segunda-feira, abril 08, 2019
Difícil
Vencemos o Feirense em Santa Maria da Feira por 4-1 e mantivemo-nos
em 1º lugar, em igualdade pontual com o CRAC (2-0 em casa com o Boavista, com
mais um penalty muito duvidoso que desbloqueou o marcador). Ao contrário do que
o resultado indica, foi um jogo muito complicado para nós e em que só perto do
apito final pude respirar de alívio.
Com a lesão do Gabriel e o castigo do Rafa, o Bruno Lage apostou
no Florentino e na surpresa Taarabt para os seus lugares. Entrámos bem na
partida, com o João Félix a tentar um par de remates, mas sem sucesso, no
entanto foi o Feirense a adiantar-se no marcador aos 10’ pelo Sturgeon de
cabeça, a aproveitar o espaço entre o André Almeida e o Vlachodimos. O nosso
defesa-direito não ficou bem na fotografia, já que não acompanhou a movimentação
do adversário. Reagimos bem, com a dupla de avançados Seferovic e João Félix em
destaque, porém com a pontaria desafinada. Todavia, foi o Feirense a colocar
novamente a bola na baliza, num livre lateral para a área que entrou directo,
mas com um jogador a movimentar-se à frente do Vlachodimos. O fiscal-de-linha levantou
a bandeirola e o VAR confirmou a posição irregular do jogador. A câmara disponível
não estava no enfiamento da jogada, mas deu para perceber uma camisola azul ligeiramente
à frente das vermelhas. Ora, como estava em diagonal, é fácil perceber que se
estivesse alinhada veríamos mais facilmente esse adiantamento. O Feirense começou
a fechar-se muito lá atrás e numa boa jogada individual, em que passou por vários
defesas, o Taarabt só pecou por rematar com pouca força. O mesmo Taarabt teve
uma oportunidade bem melhor, numa recarga a um remate do Pizzi bem defendido
pelo Caio Secco, mas a bola saiu muito por cima. Aos 40’ fizemos finalmente o
golo, através de um penalty do Pizzi a sancionar falta sobre ele mesmo. O Sr.
João Pinheiro não assinalou logo na altura, mas o VAR deu-lhe a indicação que o
jogador do Feirense tocou na bota do Pizzi quando estavam os dois a tentar
chegar à bola. Logo a seguir, o João Félix marcou na pequena-área na sequência
de um bom cruzamento do Seferovic, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo
do nº 79. Era importante chegarmos ao intervalo em vantagem e conseguimo-lo já
nos descontos da 1ª parte, com o André Almeida a ser bem desmarcado pela cabeça
do Samaris, num canto marcado pelo Pizzi, e a fuzilar o guarda-redes.
A 2ª parte não poderia ser recomeçado melhor, com o 1-3 logo
aos 49’: bola bombeada pelo Grimaldo para a área, o guarda-redes sai, mas um
defesa corta-a de cabeça a frente, e o Seferovic de primeira faz um chapéu magnífico.
Grande golo! O Feirense sentiu o golo e, nos minutos seguintes, poderíamos (e deveríamos)
ter aproveitado esse facto: um cabeceamento do André Almeida, que se antecipou
ao guarda-redes num livre, saiu por cima da barra e um remate do Grimaldo na área
foi desviado por um braço de um defesa, mas o árbitro considerou casual. Não demos
o golpe de misericórdia e o Feirense deu um ar de sua graça a partir dos 70’.
Tiveram mais bola, acercaram-se da nossa baliza, mas não conseguiram criar
verdadeiras oportunidades. Só num par de vez, com o Vlachodimos a socar bolas
que deveria ter agarrado, conseguiram criar perigo relativo. Nós começámos a fazer
substituições, o Jonas entrou para o lugar do apagado João Félix e teve um remate
perigoso a passe do Seferovic, defendido para a frente pelo guarda-redes. No último
minuto, demos o golpe final num grande cruzamento do Grimaldo, depois de um canto
no lado oposto, a encontrar a cabeça do Seferovic, que cabeceou para o lado mais
distante do guarda-redes, ou seja, da maneira que deveria ter feito naquele último
lance no WC na passada 4ª feira.
Em termos individuais, bom regresso do Seferovic à
titularidade no campeonato com um bis.
O Ferro fez um jogão, com cortes impecáveis, e seria um sério candidato a homem
do jogo não tivéssemos nós feito quatro golos. O Grimaldo também foi muito importante
ao conduzir, como habitualmente, muito jogo nosso e a ter acção directa em dois
dos golos. Gostei igualmente bastante do Samaris, que continua rei do nosso
meio-campo e muito menos conflituoso do que no passado (se calhar, já renovava
o contrato, não?). O Pizzi subiu ligeiramente em relação aos jogos anteriores e
o Taarabt evidenciou o que de positivo tinha feito como substituto: muito critério
no passe, tentar jogar sempre para a frente e cabeça levantada para ter boas opções
na resolução das jogadas. O João Félix parece-me numa fase de menor fulgor, mas
esperemos que seja passageira.
Ultrapassado este obstáculo, iremos agora defrontar o
Eintracht Frankfurt na Luz na 5ª feira. É outra competição, eu gostaria muito
de voltar a outra final europeia, mas o principal objectivo é o campeonato.
P.S. – O CRAC e seus acólitos têm de facto uma lata
descomunal para vir protestar lances deste jogo, (ainda por cima sem razão
nenhuma) depois de tudo o que já beneficiaram (e ainda beneficiam) neste
campeonato. Já sabemos que eles gostam de reescrever a história (começam logo com
a da fundação do clube), mas nenhum de nós tem a memória curta. Não sejam ridículos!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário