domingo, março 04, 2007
Fraco
Vencemos na Vila das Aves somente por 1-0, com um golo do Nuno Gomes, naquela que terá sido a pior exibição dos últimos tempos. É um chavão dizer-se que “são jogos destes que fazem ganhar campeonatos”, mas não deixa de ser irónico que tenhamos ganho com uma exibição destas, enquanto frente ao Boavista empatámos. O futebol não é de facto a coisa mais justa do mundo. Mas atenção que, apesar da má performance (e ao contrário do que achou o cómico Prof. Neca), a nossa vitória é inquestionável. Mesmo assim fomos melhor equipa do que o Aves, não obstante eles terem falhado um penalty.
Com o castigo ao Luisão, foi o Katsouranis que recuou para central, entrando o Derlei na equipa. Jogámos com quatro (!) avançados, mas não se pode dizer que tenha sido muito positivo. Entrámos muito lentos no jogo e só tivemos duas oportunidades na 1ª parte: o remate do Miccoli às malhas laterais e a cabeçada do Derlei para fora. A marcação do Aves era muito cerrada e nós não utilizávamos a velocidade para tentar superá-la. Deixámos o jogo correr, como que à espera que o golo caísse do céu. Mas o que é certo é que a grande oportunidade da 1ª parte foi deles, com o tal penalty aos 35’. O Karagounis fez um carrinho na área, mas não cortou o braço a tempo, pelo que a bola lhe bateu e o Sr. Jorge Sousa, sempre muito solícito, assinalou o penalty. Felizmente o Quim adivinhou o lado e defendeu-o. A acontecer golo não quero pensar no que poderia acontecer, porque já estávamos a sentir imensas dificuldades em impor o nosso jogo mesmo com 0-0.
Na 2ª parte melhorámos um pouco, mas não o suficiente para chegarmos a uma exibição positiva. Antes do golo, o Nuno Gomes fez um remate rasteiro que proporcionou ao Nuno a defesa mais difícil da noite. Parece que o nosso ponta-de-lança começa finalmente a rematar mais vezes à baliza. Aos 60’ fizemos o resultado, numa boa jogada na direita entre o Derlei, Miccoli e Nelson, com um centro deste e o Nuno Gomes a antecipar-se ao defesa (num movimento “à ponta-de-lança”), e a rematar por baixo do corpo do guarda-redes. Seis minutos depois, o Sérgio Nunes pensou que estava no Andebol e defendeu com os braços um remate do Karagounis. Como já tinha visto um amarelo, ao ver o segundo foi para a rua. O jogo estava a correr de feição para nós, que nunca imaginei que fizéssemos uma meia-hora final tão paupérrima. Inexplicavelmente não mantínhamos a posse de bola, permitíamos ao Aves acreditar, chegar-se perto da nossa área e ganhar faltas sucessivas, sempre muito rapidamente assinaladas pelo Sr. Jorge Sousa. No entanto, nunca houve uma situação de verdadeiro perigo, mas detesto jogos em que estamos a ganhar pela margem mínima e fazemos a “gestão do resultado”. Quantas vezes não vi eu perdermos pontos em lances fortuitos perto do fim por causa desta mesma “gestão”, que faz com que não venhamos para a frente para tentar aumentar o resultado. Mas felizmente isso não aconteceu ontem, pelo que ganhámos pela primeira vez acima do Mondego (vamos ver qual é a próxima malapata que a comunicação social nos vai inventar, depois da “chapa três”, da seca do Nuno Gomes e das não-vitórias acima do Mondego).
Individualmente é difícil destacar alguém, porque estiveram todos muito sofríveis. O Simão era o único a empregar velocidade, mas não esteve tão em jogo como nos últimos tempos. O Nuno Gomes, apesar de algumas intervenções menos felizes, foi o “homem do jogo” pelo importante golo que marcou. A defesa não comprometeu e o Katsouranis revela-se cada vez mais como um jogador completo. O Miccoli deve ter feito das mais fracas exibições pelo Glorioso, apesar do bom toque que desmarcou o Nelson no lance do golo. O Derlei revelou sempre alguma dificuldade em dominar a bola e neste momento ainda não justifica a titularidade em pleno. O Petit esteve incansável no meio-campo, especialmente porque não tinha a companhia do Katsouranis e o Karagounis não é tão bom a defender. Incompreensível mesmo foi a demora do nosso treinador a fazer substituições. Não estancávamos os ataques do Aves e continuávamos com os quatro avançados em campo. Deveria ter entrado alguém para o meio-campo mais cedo, para tentar que tivéssemos mais posse de bola, mas a primeira substituição foi feita aos 82’!
Conseguimos ganhar e isso era o fundamental, até para nos dar confiança para o jogo da próxima 5ª feira em Paris. O PSG voltou a perder e está na zona de despromoção, pelo que é nossa mais que obrigação superar esta eliminatória. Até porque seria muito bonito podermos oferecer a conquista de um troféu europeu depois de tanto tempo à memória do grande homem que nos abandonou esta semana.
P.S. - Depois deste jogo, temos o Simão, Petit e Katsouranis com o quatro amarelo. Aposto com quem quiser que um deles não vai jogar contra o clube regional daqui a três jornadas.
Com o castigo ao Luisão, foi o Katsouranis que recuou para central, entrando o Derlei na equipa. Jogámos com quatro (!) avançados, mas não se pode dizer que tenha sido muito positivo. Entrámos muito lentos no jogo e só tivemos duas oportunidades na 1ª parte: o remate do Miccoli às malhas laterais e a cabeçada do Derlei para fora. A marcação do Aves era muito cerrada e nós não utilizávamos a velocidade para tentar superá-la. Deixámos o jogo correr, como que à espera que o golo caísse do céu. Mas o que é certo é que a grande oportunidade da 1ª parte foi deles, com o tal penalty aos 35’. O Karagounis fez um carrinho na área, mas não cortou o braço a tempo, pelo que a bola lhe bateu e o Sr. Jorge Sousa, sempre muito solícito, assinalou o penalty. Felizmente o Quim adivinhou o lado e defendeu-o. A acontecer golo não quero pensar no que poderia acontecer, porque já estávamos a sentir imensas dificuldades em impor o nosso jogo mesmo com 0-0.
Na 2ª parte melhorámos um pouco, mas não o suficiente para chegarmos a uma exibição positiva. Antes do golo, o Nuno Gomes fez um remate rasteiro que proporcionou ao Nuno a defesa mais difícil da noite. Parece que o nosso ponta-de-lança começa finalmente a rematar mais vezes à baliza. Aos 60’ fizemos o resultado, numa boa jogada na direita entre o Derlei, Miccoli e Nelson, com um centro deste e o Nuno Gomes a antecipar-se ao defesa (num movimento “à ponta-de-lança”), e a rematar por baixo do corpo do guarda-redes. Seis minutos depois, o Sérgio Nunes pensou que estava no Andebol e defendeu com os braços um remate do Karagounis. Como já tinha visto um amarelo, ao ver o segundo foi para a rua. O jogo estava a correr de feição para nós, que nunca imaginei que fizéssemos uma meia-hora final tão paupérrima. Inexplicavelmente não mantínhamos a posse de bola, permitíamos ao Aves acreditar, chegar-se perto da nossa área e ganhar faltas sucessivas, sempre muito rapidamente assinaladas pelo Sr. Jorge Sousa. No entanto, nunca houve uma situação de verdadeiro perigo, mas detesto jogos em que estamos a ganhar pela margem mínima e fazemos a “gestão do resultado”. Quantas vezes não vi eu perdermos pontos em lances fortuitos perto do fim por causa desta mesma “gestão”, que faz com que não venhamos para a frente para tentar aumentar o resultado. Mas felizmente isso não aconteceu ontem, pelo que ganhámos pela primeira vez acima do Mondego (vamos ver qual é a próxima malapata que a comunicação social nos vai inventar, depois da “chapa três”, da seca do Nuno Gomes e das não-vitórias acima do Mondego).
Individualmente é difícil destacar alguém, porque estiveram todos muito sofríveis. O Simão era o único a empregar velocidade, mas não esteve tão em jogo como nos últimos tempos. O Nuno Gomes, apesar de algumas intervenções menos felizes, foi o “homem do jogo” pelo importante golo que marcou. A defesa não comprometeu e o Katsouranis revela-se cada vez mais como um jogador completo. O Miccoli deve ter feito das mais fracas exibições pelo Glorioso, apesar do bom toque que desmarcou o Nelson no lance do golo. O Derlei revelou sempre alguma dificuldade em dominar a bola e neste momento ainda não justifica a titularidade em pleno. O Petit esteve incansável no meio-campo, especialmente porque não tinha a companhia do Katsouranis e o Karagounis não é tão bom a defender. Incompreensível mesmo foi a demora do nosso treinador a fazer substituições. Não estancávamos os ataques do Aves e continuávamos com os quatro avançados em campo. Deveria ter entrado alguém para o meio-campo mais cedo, para tentar que tivéssemos mais posse de bola, mas a primeira substituição foi feita aos 82’!
Conseguimos ganhar e isso era o fundamental, até para nos dar confiança para o jogo da próxima 5ª feira em Paris. O PSG voltou a perder e está na zona de despromoção, pelo que é nossa mais que obrigação superar esta eliminatória. Até porque seria muito bonito podermos oferecer a conquista de um troféu europeu depois de tanto tempo à memória do grande homem que nos abandonou esta semana.
P.S. - Depois deste jogo, temos o Simão, Petit e Katsouranis com o quatro amarelo. Aposto com quem quiser que um deles não vai jogar contra o clube regional daqui a três jornadas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Um deles? acho que estás a ser optimista. A ver vamos...
julgo que o treinador tem responsabilidade na gestão dos 5ºs amarelos. O Simão há muito que anda com quatro amarelos e já devia ter provocado o 5º. E acho que o Petit tb anda com 4 amarelos há uns bons jogos.
Pois, se calhar deveria mesmo ter escrito "pelo menos um deles".
GR1904: o Petit só levou o 4º amarelo neste jogo.
Concordo com tudo SLB,
Preocupa-me a equipa estar tão cansada mas com substituições ao minuto 82 não pode ser diferente.
Quanto à aposta...não apostes que ganhas.
Saudações de glória
PS- Grande roubo do Costa (uma carreira notável) hoje em Leiria. Será que é desta que os lagartos abrem os olhos?
Alguém viu alguma imagem do golo dos tripeiros que desse para perceber se havia ou nao off-side? É que na tv mostraram 3 angulos em que não se vê o adriano no momento do passe do lucho e a ideia que dá ao vê-los é que existe um off-side monstruoso. A tv tinha mais câmaras de outros angulos que se fartaram de utilizar para repetir outros lances. Mas este não. Porquê?
Saudações de glória: nem penses nisso! Os lagartos só se preocupam connosco. Ainda virão dizer que a arbitragem de ontem foi para beneficiar o Benfica. Não há nada a fazer. Achas que, se quem estivesse no centro do "Apito Dourado" fosse o Benfica e o seu presidente, eles estariam tão caladinhos como estão agora?
GR1904: vi uma repetição (não sei se foi na Sport TV) que confirma que ele estava em linha com o defesa. Ao invés, aquele penalty demonstra que o Sr. Olegário continua em grande forma...
Enviar um comentário