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segunda-feira, janeiro 14, 2013

Justo

Empatámos com o CRAC (2-2) e perdemos uma óptima possibilidade de nos isolarmos na frente do campeonato. Foi uma partida bastante disputada com os quatro golos a serem marcados nos primeiros 17’(!), mas em que nunca conseguimos verdadeiramente impor o nosso futebol.

Com baixas em ambos os lados, Luisão e (menos importante) Rodrigo para nós, e James e (mais importante) Proença, Benquerença e Xistra do lado do CRAC, começámos o jogo praticamente a perder através de um golo do Mangala num livre aos 8’. Reagimos de pronto com um golão do Matic de primeira aos 10’, depois de um amortecimento do Jardel que deu boa sequência a um passe de cabeça do Cardozo. Infelizmente, o Artur resolveu mais uma vez dar uma de Roberto nos jogos em casa contra o CRAC e atrapalhou-se com a bola, permitindo ao Jackson fazer o 1-2 aos 15’. O que valeu foi que voltámos a reagir logo de seguida num fuzilamento aos 17’, aproveitando uma bola à mercê na área, depois de um cruzamento do Salvio, que não foi aliviado como deveria. O jogo estava de loucos, mas a partir daqui acalmou. Até ao intervalo, nada de mais relevante se passou.

À semelhança do jogo da Taça da Liga no ano passado, que também estava 2-2 ao intervalo, a 2ª parte foi bastante mais calma. O CRAC deixou de criar perigo e nós tivemos a grande oportunidade aos 77’, quando o Cardozo muito bem isolado pelo Gaitán permitiu que o Helton tocasse ao de leve na bola, mas o suficiente para a enviar ao poste (este malandro já safou um golo certo ao Mantorras perto do fim na época do Fernando Santos, vamos lá a ver se esta defesa também não significa um campeonato…).

Em termos individuais, o Matic encheu o campo e ainda teve a mais-valia do golo. O Gaitán também surgiu a espaços, tal como o Salvio. Os centrais (Garay e Jardel) estiveram muito bem. O Lima batalhou muito, mas pareceu um pouco perdido em campo. O Cardozo participou no nosso primeiro golo, mas foi pena que não tenha feito o 3-2. Abaixo do que fez a semana passada esteve o Enzo Pérez, e o Maxi continua muito longe da forma que nos habituou. O Melgarejo cumpriu em termos defensivos, mas não fez quase nada no ataque e o Artur teve uma noite para esquecer (para além do frango, falhou inúmeras reposições de bola). O Carlos Martins entrou bem, ao contrário do Aimar (mas também o que é que o Jesus estava à espera, depois do que vimos frente à Académica?). O Ola John deveria ter entrado mais cedo.

Não poderíamos ter mais vantagem para este jogo: vínhamos de uma série muito positiva de resultados e exibições, o CRAC vinha desfalcado e não tinha banco nenhum, e não tínhamos o Proença a decidir o jogo contra nós. É fácil criticar à posteriori, mas concordei com a equipa inicial do Jesus: este ano estamos habituados a jogar com dois pontas-de-lança e ainda na 4ª feira se viu a paupérrima exibição, enquanto jogámos só com um. Mas o que é certo é que nunca nos conseguimos impor ao meio-campo do CRAC. O Jesus não esteve bem nas substituições e a entrada do Aimar, em vez do Ola John aos 69’ foi um grande erro: o argentino está completamente sem ritmo e com a sua entrada perdemos muita intensidade. Nunca conseguimos ter bola para desenvolver o nosso jogo habitual e estivemos longe do que costumamos produzir por mérito do adversário, claro. Por outro lado, ainda não arranjámos antídoto para a atitude animal-com-os-dentes-de-fora com que estes tipos vêm sistematicamente à Luz: entrámos mal em ambas as partes e damos a sensação de sermos muito macios perante eles. E assim é quase impossível ganharmos.

P.S. – Sim, o Sr. João Ferreira poderia ter mostrado o segundo amarelo ao Matic, sim, se o Maxi visse o vermelho directo não escandalizaria (não se percebe como é que um jogador com a experiência dele tem uma entrada daquelas) e sim, há dois foras-de-jogo mal assinalados ao ataque do CRAC. A minha resposta ao choradinho do Vítor Pereira é: DÓI, NÃO DÓI, SEU PALHAÇO?!?! E vê lá tu que nenhum desses lances tem a influência no resultado como, por exemplo, um golo marcado dois metros fora de jogo quase no final de um jogo! Lembras-te?! Não foi assim há tanto tempo, seu BURRO (estou a citar o presidente do CRAC, muito bem lembrado pelo L.F. Vieira no final, na sua melhor declaração de sempre, que disse que quem falava em arbitragens era burro…)! A desfaçatez destes tipos é inacreditável e a vergonha na cara é algo que lhes é completamente chinês. Estes árbitros que não recebem conselhos matrimoniais para os seus progenitores, nem frutinhas e chocolatinhos são uma chatice, não é? Mas podemos pôr o contador a zeros. Ora bem, 30 anos, 60 jogos. Para não dizerem que eu sou exagerado, vamos contar só metade de ajudas arbitrais ao CRAC. Muito bem, ainda nos estão a dever 29 jogos, suas bestas!

2 comentários:

- disse...

[vídeos] Só os burros falam de arbitragem - Vieira vs Pinto da Costa vs Vitor Pereira

http://www.youtube.com/watch?v=OHiFZBlVfE0


Vídeo com retrospectiva das declarações ridículas do staff FCP.

Edgar disse...

Está-se a preparar o caldinho para a Pedreira... Mas os factos são:
- Fernando fez entrada mais agressiva e completamente intencional sobre o Gaitan, nem falta foi.
- Moutinho fez várias faltas duras, mas retenho uma (sobre o Salvio?) em que cortou um contra-ataque nosso. Levou apenas 1 amarelo perto do fim.
- Mangala e Varela fartaram-se de dar pau e não viram amarelo.
- Foras-de-jogo tirados à pele às duas equipas.
- 1 fora-de-jogo perigoso mal tirado ao Porto.

Sonho com o dia em que um jornalista pergunte ao dirigente assumidamente corrupto se está preocupado com a vida amorosa do pai do árbitro! Mas acho que mais cedo lhe hão-de pôr uma flor...