segunda-feira, agosto 17, 2015
Inesperado
Vencemos o Estoril por 4-0 e através da diferença de golos estamos na
frente do campeonato. Foi um triunfo justo, embora o resultado não espelhe as
dificuldades que sentimos. Quando, no final da 1ª parte, o 0-0 fazia com que
nas últimas nove horas de futebol (seis jogos completos) tivemos obtido apenas
um(!) golo, obviamente que não estava à espera da boa surpresa da 2ª parte.
Surpresa, essa, que deu outra alegria a nova pausa nas férias e mais 700 km
para ver o Glorioso ao vivo.
O Rui Vitória emendou a mão em relação à Supertaça e colocou o Eliseu,
Pizzi e Mitroglou na equipa titular. No entanto, a 1ª parte foi muito sofrível
(para não ser muito duro) e tivemos apenas uma clara oportunidade de golo, com
o Luisão a atirar à barra já perto do intervalo. O Estoril mostrava-se afoito e
obrigou inclusive o Júlio César a mais do que uma defesa complicada. Pouco,
muito pouco e a fazer-me temer que pela 2ª vez nos últimos 96 jogos na Luz
ficássemos em branco.
Durante boa parte do segundo tempo, as coisas mantiveram-se muito
complicadas. O Estoril defendia bem e o Júlio César voltou a ser decisivo com
uma defesa magistral. Quando o Rui Vitória resolveu colocar o Talisca e,
principalmente, o Victor Andrade, eu deitei as mãos à cabeça com o que me
pareceu uma loucura completa. Afinal, estamos a falar de um miúdo que nunca
tinha jogado na equipa principal em jogos oficiais e nem sequer fez parte do
plantel na digressão de pré-época. Felizmente, a máxima “o treinador é que os
treina, ele é que sabe” cumpriu-se na íntegra e melhorámos substancialmente com
as substituições. Mas só conseguimos marcar aos 73’ num centro do Gaitán para a
cabeça do Mitroglou (que até então tinha estado completamente fora do jogo e
com dois falhanços incríveis). Quatro minutos depois, o jogo ficou decidido
quando um defesa substituiu o guarda-redes e o árbitro assinalou o respectivo
penalty. O Jonas não fez como no México e rematou forte e colocado. Desfeita a muralha canarinha, começámos a dar espectáculo e o miúdo Victor Andrade fez
um centro perfeito aos 82’ para a cabeça do Jonas. A um minuto dos 90’, a
melhor jogada colectiva da noite resultou no 4-0, estreia do Nelson Semedo a
marcar depois de um toque de calcanhar brilhante do inevitável Gaitán.
Em termos individuais, até aos 61’ só o Nelson Semedo fez qualquer coisa de
diferente com as suas acelerações. O Talisca e o Victor Andrade entraram
muitíssimo bem e mudaram o jogo. O Gaitán também despertou para uma meia-hora
final muito boa. Menção igualmente para o bis
do Jonas e para a estreia a marcar do Mitroglou.
Terminámos o jogo em alta e espero que isto se alastre para os próximos
encontros. A primeira hora de jogo foi um susto e só espero que esta vitória
não nos faça pensar que está tudo bem, porque a qualidade de jogo da equipa
ainda deixa muito a desejar. No entanto, já se sabe que as vitórias dão
confiança e fazem naturalmente subir a qualidade exibicional. Que assim seja!
P.S. – Eu sei que isto interessa a muito pouca gente, mas alguém pode por
favor dizer ao Luisão, que ainda por cima é o capitão e está no clube há 12
anos, para não usar botas verdes nos jogos do Benfica? Obrigado.
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2 comentários:
Nao usar botas verdes porque?Qual e o complexo que tu tens?
Não interessa assim a tão pouca gente como isso... Embora saiba que há contratos de publicidade entre jogadores e marcas, sou da opinião que não se admite botas (ou quaisquer outros adereços), de cores que não sejam brancas, pretas ou encarnadas. No porto ninguém usa botas vermelhas... Ainda por cima hoje em dia cada modelo tem 5 cores diferentes...
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