as equipas ambicionam, mas o jogo voltou a reabrir aos 19’ quando o Moreirense reduziu pelo Benny, com a bola ainda a desviar no Otamendi, num lance um pouco consentido da nossa parte, dado que resultou de um lançamento lateral a favor deles. Abanámos um bocado e poderíamos ter sofrido um empate também num canto, mas um jogador à beira da baliza atirou por cima. Pouco depois da meia-hora, com apenas dois minutos de intervalo, aconteceram dois lances que tiveram exactamente a mesma consequência e que espero que não nos dêem cabo da época: o Bah e o Manu fizeram ambos uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo e só voltam já depois do início da nova temporada! Nunca tinha visto nada assim! Em cima do descanso, aos 42’, na sequência de outro canto voltámos a alargar a vantagem para dois golos num cabeceamento do Otamendi. Era fundamental voltarmos a ter essa tranquilidade, mas mesmo assim no tempo de compensação da 1ª parte o Trubin salvou-nos de sofrer outro golo, fazendo bem a mancha a um adversário, depois de ter também defendido uma cabeçada deste.
Depois do intervalo, o jogo baixou de ritmo, mas o Moreirense nunca desistiu dele e acabou por ter tantas chances como nós. Um remate do Aursnes foi defendido pelo guarda-redes Kewin, que também conseguiu roubar a bola ao entretanto entrado Leandro Barreiro, que o tentou contornar em vez de rematar logo. Na nossa baliza, contámos um pouco com a aselhice adversária, especialmente numa cabeçada à vontade só com o Trubin pela frente, que saiu ao lado. Num remate de longe, foi o guardião ucraniano a defender para canto, mas aos 85’ numa péssima saída de bola do Carreras, com um passe muito arriscado para o meio, interceptado por um avançado, o Moreirense fez mesmo o 3-2 através do Ivo Rodrigues. O Bruno Lage, só com uma paragem para fazer por via das duas lesões na 1ª parte, estreou o Belotti e o Bruma, para além da entrada do já referido Leandro Barreiro, mas não nos livrámos de terminar o jogo muito desconfortáveis, com um último lance a ser contestado pelo adversário, mas dá-me a sensação de que o Florentino tem o braço encostado ao corpo quando corta a bola para canto. De qualquer forma, é incompreensível que a BTV só tenha mostrado imagens de um ângulo na repetição! Pomo-nos a jeito para nos criticaram e eu detesto isso, porque gosto de ter moral para falar! Não pode ter havido só duas câmaras a filmarem o lance. Lamentável!
Em termos individuais, destaque para os dois golos do Pavlidis, que espero que tenha finalmente atinado com a baliza. O Schjelderup não esteve tão em destaque como em partidas anteriores, mas nunca desiste de tentar algo diferente. O Trubin foi importante para não sofrermos mais golos e a equipa melhorou com a entrada do Florentino, aquando da lesão do Manu.
Iremos amanhã ao Mónaco para a Champions e quase que aposto que a equipa se vai exibir a um melhor nível. No entanto, há que não esquecer que o campeonato é o principal objectivo, pelo que esta diferença de postura competitiva entre as duas competições é algo que tem de ser corrigido rapidamente.
terça-feira, fevereiro 04, 2025
Sofrido
Vencemos no domingo o Estrela na Amadora pela margem mínima
(3-2) e continuamos a seis pontos da lagartada, que venceu o Farense em
casa por 2-0, tendo agora dois de vantagem perante o CRAC, que foi empatar a
Vila do Conde (2-2). Foi uma vitória justa num jogo que deveria ter sido muito
mais descansado do que foi.
É difícil de perceber algumas das idiossincrasias do Bruno Lage. Como, por exemplo, o que é que ele tem contra o Schjelderup...?! Desde a rábula da substituição dele ao intervalo na final da Taça da Liga, depois de ter apontado o nosso golo, até ser quase constantemente dos primeiros a sair, com a pièce de résistance ter ido para o banco nesta partida...! Ele que é indiscutivelmente um dos jogadores em melhor forma do plantel e dos poucos desequilibradores que temos actualmente. Entrou no onze o Aktürkoğlu, que não está actualmente de todo ao mesmo nível do norueguês. Outra novidade foi a entrada directa do Manu no onze, por troca com o Florentino, que tinha sido dos melhores em Turim. No entanto, apesar daquela decisão muito discutível na formação da equipa (o Schjelderup no banco), não poderíamos ter entrado melhor, com o 0-1 a surgir logo aos 6’ num canto através do Otamendi ao segundo poste, com a bola a ser defendida claramente para lá da linha, mas a equipa de arbitragem a ter necessidade da confirmação do VAR... Aos 10’, aumentámos a vantagem com um autogolo do Dramé, depois de livre directo do Di María, e, pensámos todos, dávamos a estocada final. Puro engano. O Estrela Amadora reduziu aos 28’ num remate de fora-da-área do Diogo Travassos, que o Otamendi tentou interceptar, mas só conseguiu desviar do alcance do Trubin. No entanto, aos 35’ voltámos a ter dois golos de diferença, com um remate indefensável do Pavlidis, depois de intercepção do Manu no meio-campo. Até ao intervalo, deveríamos ter resolvido o encontro de vez, com um chapéu do Aktürkoğlu ainda a tocar ligeiramente no poste, depois de ser isolado por um mau atraso de cabeça do Ferro.
A 2ª parte começou pessimamente com novo golo do Estrela Amadora. Não foi só o facto de ter sido golo, foi mais até o tremendo disparate que lhe deu origem...! Má reposição de bola do Trubin, má recepção do Pavlidis, com a bola a voltar para a nossa área, onde estava o Chico Banza sozinho, que só teve de contornar o Trubin e marcar...! Quase digno dos Apanhados... Inacreditável! Perante uma equipa com tremendas dificuldades técnicas, oferecemos-lhe a oportunidade de voltar à discussão do jogo. Voltámos naturalmente a dominá-lo, mas estando sempre sujeitos a um lance fortuito que deitasse tudo a perder. Tivemos oportunidades pelo Aursnes (defendida pelo guarda-redes com a cabeça!), pelo Di María (num remate muito fraco) e pelo Pavilis, que depois de se ter desenvencilhado de dois defesas rematou incompreensivelmente por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente! O Lage começou a fazer substituições e foi o Arthur Cabral que esteve no lance do penalty a nosso favor por mão na bola. No entanto, parece que ninguém na estrutura se lembra dos dois penalties falhados pelo Cabral no mesmo jogo(!) da temporada passada frente ao Chaves e colocaram-no de novo a marcar este. Resultado? Nova defesa do guarda-redes! Poderíamos ter selado a vitória em cima dos 90’, mas ainda deixámos o jogo na incerteza até ao apito final. O mesmo Cabral ainda teve um calcanhar que foi defendido pelo Gudzulic, mas, felizmente, o Estrela Amadora não conseguiu ter mais nenhum lance que colocasse em perigo a nossa baliza e acabámos mesmo por conseguir os três pontos.
Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter estado em todos os nossos golos: desviou a bola para o Otamendi no canto do primeiro, rematou e a bola embateu no Dramé no segundo e marcou o terceiro. Porém, o segundo golo deveria ter sido dele, porque acertou mal na bola e, naquela boa jogada na 2ª parte, não se percebe como é que depois remata pessimamente...! O Manu teve uma óptima estreia a titular, dando imensa fluidez ao nosso jogo no meio-campo, principalmente porque joga quase sempre ao primeiro toque. Todo o resto da equipa esteve num nível mediano.
Esta semana, excepcionalmente, não temos jogo a meio dela e espero que a equipa aproveite para descansar, dado que vem aí outra sequência infernal de partidas, muitas delas (Taça de Portugal e Champions) decisivas. No próximo sábado, receberemos o Moreirense na Luz e há que aproveitar o confronto entre o CRAC e a lagartada para roubar pontos a quem os perder.
É difícil de perceber algumas das idiossincrasias do Bruno Lage. Como, por exemplo, o que é que ele tem contra o Schjelderup...?! Desde a rábula da substituição dele ao intervalo na final da Taça da Liga, depois de ter apontado o nosso golo, até ser quase constantemente dos primeiros a sair, com a pièce de résistance ter ido para o banco nesta partida...! Ele que é indiscutivelmente um dos jogadores em melhor forma do plantel e dos poucos desequilibradores que temos actualmente. Entrou no onze o Aktürkoğlu, que não está actualmente de todo ao mesmo nível do norueguês. Outra novidade foi a entrada directa do Manu no onze, por troca com o Florentino, que tinha sido dos melhores em Turim. No entanto, apesar daquela decisão muito discutível na formação da equipa (o Schjelderup no banco), não poderíamos ter entrado melhor, com o 0-1 a surgir logo aos 6’ num canto através do Otamendi ao segundo poste, com a bola a ser defendida claramente para lá da linha, mas a equipa de arbitragem a ter necessidade da confirmação do VAR... Aos 10’, aumentámos a vantagem com um autogolo do Dramé, depois de livre directo do Di María, e, pensámos todos, dávamos a estocada final. Puro engano. O Estrela Amadora reduziu aos 28’ num remate de fora-da-área do Diogo Travassos, que o Otamendi tentou interceptar, mas só conseguiu desviar do alcance do Trubin. No entanto, aos 35’ voltámos a ter dois golos de diferença, com um remate indefensável do Pavlidis, depois de intercepção do Manu no meio-campo. Até ao intervalo, deveríamos ter resolvido o encontro de vez, com um chapéu do Aktürkoğlu ainda a tocar ligeiramente no poste, depois de ser isolado por um mau atraso de cabeça do Ferro.
A 2ª parte começou pessimamente com novo golo do Estrela Amadora. Não foi só o facto de ter sido golo, foi mais até o tremendo disparate que lhe deu origem...! Má reposição de bola do Trubin, má recepção do Pavlidis, com a bola a voltar para a nossa área, onde estava o Chico Banza sozinho, que só teve de contornar o Trubin e marcar...! Quase digno dos Apanhados... Inacreditável! Perante uma equipa com tremendas dificuldades técnicas, oferecemos-lhe a oportunidade de voltar à discussão do jogo. Voltámos naturalmente a dominá-lo, mas estando sempre sujeitos a um lance fortuito que deitasse tudo a perder. Tivemos oportunidades pelo Aursnes (defendida pelo guarda-redes com a cabeça!), pelo Di María (num remate muito fraco) e pelo Pavilis, que depois de se ter desenvencilhado de dois defesas rematou incompreensivelmente por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente! O Lage começou a fazer substituições e foi o Arthur Cabral que esteve no lance do penalty a nosso favor por mão na bola. No entanto, parece que ninguém na estrutura se lembra dos dois penalties falhados pelo Cabral no mesmo jogo(!) da temporada passada frente ao Chaves e colocaram-no de novo a marcar este. Resultado? Nova defesa do guarda-redes! Poderíamos ter selado a vitória em cima dos 90’, mas ainda deixámos o jogo na incerteza até ao apito final. O mesmo Cabral ainda teve um calcanhar que foi defendido pelo Gudzulic, mas, felizmente, o Estrela Amadora não conseguiu ter mais nenhum lance que colocasse em perigo a nossa baliza e acabámos mesmo por conseguir os três pontos.
Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter estado em todos os nossos golos: desviou a bola para o Otamendi no canto do primeiro, rematou e a bola embateu no Dramé no segundo e marcou o terceiro. Porém, o segundo golo deveria ter sido dele, porque acertou mal na bola e, naquela boa jogada na 2ª parte, não se percebe como é que depois remata pessimamente...! O Manu teve uma óptima estreia a titular, dando imensa fluidez ao nosso jogo no meio-campo, principalmente porque joga quase sempre ao primeiro toque. Todo o resto da equipa esteve num nível mediano.
Esta semana, excepcionalmente, não temos jogo a meio dela e espero que a equipa aproveite para descansar, dado que vem aí outra sequência infernal de partidas, muitas delas (Taça de Portugal e Champions) decisivas. No próximo sábado, receberemos o Moreirense na Luz e há que aproveitar o confronto entre o CRAC e a lagartada para roubar pontos a quem os perder.
sexta-feira, janeiro 31, 2025
Bipolaridade
Vencemos a Juventus em Turim na 4ª feira (2-0) na última jornada
da Champions e qualificámo-nos para o play-off como cabeças-de-série.
Depois do descalabro frente ao Casa Pia e do vendaval que o áudio do Bruno Lage
provocou, não poderíamos ter dado uma melhor resposta em campo. A qual
confirmou que, nesta época, somos autenticamente uma equipa bipolar.
Com o Carreras castigado e o Beste prestes a ser vendido (mas a estar no banco), o Lage colocou o Bah na lateral-esquerda. O jogo começou em alta rotação e aos 6’, já poderia estar 1-3 para nós! O Di María centrou de trivela muito alto e o Pavlidis, que só tinha de encostar, não conseguiu chegar à bola, o Schjelderup rematou cruzado ao lado quando estava cara-a-cara com o guarda-redes, o Mbangula de cabeça colocou o Trubin à prova e novamente o Schjelderup, desmarcado muito bem pelo Pavlidis, permitiu a defesa com o pé do Perin. E só tinham passado literalmente meia-dúzia de minutos de jogo! Estávamos bastante melhor do que a Juventus na partida e colocámo-nos muito justamente na frente aos 16’ num alívio do Aursnes, a seguir a um canto, que o Bah dominou muito bem e isolou-se, tendo dado para o lado para o Pavlidis só ter de encostar (no entanto, o remate do grego passou muito perto do guarda-redes, pelo que ele acabou por ter alguma sorte por ter conseguido marcar; com uma baliza tão grande, não se percebe como é que ele não desviou mais a bola para não correr riscos...). A Juventus não conseguia responder, sendo o parvalhão do Francisco Conceição o jogador mais perigoso deles, e foram do Pavlidis as duas melhores oportunidades até ao intervalo, com um cabeceamento que deu a sensação de golo, mas o Perin defendeu, e, em cima do intervalo, estando completamente isolado(!), rematou à figura... Inacreditável! (Mas a dar razão àquela minha impressão de que o remate do golo também não foi nada bem feito...)
Na 2ª parte, remetemo-nos um pouco mais à defesa, mas sem deixar os italianos criar assim tantas oportunidades. Para isso, muitos contribuíram algumas intercepções que o Otamendi e o António Silva foram fazendo. No ataque, o Kökçü teve um remate ao lado logo nos primeiros minutos, mas os italianos só criaram verdadeiro perigo com um disparo do Kenan Yildiz à malha lateral. O Lage foi fazendo substituições, tendo entrado o Leandro Barreiro e o Aktürkoğlu para os lugares do Di María e Schjelderup, e foi o luxemburguês a aparecer bem na frente, mas a não conseguir desviar convenientemente um cruzamento da esquerda do turco. A dez minutos do fim, demos a estocada final através do Kökçü com um remate colocado já na área, depois de uma assistência do Pavlidis com o Aktürkoğlu a ter um papel importante, ao deixar passar a bola entre as pernas para o seu compatriota. O empate teria chegado para a qualificação, mas a vitória saberia muito melhor e, com tão pouco tempo para jogar, não seria crível que os italianos conseguissem dar a volta ao jogo, como não conseguiram. O prémio suplementar de termos ganho foi o facto de sermos cabeças-de-série no sorteio, o que nos permite ter a 2ª mão do play-off na Luz.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis, com um golo e uma assistência. Mas quem encheu verdadeiramente o campo foi o Florentino, que prova mais uma vez a sua imprescindibilidade neste tipo de jogos. Não deixou os adversários descansarem um só minuto! O Schjelderup voltou a ser um perigo à solta na esquerda, mas tem de melhorar o seu remate com o pé canhoto... O Di María passeou classe nalguns pormenores, embora não tenha estado envolvido nos golos. Boa partida igualmente de toda a defesa, com especial menção para o Bah numa posição que não é a sua. O Trubin esteve igualmente bastante seguro.
Altura de mudar o foco para o campeonato, algo que não tem sido muito apanágio desta equipa. Iremos à Amadora defrontar o Estrela no domingo e não podemos correr o risco de perder mais pontos para a lagartada. A Liga dos Campeões é muito boa para o prestígio, mas eu quero é títulos!
P.S. – Entretanto, aconteceu esta manhã o sorteio do play-off e só tínhamos dois adversários possíveis: Mónaco ou Brest. Eu teria preferido este, mas iremos voltar a defrontar os monegascos, que derrotámos já nesta Champions numa partida em que tivemos bastante sorte. Toda a atenção é pouco, até porque eles quererão desforrar-se disso...
Com o Carreras castigado e o Beste prestes a ser vendido (mas a estar no banco), o Lage colocou o Bah na lateral-esquerda. O jogo começou em alta rotação e aos 6’, já poderia estar 1-3 para nós! O Di María centrou de trivela muito alto e o Pavlidis, que só tinha de encostar, não conseguiu chegar à bola, o Schjelderup rematou cruzado ao lado quando estava cara-a-cara com o guarda-redes, o Mbangula de cabeça colocou o Trubin à prova e novamente o Schjelderup, desmarcado muito bem pelo Pavlidis, permitiu a defesa com o pé do Perin. E só tinham passado literalmente meia-dúzia de minutos de jogo! Estávamos bastante melhor do que a Juventus na partida e colocámo-nos muito justamente na frente aos 16’ num alívio do Aursnes, a seguir a um canto, que o Bah dominou muito bem e isolou-se, tendo dado para o lado para o Pavlidis só ter de encostar (no entanto, o remate do grego passou muito perto do guarda-redes, pelo que ele acabou por ter alguma sorte por ter conseguido marcar; com uma baliza tão grande, não se percebe como é que ele não desviou mais a bola para não correr riscos...). A Juventus não conseguia responder, sendo o parvalhão do Francisco Conceição o jogador mais perigoso deles, e foram do Pavlidis as duas melhores oportunidades até ao intervalo, com um cabeceamento que deu a sensação de golo, mas o Perin defendeu, e, em cima do intervalo, estando completamente isolado(!), rematou à figura... Inacreditável! (Mas a dar razão àquela minha impressão de que o remate do golo também não foi nada bem feito...)
Na 2ª parte, remetemo-nos um pouco mais à defesa, mas sem deixar os italianos criar assim tantas oportunidades. Para isso, muitos contribuíram algumas intercepções que o Otamendi e o António Silva foram fazendo. No ataque, o Kökçü teve um remate ao lado logo nos primeiros minutos, mas os italianos só criaram verdadeiro perigo com um disparo do Kenan Yildiz à malha lateral. O Lage foi fazendo substituições, tendo entrado o Leandro Barreiro e o Aktürkoğlu para os lugares do Di María e Schjelderup, e foi o luxemburguês a aparecer bem na frente, mas a não conseguir desviar convenientemente um cruzamento da esquerda do turco. A dez minutos do fim, demos a estocada final através do Kökçü com um remate colocado já na área, depois de uma assistência do Pavlidis com o Aktürkoğlu a ter um papel importante, ao deixar passar a bola entre as pernas para o seu compatriota. O empate teria chegado para a qualificação, mas a vitória saberia muito melhor e, com tão pouco tempo para jogar, não seria crível que os italianos conseguissem dar a volta ao jogo, como não conseguiram. O prémio suplementar de termos ganho foi o facto de sermos cabeças-de-série no sorteio, o que nos permite ter a 2ª mão do play-off na Luz.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis, com um golo e uma assistência. Mas quem encheu verdadeiramente o campo foi o Florentino, que prova mais uma vez a sua imprescindibilidade neste tipo de jogos. Não deixou os adversários descansarem um só minuto! O Schjelderup voltou a ser um perigo à solta na esquerda, mas tem de melhorar o seu remate com o pé canhoto... O Di María passeou classe nalguns pormenores, embora não tenha estado envolvido nos golos. Boa partida igualmente de toda a defesa, com especial menção para o Bah numa posição que não é a sua. O Trubin esteve igualmente bastante seguro.
Altura de mudar o foco para o campeonato, algo que não tem sido muito apanágio desta equipa. Iremos à Amadora defrontar o Estrela no domingo e não podemos correr o risco de perder mais pontos para a lagartada. A Liga dos Campeões é muito boa para o prestígio, mas eu quero é títulos!
P.S. – Entretanto, aconteceu esta manhã o sorteio do play-off e só tínhamos dois adversários possíveis: Mónaco ou Brest. Eu teria preferido este, mas iremos voltar a defrontar os monegascos, que derrotámos já nesta Champions numa partida em que tivemos bastante sorte. Toda a atenção é pouco, até porque eles quererão desforrar-se disso...
terça-feira, janeiro 28, 2025
Inconcebível
Perdemos frente ao Casa Pia em Rio Maior no passado sábado (1-3) e, com a vitória da lagartada em casa frente ao Nacional (2-0), passámos a ter uma diferença de seis pontos para o 1º lugar. E só não caímos para terceiro, porque dois penalties não foram suficientes para o CRAC ganhar ao Santa Clara em Mordor (1-1), ficando com os mesmos pontos do que nós. Fazendo contas simples, quando o Bruno Lage chegou ao Benfica, estávamos a cinco pontos da liderança, com um jogo em atraso, agora, depois deste descalabro de três derrotas nas últimas quatro jornadas para o campeonato, estamos a seis...
Estando a ter uma semana muito intensa em termos de trabalho, não consegui fazer o post mais cedo e, para ser franco, também não tinha muita vontade de escrever e isto vai ser mais curto. Até entrámos bem na partida (para variar um bocado) e colocámo-nos em vantagem aos 14’ num penalty do Di María, depois de um derrube claro ao Leandro Barreiro. O Aktürkoğlu ainda atirou uma bola ao poste, mas a partir da meia-hora o jogo virou. Um mau passe do António Silva resultou no golo do empate pelo Cassiano aos 32’.
Na 2ª parte, tentámos responder, mas sem muito engenho, até porque o Bruno Lage tinha feito algumas poupanças na equipa, com o Pavlidis e o Schjelderup de fora, eles que tinham sido dos melhores frente ao Barcelona. O Casa Pia colocou-se na frente aos 60’ através de um contra-ataque concretizado pelo Nuno Moreira e deu a estocada final já na compensação, também noutro contra-ataque, pelo Livolant.
Não vou fazer destaques individuais, porque o que se passou foi mau demais. Para piorar as coisas, ainda saiu a público um áudio de uma conversa do Bruno Lage com alguns adeptos, aquando do regresso a Lisboa, que é sintomática do desnorte que a equipa vive.
Iremos amanhã defrontar a Juventus numa partida importantíssima para a nossa continuidade na Liga dos Campeões, em que um empate nos assegura a qualificação. Mas nem quero pensar no que poderá acontecer caso não a consigamos...
quinta-feira, janeiro 23, 2025
Injustíssimo
Perdemos 4-5 com o Barcelona na Luz na passada 3ª feira e perdemos a hipótese de nos qualificarmos já para o play-off da Champions. Como o resultado dá a transparecer, foi uma partida memorável para quem gosta de futebol, mas com um desfecho que, para além de ser injusto em termos futebolísticos, teve dedinhoa mais da equipa de arbitragem...
Com o Di María já recuperado, mas a ficar (e bem) no banco, o Lage fez regressar o Aursnes para o lugar do Leandro Barreiro. O jogo não poderia ter começado melhor para nós com o 1-0 a surgir logo aos 2’ através do Pavlidis, num remate de primeira de pé esquerdo à ponta-de-lança, depois de um centro também de primeira do Carreras na esquerda, na sequência de uma variação de flanco do Tomás Araújo, com o Schjelderup no meio inteligentemente a deixar passar a bola para o grego. Praticamente logo a seguir, foi o Aursnes a falhar uma soberana oportunidade só com o guarda-redes pela frente, depois de nova assistência do Carreras, atirando ao lado. O Barcelona respondeu aos 13’ num penalty assinalado pelo VAR por pisão do Tomás Araújo e concretizado pelo Lewandonski. Os catalães tinham mais posse de bola, como era expectável, mas nós lançávamos perigosos contra-ataques, quando tínhamos oportunidade para isso. E foi num passe longo do Otamendi que voltámos a estar à frente do marcador, com o Szczesny a sair mal da baliza e chocar com o Baldé, deixando o Pavlidis completamente sozinho com a bola para fazer o 2-1. À passagem da meia-hora, tivemos a primeira situação de dois golos de vantagem, com um penalty do Szczesny sobre o Aktürkoğlu, que o Pavlidis concretizou para o seu primeiro hat-trick com o manto sagrado. E que jogo bem escolhido para o fazer! Antes do início do jogo, por graça, tinha comentado com os meus companheiros de bancada, que o Pavlidis iria fazer três golos neste jogo. Que pena não ter apostado...! Até ao intervalo, ainda apanhámos dois sustos, num remate de primeira do Yamal, que felizmente não acertou na bola, e outra oportunidade bem mais descarada do Raphinha, com um remate ao lado, depois de uma saída de bola suicida da nossa parte.
Na 2ª parte, tivemos mais cautelas de início com a expectável subida do Barça no terreno. Mesmo assim, o Aursnes voltou a falhar um golo quase feito, quando ficou isolado perante o guarda-redes e não rematou bem, depois de uma óptima assistência do Schjelderup. Aos 64’, uma reposição de bola falhada pelo Trubin acertou na cabeça do Raphinha e foi para o fundo das nossas redes. Ainda faltava imenso tempo e eu estava a ver tudo a começar a andar para trás, mas aos 68’ voltámos à diferença de dois golos, com o 4-2 através de um autogolo do Ronald Araújo, depois de um centro na esquerda do Schjelderup. O Lage começou a fazer substituições e, quanto a mim, mal, porque a equipa estava compacta, lançando o Di María e o Bah, e tirando os dois alas. Poucos minutos antes, o Schjelderup tinha feito uma fantástica jogada individual, em que só faltou conseguir meter a bola num colega, pelo que a sua substituição não se percebeu de todo. Aos 78’ o Sr. Makkelie, dos Países Baixos, começou a inclinar o campo ao assinalar um penalty muitíssimo duvidoso do Carreras sobre o Yamal. Houve um ligeiro toque do nosso jogador no ombro do adversário e este aproveitou para se deixar cair. O Lewandowski não perdoou e fez o 4-2. Ainda entraram o Rollheiser e o Amdouni, mas foi mesmo Barça a chegar à igualdade aos 86’ pelo Eric García, que saltou à vontade num canto e desfeiteou o Trubin. Em cima dos 90’, o Di María num contra-ataque teve a vitória nos pés, ao ficar isolado, mas permitiu a defesa do guarda-redes. Até que aos 96’ aconteceu o impensável: livre para a área do Barcelona, por falta sobre o Carreras (que ficou furioso por não ter tido assistência médica), houve uns quantos ressaltos e o Leandro Barreiro é empurrado por trás quando tentar chegar à bola. O Sr. Makkelie não marca nada, há um contra-ataque catalão, em que é o Carreiras a ir atrás do Raphinha, mas a não conseguir impedir que este fizesse o 4-5. Escandalosamente, o VAR não assinalou nada e o golo foi validado...! Perante o jogo que foi e os penalties que foram marcados, é absolutamente incompreensível que este não o tenha sido. Ou melhor, até é compreensível, porque isso muito provavelmente significaria uma vitória transformada em derrota para o Barcelona... E a Uefa não ia gostar disso... (De recordar que esta figurinha do Sr. Danny Makkelie já tinha sido responsável por este roubo.)
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis com os seus três golos. O Schjelderup esteve sempre endiabrado na esquerda e não tem medo de enfrentar qualquer adversário. O Carreras estava a ser o melhor na 1ª parte, mas caiu um pouco após o intervalo e esteve envolvido no duvidoso penalty sobre o Yamal. No meio-campo, o Florentino foi o muro do costume e o Kökçü é os olhos do nosso ataque. A equipa esteve em geral a um nível muito elevado, com excepção do Trubin, que ficou ligado directamente ao 3-2 e, no último golo, TEM DE sair da baliza ao encontro do Raphinha para tentar não o deixar chegar à bola. O Tomás Araújo, na lateral-direita, esteve também abaixo do que já demonstrou.
Iremos para a semana a Turim, defrontar a Juventus, e um empate serve para nos qualificarmos. A derrota também poderá servir, mas aí teríamos de fazer contas, pelo que é melhor estarmos salvaguardados desse aspecto. Depois do que exibimos na Champions deste ano, seria uma desilusão ficarmos de fora dos play-off.
terça-feira, janeiro 21, 2025
Leandro Barreiro
Vencemos na passada 6ª feira o Famalicão na Luz (4-0) e, graças à derrota do CRAC em Barcelos perante o Gil Vicente (3-1), temos agora um ponto de vantagem sobre eles e estamos a três da lagartada, que ganhou 3-0 em Vila do Conde.
Vários motivos impediram-me de escrever mais cedo e estamos a poucas horas do Benfica – Barcelona para a Champions, razão pela qual este post vai ser curto. Foi uma vitória calma da nossa parte, dado que inaugurámos o marcador logo aos 11’ pelo Leandro Barreiro, à ponta-de-lança, depois de um cruzamento do Pavlidis. O Famalicão fez aquela cena muito espertinha, que me irrita sobremaneira, de nos trocar as voltas na escolha de campo, pelo que estava a torcer por uma goleada para eles aprenderem e ela quase aconteceu (para mim, só a partir de cinco é que é uma goleada). Chegámos ao intervalo com dois golos de vantagem, porque o Leandro Barreiro bisou aos 36’ num toque subtil, depois de uma assistência brilhante do Schjelderup.
Na 2ª parte, controlámos a partida sem grandes sobressaltos e pusemo-nos a salvaguardo de qualquer contrariedade com o improvável hat-trick do Leandro Barreiro aos 67’, em nova assistência do Schjelderup. O Bruno Lage foi rodando a equipa e foi o João Rego a fazer a jogada do 4-0, embora a assistência para o Kökçü tenha sido do compatriota Aktürkoğlu.
Esta partida vai ficar certamente na memória do Leandro Barreiro, porque três golos de um médio é algo pouco frequente. Foi obviamente o melhor em campo. O Pavlidis fez uma assistência, mas falhou dois ou três golos, um dos quais só com o guarda-redes pela frente. Sendo ponta-de-lança, o seu rendimento afere-se pelas bolas que entram e os remates aos ferros e golos em fora-de-jogo não contam. E o grego deve ter, no mínimo, tantos quanto os golos que marcou. Com o Kökçü em campo, o nosso jogo é bastante mais fluido e, nesta partida, nem se sentiu a falta do Di María, dado que o Aktürkoğlu melhorou bastante em termos de entrega ao jogo (parece que a perda de titularidade está a fazer-lhe bem). O Schjelderup continua a subir de forma de jogo para jogo e, neste momento, é um indiscutível.
Com as duas últimas derrotas do CRAC (que resultou, infelizmente, no despedimento do Vítor Bruno... Que pena!), voltámos a depender de nós para sermos campeões. Estamos a três pontos da lagartada e o campeonato é o nosso principal objectivo, mas hoje temos o colosso Barcelona para ultrapassar.
quarta-feira, janeiro 15, 2025
Difícil
Vencemos ontem o Farense no São Luís por 3-1 e apurámo-nos
para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Depois de irmos para o intervalo
a perder e a jogar muito pouco, facto que me assustou bastante, na etapa
completamente demos um resposta convincente, potenciada pelo facto de termos
dado a volta ao marcador relativamente cedo e em apenas dois minutos.
Com um intervalo muito curto entre jogos, o Bruno Lage fez algumas alterações na equipa com as entradas do Samuel Soares, Bah, Leandro Barreiro e Arthur Cabral em relação à partida da final da Taça da Liga. Até nem começámos mal, com uma iniciativa do Schjelderup pela esquerda, que centrou para o Di María rematar de primeira no lado direito, ligeiramente por cima. Seria um golão de fazer levantar o estádio. À semelhança do jogo para o campeonato, sofremos um golo muito cedo (7’) numa cabeçada do Tomané num canto, lance em que o António Silva não saltou com suficiente convicção e foi batido no ar. Até ao intervalo, revelámos grandes dificuldades em criar perigo, dado que o Farense se fechava muito bem na defesa e nós, com três trincos, não circulávamos a bola com suficiente rapidez. Para piorar o cenário, o Di María saiu ainda antes dos primeiros 45’, com queixas musculares. Aliás, não se percebe como é que o Lage o colocou a titular com tantos jogos próximos e agora arriscamo-nos a que não esteja disponível contra o Barcelona... Entrou o Amdouni para o seu lugar perto do intervalo, mas não teve grande impacto no jogo.
A 2ª parte foi felizmente bastante diferente. Revelámos muito mais intensidade, com uma pressão maior sobre o adversário, mas, ao contrário da primeira, foi a nossa baliza a ver perigo rondar nos minutos iniciais, valendo-nos o instinto do Samuel Soares a um recarga depois de um livre para nossa área. No entanto, aos 56’, o jogo começou a mudar com outro excelente golo do Schjelderup, numa iniciativa pela esquerda em que passou por um defesa e rematou forte e colocado, sem hipóteses para o guarda-redes Ricardo Velho. Dois minutos depois, passámos para a frente numa bela jogada do Carreras pela esquerda, que centrou largo para o Arthur Cabral ter um bom domínio, deixar a bola rolar e rematar cruzado, também sem hipóteses para o guarda-redes. O Farense acusou naturalmente o golo e a partida ficou praticamente decidida quatro minutos depois, aos 62’, com o 3-1 pelo Bah, depois de uma jogada iniciada por ele, com insistência do Arthur Cabral, que rematou de ângulo difícil para defesa do Ricardo Velho, e o acompanhamento da jogada pelo Bah, que atirou por baixo do corpo do guarda-redes. Até final, fomos conseguindo controlar a partida, sem conceder grandes chances ao Farense e com o Bruno Lage a ir aproveitando para rodar um pouco a equipa.
Em termos individuais, o Schjelderup voltou a ser de longe o melhor e está cada vez mais entrosado com a equipa. O Arthur Cabral merece igualmente destaque por ter tido participação direta em dois dos golos. O Florentino também se exibiu em bom plano, nunca dando muitas veleidades ao meio-campo adversário. De resto, todos os outros subiram de produção da primeira para a 2ª parte e a nossa vitória foi mais do que justa.
Iremos receber o Braga nos quartos-de-final e, se passarmos, uma equipa do Campeonato de Portugal nas meias. Ou seja, temos mais do que obrigação de chegar à final para tentar começar a reverter esta vergonha inominável de termos ganho três taças nos últimos 28 anos...
Com um intervalo muito curto entre jogos, o Bruno Lage fez algumas alterações na equipa com as entradas do Samuel Soares, Bah, Leandro Barreiro e Arthur Cabral em relação à partida da final da Taça da Liga. Até nem começámos mal, com uma iniciativa do Schjelderup pela esquerda, que centrou para o Di María rematar de primeira no lado direito, ligeiramente por cima. Seria um golão de fazer levantar o estádio. À semelhança do jogo para o campeonato, sofremos um golo muito cedo (7’) numa cabeçada do Tomané num canto, lance em que o António Silva não saltou com suficiente convicção e foi batido no ar. Até ao intervalo, revelámos grandes dificuldades em criar perigo, dado que o Farense se fechava muito bem na defesa e nós, com três trincos, não circulávamos a bola com suficiente rapidez. Para piorar o cenário, o Di María saiu ainda antes dos primeiros 45’, com queixas musculares. Aliás, não se percebe como é que o Lage o colocou a titular com tantos jogos próximos e agora arriscamo-nos a que não esteja disponível contra o Barcelona... Entrou o Amdouni para o seu lugar perto do intervalo, mas não teve grande impacto no jogo.
A 2ª parte foi felizmente bastante diferente. Revelámos muito mais intensidade, com uma pressão maior sobre o adversário, mas, ao contrário da primeira, foi a nossa baliza a ver perigo rondar nos minutos iniciais, valendo-nos o instinto do Samuel Soares a um recarga depois de um livre para nossa área. No entanto, aos 56’, o jogo começou a mudar com outro excelente golo do Schjelderup, numa iniciativa pela esquerda em que passou por um defesa e rematou forte e colocado, sem hipóteses para o guarda-redes Ricardo Velho. Dois minutos depois, passámos para a frente numa bela jogada do Carreras pela esquerda, que centrou largo para o Arthur Cabral ter um bom domínio, deixar a bola rolar e rematar cruzado, também sem hipóteses para o guarda-redes. O Farense acusou naturalmente o golo e a partida ficou praticamente decidida quatro minutos depois, aos 62’, com o 3-1 pelo Bah, depois de uma jogada iniciada por ele, com insistência do Arthur Cabral, que rematou de ângulo difícil para defesa do Ricardo Velho, e o acompanhamento da jogada pelo Bah, que atirou por baixo do corpo do guarda-redes. Até final, fomos conseguindo controlar a partida, sem conceder grandes chances ao Farense e com o Bruno Lage a ir aproveitando para rodar um pouco a equipa.
Em termos individuais, o Schjelderup voltou a ser de longe o melhor e está cada vez mais entrosado com a equipa. O Arthur Cabral merece igualmente destaque por ter tido participação direta em dois dos golos. O Florentino também se exibiu em bom plano, nunca dando muitas veleidades ao meio-campo adversário. De resto, todos os outros subiram de produção da primeira para a 2ª parte e a nossa vitória foi mais do que justa.
Iremos receber o Braga nos quartos-de-final e, se passarmos, uma equipa do Campeonato de Portugal nas meias. Ou seja, temos mais do que obrigação de chegar à final para tentar começar a reverter esta vergonha inominável de termos ganho três taças nos últimos 28 anos...
domingo, janeiro 12, 2025
A oitava
Passado oito temporadas, voltámos a ganhar novamente a Taça
da Liga ao vencer ontem a lagartada
nos penalties (7-6), depois de 1-1 nos 90’. A vitória acaba por ser justa,
porque fomos bastante melhor do que eles na 1ª parte, tendo a 2ª sido mais equilibrada
e menos emocionante. Depois de uma quebra nos últimos jogos, pelo menos, à
semelhança da meia-final, voltámos a revelar uma vontade e uma intensidade que
acabou por compensar alguma falta de discernimento, em especial nos segundos 45
minutos.
O Bruno Lage voltou a apresentar a equipa da meia-final e, com menos um dia de descanso do que a lagartada, a nossa 1ª parte foi muito boa, com o Di María e o Schjelderup a destacarem-se nos flancos. A partida foi frenética durante este período, com ataques de um lado e outro, mas os nossos a revelarem muito mais jogo colectivo e não pontapé para a frente e o Gyökeres que resolva. Depois de o Maxi Araújo ter testado a atenção do Trubin de fora da área e o Franco Israel se ter aplicado para desfazer um cruzamento do Tomás Araújo na direita que, se chegasse ao Schjelderup, seria certamente golo, inaugurámos o marcador aos 29’ numa grande jogada do Di María, que serpenteou por uma série de defesas, antes de abrir no Schjelderup na esquerda e o norueguês teve um excelente movimento, culminado com uma remate cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Pouco depois, foi o Pavlidis que deveria ter aumentado a nossa vantagem, mas não o fez, porque cabeceou ao lado em excelente posição, já dentro da pequena-área na sequência de um canto e uma assistência de cabeça do Tomás Araújo. A lagartada respondeu com uma jogada do Eduardo Quaresma na direita, que terminou com um remate desenquadrado, até que aos 43’ o Gyökeres restabeleceu a igualdade, num penalty escusado do Florentino sobre o Maxi Araújo.
Na 2ª parte, o ritmo baixou consideravelmente, mas coube-nos ainda assim ter as melhores oportunidades. O Bruno Lage teve uma decisão incompreensível ao trocar o melhor em campo, Schjelderup, pelo ainda inoportante Aktürkoğlu, e não voltámos a ser a equipa do primeiro tempo. Mesmo assim, um remate em arco do Di María defendido com dificuldade pelo Israel e uma cabeçada do Tomás Araújo desviada por um defesa para canto foram as grandes oportunidades deste período. A lagartada não conseguiu pôr o Trubin à prova, apesar de o tempo de jogo ter sido repartido. Neste período, no entanto, acusámos bastante o facto de termos tido menos dum dia de descanso do que eles e não conseguimos fazer um forcing final para chegar de novo à vantagem no marcador. Nos penalties, marcámo-los todos com bastante precisão e o Trincão permitiu a defesa do Trubin no último, tendo-nos dado a taça.
Os destaques individuais são maioritariamente por causa dos primeiros 45’. Era bom que o Bruno Lage desse uma explicação convincente para ter tirado o Schjelderup ao intervalo, que estava a ser dos melhores e, ainda por cima, tendo marcado o golo. O Di María voltou igualmente a mostrar toda a sua enorme classe. O António Silva secou completamente o Gyökeres e o Florentino fez um jogão, apenas manchado pelo penalty escusado. O Otamendi e o Carreras estiveram igualmente em plano muito positivo, e o Trubin deu bastante segurança à equipa.
Com a conquista do primeiro troféu da temporada, espera-se que a equipa tenha deixado de vez estas oscilações de forma para poder ser mais consistente até final. Iremos já nesta 3ª feira a Faro para a Taça de Portugal, prova em que, pelo que calhou no sorteio, temos mais do que obrigação de voltar à final.
O Bruno Lage voltou a apresentar a equipa da meia-final e, com menos um dia de descanso do que a lagartada, a nossa 1ª parte foi muito boa, com o Di María e o Schjelderup a destacarem-se nos flancos. A partida foi frenética durante este período, com ataques de um lado e outro, mas os nossos a revelarem muito mais jogo colectivo e não pontapé para a frente e o Gyökeres que resolva. Depois de o Maxi Araújo ter testado a atenção do Trubin de fora da área e o Franco Israel se ter aplicado para desfazer um cruzamento do Tomás Araújo na direita que, se chegasse ao Schjelderup, seria certamente golo, inaugurámos o marcador aos 29’ numa grande jogada do Di María, que serpenteou por uma série de defesas, antes de abrir no Schjelderup na esquerda e o norueguês teve um excelente movimento, culminado com uma remate cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Pouco depois, foi o Pavlidis que deveria ter aumentado a nossa vantagem, mas não o fez, porque cabeceou ao lado em excelente posição, já dentro da pequena-área na sequência de um canto e uma assistência de cabeça do Tomás Araújo. A lagartada respondeu com uma jogada do Eduardo Quaresma na direita, que terminou com um remate desenquadrado, até que aos 43’ o Gyökeres restabeleceu a igualdade, num penalty escusado do Florentino sobre o Maxi Araújo.
Na 2ª parte, o ritmo baixou consideravelmente, mas coube-nos ainda assim ter as melhores oportunidades. O Bruno Lage teve uma decisão incompreensível ao trocar o melhor em campo, Schjelderup, pelo ainda inoportante Aktürkoğlu, e não voltámos a ser a equipa do primeiro tempo. Mesmo assim, um remate em arco do Di María defendido com dificuldade pelo Israel e uma cabeçada do Tomás Araújo desviada por um defesa para canto foram as grandes oportunidades deste período. A lagartada não conseguiu pôr o Trubin à prova, apesar de o tempo de jogo ter sido repartido. Neste período, no entanto, acusámos bastante o facto de termos tido menos dum dia de descanso do que eles e não conseguimos fazer um forcing final para chegar de novo à vantagem no marcador. Nos penalties, marcámo-los todos com bastante precisão e o Trincão permitiu a defesa do Trubin no último, tendo-nos dado a taça.
Os destaques individuais são maioritariamente por causa dos primeiros 45’. Era bom que o Bruno Lage desse uma explicação convincente para ter tirado o Schjelderup ao intervalo, que estava a ser dos melhores e, ainda por cima, tendo marcado o golo. O Di María voltou igualmente a mostrar toda a sua enorme classe. O António Silva secou completamente o Gyökeres e o Florentino fez um jogão, apenas manchado pelo penalty escusado. O Otamendi e o Carreras estiveram igualmente em plano muito positivo, e o Trubin deu bastante segurança à equipa.
Com a conquista do primeiro troféu da temporada, espera-se que a equipa tenha deixado de vez estas oscilações de forma para poder ser mais consistente até final. Iremos já nesta 3ª feira a Faro para a Taça de Portugal, prova em que, pelo que calhou no sorteio, temos mais do que obrigação de voltar à final.
quinta-feira, janeiro 09, 2025
Categórico
Vencemos o Braga ontem por 3-0 e estamos novamente na final
da Taça da Liga. Tínhamos feito, no dia 24 de Novembro, na Taça frente ao E.
Amadora, o nosso último jogo de jeito, dado que desde aí o nível exibicional
tinha começado a descer, mas depois de duas derrotas dolorosas, espero que esta
meia-final tenha marcado o começo da retoma exibicional. Resolvemos o jogo logo
na 1ª parte, marcando os três golos, e praticamente não permitimos perigo por
parte do Braga. O contraste com o jogo do passado sábado, frente ao mesmo
adversário, foi abissal.
Claro que o facto de o Bruno Lage não ter inventado no posicionamento dos jogadores, especialmente no meio-campo, e ter tirado da equipa elementos em menor forma ajudou bastante. Sendo mais claro, o Florentino voltou em grande à posição seis, o Kökçü voltou ao lugar dele, e o Schjelderup substituiu o fora de forma Aktürkoğlu. O António Silva também entrou no onze, empurrando o Tomás Araújo para a direita no lugar do Bah. Percebeu-se logo de início que a 1ª parte não mimicaria as duas últimas tristes primeiras partes. Sufocámos o Braga desde o apito inicial, praticamente não os deixando atacar. Uma bola à barra do Tomás Araújo num canto deu o mote, um remate do Di María que o defesa ainda deve estar hoje para saber como conseguiu interceptar foi a continuidade, até uma jogada bestial do Carreras, defendida pelo Matheus com o pé, ter-me lançado a dúvida sobre se este seria um daqueles jogos em que teríamos n oportunidades, mas depois acabaríamos por sofrer na única chance do adversário. Felizmente, o Di María aos 27’ e o Carreras no minuto seguinte deram cabo dos meus receios. No primeiro caso, depois de uma jogada pela direita, com boa combinação com o Tomás Araújo, e no segundo uma investida do Carreras culminada com um remate já dentro da área. Aos 37’, resolvemos praticamente a partida com o 3-0, num óptimo contra-ataque do Pavlidis na esquerda, que assistiu o Di María no meio, com um passe que não saiu rasteiro como deveria, mas o argentino cheio de classe desviou do guarda-redes com um toque subtil. Já antes disto, o Kökçü tinha tido um remate à vontade fora da área que não deveria ter dado três pontos ao País de Gales...
A 2ª parte começou com a única oportunidade do Braga no jogo todo, através do Roger com um remate de pé direito em boa posição, que saiu perto do poste do Trubin. Felizmente esta nossa entrada a dormir não teve continuidade, pois a partir daí foi tudo nosso outra vez. O Schjelderup falhou escandalosamente o quarto golo, porque, depois de ter tirado o Matheus do caminho, perdeu tempo antes de rematar à baliza e, quando o fez, já lá estava um defesa. Pouco depois, foi o Pavlidis com um bom movimento de rotação a rematar de pé esquerdo a rasar o poste, até o próprio grego em fora-de-jogo ter dado cabo de uma fantástica jogada do Schjelderup na esquerda, culminada com um remate que não tenho a certeza de que entrasse na baliza. De qualquer forma, um ponta-de-lança do Benfica tinha obrigação de acompanhar a jogada com outra atenção para não ser apanhado em fora-de-jogo. Até final, referência ainda para outro lance em que o Pavlidis não conseguiu marcar, por ter chegado atrasado a uma jogada do Tomás Araújo pela direita, para um vermelho a um jogador do Braga que tinha acabado de entrar e para uma boa jogada do entretanto entrado João Rêgo pela direita, que assistiu o também entrado Aktürkoğlu para um remate que o Matheus defendeu. Portanto, ficámos a dever a nós próprio uma goleada das antigas...
Em termos individuais, óbvio destaque para o Di María com dois golos cheios de classe. É um privilégio vemo-lo com a camisola do Glorioso e é pena que nem toda a gente tenha noção disso. Grande regresso do Florentino à titularidade, ele que é uma constante nas boas exibições que o Benfica faz. Se repararem, os nossos melhores jogos são com ele em campo. Sim, teve uma 1ª parte péssima na lagartada, mas se calhar já era altura de deixar de ser sempre um dos primeiros sacrificados quando as coisas não correm bem, não...? O Pavlidis esteve muito em jogo, mas continua a não marcar tanto quanto devia. Muitas vezes por acertar nos postes ou estar em fora-de-jogo... (A sério, faça-se as contas aos golos anulados e bolas ao ferro do homem!) Gostei do Tomás Araújo na direita e do regresso do António Silva às boas exibições. O Carreras voltou a estar fulgurante na esquerda e o Schjelderup merece agora uma série de jogos a titular, porque deixou pormenores muito interessantes.
Temos menos um dia de descanso do que a lagartada para a final de sábado, mas é para voltar a ganhar a competição, se faz favor! Já lá vão oito anos de jejum num troféu em que somos a equipa mais titulada e temos de aumentar a distância para os demais clubes. E um troféu oficial nunca é de desprezar!
Claro que o facto de o Bruno Lage não ter inventado no posicionamento dos jogadores, especialmente no meio-campo, e ter tirado da equipa elementos em menor forma ajudou bastante. Sendo mais claro, o Florentino voltou em grande à posição seis, o Kökçü voltou ao lugar dele, e o Schjelderup substituiu o fora de forma Aktürkoğlu. O António Silva também entrou no onze, empurrando o Tomás Araújo para a direita no lugar do Bah. Percebeu-se logo de início que a 1ª parte não mimicaria as duas últimas tristes primeiras partes. Sufocámos o Braga desde o apito inicial, praticamente não os deixando atacar. Uma bola à barra do Tomás Araújo num canto deu o mote, um remate do Di María que o defesa ainda deve estar hoje para saber como conseguiu interceptar foi a continuidade, até uma jogada bestial do Carreras, defendida pelo Matheus com o pé, ter-me lançado a dúvida sobre se este seria um daqueles jogos em que teríamos n oportunidades, mas depois acabaríamos por sofrer na única chance do adversário. Felizmente, o Di María aos 27’ e o Carreras no minuto seguinte deram cabo dos meus receios. No primeiro caso, depois de uma jogada pela direita, com boa combinação com o Tomás Araújo, e no segundo uma investida do Carreras culminada com um remate já dentro da área. Aos 37’, resolvemos praticamente a partida com o 3-0, num óptimo contra-ataque do Pavlidis na esquerda, que assistiu o Di María no meio, com um passe que não saiu rasteiro como deveria, mas o argentino cheio de classe desviou do guarda-redes com um toque subtil. Já antes disto, o Kökçü tinha tido um remate à vontade fora da área que não deveria ter dado três pontos ao País de Gales...
A 2ª parte começou com a única oportunidade do Braga no jogo todo, através do Roger com um remate de pé direito em boa posição, que saiu perto do poste do Trubin. Felizmente esta nossa entrada a dormir não teve continuidade, pois a partir daí foi tudo nosso outra vez. O Schjelderup falhou escandalosamente o quarto golo, porque, depois de ter tirado o Matheus do caminho, perdeu tempo antes de rematar à baliza e, quando o fez, já lá estava um defesa. Pouco depois, foi o Pavlidis com um bom movimento de rotação a rematar de pé esquerdo a rasar o poste, até o próprio grego em fora-de-jogo ter dado cabo de uma fantástica jogada do Schjelderup na esquerda, culminada com um remate que não tenho a certeza de que entrasse na baliza. De qualquer forma, um ponta-de-lança do Benfica tinha obrigação de acompanhar a jogada com outra atenção para não ser apanhado em fora-de-jogo. Até final, referência ainda para outro lance em que o Pavlidis não conseguiu marcar, por ter chegado atrasado a uma jogada do Tomás Araújo pela direita, para um vermelho a um jogador do Braga que tinha acabado de entrar e para uma boa jogada do entretanto entrado João Rêgo pela direita, que assistiu o também entrado Aktürkoğlu para um remate que o Matheus defendeu. Portanto, ficámos a dever a nós próprio uma goleada das antigas...
Em termos individuais, óbvio destaque para o Di María com dois golos cheios de classe. É um privilégio vemo-lo com a camisola do Glorioso e é pena que nem toda a gente tenha noção disso. Grande regresso do Florentino à titularidade, ele que é uma constante nas boas exibições que o Benfica faz. Se repararem, os nossos melhores jogos são com ele em campo. Sim, teve uma 1ª parte péssima na lagartada, mas se calhar já era altura de deixar de ser sempre um dos primeiros sacrificados quando as coisas não correm bem, não...? O Pavlidis esteve muito em jogo, mas continua a não marcar tanto quanto devia. Muitas vezes por acertar nos postes ou estar em fora-de-jogo... (A sério, faça-se as contas aos golos anulados e bolas ao ferro do homem!) Gostei do Tomás Araújo na direita e do regresso do António Silva às boas exibições. O Carreras voltou a estar fulgurante na esquerda e o Schjelderup merece agora uma série de jogos a titular, porque deixou pormenores muito interessantes.
Temos menos um dia de descanso do que a lagartada para a final de sábado, mas é para voltar a ganhar a competição, se faz favor! Já lá vão oito anos de jejum num troféu em que somos a equipa mais titulada e temos de aumentar a distância para os demais clubes. E um troféu oficial nunca é de desprezar!
segunda-feira, janeiro 06, 2025
Os equívocos de Lage
Perdemos na Luz frente ao Braga (1-2) no passado sábado e desperdiçámos uma óptima oportunidade para igualarmos os lagartos no 1º lugar, dado que eles tinham empatado em Guimarães (4-4) na véspera. Assim sendo, não só perdemos um ponto para eles, estando agora a três, como nos arriscamos a ver o CRAC passar para cinco pontos à nossa frente, se ganhar na Choupana (em mais um jogo adiado por causa do nevoeiro...!). Ou seja, não poderíamos ter começado pior o ano!
Há um histórico de mais de 20 anos de posts neste blog que comprovam que eu detesto ter razão se isso significa derrotas do Benfica, mas de facto não vi nada com bons olhos este regresso do Bruno Lage, pelas razões que escrevi aqui. Depois de um impacto inicial bastante positivo, em que fiquei feliz por aparentemente me ter enganado, as coisas estão a mudar rapidamente para pior nos últimos tempos. Oito pontos perdidos nos últimos quatro jogos do campeonato são razões mais do que suficientes para fazer soar os alarmes. Esperava-se que o empate dos lagartos nos tivesse motivado para entrar com tudo frente ao Braga, mas voltámos a fazer uma 1ª parte absolutamente de fugir! Com o Florentino e Amdouni de volta ao banco, por troca com o Leandro Barreiro e Pavlidis, até foi nossa a primeira grande oportunidade, com o grego a contornar o guarda-redes Matheus, mas a atirar ao poste com a baliza deserta. Tem a desculpa de o ângulo não ser o melhor, mas espera-se que um ponta-de-lança do Benfica consiga marcar golo naquela situação. Isto aconteceu ainda durante os primeiros 10’, mas o resto da 1ª parte foi toda do Braga, que inaugurou o marcador aos 17’ pelo Fran Navaro, a aproveitar uma cratera no centro da nossa defesa, e fez o 0-2 num canto aos 40’, com o Robson Bambu a cabecear completamente sozinho(!!!) na nossa área. Em cima do intervalo, tivemos uma boa ocasião para reduzir, também num canto, mas nem o Pavlidis, nem o Otamendi conseguiram acertar bem na bola.
A 2ª parte foi toda nossa, mas sem grandes ocasiões de golo, verdade seja dita. Um remate de fora da área do Bah, defendido pelo Matheus, foi o lance mais perigoso antes do 1-2 só aos 77’ num bom movimento do entrado ao intervalo Arthur Cabral, culminado com um remate de fora da área com o pé esquerdo. Houve outras situações como um remate do Kökçü de longe, um cabeceamento do Arthur Cabral ao lado, um remate do Di María, que o Pavlidis não conseguiu desviar, e outro do Amdouni que o guarda-redes defendeu bem, mas não tivemos nem arte nem engenho para evitar a derrota, mesmo com uma pressão muito intensa durante todos os segundos 45’.
Em vez de fazer destaques individuais, vou justificar o título deste post, que para mim foi a causa da derrota:
1) A táctica da 1ª parte originou a colocação do Kökçü na posição seis e o Leandro Barreiro no lugar do turco na meia-esquerda. É certo que o Florentino fez um jogo muito mau na lagartada e que a substituição que foi feita nessa altura implicou esse posicionamento, mas o jogo era completamente diferente! A lagartada estava a ganhar, mas estava absolutamente de rastos em termos físicos. No sábado, era o início do jogo e o Braga estava todo fresquinho! Colocar o Kökçü a trinco foi um disparte atroz, porque assim que o adversário passava a nossa primeira fase de pressão, tinha uma autêntica via verde até à nossa área, dado que o turco não é de todo um médio defensivo! A situação foi corrigida ao intervalo e viu-se bem a diferença.
2) Na 2ª parte, entrou o Arthur Cabral e saiu o Aursnes. Estávamos a perder por 2-0 e alguma coisa teria de ser feita, mas ter um segundo avançado com o Amdouni no banco, ele que até tem entrado bem durante os jogos e marcado golos, e preferir alinhar com Pavlidis e Cabral na frente é algo que eu não consigo de todo perceber! A falta de entrosamento entre os dois pontas-de-lança foi bem reveladora da estupidez desta substituição.
3) O Aktürkoğlu está sem fazer nada há uma série de jogos e não só continuou a ser titular, como ficou em campo até aos 67’...!
4) Colocar o Renato Sanches, sem ritmo de jogo, numa partida em que estávamos a pressionar fortemente e num ritmo alto foi outra decisão que carece de explicação. Ainda por cima, porque isso implicou voltar a tirar o Barreiro do meio, ele que até estava a ser dos menos maus.
5) Finalmente, a pièce de résistence foi, depois do 1-2, o Lage ter tido a brilhante ideia de tirar o Di María, um dos poucos que consegue ser decisivo num único lance para colocar o... Beste!!! Com o Rollheiser no banco, acrescente-se! Beste que, recordo, foi o nosso pior jogador na última vez que fez os 90’, frente ao Estoril, e que inexplicavelmente tem sempre prioridade em relação aos outros extremos do plantel. O resultado desta fantástica substituição foi não termos criado uma única(!) oportunidade de golo até final do jogo...!
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