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quinta-feira, abril 01, 2021

Selecção a triplicar

Iniciámos a qualificação para o Mundial do Qatar de 2022 com sete pontos em três jogos. Poderíamos (e deveríamos) ter feito o pleno, mas descontrações imperdoáveis e um erro clamoroso da arbitragem não nos permitiram ganhar na Sérvia.
 
O primeiro jogo decorreu na casa de Turim (por causa das limitações das viagens para Portugal dos jogadores que actuam em Inglaterra) na 4ª feira da semana passada. Ganhámos 1-0 ao Azerbaijão com um autogolo aos 37’. Pronto, é o único facto positivo a destacar. Foi uma exibição muito fraca da selecção, perante um adversário que se defendeu bem e que nós não tivemos inspiração para ultrapassar.
 
No último sábado, fomos a Belgrado empatar 2-2 com a Sérvia. É o adversário mais forte que temos (a República da Irlanda perdeu em casa com o Luxemburgo neste dia, portanto estamos conversados) e chegámos ao intervalo a ganhar por 2-0, graças a dois golos de cabeça do Diogo Jota, aos 11’ e 36’. O que se passou na 2ª parte foi muito demérito nosso, entrámos literalmente a dormir e aos 46’ e 60’ a partida já estava igualada. Até final, voltámos a reassumir o controlo e, na última jogada, o Cristiano Ronaldo (que esteve praticamente 180’ incógnito até esse lance) fez a bola passar a linha de golo, mas o árbitro holandês Danny Makkelie não validou. É absolutamente incompreensível que a UEFA deixe a cargo das federações onde se realize o jogo a implementação da linha de golo. Sim, não era preciso o inefável e odioso VAR para ter visto isto! Bastaria a tecnologia da linha de golo. Na sequência do lance, o C. Ronaldo irritou-se, atirou a braçadeira ao chão e saiu do campo segundos antes do apito final. Ficou-lhe muito mal a atitude, mas veio retratar-se pouco depois.
 
Nesta 3ª feira, fomos vencer ao Luxemburgo por 3-1, mas entrámos pessimamente na partida e sofremos o 0-1 aos 30’ através do luso-descendente Gerson Rodrigues. As coisas estavam bastante complicadas, mas felizmente conseguimos empatar já no tempo de compensação com novo golo de cabeça do Diogo Jota. A 2ª parte foi melhor e colocámo-nos na frente logo aos 50’ através do C. Ronaldo, que assim chegou aos 103 golos pela selecção (desesperado que anda em tentar bater o recorde de 109 do Ali Daei pelo Irão...). O Luxemburgo reagiu, nós parecemos que adormecemos um pouco, mas o entretanto entrado João Palhinha acabou com as dúvidas aos 80’ com o 3-1 de cabeça na sequência de um canto.
 
Num calendário absolutamente louco, houve três jogos em seis dias. O Fernando Santos rodou razoavelmente a equipa, mas o Cristiano Ronaldo esteve em campo durante os 270’. Recorde a quanto obrigas...! Quem mais se evidenciou foi obviamente o Diogo Jota com três golos e parece-me claro que deve ser titular absoluto da selecção neste momento. O Renato Sanches entrou bem a titular frente ao Luxemburgo, ao contrário do João Félix que esteve muito discreto e até saiu lesionado. O seleccionador tem várias opções de qualidade e acho muito bem que não haja lugares cativos, porque a selecção não deve estar dependente de nenhum jogador, por muito bom que ele seja.

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