quarta-feira, abril 24, 2019
Moralizador
Vencemos o Marítimo por 6-0 na 2ª feira e reassumimos a
liderança do campeonato, com os mesmos pontos do CRAC, mas com uns incríveis 25
golos marcados a mais (87 contra 62). Foi uma boa exibição, mas só na 2ª parte,
apesar de os madeirenses raramente terem criado perigo durante todo o jogo.
O Marítimo trocou-nos as voltas e atacámos para a baliza sul
na 1ª parte, ao contrário do que costumamos fazer. Com o castigo do Rafa, foi o
Cervi a ocupar o seu lugar e não poderíamos ter começado melhor, com o 1-0 logo
aos 3’ num golão do João Félix, na sequência de um canto à Camacho do Pizzi (finalmente resultou!). O mais difícil estava
aparentemente feito, mas a nossa exibição foi um pouco descolorida no primeiro
tempo. O Marítimo continuava a fechar-se muito e nós não tínhamos a dinâmica de
jogos passados, sendo algo lentos nas variações de flanco. Mesmo assim, um
remate do Grimaldo permitiu ao Charles uma defesa incompleta e o Seferovic
começou a sua lista interminável de falhanços, ao permitir também a defesa do
guarda-redes, quando estava isolado depois de um passe fantástico do João Félix.
Pelo meio, o Marítimo colocou a bola na baliza num canto, mas o Vlachodimos não
lhe conseguiu tocar por causa de um defesa que lhe fez parede na pequena-área.
O Sr. Luís Godinho assinalou (e bem, para mim) a falta, mas o nosso guarda-redes
tinha obrigação de sair de outra forma.
Na ressaca de um jogo europeu, as segundas partes costumam
ser mais difíceis do que as primeiras, por causa da quebra física. No entanto,
e apesar de a chuva ter caído quase ininterruptamente durante o jogo todo, isso
não aconteceu desta vez. Voltámos a marcar muito cedo, aos 49’, pelo Pizzi na sequência
de um centro do André Almeida, depois de o canto do Grimaldo ter sido aliviado
para o nosso nº 34. O remate do Pizzi ainda desviou num defesa, antes de passar
por baixo das pernas do guarda-redes. O resultado já nos punha a salvo de um
erro que pudesse acontecer, mas uma das vantagens do Benfica actual é que não
se sacia e fomos à procura de aumentar o marcador. O que deveria ter acontecido
pouco depois, mas o Seferovic falhou provavelmente o golo mais fácil do ano, na
marca de penalty só com o guarda-redes pela frente, depois de um passe do
Pizzi. Aos 64’, dissipávamos as dúvidas de vez com o 3-0, num bis do João Félix de primeira depois de
um centro da direita do André Almeida. Aos 74’, começámos a construir a goleada
através do Cervi, que picou a bola à saída do Charles, depois de brilhantemente
desmarcado pelo João Félix. Com o jogo ganho, o nº 79 foi descansar para entrar
o Jonas. Jonas esse que assistiu a cabeça do Seferovic, mas o suíço estava
definitivamente infeliz na concretização e a bola saiu muito ao lado. Entretanto,
já o Rúben Dias tinha saído, não lhe fosse passar uma coisa má pela cabeça e
visse um amarelo que o tirasse de Braga, entrando o Taarabt e depois foi a vez
do Pizzi ir descansar para o Salvio poder acumular minutos. O Marítimo dava
pancada escusada (o Samaris e o Ferro que o digam), mas não se livrou de sofrer
mais um golo, aos 89’ num bis do
Cervi, com um remate de ressalto de fora da área que entrou rasteiro junto ao
poste. Em cima dos 90, ainda fizemos a meia-dúzia num excelente cabeceamento do
Salvio a corresponder ao centro largo do Grimaldo.
Em termos individuais, destaque para o João Félix com um bis e uma assistência. Apesar de o que disse
o nosso presidente, temo bem que tenha sido a antepenúltima vez que o vimos ao
vivo na Luz... O Cervi, que até nem estava a fazer uma grande exibição, também merece
destaque pelos golos, que espero que lhe aumentem a moral. O Samaris continua o
patrão do meio-campo, muito bem acompanhado pelo Florentino que foi dos melhores
em campo (seria mesmo o melhor para mim, caso o João Félix não tivesse feito dois
golos e uma assistência). Falando em assistências, o André Almeida lá somou
mais duas e o Pizzi mais uma para os respectivos currículos. O Vlachodimos não
teve grande trabalho, mas tem que melhorar bastante as saídas dos postes.
No próximo domingo, teremos possivelmente o jogo mais
complicado até final do campeonato. A ida a Braga poderá decidir muita coisa,
porque se um resultado negativo deitará tudo a perder, um positivo dar-nos-á
uma moral muito grande para os restantes três jogos. Espero que este resultado
frente ao Marítimo tenha dado o alento à equipa que ela precisa, para entrar
com tudo em Braga e voltar às exibições categóricas para o campeonato no WC e
Mordor. Se assim for, a probabilidade de sairmos contentes de Braga é bastante grande.
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