segunda-feira, julho 27, 2009
Vitória em Amesterdão
Ganhámos ao Ajax (3-2) e conquistámos o prestigiado Torneio de Amesterdão. Foi a 1ª vez que uma equipa portuguesa o fez e ainda bem que fomos nós. O Ajax foi a melhor equipa que defrontámos nos sete encontros de preparação até agora e colocou-nos problemas que tivemos alguma dificuldade em resolver. No entanto, a nossa vitória é justa e sinceramente cada vez me dá mais gozo ver-nos jogar à bola.
Ao invés da partida frente ao Sunderland, entrámos em campo com três portugueses (Moreira, Carlos Martins e Nuno Gomes) e o melhor elogio que se pode fazer é que parece que os jogadores estão a assimilar bem os métodos do Jorge Jesus, porque a nossa exibição colectiva não reflectiu tanto quanto eu esperava a falta do Aimar e Cardozo. No entanto, o Ajax imprimiu uma velocidade ao jogo que nos criou bastantes problemas principalmente durante a 1ª parte. Chegámos à vantagem muito cedo (8’) num dos mais bonitos auto-golos da história do futebol (magnífico chapéu ao guarda-redes) e lentamente fomos reequilibrando o domínio da partida, nomeadamente através de maior posse de bola. A defesa tremeu um bocado (Shaffer confirmou que tem muito que aprender no que toca a defender e a 1ª parte do Luisão foi má), mas mesmo assim conseguimos fazer o 2º golo numa brilhante jogada de contra-ataque (Ramires, Nuno Gomes e Saviola) finalizada pelo Di María, com alguma sorte no ressalto da bola. Esperava eu que mantivéssemos a vantagem até ao intervalo, mas uma boa combinação atacante do Ajax, e alguma permissividade da nossa defesa e meio-campo, permitiu-lhes reduzir o marcador no último minuto da 1ª parte.
O início da 2ª parte foi idêntico ao da 1ª com maior pressão do adversário e até no facto de voltarmos a marcar cedo (55’). Livre para a área, a defesa do Ajax não aliviou bem a bola e o David Luiz fez o 1-3. A partir daqui, os holandeses baixaram o nível do seu jogo e nós tivemos a nossa melhor fase. E esta é uma das grandes melhorias em relação ao passado: estávamos a ganhar 3-1 em casa do adversário e continuávamos a tentar marcar mais golos. A entrada do Aimar para o lugar do desequilibrado Carlos Martins (duas boas jogadas não compensaram a quantidade de disparates que fez no resto da partida, nomeadamente confundir passe e remate) foi essencial para voltarmos a ter inteligência no nosso jogo. Tivemos algumas boas oportunidades, mas não conseguimos aumentar a vantagem. O Ajax voltou a reduzir a diferença aos 78’ num lance com bastante sorte, porque depois de uma óptima defesa do Moreira, o David Luiz tentou aliviar a bola, só que ela bateu num adversário e entrou na baliza. A vitória no torneio dificilmente estaria em causa, já que os holandeses precisavam de marcar ainda dois golos, mas esperava eu que já agora o ganhássemos com uma vitória. E foi o que aconteceu. Fomos sagazes em gerir o resultado até final e levamos o troféu para casa.
Individualmente, gostei muito dos reforços Javi García e Ramires. O espanhol parece um pêndulo a meio-campo, é muito inteligente a ocupar os espaços, joga quase sempre para a frente num ou dois toques e mais não se poderia pedir a quem fez 180’ em três dias, e tem meia-dúzia de treinos com a equipa. Mesmo apesar de no 1º golo deles não ter acompanhado o médio que rematou à baliza. O brasileiro subiu imenso em relação a 6ª feira e a forma como partiu para o ataque no lance do nosso 2º golo foi brilhante. O Di María também fez um óptimo jogo enquanto lhe duraram as pilhas. Apesar dos dois golos sofridos e uma ou outra sofrível saída a um cruzamento, para mim o Moreira deve ser o titular da equipa. Não porque tenha feito três óptimas defesas (incluindo a que depois resultou no 2º golo deles), mas principalmente porque é o melhor dos nossos guarda-redes a sair da baliza. O que, no sistema em que jogamos, é essencial para que os avançados contrários não fiquem isolados com a bola. Depois da má 1ª parte, o Luisão subiu imenso de produção na 2ª (até foi eleito o melhor jogador do torneio) e o David Luiz esteve brilhante nas duas. Voltei a gostar dos cruzamentos do Shaffer e agora só lhe falta aprender a defender. O Saviola esteve mais discreto em relação a outras partidas e não achei que o Nuno Gomes tenha destoado, apesar de só ter jogado meia-parte. Ao invés, o Cardozo, que o substituiu na 2ª, esteve um pouco fora do jogo. O Coentrão não teve só intervenções positivas como nos encontros anteriores, mas a sua melhoria é indiscutível.
Não quero nem vou soltar foguetes, mas recorro apenas aos números. Temos cinco vitórias em sete jogos e dois torneios de pré-época conquistados. Tirando as desconcentrações defensivas da 1ª partida frente ao Sion, parece cada vez mais óbvio que os Srs. Hugos Miguéis vão ser o nosso grande obstáculo este ano. Neste sentido, o torneio de Guimarães para a próxima semana deve ser elucidativo acerca disto. A continuarmos assim, muito trabalho vão ter eles para não nos deixarem ganhar. Mas não subestimemos a sua força...
Ao invés da partida frente ao Sunderland, entrámos em campo com três portugueses (Moreira, Carlos Martins e Nuno Gomes) e o melhor elogio que se pode fazer é que parece que os jogadores estão a assimilar bem os métodos do Jorge Jesus, porque a nossa exibição colectiva não reflectiu tanto quanto eu esperava a falta do Aimar e Cardozo. No entanto, o Ajax imprimiu uma velocidade ao jogo que nos criou bastantes problemas principalmente durante a 1ª parte. Chegámos à vantagem muito cedo (8’) num dos mais bonitos auto-golos da história do futebol (magnífico chapéu ao guarda-redes) e lentamente fomos reequilibrando o domínio da partida, nomeadamente através de maior posse de bola. A defesa tremeu um bocado (Shaffer confirmou que tem muito que aprender no que toca a defender e a 1ª parte do Luisão foi má), mas mesmo assim conseguimos fazer o 2º golo numa brilhante jogada de contra-ataque (Ramires, Nuno Gomes e Saviola) finalizada pelo Di María, com alguma sorte no ressalto da bola. Esperava eu que mantivéssemos a vantagem até ao intervalo, mas uma boa combinação atacante do Ajax, e alguma permissividade da nossa defesa e meio-campo, permitiu-lhes reduzir o marcador no último minuto da 1ª parte.
O início da 2ª parte foi idêntico ao da 1ª com maior pressão do adversário e até no facto de voltarmos a marcar cedo (55’). Livre para a área, a defesa do Ajax não aliviou bem a bola e o David Luiz fez o 1-3. A partir daqui, os holandeses baixaram o nível do seu jogo e nós tivemos a nossa melhor fase. E esta é uma das grandes melhorias em relação ao passado: estávamos a ganhar 3-1 em casa do adversário e continuávamos a tentar marcar mais golos. A entrada do Aimar para o lugar do desequilibrado Carlos Martins (duas boas jogadas não compensaram a quantidade de disparates que fez no resto da partida, nomeadamente confundir passe e remate) foi essencial para voltarmos a ter inteligência no nosso jogo. Tivemos algumas boas oportunidades, mas não conseguimos aumentar a vantagem. O Ajax voltou a reduzir a diferença aos 78’ num lance com bastante sorte, porque depois de uma óptima defesa do Moreira, o David Luiz tentou aliviar a bola, só que ela bateu num adversário e entrou na baliza. A vitória no torneio dificilmente estaria em causa, já que os holandeses precisavam de marcar ainda dois golos, mas esperava eu que já agora o ganhássemos com uma vitória. E foi o que aconteceu. Fomos sagazes em gerir o resultado até final e levamos o troféu para casa.
Individualmente, gostei muito dos reforços Javi García e Ramires. O espanhol parece um pêndulo a meio-campo, é muito inteligente a ocupar os espaços, joga quase sempre para a frente num ou dois toques e mais não se poderia pedir a quem fez 180’ em três dias, e tem meia-dúzia de treinos com a equipa. Mesmo apesar de no 1º golo deles não ter acompanhado o médio que rematou à baliza. O brasileiro subiu imenso em relação a 6ª feira e a forma como partiu para o ataque no lance do nosso 2º golo foi brilhante. O Di María também fez um óptimo jogo enquanto lhe duraram as pilhas. Apesar dos dois golos sofridos e uma ou outra sofrível saída a um cruzamento, para mim o Moreira deve ser o titular da equipa. Não porque tenha feito três óptimas defesas (incluindo a que depois resultou no 2º golo deles), mas principalmente porque é o melhor dos nossos guarda-redes a sair da baliza. O que, no sistema em que jogamos, é essencial para que os avançados contrários não fiquem isolados com a bola. Depois da má 1ª parte, o Luisão subiu imenso de produção na 2ª (até foi eleito o melhor jogador do torneio) e o David Luiz esteve brilhante nas duas. Voltei a gostar dos cruzamentos do Shaffer e agora só lhe falta aprender a defender. O Saviola esteve mais discreto em relação a outras partidas e não achei que o Nuno Gomes tenha destoado, apesar de só ter jogado meia-parte. Ao invés, o Cardozo, que o substituiu na 2ª, esteve um pouco fora do jogo. O Coentrão não teve só intervenções positivas como nos encontros anteriores, mas a sua melhoria é indiscutível.
Não quero nem vou soltar foguetes, mas recorro apenas aos números. Temos cinco vitórias em sete jogos e dois torneios de pré-época conquistados. Tirando as desconcentrações defensivas da 1ª partida frente ao Sion, parece cada vez mais óbvio que os Srs. Hugos Miguéis vão ser o nosso grande obstáculo este ano. Neste sentido, o torneio de Guimarães para a próxima semana deve ser elucidativo acerca disto. A continuarmos assim, muito trabalho vão ter eles para não nos deixarem ganhar. Mas não subestimemos a sua força...
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3 comentários:
Só para sublinhar a assistência do Saviola no golo do DiMaria (já para não falar na finalização à Maradona deste!) que é um momento genial e o motivo pelo qual gostamos de futebol!
Eu gostava também de sublinhar o passe do Nuno Gomes,é verdade que ele muitas vezes falha,mas é um jogador muito importante no Benfica,e como se verificou não é só no balneário...
Benfica sempre
companheiro , grandes análises, força nas teclas.
Visualmente é q o teu blog está agressivo, até queima o branco, esse template, pela qualidade da prosa, merecia ser mexido.
abraçalhao
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