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segunda-feira, maio 19, 2025

Expectável

Empatámos em Braga (1-1) no passado sábado e, com a vitória da lagartada em casa frente ao V. Guimarães (2-0), perdemos naturalmente o campeonato. Também o teríamos perdido se tivéssemos ganho, mas ao menos isso deixaria outra imagem, porque terminaríamos com os mesmos pontos do primeiro classificado. No entanto, fizemos uma exibição muito cinzenta e, se não fosse o Trubin, até poderíamos ter perdido o encontro.

Com o Leandro Barreiro no lugar do lesionado Aursnes e o Schjelderup no do Di María, até entrámos bem na partida e foi mesmo o luxemburguês a ter uma soberana oportunidade logo nos minutos iniciais, quando, na sequência de um ressalto, se viu só com o guarda-redes Hornicek pela frente, mas atirou ao lado de pé esquerdo. Inacreditável! Depois de uma cabeçada do Paulo Oliveira num canto ter posto à prova o Trubin, foi o Pavlidis, desmarcado pelo Schjelderup, a rematar ao lado em boa posição, quando, no início da jogada, se tivesse visto o Barreiro isolado, este só tinha de encostar... Quando existem estas ocasiões evidentes desperdiçadas nos primeiros momentos dos jogos, fico logo com um mau pressentimento e isso concretizou-se aos 24’ num penalty de VAR por pisão do Tomás Araújo a um adversário (quando nem sequer está a olhar para ele...), marcado de forma indefensável pelo Zalazar. Sentimos o golo e deixámos de ter as oportunidades que tínhamos tido até então, mas houve uma parede na área ao Leandro Barreiro que, se fosse ao contrário, certamente o Sr. Miguel Nogueira (ou o VAR Bruno Esteves) teria marcado... Como era contra nós, foi carga de ombro. Obviamente...

Na 2ª parte, entrámos com o mesmo onze, mas foi o Trubin a manter-nos vivos no jogo com duas grandes defesas a um remate de longe do Zalazar e a não deixar o Ricardo Horta fazer um desvio na pequena-área. Foi só com a tripla substituição (Di María, Belotti e Bruma para os lugares do Schjelderup, Florentino e Aktürkoğlu) à passagem da hora de jogo que voltámos a pegar na partida. Fizemos a igualdade aos 63’ num balázio do Pavlidis já de ângulo difícil, descoberto pelo Di María sob a direita. Pouco depois, o João Moutinho viu o segundo amarelo e ficávamos com o caminho aberto para conseguir a vitória. Ou devíamos ter ficado... No entanto, não só nunca conseguimos desequilibrar defensivamente o Braga, como no contra-ataque poderiam ter sido eles a ganhar o jogo, não fosse o Trubin safar-nos por mais de uma vez. Em cima do apito final do árbitro, foi o Otamendi a ter cabeceamento por cima, quando estava com todas as condições para fazer bem melhor.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Trubin. Numa partida em que tínhamos de ganhar, ser o nosso guarda-redes o melhor em campo diz muito acerca da nossa exibição. O Pavlidis também foi dos menos maus e lá marcou o seu golito. O Di María entrou muitíssimo bem e talvez isto devesse ter sido feito contra a lagartada na semana passada... O António Silva também teve uma boa exibição, assim como o Florentino, que saiu um pouco cedo demais, porque é bastante melhor naquela posição do que o Leandro Barreiro, que foi para lá. Aliás, os contra-ataques do Braga na parte final do encontro não serão obra do acaso...

Perdido o campeonato, teremos no próximo domingo a final da Taça para amenizar esta desilusão. Estou farto de escrever aqui que temos um histórico recente vergonhoso na Taça de Portugal (três taças em 28 épocas!) que é obrigatório começar a reverter o mais depressa possível. Que comece já!

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