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segunda-feira, outubro 31, 2022

Maravilha

Goleámos o Chaves no sábado por 5-0 e, com o empate do CRAC nos Açores frente ao Santa Clara (1-1) e a derrota da lagartada em Arouca (0-1), estamos agora com uma vantagem sobre eles de 8 e 12 pontos, respectivamente! Ou seja, o fim-de-semana não poderia ser mais perfeito. Isolado agora no 2º lugar a seis pontos de nós está o Braga, que ganhou 1-0 em Barcelos, ao Gil Vicente, e há que ter atenção a eles, para não termos uma reedição do Braga do Domingos de 2009/10...
 
Sabedores já do empate do CRAC quando entrámos em campo, em tempos não muito idos, isso era motivo de nervosismo e geralmente de oferta da 1ª parte, com uma segunda já em esforço e plena de stress. Mas não este ano! Aos 10’, já estávamos a ganhar por 2-0! A nossa entrada a todo o gás começou com um golão do David Neres logo aos 2’ e oito minutos depois foi o Grimaldo a converter superiormente um livre directo. Tinha comentado com os meus companheiros de bancada, pouco antes do apito inicial, que a esperteza saloia do Chaves de nos trocar as voltas na moeda ao ar, obrigando-nos a jogar para a baliza grande na 1ª parte, deveria ser castigada com um 3-0 ao intervalo. E acertei na mouche, dado que aos 37’, o Gonçalo Ramos fez o terceiro golo numa recarga a uma defesa incompleta do Paulo Vítor depois de um centro do Aursnes. No entanto, já antes tínhamos falhado algumas oportunidades para fazer esse golo, a principal das quais através do próprio Gonçalo Ramos, que atirou de cabeça ao lado, com a baliza escancarada(!), depois de uma assistência brilhante do David Neres. Do outro lado, um erro clamoroso do Enzo Fernández isolou um adversário, tendo-nos valido o Vlachodimos para manter os dois golos de vantagem na altura. Em cima do intervalo, foi o João Mário a atirar por cima de pé esquerdo, depois de uma combinação brilhante com o Grimaldo, o que foi uma pena, porque seria dos golos mais bonitos da Liga até ao momento.
 
Na 2ª parte, baixámos claramente o ritmo, o que é normal, porque estamos a meio de jornadas de Champions. Mesmo assim, marcámos um golo pelo Enzo Fernández a concluir uma jogada colectiva fabulosa, mas infelizmente o Aursnes estava fora-de-jogo por 18 cm no início da mesma...! À passagem da hora de jogo, o Roger Schmidt começou a dar descanso a alguns titulares, tendo entrado o Gilberto e Florentino para os lugares do Bah e João Mário. Pouco depois, foi a vez do Musa e Diogo Gonçalves em vez do Gonçalo Ramos e David Neres. Voltámos a acelerar um pouco o ritmo e ainda fizemos mais dois golos na parte final, com o 4-0 através do Musa, bem desmarcado pelo Enzo Fernández aos 81’ e o 5-0 numa recarga de cabeça do Rafa a um remate à barra do Gilberto já em tempo de compensação. Entre os dois golos, ainda houve remates do Diogo Gonçalves e Rafa bem defendidos pelo guarda-redes.
 
Em termos individuais, acho que não houve nenhum jogador que se destacasse por aí além. Toda a equipa esteve globalmente bem, muito concentrada e a não dar hipóteses nenhumas ao adversário. O Aursnes é cada vez mais uma certeza e vai permitir que o Florentino ou o Enzo Fernández descansem à vez. O David Neres voltou de lesão e esperemos que se mantenha assim, porque é dos maiores desequilibradores do campeonato. O Rafa está super-confiante e, mesmo não estando feliz na concretização durante grande parte do encontro, lá conseguiu marcar o seu golito perto do final. O Vlachodimos foi fundamental com aquela defesa para manter a vantagem de dois golos na altura.
 
Iremos agora a Israel tentar uma nada esperada conquista do 1º lugar do grupo na Champions. Mas o mais fundamental será os três próximos jogos internos, nomeadamente a dupla ida ao Estoril para campeonato e Taça de Portugal. É fundamental obtermos três vitórias antes da paragem para o Mundial.

1 comentário:

joão carlos disse...

O mais difícil no futebol é jogar simples e a maioria das vezes temos conseguido jogar simples isso e jogar como uma verdadeira equipa e não como um conjunto de jogadores como acontecia anteriormente e desta vez até se somou uma entrada muito forte o que até nem aconteceu em alguns jogos sobretudo em casa e contra equipa ditas mais fracas.
Na segunda parte a equipa diminuiu o ritmo sobretudo após o lance em que foi anulado o golo o que é natural jogadores muito utilizados e que não tem tido descanso se o treinador não os faz descansar descansam ele em campo e só voltamos a aumentar o ritmo depois das substituições é que em determinadas circunstancias jogadores mais fracos, mas frescos, acabam por render mais do que melhores, mas desgastados fisicamente ou que se estejam a poupar.
A falta de opções de qualidade para certas posições é evidente, mais do que uma opinião de adepto são as escolhas do treinador e são varias as vezes em que no banco temos dois centrais, quando os centrais são das posições que menos vezes são substituídos durante um jogo, quando noutras posições por vezes nem um jogador lá temos no banco em posições que até são recorrentes as substituições.