segunda-feira, abril 25, 2016
Sofrimento
Vencemos em Vila do Conde (1-0) e mantivemos a distância de dois pontos
para a lagartada, quando faltam agora
três jornadas para o final do campeonato. Tal como se previa, foi uma partida
tremendamente difícil e, embora não tenhamos feito uma exibição por aí além, a
nossa vitória é mais do que justa.
Entrámos com a equipa habitual e logo no primeiro minuto um defesa do Rio
Ave desvia com a cabeça uma bola cabeceada pelo Jardel que estava prestes a
entrar na baliza, na sequência de um canto do Gaitán. Tivemos um outro lance de
perigo, com um remate do argentino, que passou muito perto do poste, com o
Cássio especado no terreno. Na nossa baliza, à excepção de uma cabeçada ao lado
do Vilas Boas num livre, nunca estivemos em verdadeiro perigo. Dois lances para
golo em 45’ é manifestamente pouco e eu estava muito apreensivo para a 2ª
parte, até porque o Rio Ave estava a conseguir controlar-nos muito bem.
A 2ª parte começou bem melhor e em minutos consecutivos (54’ e 55’)
falhámos duas clamorosas situações, com remates à figura do Gaitán e Jonas quando
estavam sós com o Cássio pela frente. Pouco depois, foi o Mitroglou num desvio
num canto a atirar a rasar o poste. O Rui Vitória percebeu finalmente que o
Pizzi estava uma nulidade e lançou o Salvio. Mas foi a entrada do Jiménez para
o lugar do Mitroglou que decidiu a partida: centro do André Almeida para a
área, aos 73’, corte defeituoso do André Villas Boas a levar a bola em balão
para a trave e, na recarga, o mexicano a atirá-la finalmente para dentro da
baliza. Até final, não houve mais nada a registar, somente o facto de o Jiménez
também ter sido decisivo na defesa, ao interceptar uma cabeçada ao primeiro
poste num canto no último minuto da compensação.
Em termos individuais, destaque inteirinho para o Jiménez, que voltou a ser
decisivo. Os centrais voltaram a estar seguríssimos e o Ederson foi um
espectador durante os 90’. O Jonas fartou-se de vir buscar bolas cá atrás,
porque as mesmas não lhe chegavam em condições. Mas o nosso maior problema
actualmente é o abaixamento de forma de uma série de jogadores na frente: o Pizzi
voltou a fazer uma partida de fugir e não foi por acaso que foi o primeiro a
ser substituído; o Renato em termos atacantes já foi mais decisivo do que é
agora; ao Gaitán, falta-te ritmo depois de tantas lesões; se as bolas não lhes
chegam em condições, é difícil ao Jonas e Mitroglou fazerem melhor…
Este era um jogo crucial e portanto eu estava inusitadamente nervoso. Todos
sabíamos que uma escorregadela nossa colocava a lagartada eufórica em vésperas de ir a Mordor. Felizmente isso não
aconteceu e com enorme sofrimento conseguimos manter a liderança isolados.
Faltam três jogos…
P.S. – Esta arbitragem do sr. Artur Soares Dias tem muito que se lhe diga…
A falta e o amarelo ao Eliseu, depois de ter sofrido uma falta muito pior na
área em que o árbitro nada assinalou, entra directamente para o anedotário
nacional
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1 comentário:
diga-se que não criámos mais lances de golo porque o rio ave, 5º classificado, nunca quis sair para o ataque e desposicionar-se um milímetro.
o prémio para o empate devia ser alto.
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