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domingo, outubro 30, 2011

Desnecessário

Um bis do Rodrigo nos primeiros 13 minutos do jogo deu-nos a vitória sobre o Olhanense (2-1) e permitiu manter-nos a par do CRAC no 1º lugar do campeonato. A exibição prometeu imenso logo de início, mas acabámos o jogo a sofrer, algo que nos deverá fazer pensar de futuro.

Não poderíamos ter melhor entrada na partida. Aos 25 segundos deu-se (arrisco-me a dizer) o golo mais rápido que alguma vez se viu na nova Luz: excelente passe do Gaitán e óptimo remate em arco do Rodrigo. Pouco depois, aos 13’, um ataque rápido desmarcou o Maxi Pereira na direita, este centrou, um defesa do Olhanense interceptou, a bola subiu e o Rodrigo só teve que encostar de cabeça. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, também a mim me passou pela cabeça uma possível goleada. Até sensivelmente à meia-hora protagonizámos bom futebol, com velocidade, boas desmarcações e passes longos, mas não criámos grandes situações iminentes de golo. O que valeu foi que estivemos bem na defesa e os algarvios também não criaram perigo nenhum.

A 2ª parte foi muito diferente para (bastante) pior. O Witsel entrou para o lugar do Aimar, numa troca a indicar poupança para o Basileia, mas sofremos o golo logo aos 47’ numa incrível desatenção defensiva, em que um adversário consegue centrar no meio de três(!) jogadores nossos e a bola cruza a nossa área sem que seja interceptada! Este golo poder-nos-ia ter espicaçado para repetir o início do jogo e fazer mais golos que nos dessem a tranquilidade total. Mas não, os jogadores pareciam que já estavam a pensar no Basileia, e a exibição neste período foi bastante sofrível. Claro está que lá tivemos um golito anulado ao Cardozo por fora-de-jogo inexistente, mas um enorme disparate do Maxi (fintar em zona proibida!) quase valia o empate se não fosse o grande Luisão a interceptar o remate. Em termos de oportunidades de golo, não construímos o número habitual e devemos ter acabado o jogo com tantos remates como o adversário.

Em termos individuais, o destaque vai obviamente para o Rodrigo pelos dois golos. O Matic não esteve ao seu nível habitual, o que quer dizer que fez uma boa exibição… ;-) Durante aqueles primeiros 30’ destacou-se igualmente o Gaitán. Todos os outros estiveram em plano bastante sofrível, mas o Artur lá sofreu mais um golo sem praticamente ter tocado na bola.

Como se costuma dizer, o mais importante é o resultado (e é), mas os srs. jogadores do Benfica têm que se mentalizar que um 2-0 aos 13’ não é sinónimo de que o jogo esteja ganho (o Jesus veio dizer que alguns deixaram de correr). Bem vistas as coisas, o Olhanense só teve duas oportunidades: o golo e a tal intercepção do Luisão, mas mesmo assim deveríamos ter evitado colocar-nos nessa situação e ter um sofrimento desnecessário naqueles minutos finais. Agora, é virar agulhas para a Champions e aproveitar esta oportunidade para carimbar já o passaporte para os oitavos-de-final.

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