segunda-feira, fevereiro 12, 2018
Cervi
Vencemos no sábado em Portimão por 3-1, mas como os outros dois também
ganharam (o CRAC 4-0 em Chaves e a lagartada
2-0 no WC ao Feirense) mantém-se tudo igual na frente com o CRAC dois pontos (e
menos metade de um jogo) à nossa frente e dos outros. Foi uma vitória tão importante
quanto difícil perante um adversário que é treinado pelo Vítor Oliveira, o
treinador que colecionou mais subidas à I Liga.
Com o Rafa no lugar do lesionado Salvio, entrámos muitíssimo bem na
partida, com o Cervi a inaugurar o marcador logo aos 6’ num remate forte do
lado esquerdo, depois de uma boa jogada por aquele lado em que o Zivkovic
desmarcou o Rafa, que rodou sobre si próprio em movimento, mas o defesa cortou,
sobrando a bola para o argentino fuzilar. A 1ª parte foi o nosso melhor período,
já que praticamente não deixámos o Portimonense tocar na bola. No entanto, não
conseguimos materializar essa evidente superioridade em golos, nomeadamente num
remate do Cervi que saiu fraco e à figura, e noutros dois lances do Jonas, que
no primeiro poderia ter dado para a entrada do Pizzi, que ficaria isolado, em
vez de ter rematado (o remate foi interceptado por um defesa), e no segundo
falhou o domínio da bola depois de uma óptima jogada do André Almeida na
direita, com o Zivkovic na recarga a ver a bola ser cortada por um defesa
quando se encaminhava para a baliza. Do lado contrário, só em cima do
intervalo, o Bruno Varela foi chamado a intervir, num remate que ainda desviou
no Jardel.
A 2ª parte foi totalmente diferente com o Portimonense a subir exponencialmente
de rendimento e logo no recomeço poderia ter igualado num canto, com o André
Almeida a ser batido nas alturas e a bola a rasar o nosso poste. O mesmo André
Almeida rematou muito por cima numa boa jogada pela direita depois de assistência
do Rafa, quando estava em óptima posição. Aos 64’, as coisas começaram a ficar
feias para nós com a lesão do Jonas no joelho, que teve que ser substituído
pelo Jiménez (tudo indica que não será grave, mas veremos se vai falhar algum
jogo…). Para tornar tudo ainda pior, no minuto seguinte o Portimonense empatou
numa cabeçada do Felipe Macedo num canto (disse o central no final do jogo que
foi o primeiro golo da carreira dele quase a chegar aos 100 jogos! Que sorte a nossa…!). Tivemos uma boa
reacção e voltámos a ir para cima do adversário. O André Almeida teve nova
flagrante oportunidade num lance que ele próprio iniciou, abrindo no Cervi na
esquerda e depois, assistido por este, rematando já na área em excelente posição,
mas à figura. Pouco depois, foi o Rafa na direita a rematar cruzado ao lado,
mas na jogada seguinte foi um jogador do Portimonense que, em boa posição, não
acertou bem na bola. Até que aos 78’, conseguimos finalmente o golo, aliás, um
golão do Cervi num livre direto ainda longe da baliza, com um remate muito
colocado que ainda bateu no poste. O Rui Vitória resolveu, e bem, reforçar o
meio-campo com a entrada do Samaris para o lugar do Rafa e o Portimonense ainda
nos empurrou para a nossa área nos minutos finais. Já na compensação, o Diogo
Gonçalves substituiu o Pizzi, o sr. Carlos Xistra deu quatro minutos, mas não
acabou o jogo ao fim desse tempo e ainda bem, porque assim o Diogo Gonçalves ainda
assistiu o Zivkovic para o 3-1 aos 95’: o sérvio iniciou a jogada, abriu na direita
e o jovem português devolveu-lhe a bola para o Zivkovic rematar contra um
defesa, mas ficar com o ressalto e depois enganar muito bem esse defesa e o
próprio guarda-redes. Parecia um penalty.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Cervi pelos seus dois
golos. O argentino continua a abrir o livro e neste momento é um indiscutível
na equipa. Aliás, gostei também na flash
interview de ele ter dito que aquele lance no Restelo ainda lhe está
atravessado. É bom que isso lhe sirva de motivação para melhorar. O Zivkovic
também está a subir de rendimento na posição do Krovinovic e participou
directamente em dois dos três golos. O Rafa continua a não me convencer, embora
não tenha estado tão horrível quanto em jogos passados. Parece-me um caso de
falta de confiança, o que não se percebe num jogador com a categoria dele. Na
defesa, falhámos alguns lances aéreos ao longo do jogo (nomeadamente o Rúben
Dias) e o Bruno Varela está com um medo terrível de sair aos cruzamentos
(resquícios de certeza do golo em Braga). É bom que melhore rapidamente!
Não ganhámos pontos aos rivais nesta jornada, mas a caminhada continua.
Receberemos o Boavista no próximo sábado e todo o cuidado é pouco. Convém
relembrar que a nossa única derrota do campeonato é perante eles e não lhes
ganhámos nos últimos três jogos.
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