Consciente da fase da competição em que estamos, o Rui Vitória acabou (e bem) por não mexer muito na equipa: só mudou o guarda-redes (Júlio César), os centrais (Lisandro e Jardel) e os extremos (Carrillo e Zivkovic). Encarámos a partida de uma maneira séria e logo desde o início que procurámos o golo. Um remate do Zivkovic ia provocando um grande frango e acabámos por inaugurar o marcador aos 21’ através de um remate de pé esquerdo do Pizzi, depois de um alívio da defesa a um centro do Nélson Semedo da direita. Pouco depois, o mesmo Pizzi falhou incrivelmente o segundo golo ao atirar por cima em excelente posição depois de uma boa jogada do Carrillo (ena, ena, alvíssaras, alvíssaras!) na esquerda. O segundo golo acabou por surgir aos 31’ num centro em arco do André Almeida que o Mitroglou não chega a desviar. Foi o primeiro golo oficial do nosso Veloso dos tempos modernos, razão pela qual houve grande festa no campo e no banco. Aos 38’, aumentámos a vantagem através do Jonas num desvio precioso, depois da intercepção de um defesa a um remate do Mitroglou (tinha obrigação de ter marcado, já que o guarda-redes estava fora do lance). Quando se pensava que iria ser um jogo mais que tranquilo, o Leixões reduziu a desvantagem mesmo antes do intervalo (44’) numa boa jogada atacante concretizada pelo Porcellis.
Para a 2ª parte, o Rui Vitória deu descanso ao Pizzi, fazendo entrar o André Horta. Logo de entrada, o Mitroglou atirou de cabeça à barra e, poucos minutos volvidos, o grego proporcionou uma boa defesa ao guarda-redes Assis numa óptima assistência do Jonas. Mas, aos 60’, o Mitroglou marcou mesmo de penalty depois de um agarrão ao Zivkovic na área. Palavra muito elogiosa para o Jonas que deu a bola ao seu companheiro para ser ele a marcar o castigo máximo. Para além de grande jogador, é um grande homem! O Leixões nunca deixou de lutar e foi recompensado com o segundo golo aos 67’, novamente pelo Porcellis, depois de uma triangulação atacante. No entanto, nós nem os deixámos respirar com isso, porque aumentámos de novo o marcador aos 70’, outra vez pelo Mitroglou, depois de uma jogada fantástica do Zivkovic na direita, com a bola ainda a ser desviada por um defesa para assistir inadvertidamente o grego. Já em tempo de compensação, fizemos o 6-2 final numa assistência do Carrilo na esquerda para o Mitroglou concretizar o hat-trick.
Quem marca três golos num só jogo, merece indiscutivelmente destaque e, neste sentido, o Mitroglou foi mesmo o melhor em campo. Todavia, muito perto ficou o Zivkovic, que baralhou completamente os adversários e está a tornar-se um caso sério na equipa. O André Almeida esteve igualmente num plano elevado, reforçado pelo golo que marcou. O André Horta entrou melhor do que em Guimarães para o campeonato, o que é bom, porque o Pizzi precisa de algum descanso.
Iremos agora defrontar o Estoril em duas mãos nas meias-finais, mas, com a eliminação da lagartada em Chaves (0-1), somos os claros favoritos à conquista do troféu. No entanto, já se sabe que é sempre preciso levar tudo muito a sério e estarmos concentrados ao máximo, porque se esta época pode ser inédita a nível nacional, ainda temos muitos obstáculos para superar até lá.
1 comentário:
Sigo o blogue há muitos anos.. continua o excelente trabalho! Viva o Benfica!
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