quarta-feira, janeiro 11, 2017
Gonçalo Guedes
Três dias depois, voltámos a vencer em
Guimarães pelo mesmo resultado (2-0) e pela nona vez em 10 edições
qualificámo-nos para as meias-finais da Taça da Liga. Numa partida em que
fizemos oito alterações em relação à equipa que ali venceu para o campeonato, o
que se pode dizer é que o plantel passou no teste com louvor e distinção.
Ainda antes do primeiro minuto, o V.
Guimarães teve a melhor oportunidade de golo no jogo todo, com o Soares a
chegar atrasado de cabeça a um desvio ao primeiro poste num canto. A partir
daqui, a 1ª parte foi toda nossa e ficámo-nos a dever uma goleada das antigas.
Aos 10’, o Rafa meteu a quinta e foi agarrado e puxado dentro da área. Penalty
indiscutível que o Pizzi permitiu que o guarda-redes, Miguel Silva, defendesse.
Tempos houve em que tal lance nos desconcentraria e mudaria o curso do jogo,
mas felizmente não os actuais. Continuámos a tentar marcar, certos de que, como
o empate nos bastava, qualquer golo iria tornar as coisas muito difíceis para o
V. Guimarães. O Zivkovic isolou o Rafa, mas este continua na sua senda de
falhar quando só tem o guarda-redes pela frente. Todavia, aos 34’ marcámos
mesmo, numa óptima combinação entre o Pizzi e o Nélson Semedo, com este a centrar atrasado para o Gonçalo Guedes
rematar rasteiro e cruzado para dentro da baliza. Pouco depois, novo capítulo
da infindável série “Falhanços isolados do Rafa”: outro magnífico passe do
Zivkovic a colocar o internacional português só com o Miguel Silva pela frente
e mais uma defesa deste a impedir o golo. Até que aos 40’, marcámos finalmente
o segundo, numa jogada toda do Gonçalo Guedes, que abriu na direita no
Carrillo, que lhe devolveu a bola, e o nº 20 marcou um golo exactamente igual
ao anterior (rasteiro e cruzado). Logo a seguir ao golo, o Nélson Semedo, que
deveria estar a ser elogiado pelos
adeptos vitorianos na bancada, fez o sinal de blá, blá, blá e eles ficaram
muito ofendidos, começando a lançar cadeiras para o campo. Atitude escusada do
nosso jogador, que lhe valeu um amarelo. Já se sabe que o melhor é sempre não
responder a provocações. Até ao intervalo, o Zivkovic poderia ter ampliado a
vantagem, noutra boa jogada do Guedes na direita, mas o Miguel Silva voltou a
defender.
À semelhança do
encontro do campeonato, na 2ª parte limitámo-nos a controlar o jogo, mas, ao
contrário de sábado, desta feita o V. Guimarães praticamente não teve
oportunidades de golo. Só a 20’ do final é que nós voltamos a chegar com perigo
à baliza adversária, mas o remate do Pizzi esbarrou num defesa. O Sr. Carlos
Xistra ia enchendo os nosso jogadores de amarelos, principalmente os (poucos)
titulares que estavam em campo, mas lá nos conseguimos safar sem nenhuma
expulsão até final.
Em termos
individuais, destaque óbvio para o Gonçalo Guedes que sozinho deu cabo da
defesa do V. Guimarães. Dois golos e uma exibição para recordar. Toda a
dinâmica da equipa na 1ª parte foi excelente, com o Zivkovic a afirmar-se cada
vez mais como uma alternativa bastante válida, até pelo que ajuda no processo
defensivo. O nosso jogo passa todo pelo Pizzi, mas aquele penalty deveria ter
entrado... O Carrillo, com a assistência para o Guedes, fez a segunda coisa de
jeito desde que chegou ao Benfica (a outra foi o golo ao Nacional), mas na
maior parte do tempo continua a fazer-nos jogar com 10. O Lisandro é muito
voluntarioso, mas perde consecutivamente lances aéreos na nossa área,
especialmente nas bolas paradas (é contá-las...). Eu disse em tempos que o Di
María, quando chegou ao Benfica, tinha o remate mais ridículo da história do futebol (e quem se lembra dos
seus primeiros tempos não tem como não concordar), mas o Rafa nem o
chega a ter. Já perdi a conta às vezes em que ele apareceu isolado e nunca
marcou. De tal maneira, que sinceramente nem me mexo quando o lance é só entre
ele e o guarda-redes, porque o desfecho é sempre o mesmo. Não vale a pena estar
com expectativas. A sua qualidade está absolutamente fora de causa, tem um
pique e uma técnica fantástica, mas precisa DESESPERADA e OBRIGATORIAMENTE de
fazer treino de finalização: uma hora no final de cada treino só com o
guarda-redes pela frente até conseguir meter a bola na baliza em 75% das vezes.
Pode ser? É que isto está a começar a cair no ridículo...!
Iremos agora
defrontar o Moreirense na final four
para tentar atingir a oitava final em 10 edições desta prova. Nunca nenhuma
equipa ganhou todos os troféus nacionais numa mesma temporada. Que tenhamos
isto em mente.
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1 comentário:
Post ridiculo. O futebol não é mascar chiclas.
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