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sexta-feira, julho 18, 2008

Notas sobre a entrevista do LFV à RTP

- Já se nota (e bem) o trabalho do João Gabriel como director de comunicação;
- Poder-se-á criticá-lo por vários motivos, mas há que lhe dar grande mérito pela sua actuação no caso do “Apito Dourado”;
- Pode não primar pela eloquência, mas não tem medo de chamar os bois pelos nomes;
- Se, depois do que foi dito, o Sr. Secretário de Estado do Desporto e o Sr. Presidente da Liga não tomarem as medidas necessárias e deixarem que esta podridão continue a poluir o futebol português, serão culpados por conivência;
- É inacreditável como é que um funcionário do Benfica é ameaçado por outro do clube regional corrupto em plena AG da Liga (alguém tem dúvidas que aquilo aconteceu?);
- Qualificar Gilberto Madaíl como uma “enguia” é das melhores definições que já ouvi;
- Se os lagartos não vissem só vermelho à frente, podia ser que tivesse descoberto antes que a presença do Valentim Loureiro na presidência da AG da Liga é uma vergonha. Mesmo assim, gostei do piscar de olhos do LFV a eles. Alguém tem dúvidas que o Benfica e eles juntos têm poder suficiente para mudar o estado de coisas?
- LFV diz que defendeu internamente que o Benfica não deveria ir à Champions mesmo que tivesse razão na secretaria. Concordo, a nossa luta é pela verdade desportiva, mas também acho que ele (ou alguém com responsabilidades) já deveria ter dado a entender essa hipótese antes;
- Único ponto negativo da entrevista: sacudir a água do capote em relação à miserável época desportiva anterior. Foram os treinadores que quiseram o Stretenovic e o Andrés Diaz? E que anunciaram com um ano de antecedência um jogador como director desportivo?
- A Judite de Sousa poderia preparar melhor as entrevistas. Eu percebo o seu desconforto por saber que o seu clube é corrupto, mas dizer que o Benfica criticou a decisão do TAS, quando quem foi criticado foi a Uefa é sinal de grande impreparação.

Tal como diz o meu amigo D’Arcy, a frase lapidar (e infelizmente verdadeira) foi: “neste país, para se ter razão é preciso ganhar”.

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