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sexta-feira, abril 15, 2011

Desassete anos depois...

Voltámos a uma meia-final de uma competição europeia ao eliminarmos o PSV com um empate em Eindhoven (2-2). Desde a gloriosa época de 1993/94 que não metíamos lá os pés e agora só o Braga nos separa da desejada ida a Dublin. No entanto, este jogo com o PSV não foi nada fácil e as coisas estiveram até tremidas na 1ª parte quando sofremos dois golos quase seguidos. O golo do Luisão perto do intervalo foi essencial para nos acalmar e a partir daí a eliminatória estava mais ou menos controlada. De MUITO negativo, tenho que destacar a lesão do Salvio que, com a fractura de um dedo do pé, terá terminado a época. É uma ENORME perda para nós e vai ser tremendamente difícil substitui-lo.

Até entrámos bem na partida e criámos duas situações pelo Gaitán e Saviola, só que não fomos felizes na concretização. Duas desconcentrações defensivas originaram os dois golos do PSV, aos 17’ e 26’. E só não sofremos o terceiro pouco depois, porque o Roberto fez bem a mancha depois de um enorme erro do Maxi Pereira. Pelo meio, um lance para cartão vermelho transformado em amarelo provocou a tal lesão do Salvio, que lhe poderá custar o resto da época. Tudo parecia correr mal, nós não nos encontrávamos em campo e o Carlos Martins, que substituiu o argentino, entrou muito mal no jogo. No entanto, acabou por ser ele já no período de compensação a conquistar e a marcar o livre do qual resultou o golão do Luisão. As coisas alteravam-se num minuto e íamos para intervalo bastante mais descansados.

O PSV acusou imenso o golo e na 2ª parte praticamente não criou perigo. Nós controlávamos os acontecimentos e começámos a criar hipóteses para ampliar a vantagem, nomeadamente através de remates do Gaitán e Luisão, este de cabeça. Uma grande jogada do César Peixoto fez com que fosse derrubado na área e o Cardozo concretizou o respectivo penalty (marcado rasteiro para o meio da baliza… Até nem consegui festejar bem, tão próximo esteve o Isaksson tocar com os pés na bola…) aos 63’. A eliminatória ficava resolvida de vez e foi pena que tivéssemos desacelerado com o aproximar do final do jogo, porque poderíamos bem ter saído da Holanda com uma vitória.

Em termos individuais, destaco o César Peixoto e o Luisão. Este pelo magnífico golo que marcou e que foi vital para a nossa qualificação, e o Peixoto, porque fez um jogo tacticamente perfeito e foi preponderante no 2º golo. Também voltei a gostar do Jardel (ao contrário dos comentadores da SIC, vá lá saber-se porquê…) e o Javi García foi importante na segurança a meio-campo, em especial depois dos dois golos sofridos. Nas próximas duas semanas, teremos três partidas decisivas: CRAC para a Taça de Portugal, final da Taça da Liga e 1ª mão frente ao Braga. Continuamos com hipóteses de ganhar três troféus este ano, o que o tornará glorioso, resta saber como a equipa vai reagir fisicamente e, em especial, como vai sentir a falta do Salvio…

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