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quarta-feira, setembro 18, 2019

Pena

Perdemos com o Leipzig na Luz (1-2) e pela terceira época consecutiva iniciamos a Champions com uma derrota em casa. Se eu festejei o facto de nos ter saído o Zenit no pote dos tubarões, isso foi mais que mitigado por nos terem calhado provavelmente as duas melhores equipas dos potes 3 e 4. Estes alemães, convém não esquecer, estão à frente do campeonato deles e acabaram de empatar com o Bayern Munique neste fim-de-semana.

O Bruno Lage surpreendeu tudo e todos, fazendo estrear na equipa principal, logo a titular e num jogo de Champions, o lateral-direito Tomás Tavares, colocando o Cervi pela primeira vez na temporada e o Jota no lugar do Seferovic. É muito fácil vir criticar isso a posteriori, dado que perdemos, mas o que é facto é que o André Almeida, o Rafa e o Pizzi não tinham treinado na 2ª feira e tivemos somente três dias entre jogos. O nº 34 está a fazer os primeiros jogos da época depois de uma lesão, o Rafa quando entrou viu-se que dificilmente aguentaria o jogo todo e o Pizzi praticamente nem esteve em campo. Estamos com muitos lesionados e não há milagres. Não acho nada que o Lage tenha desmerecido a competição e facilitado. Além disso, no passado, criticava-se alguns treinadores por só contarem efectivamente com 14/16 jogadores. Agora, critica-se este por, de facto e na prática, contar com o plantel todo. Meus amigos: decidam-se! O Leipzig deu sinal logo desde o início que vinha para os três pontos, mas na 1ª parte não houve grandes oportunidades de parte a parte, excepção feita a um remate em arco que o Vlachodimos defendeu e já em cima do intervalo a uma cabeçada do Raúl de Tomás num livre que o guardião contrário também não permitiu que entrasse.

A 2ª parte foi mais aberta, com o Vlachodimos a safar-nos novamente desviando com o pé um passe atrasado que daria certamente golo, um remate em arco do Raúl de Tomás que passou perto e dois remates do Pizzi, um fraco em boa posição e outro cruzado que, embora com pouco ângulo, poderia ter tido melhor sorte. Logo a seguir a esta oportunidade, aos 69’, o Leipzig colocou-se em vantagem pelo Werner num remate de primeira sem hipóteses para o Vlachodimos. Pouco depois, tivemos a melhor oportunidade do encontro com o Taarabt a isolar magistralmente o Cervi, mas este a permitir que o húngaro Gulacsi defendesse. Já antes do primeiro golo, o Lage tinha feito estrear o David Tavares no lugar do inoperante Jota e a 15’ resolveu arriscar e fazer entrar o Rafa e Seferovic para os lugares do Pizzi e Cervi. Só que aos 79’, os alemães fizeram o 0-2 novamente pelo Werner, num lance em que o fiscal-de-linha assinalou fora-de-jogo ao jogador que fez a assistência e o VAR validou posteriormente. Tudo bem que esse jogador não estava efectivamente em fora-de-jogo, mas o Werner tirou partido da posição irregular inicial para estar isolado quando marcou. Acho que a lei deveria ser revista neste ponto, porque objectivamente o jogador em posição irregular acaba por ter intervenção (e de que maneira!) na jogada. Aos 84’, conseguimos reduzir pelo Seferovic na sequência de uma boa jogada iniciada pelo Tomás Tavares, que abriu no Rafa e este centrou para o suíço marcar. Até final, com um pouco de sorte poderíamos ter empatado, mas um remate do Rafa saiu ao lado e uma cabeçada do Taarabt num livre do Grimaldo passou muito por cima, quando era só desviar ligeiramente a bola.

Em termos individuais, o Taarabt foi o melhor do Benfica, porque foi o único que conseguiu passar a primeira barreira defensiva dos alemães e levar a equipa para a frente. A outra boa notícia foi que ganhámos um lateral-direito, porque o Tomás Tavares nem parecia que se estava a estrear. Outro jogador em destaque foi o Vlachodimos que, para além de continuar a fazer intervenções decisivas entre eles, está definitivamente melhor a sair dos postes. Ao invés, o Jota ainda tem que crescer um bocado para estas andanças, mas gostei do toque de bola do David Tavares. O Raúl de Tomás continua sem marcar, mas teve alguma falta de sorte nas duas oportunidades que teve para isso. Sempre gostei do Cervi, com a sua capacidade de luta, estava até a ser dos melhores ontem, mas aquele falhanço num jogo destes não pode acontecer.

O outro resultado deste grupo (Lyon – 1 – Zenit – 1) acabou por nos favorecer, dado que assim só temos três pontos de desvantagem para os alemães, que devem ser os grandes favoritos ao 1º lugar, apesar de terem vindo do pote 4. No entanto, daqui a 15 dias iremos a São Petersburgo e conviria muito vir de lá com pelo menos um ponto, caso contrário as coisas podem tornar-se complicadas para nós.

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