Perante a besta negra das duas últimas épocas, entrámos muito bem na partida, de tal maneira que tivemos um penalty a favor logo aos 14’ por derrube claro ao Cervi. Infelizmente, pela segunda vez consecutiva, o Jonas permitiu a defesa do guarda-redes, mas neste caso, ao contrário de Belém, o penalty nem foi mal marcado. Apesar deste contratempo, continuámos a pressionar o Boavista e chegámos à vantagem aos 18’: canto do Cervi na esquerda (FINALMENTE, seis meses depois do início da época, o Pizzi deixou de ter os exclusivos dos cantos: olha, que coincidência... passaram a ser bem marcados e resultam em golos!) e assistência de cabeça do Jardel para o Rúben Dias, também de cabeça de baixo para cima, bater o Vagner. O Boavista praticamente não passava do meio-campo, mas nós não estávamos felizes na concretização, com a exibição do Jonas a ressentir-se de uma semana complicada (esteve em dúvida desde Portimão e nem treinou). O Pizzi teve uma óptima oportunidade numa belíssima jogada pelo lado esquerdo, mas rematou ao lado já dentro da área. Até que em cima do intervalo (44’), fizemos finalmente o 2-0 em novo canto do Cervi com entrada de rompante de cabeça do Jardel.
A 2ª parte foi menos intensa da nossa parte, com o Boavista a ter mais bola, mas a não conseguir criar grandes situações de perigo. No entanto, já se sabe que bastaria um golo deles para voltar a abrir o jogo e, com o Bruno Varela na baliza, uma pessoa nunca pode estar muito descansada, porque cada cruzamento é um susto. Portanto, era necessário o terceiro golo para nos tranquilizar de vez. O Jonas continuava a tentar, mas a não ter sorte: ou os remates saiam para fora, ou o Vagner defendia-os. Também o Cervi ficou em boa posição num canto, mas o remate de primeira foi ter ao terceiro anel. Até que aos 77’ veio a tranquilidade com um autogolo do Nuno Henrique na sequência de um centro do Grimaldo. Já o Rui Vitória tinha feito entrar o Diogo Gonçalves para o lugar do Rafa e, depois do golo, o Jiménez substituiu o Jonas. E foi mesmo o mexicano a fazer o resultado final aos 90’, numa jogada pela direita com abertura do Diogo Gonçalves para o André Almeida centrar e o Jiménez aparecer muito bem entre dois defesas.
Em termos individuais, o Zivkovic foi dos melhores, cada vez mais adaptado ao lugar de interior esquerdo, com a mais-valia de conseguir transportar jogo em velocidade para a frente. O Cervi continua em grande forma e participou activamente nos dois primeiros golos. Uma palavra, aliás, duas para os centrais, que com um golo cada um foram muito importantes para o desatar do jogo (o Jardel só teve uma falha já na 2ª parte que se pôs a inventar em zona proibida e o Boavista quase marcava...). O Rafa esteve um pouco melhor e pode ser que esta sequência de jogos que vai ter a titular até o Salvio regressar lhe faça bem. Finalmente, de destacar igualmente os dois laterais (André Almeida e Grimaldo) que foram muito importantes para a manobra ofensiva da equipa.
Voltámos a fazer uma exibição bem agradável, o que se deveu em grande parte à subida de rendimento do Zivkovic. Veremos se isto se confirma para os próximos jogos, mas o caminho para o penta ainda vai ser muito longo.
P.S. – A arbitragem do Sr. Tiago Martins foi das mais manhosas que tenho visto nos últimos tempos. Durante toda a 1ª parte, esteve a ver se desconcentrava o Benfica com decisões sempre em nosso desfavor (o amarelo ao Jardel foi disso exemplo). Com o segundo golo, percebeu que o seu esforço estava a ser inglório e passou mais despercebido na 2ª parte.
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