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sábado, outubro 18, 2014

Jonas

Um hat-trick do Jonas, numa estreia de sonho a titular, permitiu-nos eliminar o Covilhã (3-2) na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Foi um jogo muito mais difícil do que se esperava, também porque alinhámos com uma equipa constituída maioritariamente por segundas linhas.

Não poderíamos ter entrado melhor, com uma arrancada do Ola John logo no minuto inicial que terminou num claro derrube na área. Penalty indiscutível e o Jonas a enganar o guarda-redes. Pensei que seria um passeio, mas não poderia ter estado mais errado. Uma oferta do Benito (como é que se pode não cortar uma bola daquelas?!) deixou que um adversário se isolasse e repusesse a igualdade aos 9’. A partida estava muito repartida e o Covilhã dava boa réplica. Nós até mostrávamos vontade, mas as coisas não nos estavam a sair nada bem. Outra contrariedade ainda na 1ª parte, com a lesão do Ola John e a estreia do ainda júnior Gonçalo Guedes, que deu muito boa conta do recado. Uma boa jogada colectiva terminou num remate do Pizzi, que o guarda-redes defendeu por instinto, mas ao 43’ aconteceu um balde de água fria com o 2-1 para os locais. Falta escusada do Gonçalo Guedes, centro para a área e os centrais a dormir.

Confesso que estava a ver as coisas muito mal paradas, porque o Jesus arriscou ao não levar nenhum titular nem para o banco e teriam de ser os que estavam em campo a dar a volta ao jogo. O que felizmente acabou por acontecer na 2ª parte. Aos 54’ golão do Jonas numa grande abertura do Cristante! O brasileiro, sem deixar a bola cair no chão, deu um toque com a parte exterior do pé e desviou a bola do guarda-redes. Que golo fabuloso! A partir daqui, deu sempre a sensação que era uma questão de tempo até nos colocarmos em vantagem, porque o Covilhã começava a quebrar fisicamente. O golo da vitória lá surgiu aos 71’ numa grande arrancada do Gonçalo Guedes e num óptimo passe do Pizzi a desmarcar o Jonas, que fez a bola passar por cima do guarda-redes. Até final, ainda permitimos que o Covilhã jogasse mais no nosso meio-campo do que seria desejável, mas conseguimos manter o nulo.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas. Três golos, sendo dois deles muito bons, e uma série de pormenores de classe demonstraram que este não engana: é mesmo craque! Também gostei bastante do Gonçalo Guedes que, com 17 anos, é uma enorme pérola e só foi pena que não tivesse marcado no último lance de encontro. O Cristante melhorou em relação a Leverkusen (também não era difícil…) e a abertura para o segundo golo é fantástica. O Bebé ainda fez duas ou três arrancadas, mas tem que melhorar (e muito) a qualidade dos centros. Nota negativa para o Benito, que até me tinha surpreendido favoravelmente na pré-época, mas hoje esteve completamente desastrado (e ligado ao 1º golo do Covilhã). O Pizzi no lugar do Enzo também não me convence, embora me pareça bom jogador.

Seguimos em frente que é o que era importante, mas arriscámos demasiado ao não convocar praticamente nenhum titular. Agora temos que nos concentrar na partida em Braga, porque é imperioso que cheguemos a casa do CRAC no mínimo com a vantagem actual.

P.S. – A lagartada foi ganhar a casa do CRAC (3-1) e eliminou-os da Taça de Portugal. Acho que o presidente do CRAC, como pessoa coerente que é, só tem uma atitude a tomar: renovar já com o Lopetegui!

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