quinta-feira, abril 26, 2007
Relembrar XIII - Nó cego
Como “não há fome que não dê em fartura”, aqui vai o segundo “Relembrar” seguido. Este homem deu-nos uma grande tristeza este ano, ou não fosse ele o treinador do Varzim, mas enquanto jogador fez exibições maravilhosas com a Gloriosa camisola. Esta é uma das mais famosas, quando marcou os dois golos que derrotaram os lagartos (2-1) na final da Taça de Portugal da época 86/87, o ano da nossa última dobradinha (e sim, também foi a época de um infame resultado, cujo 20º aniversário esse clube celebrou este ano. Uns celebram resultados, outros preferem comemorar títulos. Diferenças de grandeza).
O 1º golo nasce de um livre directo perto do intervalo depois de uma falta sobre o Chiquinho (que sairia lesionado deste lance). O Diamantino engana completamente o Damas (e o cameraman...), ao rematar para o poste mais próximo dele quando este estava a preparar-se para se lançar para o lado contrário. O 2º golo, aos 54’, é um dos maiores nós cegos que eu me lembro de ver ao vivo. Aliás, são dois nós cegos, já que depois de bater o Virgílio (que jogou a lateral-esquerdo neste jogo), ao passar a bola por um lado e buscando-a pelo outro, o Diamantino ainda evita o carrinho do Venâncio (fazendo-o deslizar completamente em falso) antes de fuzilar o Damas. Uma jogada que por si só pagou o bilhete da partida. Apesar de o Rui Tovar dizer que os lagartos ainda tinham muito tempo para dar a volta ao marcador, eles só marcaram um golo e nós é que ficámos com a Taça.
Este foi a última época em que o Diamantino jogou a extremo-direito, já que no ano a seguir, com a saída do Carlos Manuel para o Sion ainda na primeira metade da época, ele passou a ocupar um lugar central no meio-campo (equivalente ao nº 10 de hoje, se bem que menos adiantado). Nesta posição a sua preponderância era tal que, se o Adão não o tivesse lesionado mais ou menos um ano depois destas imagens, hoje provavelmente teríamos mais uma Taça dos Campeões nas nossas vitrinas.
O 1º golo nasce de um livre directo perto do intervalo depois de uma falta sobre o Chiquinho (que sairia lesionado deste lance). O Diamantino engana completamente o Damas (e o cameraman...), ao rematar para o poste mais próximo dele quando este estava a preparar-se para se lançar para o lado contrário. O 2º golo, aos 54’, é um dos maiores nós cegos que eu me lembro de ver ao vivo. Aliás, são dois nós cegos, já que depois de bater o Virgílio (que jogou a lateral-esquerdo neste jogo), ao passar a bola por um lado e buscando-a pelo outro, o Diamantino ainda evita o carrinho do Venâncio (fazendo-o deslizar completamente em falso) antes de fuzilar o Damas. Uma jogada que por si só pagou o bilhete da partida. Apesar de o Rui Tovar dizer que os lagartos ainda tinham muito tempo para dar a volta ao marcador, eles só marcaram um golo e nós é que ficámos com a Taça.
Este foi a última época em que o Diamantino jogou a extremo-direito, já que no ano a seguir, com a saída do Carlos Manuel para o Sion ainda na primeira metade da época, ele passou a ocupar um lugar central no meio-campo (equivalente ao nº 10 de hoje, se bem que menos adiantado). Nesta posição a sua preponderância era tal que, se o Adão não o tivesse lesionado mais ou menos um ano depois destas imagens, hoje provavelmente teríamos mais uma Taça dos Campeões nas nossas vitrinas.
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11 comentários:
Tenho este jogo completo e há um momento verdadeiramente cómico.
Já a meio da 2ª parte, Benfica a vencer 2-0, alta festa na bancada encarnada, tudo calado na parte verde do Jamor.
Mas de repente começa-se a ouvir um estrondoso "Sporting! Sporting!".
E eu quando (re)vi o jogo pela 1ª vez pensei "porra, sim senhora...a equipa a perder e a puxarem pelos jogadores...quase que subiram 0.0001 % na minha consideração!".
Passado 20 segundos o repórter de campo diz "Rui Tovar, e agora algo engraçado: os adeptos do Benfica começaram a puxar pelo Sporting! Realmente, algo nunca visto!".
Loool, grande gozo!
Essa história é muito boa, Bakero! Lol! Eu fui ver este jogo, mas confesso que não me lembrava desse pormenor (ingenuidade dos 11 anos...).
Por acaso também reparei que este jogo deu na RTP Memória aqui há uns tempos, mas só o apanhei na parte final. O Carlos Manuel foi entrevistado no fim e congratulou-se pelo facto de os adeptos do Benfica terem apoiado a equipa de princípio a fim, ao contrário do que sucedeu durante grande parte da época. Lembro-me que houve grande contestação ao Mortimore, porque obtivemos alguns resultados menos bons (empates) na parte final do campeonato, mas mesmo assim conseguimos ganhá-lo. Mas essa contestação deverá ter começado depois do tal jogo infame em Dezembro.
P.S. - Bons tempos esses, em que se contestava um treinador que fazia a dobradinha...
O lagarto do Tovar, a dizer q ainda havia mto tempo para o Sportem recuperar!!!!...fdx inacreditável, nunca conseguem ser isentos!
Que magnifico jogador era o Diamantino. Já viram o número de Finais da Taça que o Benfica ganhou ao Sporting?
Bogalho,
és grande SLB
Essas situaçoes dos adeptos do Benfica a puxarem pelos lagartos já aconteceu mais do que uma vez. Em Alvalade, nos 6-3 e nos 4-1, são dois casos que me saltam mais à memória. Só de imaginar em casa dos gajos fazer este tipo de humilhação, era caso para ficar de baixa médica durante umas décadas...
AS IMAGENS SÃO CLARAS!!!
http://vermelhovzky.blogspot.com...marssimo- j.html
SUMARÍSSIMO A RICARDO COSTA
Era por coisas destas que o 'Diamante' era um dos meus grandes ídolos de meninice. Tenho esta final na memória, e estas são as primeiras imagens que vejo desse jogo desde então.
Em relação ao segundo golo do Diamantino, um pormenor do grande Damas (este merece ser 'grande'): no final do jogo, quando o entrevistaram, e porque deu a sensação que ele poderia ter feito melhor no lance, ele disse algo como 'Depois de uma jogada daquelas até me ficava mal defender aquela bola' :)
http://clubedeadmiradoresdogabrielalves.blogspot.com/2007/04/triunfo-e-fundao.html
Fosse todos os lagartos como o Damas e poderíamos ter um convívio mais são.
Estes dois golos do Diamantino jamais os esquecerei!
Quanto ao 1º golo: era habitual o Diamantino marcar os livres com a bola a passar por cima da barreira. O Damas estava a contar com isso, todos estavam a contar com isso. Mas desta vez o Diamantino marcou como que pelo lado de fora da barreira, ao poste mais distante, apanhando o Damas completamente de surpresa.
O segundo golo é também obra de génio. Com dois "simples" toques tira dois jogadores da frente e fica isolado para o tiro.
O Damas era sem dúvida elegante em todos os sentidos. Elegante a defender e elegante como desportista, reconhecendo quando o adversário era superior, como foi o caso.
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