Como seria expectável, o Rui Vitória fez uma série de alterações, das quais se destaca a estreia absoluta do Krovinovic e não se pode dizer que entrámos mal no jogo. Bem pelo contrário. Apresentámos algum dinamismo na manobra atacante, com variações de flanco e chegámos à vantagem aos 11’ num golo de recarga do Jiménez depois de um livre para a área. E, pronto, o nosso futebol acabou aí! À semelhança dos jogos anteriores, depois de marcarmos primeiro, deixamos de jogar à bola. Não se percebe! Aliás, o treinador do Braga disse no final do jogo que o golo do Benfica lhes deu tranquilidade. Connosco acontece exactamente o contrário! O pior que nos pode suceder nestes dias é marcar primeiro e cedo, porque depois fechamos a loja à espera de... sofrermos um golo! O que tem acontecido sempre. Em vez de aproveitarmos a natural subida no terreno do adversário para sermos incisivos no contra-ataque, parece que desaprendemos de ter a bola no pé. Claro que há sempre uma ou outra situação em que poderíamos aumentar a contagem, mas surge sempre uma defesa do guarda-redes ou um falhanço isolado do inefável Rafa...
A 2ª parte trouxe mais do mesmo, connosco a ter grande dificuldades para encontrar a baliza contrária e a assistir com indescritível impotência à aproximação do adversário à nossa. O Sr. Bruno Esteves anulou um golo ao Gabriel Barbosa, mas deu a sensação na TV que ele estava em linha e aos 68’ chegou a igualdade através do central Ricardo Ferreira a desviar de cabeça um canto, com o Júlio César a ficar a meio da viagem. Até final, o Rui Vitória, curiosamente, não inventou nas substituições (o Eliseu fez o jogo todos e o Zivkovic não acabou a defesa-esquerdo), mas só um remate do Jonas de primeira, depois de um passe de cabeça do Jiménez, ia dando golo se não fosse a intervenção do André Moreira.
Em termos individuais, é difícil destacar alguém, porque nem os titulares, nem o Zivkovic, Jonas e Pizzi que também entraram, jogaram grande coisa. O Gabriel Barbosa jogou sobre a direita e passou muito ao lado do jogo (não era suposto ser ponta-de-lança...?). O Krovinovic, depois de uma 1ª parte muito apagada melhorou bastante na 2ª, mas precisa de mais atitude defensiva para jogar a 8. O Filipe Augusto teve uma atitude inacreditável ao sair (abrandando o passo e aplaudindo ironicamente quem o estava a assobiar, fazendo-nos perder ainda mais tempo!) e o Rafa continua a ser um grande reforço para a secção de atletismo, porque a bola atrapalha-o muito... O Jiménez marcou um bom golo, mas esteve demasiado discreto e, dos que entraram, o Pizzi mostrou a forma deplorável em que está.
Como a final four é em Braga, é natural que a equipa da casa queria estar presente e portanto antevê-se um grupo muito difícil. Eu já vi muitas crises desportivas no Benfica, mas sinceramente não me recordo de uma assim, em que parece que ficamos com alergia aos golos marcados e acabamos inevitavelmente por sofrê-los. Não estou bem a ver como é que isto se vai resolver num futuro próximo...
1 comentário:
Se nunca viste uma crise assim não deves ter vivido nos anos 90. Isto não é nada.
Os árbitros eram ainda piores.
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