sexta-feira, setembro 18, 2009
Tranquilo
Entrámos a ganhar na Liga Europa ao derrotar o Bate Borisov por 2-0. Convém recordar que estávamos a defrontar o tri (em vias de ser tetra) campeão da Bielorrússia e, se tínhamos naturalmente de assumir o favoritismo até porque jogávamos em casa, não deveríamos pensar que seriam favas contadas.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
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3 comentários:
Os avançados vivem para marcar golos. E fico satisfeito quando os que jogam conseguem marcar os dois.
Fiquei ainda mais agradado com o facto do capitão Nuno Gomes ter marcado o 1º e feito a grande assistência para o 2º, pois é importante que todos os jogadores se sintam úteis à equipa e não apenas os que integram o 11 base titular. O capitão aproveitou a oportunidade para cumprir o seu papel e demonstrar que podem contar com ele! É muito bom ver um jogador dar provas que pode ser útil e alternativa aos habituais titulares, pois não só lhe dá confiança como transmite para os colegas que têm de continuar a trabalhar bem para merecerem continuar a jogar de início.
Engraçado é que ganhamos por 2 a zero mas ficamos com a sensação que sabe a pouco...tamos a ficar mal habituados! :)
PS - eu tambem reparei no q se passou com o Ruben na altura e fiquei preocupado pois sao essas coisas q podem desestabilizar o ambiente la dentro. Ele foi direito ao balneario por qq motivo aborrecido e o Pietra arrastou-o para o centro do terreno. Ele lá foi juntar-se aos colegas e aplaudiu com os braços meio caídos rapidamente e voltou a andar rapido para o tunel enquanto os outros ainda continuavam a agradecer o apoio...nao foi bonito de se ver...o Ruben é um de nós e espero q continue com a mesma vontade e dedicação q sempre tem tido.
Completamente de acordo caro amigo! Ninguém, muito menos o Ruben! Já é suficientemente crescidinho para não ter atidudes daquelas!
Não sabemos o que se passou com o Ruben, logo não podemos estar a especular e cortar no jogador.
Pode se q ainda se saiba o q se passou
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