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sexta-feira, novembro 06, 2020

Recuperação

Empatámos ontem com o Rangers na Luz (3-3) e mantivemos o 1º lugar do nosso grupo na Liga Europa, ex-aequo com eles. Dado que tivemos um jogador expulso aos 19’ e que aos 76’ estávamos a perder por 1-3, foi um excelente resultado.
 

Depois do descalabro do Bessa, o Jesus fez descansar os dois da frente, fazendo entrar o Seferovic e deslocando o Pizzi para as suas costas, com o Rafa a entrar na equipa do lado direito. No meio-campo, também alinhou o Weigl em vez do Gabriel, com o Diogo Gonçalves a repetir a lateral-direita. Não podíamos ter tido melhor entrada, com o primeiro golo a acontecer logo no minuto inicial, numa arrancada do Rafa na direita e centro para a pequena-área, onde o central Goldson fez autogolo. Estávamos a demonstrar alguma dinâmica para afastar os fantasmas do Bessa, quando o Otamendi foi expulso aos 19’, por pretensa falta sobre um jogador isolado. Na repetição, não dá para ver o toque, mas o lance foi muito rápido e tudo bem. Entrou o Jardel, saindo o Pizzi, mas desconcentrámo-nos completamente nos minutos seguintes, com o Rangers a virar o resultado em apenas dois minutos: autogolo do Diogo Gonçalves, que colocou pessimamente o pé à bola (24’), e um remate de fora da área sem oposição do Kamara (25’). Até ao intervalo, conseguimos minimizar mais danos, apesar do Rangers ter estado muito perto do terceiro golo.
 
Não marcou mais golos na primeira, mas marcou logo no início da 2ª parte. O Jesus substituiu os laterais, entrando o Gilberto e Grimaldo (bem-vindo de volta!), mas de nada resultou, porque o Rangers fez o 1-3 aos 51’, numa jogada em que a nossa defesa esteve completamente a dormir e o Morelos só teve de encostar num centro da direita. A perder por dois e com menos um, o jogo estava perdido, certo? Por isso mesmo, não percebi a lógica da entrada do Waldschmidt e Darwin. Ir-se-ia cansá-los para quê? Demonstrando que eu percebo muito disto, o uruguaio foi absolutamente decisivo, ao fazer uma excelente jogada de insistência aos 77’ e oferecer o golo ao Rafa. De repente, nascia uma réstia de esperança, que se efetivou no primeiro minuto de compensação, numa abertura fenomenal do Waldschmidt a isolar o Darwin e este a desfeitear o guarda-redes. O estádio viria abaixo, certamente, se não estivéssemos em tempos de pandemia. Que pena!
 
O destaque individual vai obviamente para o Darwin. Confesso que estranhei o valor que pagámos por ele, mas já não há dúvidas que temos ali uma pérola. Que espero que valha vários títulos antes de valer milhões. O Waldschmidt foi igualmente decisivo na reviravolta e o Rafa terá sido o jogador mais consistente nos 90’. Quanto aos outros, estiveram sofríveis, com destaque negativo para a forma como (não) defendemos, ao deixar o Rangers entrar com relativo à-vontade na nossa defesa durante grande parte do jogo.
 
Estamos numa boa posição na Liga Europa, mas domingo teremos um jogo muito difícil frente ao Braga na Luz, em que a condição física de ambas as equipa não será a melhor. Espero obviamente uma vitória, mas lamento profundamente que esta pandemia não nos deixe dar um enorme aplaudo ao Gaitán, quando ele for substituído ou entrar a substituir alguém. Seria um momento muito merecido a um dos grandes nomes que tivemos o privilégio de ver vestido com nossa camisola nos últimos anos.

2 comentários:

António Dias disse...

Gostei da opinião.

joão carlos disse...

A nossa organização defensiva, e não é apenas culpa da defesa embora existe em alguma posições uma gritante falta de qualidade, continua a ser patética ao nível do que de pior tivemos nos últimos anos, embora nesse período tivéssemos momentos muito mas mesmo muito melhores do que o actual, e no lance da expulsão mesmo que a culpa não seja inteiramente sua, e outros até tem mais culpas, um central com aquela experiencia não se pode deixar expulsar daquela forma.
As laterais da dessa são uma coisa absolutamente horripilante mas ninguém viu, aquilo que era mais do evidente, que a lateral esquerda era o sector o ano passado com menos qualidade e mesmo assim não fizeram uma única contratação para a posição e que para a lateral direita acharam que o melhor era contratar um jogador que esta a milhas de distancia da qualidade de quem já lá estava sendo que quem já lá estava nem sequer é um jogador de excelência, mesmo assim consegue ser de longe mas mesmo de muito longe o nosso melhor lateral, é que temos não um mas dois enormes buracos, aquilo até são mais crateras, nas laterais que toda a gente já viu que pode explorar à vontade.
O que vale é a qualidade individual enorme que temos no ataque que a qualquer momento podem tirar um coelho da cartola mas também já se viu que ainda assim alguns desses jogadores não tem alternativas para poderem descansar, ou para um dia em que as coisas não corram bem, e nem se esta a pedir ter alternativas com a mesma qualidade ou aproximado, que como sabemos já á muitos anos que não o conseguimos, apenas que não sejam uma absoluta nulidade como o são algumas das alternativas.