segunda-feira, janeiro 23, 2017
Goleada enganadora
Vencemos
o Tondela por 4-0 no primeiro jogo da 2ª volta e mantivemos os 4 pontos de
vantagem sobre o CRAC (4-2 em casa ao Rio Ave), tendo aumentado para 10 em
relação à lagartada, que empatou na
Madeira com o Marítimo (2-2). Quem olhar para o resultado sem ter visto o jogo
pode pensar que foi uma vitória fácil e tranquila do tricampeão. Puro engano:
basta referir que desde a 2ª jornada, contra o V. Setúbal em Agosto, que não
ficávamos a zeros ao intervalo em jogos para as provas nacionais.
O
Rui Vitória deu a titularidade ao Zivkovic em detrimento do Salvio e foi essa a
única alteração em relação ao onze base dos últimos jogos. O Tondela, apesar de
estar em último lugar, fez um jogo defensivamente muito bem conseguido (em
alguns períodos com o inevitável antijogo, mas já se sabe…) e nós tivemos
tremendas dificuldades para criar perigo no primeiro tempo. Um remate do Jonas que
proporcionou ao Cláudio Ramos uma boa defesa e uma cabeçada do Mitroglou a
centro do mesmo Jonas foram as duas ocasiões que tivemos para marcar. Quanto à
defesa, não tivemos dificuldades de maior, excepto num lance em que o Tondela
ainda marcou, mas em claro fora-de-jogo.
Para
a 2ª parte, saiu o apagado Cervi (desta feita, a substituição do argentino foi
justa) e entrou o Salvio. Mas, mais importante do que isso, é que entrámos com
outro espírito e começámos a pressionar o Tondela como nunca o tínhamos feito
até então. A atacar para a baliza grande,
o Zivkovic ia marcando logo de entrada, num remate de ressaca, não fosse o
guarda-redes fazer a defesa do jogo. Aos 59’, começámos finalmente a desatar o
nó, com o Pizzi a inaugurar o marcador num remate cruzado de pé esquerdo, já
dentro da área, depois de uma assistência do Samaris. A partir daqui, milagrosamente, os visitantes deixaram
de estar lesionados e o jogo foi
muito mais fluido. O Tondela ia tentando responder, deixando de ter tantas
preocupações defensivas, ao que nós respondemos com velocidade na tentativa de fechar a partida. O Mitroglou teve um problema
físico (esperemos que passageiro…) e teve que ser substituído pelo Rafa aos 70’.
Pouco depois, aconteceu o único lance em que o Tondela criou perigo, num remate
de fora da área do Francisco Ferreira defendido pelo Ederson a dois tempos. De
seguida, o Salvio não conseguiu dominar bem a bola, quando estava isolado,
permitindo a intercepção do Cláudio Ramos, mas aos 76’ o desfecho do jogo ficou
decidido com o 2-0: grande abertura do Samaris para o Nélson Semedo na direita
fazer um centro atrasado para o Pizzi bisar. Grande jogada! Já nos últimos dez
minutos, o Rafa assistiu o Salvio para um remate cruzado que rasou o poste e
aos 84’ foi o mesmo Rafa a estrear-se FINALMENTE a marcar pelo Glorioso: grande
passe do Jonas e o internacional português a fazer o 3-0 num chapéu magistral
ao guarda-redes. A equipa caiu em cima dele nos festejos! Para terminar em
beleza, fizemos o 4-0 já nos descontos num penalty do Jonas a punir um puxão ao
André Almeida.
Em
termos individuais, óbvio destaque para o Pizzi pelos seus dois golos, para o
Samaris pelas jogadas nesses mesmos golos, e para o Zivkovic que foi dos que
mais procurou criar desequilíbrios. A defesa praticamente não teve trabalho e o
Ederson foi pouco mais que um espectador.
Como
disse o Rui Vitória no final, e bem, esta partida demonstrou que isto vai ser
muito difícil até final. Nada está garantido e mesmo equipas nos últimos
lugares da tabela podem tornar-se bastante complicadas. Uma das coisas que mais
gosto na nossa equipa é que raramente perdemos a cabeça em campo e começamos a
jogar à maluca se as coisas não estiverem
a correr bem. A mudança da 1ª para a 2ª parte é bem exemplo disso: bastou
imprimir mais velocidade para as coisas melhorarem. Sabemos perfeitamente o que
temos de fazer em cada momento do jogo e isso é sinal de muita maturidade
competitiva. Para o próximo fim-de-semana, temos a final four da Taça da Liga e esperamos sair de lá com o segundo
troféu da temporada.
P.S.
– O Gonçalo Guedes ficou de fora dos convocados, indiciando uma venda iminente.
Fala-se em 30 milhões de euros, uma quantia irrecusável, principalmente em
jogadores que não são titulares absolutos. No entanto, não sou nada fã destas
transferências a meio da época e, esperando estar enganado, acho que vai fazer
falta.
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1 comentário:
Vender o Guedes agora? Também não concordo, porque nos iria fazer falta.
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