domingo, agosto 08, 2010
Descer à terra
Perdemos a Supertaça com o CRAC (0-2) e deixámos escapar a possibilidade de conquistar o primeiro troféu oficial desta época. Foi uma derrota justa, mas que me custou bastante, porque não estava mesmo nada à espera dela. Estivemos a léguas do que já mostrámos nesta pré-época e espero que se tirem as ilações devidas deste desaire. O que de muito bom fizemos na temporada transacta é uma boa meta para ter em vista, mas neste momento é passado. Temos tudo para conquistar de novo agora. E é importantíssimo que ajudemos a matar o polvo conquistando mais um campeonato.
Entrámos pessimamente na partida e aos 3’ já perdíamos por 1-0. Erro clamoroso de marcação num canto e o Rolando cabeceou à vontade. Só demos um ar da nossa graça dos 30’ até ao intervalo, mas sem criar uma clara ocasião de golo. Na 2ª parte, voltámos a entrar mal e, o que é pior ainda, com alguns jogadores de cabeça perdida (David Luiz e Carlos Martins, por exemplo, poderiam ter sido expulsos). O CRAC chegou ao 2-0 na sequência de uma bola nossa perdida a meio-campo, que originou um contra-ataque vitorioso. Até final, tivemos a nossa melhor oportunidade, mas o Saviola isolado falhou o que seria o nosso golo de honra.
Individualmente, apesar do falhanço, o Saviola foi o melhor do Benfica. Ou, talvez seja correcto dizer, o menos mau. O Coentrão, a jogar a extremo-esquerdo, esteve razoável e não percebi a sua substituição. O David Luiz acaba por não estar isento de culpas nos golos, mas as suas subidas provocaram desequilíbrios que infelizmente não foram aproveitados pela equipa. No pólo negativo, sobressaem dois nomes: César Peixoto e Carlos Martins. Exibições pavorosas e não percebi porque é que não foram substituídos. A dúvida entre Airton e Javi García, pelo menos nos tempos mais próximos, ficou desfeita com esta partida. Claramente, o espanhol terá de ser titular. E, lamento imenso ter que dizer isto, mas o Roberto está a um pequeníssimo passo de ser o maior bluff da nossa história. Continua a não dar a mínima confiança à equipa, sai pessimamente aos cruzamentos e um guarda-redes que custa aquele preço tem que defender a bola do primeiro golo. Eu sei que o cabeceamento é muito à queima, mas foi precisamente para defender bolas daquelas que ele foi contratado. Acho que está na altura de assumir o erro (paciência, toda a gente tem direito a errar) e colocar rapidamente um dos outros dois na baliza antes que isto nos custe vitórias no campeonato. (Virei aqui de muito bom grado no final da época fazer o mea culpa, caso esteja, como desejo e muito, redondamente enganado.)
Esta partida deve fazer-nos pensar seriamente. Continuamos a ser o mais forte candidato ao título, não tenho a menor dúvida disso, mas precisamos urgentemente de dois extremos. Um para cada lado. Cada vez compreendo menos a decisão do empréstimo do Urreta. Era, de longe, o único cuja velocidade se assemelhava ao Di María e também não é nada mau tecnicamente. Por outro lado, a venda do Ramires foi boa em termos financeiros, mas não vai ser nada fácil substituí-lo no campo. E é imperativo fazê-lo, já que o Carlos Martins não pode jogar no lado direito, porque não defende nada e deixa o lateral completamente abandonado.
Errar é humano e o Jorge Jesus também não esteve bem neste jogo. Se ainda posso entender a táctica inicial de 4-1-3-2, que tão bons resultados deu na temporada anterior (é pertinente o reparo de “então, porque é que andou a treinar o 4-3-3 nos últimos jogos?”, mas esperava que, como todos os jogadores de campo já cá estavam no ano passado, ainda se lembrassem dos automatismos, o que infelizmente não aconteceu), já não compreendi a leitura que ele fez do jogo, especialmente nas substituições: deixar as nulidades do Peixoto e Martins em campo e tirar o Aimar e Coentrão esteve longe de ser uma boa decisão. Outro aspecto a rever é a atitude de alguns jogadores dentro do campo. Podemos agradecer ao Sr. João Ferreira o facto de termos terminado o jogo com 11 jogadores. Não posso compreender, nem admitir, a cabeça perdida que alguns revelaram.
Um último aspecto relevante que me relembrou, e bem, o meu amigo Leão Eça Cana: fazer três jogos em 96 horas e só ter quatro dias de descanso para a primeira partida oficial (ou seja, quatro jogos em oito dias), frente a um rival directo e portanto importantíssima de ser ganha, é algo que não se percebe. Recordo que no ano passado tivemos uma semana de descanso antes da primeira partida oficial. Isto terá de ser obrigatoriamente revisto na próxima pré-temporada. Esta má planificação poder-nos-á ter custado a vitória nesta Supertaça, já que foi visível que fisicamente não estivemos ao melhor nível.
Entrámos pessimamente na partida e aos 3’ já perdíamos por 1-0. Erro clamoroso de marcação num canto e o Rolando cabeceou à vontade. Só demos um ar da nossa graça dos 30’ até ao intervalo, mas sem criar uma clara ocasião de golo. Na 2ª parte, voltámos a entrar mal e, o que é pior ainda, com alguns jogadores de cabeça perdida (David Luiz e Carlos Martins, por exemplo, poderiam ter sido expulsos). O CRAC chegou ao 2-0 na sequência de uma bola nossa perdida a meio-campo, que originou um contra-ataque vitorioso. Até final, tivemos a nossa melhor oportunidade, mas o Saviola isolado falhou o que seria o nosso golo de honra.
Individualmente, apesar do falhanço, o Saviola foi o melhor do Benfica. Ou, talvez seja correcto dizer, o menos mau. O Coentrão, a jogar a extremo-esquerdo, esteve razoável e não percebi a sua substituição. O David Luiz acaba por não estar isento de culpas nos golos, mas as suas subidas provocaram desequilíbrios que infelizmente não foram aproveitados pela equipa. No pólo negativo, sobressaem dois nomes: César Peixoto e Carlos Martins. Exibições pavorosas e não percebi porque é que não foram substituídos. A dúvida entre Airton e Javi García, pelo menos nos tempos mais próximos, ficou desfeita com esta partida. Claramente, o espanhol terá de ser titular. E, lamento imenso ter que dizer isto, mas o Roberto está a um pequeníssimo passo de ser o maior bluff da nossa história. Continua a não dar a mínima confiança à equipa, sai pessimamente aos cruzamentos e um guarda-redes que custa aquele preço tem que defender a bola do primeiro golo. Eu sei que o cabeceamento é muito à queima, mas foi precisamente para defender bolas daquelas que ele foi contratado. Acho que está na altura de assumir o erro (paciência, toda a gente tem direito a errar) e colocar rapidamente um dos outros dois na baliza antes que isto nos custe vitórias no campeonato. (Virei aqui de muito bom grado no final da época fazer o mea culpa, caso esteja, como desejo e muito, redondamente enganado.)
Esta partida deve fazer-nos pensar seriamente. Continuamos a ser o mais forte candidato ao título, não tenho a menor dúvida disso, mas precisamos urgentemente de dois extremos. Um para cada lado. Cada vez compreendo menos a decisão do empréstimo do Urreta. Era, de longe, o único cuja velocidade se assemelhava ao Di María e também não é nada mau tecnicamente. Por outro lado, a venda do Ramires foi boa em termos financeiros, mas não vai ser nada fácil substituí-lo no campo. E é imperativo fazê-lo, já que o Carlos Martins não pode jogar no lado direito, porque não defende nada e deixa o lateral completamente abandonado.
Errar é humano e o Jorge Jesus também não esteve bem neste jogo. Se ainda posso entender a táctica inicial de 4-1-3-2, que tão bons resultados deu na temporada anterior (é pertinente o reparo de “então, porque é que andou a treinar o 4-3-3 nos últimos jogos?”, mas esperava que, como todos os jogadores de campo já cá estavam no ano passado, ainda se lembrassem dos automatismos, o que infelizmente não aconteceu), já não compreendi a leitura que ele fez do jogo, especialmente nas substituições: deixar as nulidades do Peixoto e Martins em campo e tirar o Aimar e Coentrão esteve longe de ser uma boa decisão. Outro aspecto a rever é a atitude de alguns jogadores dentro do campo. Podemos agradecer ao Sr. João Ferreira o facto de termos terminado o jogo com 11 jogadores. Não posso compreender, nem admitir, a cabeça perdida que alguns revelaram.
Um último aspecto relevante que me relembrou, e bem, o meu amigo Leão Eça Cana: fazer três jogos em 96 horas e só ter quatro dias de descanso para a primeira partida oficial (ou seja, quatro jogos em oito dias), frente a um rival directo e portanto importantíssima de ser ganha, é algo que não se percebe. Recordo que no ano passado tivemos uma semana de descanso antes da primeira partida oficial. Isto terá de ser obrigatoriamente revisto na próxima pré-temporada. Esta má planificação poder-nos-á ter custado a vitória nesta Supertaça, já que foi visível que fisicamente não estivemos ao melhor nível.
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3 comentários:
Postado ontem, 7.8, no intervalo do jogo, no meu blogue:
"Final da supertaça Cândido de Oliveira. Intervalo. o Benfica está a perder por 1-0 desde os 3 minutos.
Não consigo conter-me. O pseudo guarda redes do SLB, o espanhol Roberto Gago não serve para o Benfica.
Independentemente de no lance do golo, ter hesitado na saída, optando por não sair, teve poucos reflexos no cabeceamento à queima roupa do Fernando.
De repente e de memória, teve mais 2 hesitações na saída aos cruzamentos. Começo a pensar que tem dificuladades nas saídas ou, pior ainda, tem medo.
Não conseguiu agarrar uma única bola pelo ar, apesar da sua estatura (1,95 m). A todas socou, mesmo que o grau de dificuldade fosse mínimo, como foi o caso de que me lembro, em que o Luisão salvou em cima do risco de baliza, do lado direito.
Vou ver a 2ª parte."
tarirari
Permite-me que discorde no ponto do Saviola é verdade que existiram piores mas esteve muito trapalhão e falhou as duas nossas melhores ocasiões que normalmente não falha, mas pelo menos exigisse que marque uma.
Sobre o Roberto concordo plenamente sem tirar uma vírgula. Na melhor das hipóteses Roberto terá o mesmo valor dor restantes guarda redes com a agravante de ter custado o que custou, o que só por isso é um mau negocio, e penso que terá sido a enormidade desse valor que pesa sobre o Roberto que se vê forçado a demonstrar qualidades que justifiquem o montante dispendido nele mas que não terá aguentado a pressão, e um guarda redes que não aguente a pressão não interessa ao Benfica, para bem da equipa e sobretudo do Roberto o melhor é tira-lo da equipa e tentar daqui a seis meses pode ser que assim pelo menos se não perca o investimento totalmente. Neste momento como se viu neste jogo os nossos adversários acreditam que o Roberto é um grande frango por isso ainda mais tentam tirar partido das suas fragilidades ou ele sai da equipa ou nunca mais o recuperamos.
O Nosso treinador vai durante a época alternar entre os dois sistemas nos jogos mais difíceis vai jogar na táctica do ano passado naqueles mais fáceis vai apostar na nova táctica, ele testou mais a nova porque era a que menos rotinas tinha isso é obvio, agora para utilizarmos a táctica do ano precisamos alem do substituto do Ramirez de um extremo esquerdo porque tirar o Coentrão de defesa esquerdo é enfraquecer a equipa.
Volto a discordar de si no aspecto do capitulo físico por muito valida que seja sua opinião a verdade é que os factos não lhe dão razão alias foi no final da primeira parte que finalmente a equipa veio para a frente e conseguiu criar perigo, pouco mas criou, tirando partido da quebra física do adversário que deixou de exercer tanta pressão e o mesmo se verificou no fim do jogo quando voltamos ater o nosso melhor período e as melhores oportunidades é verdade que o adversário recuou mas por falta de frescura física, alias viram-se vários jogadores adversários caídos e a queixarem-se de problemas físicos que a nossa equipa não teve, agora concordo consigo que a equipa devia de ter corrido mais e ter feito mais pressão mas não foi por problemas físicos.
Já pensaste que a suposta contratação do James Porcoez fez com que o Urreta tenha sido emprestado? Talvez...
Infelizmente, o Roberto não te vai obrigar a fazer um mea-culpa. O problema é que a insegurança dele transparece nos jogadores da nossa defesa. É o pânico total quando a bola chega perto da área. 8.5M já devia dar para falar sobre um interesse no Akinfeev...
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