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sexta-feira, abril 05, 2019

Fracasso

Perdemos no WC (0-1) na passada 4ª feira e dissemos adeus ao segundo grande objectivo da época, a Taça de Portugal. Depois da 1ª mão na Luz há dois meses, em que fomos claramente mais fortes, mas deixámos a lagartada marcar um golo que manteve a eliminatória viva, na 2ª mão tivemos uma versão muito pálida do Benfica, a fazer lembrar tempos não muitos distantes. Jogámos para o empate, perdemos. É quase sempre assim.

Como é hábito nas taças, o Bruno Lage voltou a apostar no Svilar em vez do Vlachodimos. Achei mal, mas não foi por aí que a corda se partiu. O Jardel também regressou à equipa (não jogava precisamente desde essa 1ª mão) e os outros foram os habituais titulares. A lagartada preferiu atacar para a baliza onde estão as suas claques na 1ª parte, quando o habitual é fazê-lo na 2ª. Estranhei a opção, mas o que é facto é que eles entraram bem no jogo, connosco a relevarmos uma apatia pouco habitual desde que o Bruno Lage tomou conta da equipa. O 2-4 do campeonato permitiu-lhes tirar ilações e tivemos sempre muitas dificuldades em sair a jogar desde a nossa baliza. Para piorar as coisas, o Gabriel lesionou-se com gravidade logo aos 18’, entrando o Gedson, e não volta a jogar esta época. A vontade que eles demonstravam não chegou para criarem grandes situações de golo, mas nós também não as tivemos, excepção feita a um remate do Fejsa quando tinha colegas melhor colocados e um lance perto do final da 1ª parte, em que um defesa desviou uma bola que ia chegar redondinha ao Seferovic, com o suíço a acertar mal nela por causa disso.

Na 2ª parte, tivemos logo no início uma oportunidade de ouro de acabar com a eliminatória, quando o Pizzi isolou o Seferovic, que não se posicionou bem e teve que rematar com o pé direito em vez do esquerdo, tendo a bola saído ao lado, quando só tinha o Renan pela frente. Logo a seguir, o inevitável Bruno Fernandes atirou um livre à barra. A lagartada continuava com o domínio do jogo, mas as ocasiões não abundavam. O Bruno Lage resolveu mexer, tirando o muito apagado João Félix e colocando o Jonas. Jonas, esse, que teve uma grande oportunidade aos 70’, num penalty em andamento que saiu muito por cima, depois de um centro do Pizzi na direita. Cinco minutos depois, aconteceu o balde de água fria: perda de bola do Rafa e depois do Grimaldo que tentaram sair a jogar muito perto da nossa área, o Bruno Fernandes ficou com ela, fintou o Grimaldo e rematou fortíssimo de pé esquerdo sem hipóteses para o Svilar. Ainda faltavam cerca de 15’ para o final, mais os descontos, mas não conseguimos pressioná-los tanto quanto deveríamos, porque houve uma tendência que se manteve no jogo todo: fizemos incontáveis passes errados. Ainda entrou o Taarabt para o lugar do Fejsa e o marroquino, mais uma vez, teve algum critério na posse de bola. Mas só uma cabeçada do Seferovic ao lado, a centro do Gedson, criou algum perigo. Falhámos ingloriamente um dos grandes objectivos da época e, como se isto e a lesão do Gabriel não fossem suficientes, o Rafa envolveu-se com uns jogadores lagartos já depois do final do jogo e viu o segundo amarelo, indo por isso falhar a deslocação ao Feirense.

Em termos individuais, não vou destacar ninguém. A equipa esteve mais uma vez (à semelhança do Tondela) algo presa de movimentos, a não conseguir sair a jogar e mudámos do dia para a noite em relação à ida ao WC em Fevereiro. Ainda continuamos em duas provas, mas o campeonato é obviamente o maior objectivo. Sem o Gabriel, as coisas vão ser mais complicadas e (espero bem que me engane) parece-me que os nossos melhores dias já passaram. O João Félix está a decrescer de forma, assim como o Pizzi, e deste modo o nosso jogo atacante sai muito menos fluído. Veremos como a equipa vai reagir a estes contratempos, mas seria muito frustrante acabar esta época sem nenhum título.

P.S. – A arbitragem do Sr. Hugo Miguel não teve influência directa no resultado, mas foi lamentável. O critério disciplinar foi absurdo, parecendo ser obrigatório termos que ser nós a levar o primeiro amarelo, mesmo depois de dois ou três lagartos o merecerem.

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