quarta-feira, dezembro 27, 2023
Melhoria
terça-feira, dezembro 19, 2023
Importante
sexta-feira, dezembro 15, 2023
Benfica FM | Temporada 1986/87
quinta-feira, dezembro 14, 2023
Milagre justo
Com o António Silva castigado, o Roger Schmidt lançou o Tomás Araújo no lugar dele, mantendo o Aursnes na direita e o Morato na esquerda. A ter de vencer por dois golos de diferença, não começámos muito bem a partida e foi o Salzburgo a circundar primeiro a nossa baliza, porém sem criar grande perigo para o Trubin. Foi até nossa a primeira grande oportunidade, com o Rafa isolado pelo Tengstedt a rematar por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Assumimos o domínio do jogo e inaugurámos o marcador aos 32’ num canto directo do Di María. O árbitro ainda demorou um pouco a validar o golo e confesso que não percebi a razão. Faltava um golo para ficarmos em posição de apuramento e ele surgiu em cima do intervalo (46’) pelo Rafa, depois de uma bola recuperada pelo João Neves ter ido para o Di María e este ter assistido brilhantemente o nº 27 que, desta vez, não perdoou, com um remate cruzado de pé direito. Para a 2ª parte, o Schmidt trocou o inoperante Tengstedt pelo Musa e viu-se logo a diferença. Ao invés da 1ª parte, entrámos muito bem na 2ª e poderíamos (deveríamos!) ter fechado a eliminatória logo nos minutos iniciais. Houve um remate relativamente perigoso do Kökçü, outro do Di María, mas foi o Rafa a ter a perdida mais escandalosa com um remate a meio da pequena-área(!) que acertou no guarda-redes! Inacreditável! Como geralmente acontece nestes casos, não fechámos o jogo e sofremos o 1-2 aos 57’ num remate de fora da área do Susic, que ainda desviou na perna do Tomás Araújo e não deu hipóteses ao Trubin. Tentámos reagir e lá tivemos a sacramental bola no poste, novamente do Otamendi (tal como frente ao Farense), com o Salzburgo em definitivo remetido ao seu meio-campo e a tentar sair em contra-ataque. Aos 68’, o Schmidt lá tomou consciência que, se calhar, era melhor fazer algo a partir do banco e colocou o Gonçalo Guedes. O meu coração parou durante uns segundo até ver que quem saía... não era o João Neves (estava só a ser dos melhores, para variar...), mas sim o Kökçü. Logo a seguir à substituição, o Di María veio da direita para o meio, rematou em arco, mas outra vez bola no poste! O Rafa voltou a estar na cara do guarda-redes, mas permitiu a defesa do Schlager para canto, quando já tinha tido um remate de pé esquerdo de primeira, à vontade na área, que saiu por cima, depois de um centro do Morato (possivelmente o único de jeito que fez). O Salzburgo ainda ia assustando no contra-ataque, mas o Schmidt continuava com substituições para fazer... e nada! Tinha o Jurásek no banco que poderia ter entrado para o lugar do Morato para dar mais profundidade na esquerda e o sempre esquecido Tiago Gouveia, mas nada...! Até que em cima dos 90’ colocou o Arthur Cabral no lugar do João Mário e foi este o herói improvável do jogo. Foi aos 92’ que o João Neves fez uma abertura brilhante na direita para o Aursnes, que fez um cruzamento rasteiro para a área, onde o Arthur Cabral, de calcanhar(!), atirou para o fundo das redes. Depois de tentar de rabo frente ao Moreirense, e de bicicleta contra o Farense, foi de calcanhar que conseguiu marcar. Foi o delírio e a reposição da justiça no marcador. Depois do golo, o Schmidt colocou logo (e bem) o Florentino para fechar o meio-campo e até final ainda tivemos o Di María a proporcionar nova defesa ao guarda-redes.
Em termos individuais, destaque claro para o Di María, que esteve em dois dos nossos golos e ainda atirou uma bola ao poste. Jogo monstruoso também do João Neves, que, vá lá, desta vez conseguiu fazer os 90’...! O Rafa marcou um golo, mas falhou outros quatro, portanto à semelhança do Farense não pode ter nota muito positiva. Na defesa, o Tomás Araújo cumpriu bem e não se notou muito a falta do António Silva. Quanto aos menos, o João Mário tem, como habitualmente, lugar cativo nesta categoria, o Morato terá feito dos jogos mais desastrados pelo Benfica e o Tengstedt também passou muito ao lado do jogo. Aliás, não percebo qual é a dúvida do Schmidt quanto ao avançado: dos três, o Musa é claramente o menos mau! Em relação ao Arthur Cabral, espero sinceramente que isto seja o wake-up call dele.
Livrámo-nos da vergonha que seria assistir à Europa no sofá em 2024. Voltámos a fazer uma boa exibição, mas esta pouca eficácia na concretização tem de melhorar rapidamente, porque nos ia novamente saindo muito cara...! Veremos quem nos calha em sorteio na 2ª feira, mas estando na Liga Europa é óbvio que temos de ter como objectivo chegar à final.segunda-feira, dezembro 11, 2023
Ponto de ruptura
Em relação a Moreira de Cónegos, o Roger Schmidt só colocou o Kökçü no lugar de um dos sacrificados do costume, o Florentino. A atacar para a baliza grande na 1ª parte (foi o Farense a escolher o campo e trocou-nos as voltas...), demos uma verdadeira aula prática de como falhar golos. Só do Rafa foram logo três, mais outro do João Mário já faz quatro, uma perdida isolada do Tengstedt cinco, a cabeçada ao poste do Otamendi seis e uma grande defesa do guarda-redes Ricardo Velho a um remate do Di María teria sido um 7-0 ao intervalo...! Do outro lado, só um par de remates do Mattheus Oliveira causou algum frisson na nossa baliza.
Na 2ª parte, a tendência da partida manteve-se, com o Rafa a continuar a sua senda de desperdício e o Farense a aproveitar a nossa ineficácia para aos 51’ inaugurar o marcador através do Cláudio Falcão, de cabeça na sequência de um canto. Foi um balde de água fria, completamente imerecido. Um disparo do Kökçü causou bastante perigo e outro remate do Di María voltou a colocar em acção o guarda-redes. Até que aos 63’ aconteceu o momento do jogo (e quiçá da temporada...), com as substituições que o Roger Schmidt fez: tirou o Tengstedt e o João Neves para fazer entrar o Musa e o Gonçalo Guedes. O estádio irrompeu numa contestação, principalmente por causa desta última, que nunca se tinha visto. Voltarei a isto mais adiante. Igualámos aos 71’ pelo Rafa (finalmente!) depois de uma assistência do Aursnes e até final tivemos mais algumas oportunidades, nomeadamente pelo Rafa e pelo Musa, este já mesmo em cima do apito final. Pouco antes, o Roger Schmidt tinha voltado a mexer na equipa aos 88’, entrando o Arthur Cabral para o lugar do Kökçü, mas a única coisa que o brasileiro fez foi tentar uma bicicleta(!) quando recebeu a bola de costas para a baliza, em vez de tentar algo menos difícil. Esclarecedor...
Em termos individuais, o Di María fartou-se de criar oportunidades para os companheiros, mas todos eles as desperdiçaram. O Rafa marcou o golo, mas não pode ter nota positiva, porque falhou uma meia-dúzia deles. O Aursnes lá continua a tapar buracos na lateral-direita, mas o Roger Schmidt insiste em manter-nos coxos na esquerda com o Morato. O João Mário continua a ser um a menos, mas é dos que tem lugar cativo... O Florentino e o Musa são sempre os sacrificados, quando se trata de fazer alguma alteração. Quer antes, quer durante os jogos.
Posto isto, vamos ao minuto 63’. Quando vi a placa com o nº 87, não quis acreditar! Com o Kökçü ainda a recuperar a melhor forma e em ritmo superlento, e principalmente o João Mário a manter-se inenarrável, do que é que se lembra o nosso treinador...? De tirar o único jogador do meio-campo com dinâmica, à semelhança do que fez ao intervalo em Moreira de Cónegos, que tão bons resultados trouxe, certo...?! Por tudo isto, confesso que quando vi que era o João Neves a sair não me consegui conter e fiz uma coisa inédita em mais de 40 anos a ir ver o Glorioso ao estádio: assobiei e apupei fortemente um treinador do Benfica e mostrei-lhe um lenço branco. Foi, pura e simplesmente, mais forte do que eu! Pergunto com toda a sinceridade: quantas das pessoas que estavam a ver o jogo concordaram que deveria ter sido o João Neves a sair? Arrisco-me a dizer um número: uma! Fazer aquela alteração só pode ser resultado de uma de duas coisas: ou um tal estado de alienação que não está a ver o mesmo jogo do que nós, ou tentar ser despedido! É que não fez sentido ABSOLUTAMENTE nenhum! É óbvio que condeno as pessoas que atiraram objectos para o campo em direcção do Roger Schmidt e todas as formas de violência. Ponto final. No entanto, se o estádio irrompeu naquela assobiadela monstruosa, isso deveria ter feito com que a estrutura e o próprio treinador percebessem a razão daquela atitude inédita. Porque se não há favoritos no plantel, que raramente são substituídos, então ele disfarça muito bem. E isso é inaceitável para os adeptos. Porque se toda a gente está a ver o mesmo com excepção de uma única pessoa, a probabilidade de serem todos a estar errados é, convenhamos, muito diminuta... É como aquela história de o soldado marchar ao contrário dos companheiros e a mãe ficar muito contente, porque ele era o único a estar certo. E, já agora para finalizar, não vale a pena o treinador dizer para estes ficarem em casa, que isso não vai acontecer. Portanto, esteve novamente infeliz nas declarações no final do jogo e abriu um fosso para os adeptos que dificilmente será reparado.
São raros os casos de um treinador ter sucesso num clube com grande parte dos adeptos contra ele. Por isso, é que acho que aquele minuto 63 foi o princípio do final da linha para o Roger Schmidt. Estamos a jogar muito pouco desde o início da temporada, não se vê evolução nenhuma na equipa e o treinador parece completamente perdido nas opções que toma. Vlachodimos, Ristic, Tiago Gouveia são apenas algumas delas cuja lógica ainda aguardava por ser explicada. Agora, temos estas substituições do João Neves, quando é muito claro para toda a gente que vê os jogos que este está muito longe de ser o que merece sair. Portanto, isto é muito simples: ou ganhamos por dois em Salzburgo e depois em Braga (e eu não estou nada a ver como isso poderá acontecer), ou deixa de haver margem de manobra. O próprio Roger Schmidt acabou com ela. Cabe-lhe agora ganhar ou, então, fazer o que disse na conferência de imprensa.sexta-feira, dezembro 08, 2023
Mediocridade
sábado, dezembro 02, 2023
Impensável
quarta-feira, novembro 29, 2023
Apuramento
Mantendo o Aursnes e o Morato nas laterais, e com o Tengstedt na frente, a nossa 1ª parte até foi agradável, com um número razoável de oportunidades, embora tenhamos igualmente permitido ao Famalicão acercar-se com perigo da baliza do Trubin. O Tengstedt esteve em particular evidência ao conseguir colocar-se em posição de marcar por mais de uma vez, mas a ver os seus intentos gorados quer pelo guarda-redes Luiz Júnior, quer pelos defesas. O Di María também teve um bom remate de pé direito ainda fora da área, mas o Luiz Júnior por mais uma vez impediu que marcássemos. Do outro lado, foi o Trubin a salvar-nos por duas vezes perante remates do Puma Rodríguez.
Na 2ª parte, a nossa produção baixou consideravelmente com inevitável repercussão na diminuição de oportunidades de golo. Uma cabeçada ao lado do Otamendi num livre e um remate do Rafa em que acertou mal na bola, depois de assistência do Aursnes na direita, foram as únicas verdadeiras oportunidades que tivemos. Começava a cheirar a prolongamento até que aos 72’ o Florentino abriu no Tengstedt na direita, depois de uma bola recuperada pelo Aursnes, aquele centrou largo para a área e o Riccieli antecipou-se à saída do guarda-redes e colocou a bola na sua própria baliza. Dois minutos depois, as coisas ficaram mais fáceis, com nova investida do Tengstedt na direita, a fazer com que o Otávio o derrubasse quando se ia isolar, resultando naturalmente num vermelho directo (azar onomástico, se fosse o outro e ainda jogasse cá, provavelmente veria amarelo...). O destino da partida ficou selado aos 77’ com o 2-0 através do Rafa, depois de assistência do João Mário na sequência de uma bola recuperada por este a meias com o João Neves. O nº 27 flectiu da esquerda para o meio e rematou cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Até final, o Schmidt ainda fez algumas substituições, tendo promovido o regresso do Kökçü depois de lesão e também do Tiago Gouveia, que continua a justificar mais minutos em campo, porque é dos poucos jogadores que temos a quebrar linhas.
Em termos individuais, destaque para o Tengstedt que esteve em dois lances fundamentais na nossa vitória: o primeiro golo e a expulsão. O João Neves, já se sabe, não consegue jogar mal, assim como o Aursnes, que esteve bastante activo na direita. O Morato na lateral-esquerda não resulta em jogo em casa em que temos maioritariamente de atacar, porque simplesmente... não vai à linha dado que... é defesa-central! Era bom que o Schmidt percebesse isso. O João Mário lá continua com o seu lugar cativo no onze, apesar de continuar a funcionar a diesel. Do século passado. A única coisa que fez de jeito em 90’ foi ter participado na jogada do segundo golo. Já o Trubin, foi importante na manutenção a zeros da nossa baliza.
Iremos ter hoje o sorteio dos oitavos-de-final da Taça, mas teremos de elevar o nosso nível de jogo se quisermos chegar ao Jamor.
terça-feira, novembro 28, 2023
Percurso perfeito
quarta-feira, novembro 15, 2023
Lisonjeiro
sexta-feira, novembro 10, 2023
Derrocada
segunda-feira, novembro 06, 2023
Medíocre
quinta-feira, novembro 02, 2023
Positivo
segunda-feira, outubro 30, 2023
Descalabro
quinta-feira, outubro 26, 2023
Equívocos
segunda-feira, outubro 23, 2023
Em frente na Taça
sexta-feira, outubro 20, 2023
No Euro 2024
domingo, outubro 08, 2023
Preocupante
O Roger Schmidt promoveu uma autêntica revolução no onze e as coisas não correram nada bem. O meio-campo foi novo com o Florentino e Chiquinho nos lugares do João Neves e Kökçü (lesionado), o Jurásek alinhou na lateral esquerda com o bombeiro Aursnes a substituir o lesionado Bah na direita, o João Mário no lugar do também lesionado Di María e a maior surpresa foi o Tengstedt na frente. A 1ª parte foi de fugir com raríssimas ocasiões de golo da nossa parte, uma percentagem pornográfica de perdas de bolas nas transições, velocidade de execução era algo que não nos assistia e incapacidade inesperada de conter os contra-ataques dos canarinhos. O Tengstedt fez dois bons movimentos de desmarcação, mas estragou tudo com os remates, quando até estava em boa posição, o David Neres proporcionou ao guarda-redes Marcelo Carné a melhor defesa da partida, com o Jurásek na recarga a atirar para as nuvens, e do outro lado o Estoril chegou a assustar o Trubin mais do que uma vez. É certo que a nossa exibição estava a ser paupérrima, mas isso não invalida que nem o árbitro, Sr. André Narciso, nem o VAR, sr. Rui Gomes Costa, tenham feito vista grossa a um penalty sobre o Tengstedt por empurrão evidente, depois de o dinamarquês cabecear a bola. É indiferente se foi antes ou depois do toque na bola, é empurrão na área, é penalty. Ponto.
Na 2ª parte, conseguimos o feito de jogar ainda pior do que na 1ª! Até foi o Estoril a criar as melhores oportunidades, com destaque para um remate ao poste do Heriberto. Perante este cenário, tornou-se absolutamente incompreensível como é que o Roger Schmidt demorou 70’(!) a começar a fazer substituições...! Mais: o João Mário, que se arrastou a partida inteira, só saiu aos 85’! Um remate um pouco à figura, mas com força, do Otamendi terá sido das poucas oportunidades que tivemos, mas o guarda-redes voltou a defender, Otamendi, esse, que já em cima dos 90’ falhou incrivelmente o remate na sequência de um canto, quando tinha a baliza a mercê. Até que aos 93’, o milagre aconteceu também num canto, com amortecimento do Musa e cabeçada muito oportuna do António Silva, quase deitado, a fazer o 1-0. Mesmo assim, ainda permitimos ao Estoril uma enorme ocasião, também num canto, com um remate que o António Silva defendeu com a cabeça(!), salvando o vitória mesmo sob o apitou final. Em termos individuais, o destaque vai inteirinho para o António Silva. Um golo e a defesa de cabeça que permitiu manter o empate justificam-no completamente. De resto, poucos mais se safaram de uma avaliação muito negativa. O Florentino e o Chiquinho perderam imensas bolas a meio-campo, o Tengstedt está a anos-luz do Musa, o João Mário precisa de ir para a bancada durante uns tempos, enfim, foi tudo mau demais para ser verdade.
Mas quem mais me preocupa é o Roger Schmidt. Aquele marasmo desde o banco não é normal. É impossível que não tenha visto ontem que uma série de jogadores simplesmente não estavam em campo. E, mesmo assim, demorou séculos a mexer na equipa! Não sei o que quis provar, mas peço-lhe encarecidamente que não volte a fazer o mesmo. Infelizmente, esta temporada está a assemelhar-se demasiado à segunda do Bruno Lage. Depois de arrasarmos na primeira, parece que desaprendemos de jogar. As consequências disso toda a gente ainda se lembra. Esperemos que, desta feita, o filme tenha um final diferente.
quinta-feira, outubro 05, 2023
Justo
segunda-feira, outubro 02, 2023
Chouriço
quarta-feira, setembro 27, 2023
Repetição
sábado, setembro 23, 2023
Em falso
Perante possivelmente o adversário mais acessível do grupo, não poderíamos ter entrado pior: o Trubin saiu pessimamente dos postes num canto e acertou com os punhos na cabeça de um avançado, fazendo naturalmente penalty logo aos 2’. Valeu-lhe o facto de o Konate ter atirado por cima. Respondemos razoavelmente bem, com o João Mário a rematar e a bola a embater na mão de um adversário (para mim, é penalty, mas o árbitro assim não considerou). Logo a seguir, o mesmo João Mário atirou ao poste numa boa combinação ofensiva. No entanto, aos 13’ foi o António Silva a colocar a mão na bola depois de ela ter embatido no poste, na sequência de um lance que se iniciou com um péssimo passe atrasado do Bah. Vermelho directo e 0-1 para o Salzburgo num penalty do Simic. O Roger Schmidt sacrificou o João Mário para fazer entrar o Morato e compor o quarteto defensivo. Mesmo com 10, ainda tivemos algumas oportunidades, com o Di María a fazer o guardião contrário Schlager brilhar num canto directo. Em cima do intervalo, foi o Musa a ter uma boa jogada, mas o remate saiu muito ao lado. Com um pouco mais de manha, o croata poderia ter-se deixado cair quando foi empurrado e eventualmente teria ganho um penalty.
Logo no início da 2ª parte, foi o mesmo Musa a ter um remate cruzado, que o Schlager voltou a defender. No entanto, aos 51’ as coisas complicaram-se ainda mais com um mau passe do Morato na saída para o ataque a resultar no 0-2 para o Salzburgo através do Gloukh que só teve de encostar depois de assistido pelo Simic, num lance de dois contra o guarda-redes, dado que o Aursnes também falhou a intercepção. O Musa ia tentando, mas o guarda-redes adversário revelava-se um dos melhores em campo, tendo igualmente defendido quase em cima da linha um cabeceamento do João Neves num canto. O Roger Schmidt demorou muito a voltar a mexer na equipa e teve de ouvir o estádio quase todo a gritar pelo David Neres a determinada altura do jogo. Finalmente lá entrou, para o lugar do Di María, mas o jogo estava irremediavelmente perdido.
Em termos individuais, o Musa foi o melhor do Benfica. Muito trabalhador, muito rematador (nem sempre com grande pontaria), neste momento é um indiscutível da equipa. O Rafa, enquanto teve discernimento, também foi dos que mais tentou rematar contra o estado das coisas. O Di María esteve melhor na 1ª do que na 2ª parte e vai perdendo discernimento à medida que vai baixando fisicamente. Quanto aos que se evidenciaram pela negativa, o Bah está numa forma péssima e espero bem que o Trubin confirme rapidamente o seu (suposto) valor, porque neste jogo tive visões do fantasma do Roberto... Não é só o penalty por socar a cabeça de um adversário, como principalmente outro lance na 1ª parte, em que falhou redondamente a intercepção a um cruzamento, que só não resultou em golo por inépcia do adversário. Não tivemos nenhum problema na baliza durante quase seis anos, temo muito que tenhamos arranjado um agora. Contratámos o Trubin para fazer concorrência ao Vlachodimos, porque o Samuel Soares não servia. Gerimos muito mal o que se passou com o grego e agora temos o Samuel Soares a fazer concorrência ao Trubin... Ou seja, ou o ucraniano entra rapidamente nos eixos, ou criámos aqui um enorme problema.
Perante este resultado desastroso, valeu-nos o empate no outro jogo entre a Real Sociedad e o Inter Milão (1-1). Na próxima jornada, iremos a Milão e, se quisermos ter hipóteses de seguir em frente, não podemos perder.
terça-feira, setembro 19, 2023
Escusado
Vencemos em Vizela no passado sábado por 2-1 e mantemo-nos um ponto atrás dos da frente. Por motivos profissionais, foi-me impossível postar antes de hoje e foram esses mesmos motivos que me fizeram ter visto o jogo em diferido fora de Portugal. Foi uma vitória mais do que justa, que só peca por ter sido pela margem mínima, quando o mais justo seriam pelo menos três golos de diferença, tal a nossa superioridade.
O Roger Schmidt promoveu a estreia do Trubin na baliza, que não teve quase trabalho nenhum. Entrámos muito bem na partida e inaugurámos o marcador logo aos 9’ através do Musa, depois de uma boa jogada com desmarcação do Rafa pelo Kökçü e assistência daquele para o croata rematar, com a bola ainda a sofrer um desvio num defesa. O Kökçü esteve em destaque ao falhar um desvio só com o guarda-redes pela frente e a fazer um livre directo roçar ainda na barra. A nossa pressão no adversário era imensa, que mal saía do meio-campo, e aos 39’ fizemos o 2-0 através de um livre directo muito bem executado pelo Di María.
Na 2ª parte, continuámos a dominar fortemente a partida, com o guarda-redes Buntic a defender um golo certo do Musa, depois de assistência do Rafa. O terceiro golo fecharia completamente a partida, mas foi o Vizela a reduzir para 1-2 aos 70’ num penalty escusado do Aursnes por empurrão a um adversário. O Samu enganou o Trubin no remate. O desfecho da partida voltava a estar em aberto escusadamente, por culpa da nossa ineficácia, mas conseguimos controlar os danos até final. Até foram nossas a melhores oportunidades, com o João Mário e o Rafa a proporcionarem defesas do Buntic, enquanto do outro lado só um cabeceamento quase no final da compensação criou algum perigo, com a bola a sair ao lado.
Em termos individuais, o Rafa foi o melhor do Benfica, com as suas arrancadas a dar cabo da cabeça dos adversários. O João Neves também encheu o campo e dá muita dinâmica à equipa. O Di María marcou mais um golo, mas continua a estar tempo a mais no campo (sendo a culpa obviamente do Schmidt), porque por volta dos 70’ inevitavelmente rebenta. O Musa, sendo ponta-de-lança, marcou e ainda bem, porque isso lhe irá dar mais confiança. O João Mário e o Bah é que ainda continuam fora da forma habitual.
Foi uma vitória importante num campo difícil, mas na 2ª parte sentiu-se que muitos jogadores já estavam mais com a cabeça na Champions, que começa nesta 4ª feira frente ao Salzburgo. Sendo o primeiro jogo em casa, é fundamental começar com uma vitória.
P.S. – A arbitragem do Sr. Luís Godinho teve muito que se lhe dissesse. Não só o Otamendi levou amarelo num lance em que foi pisado no tornozelo(!), como tivemos uma expulsão perdoada ao guarda-redes adversário por suposto fora-de-jogo do Rafa no início da jogada, sendo que a bola ainda foi desviada pelo David Neres e, nessa altura, o Rafa já não estava adiantado. Surreal...!
segunda-feira, setembro 18, 2023
Eslovénia e Luxemburgo
Na semana passada, tivemos a pausa para as selecções e praticamente selámos a qualificação para o Euro 2024 com vitórias na Eslováquia (1-0) e recepção ao Luxemburgo (9-0). No primeiro jogo, fizemos uma exibição muito frouxa, só com o golo do Bruno Fernandes no final da 1ª parte para poder mostrar. A selecção pareceu sempre muito perra e o empate não seria de todo um resultado injusto. Frente ao 3º classificado do grupo, batemos o nosso recorde ao marcar nove golos num só jogo. Sem o C. Ronaldo, que viu um amarelo frente aos eslovacos, a equipa pareceu muito mais solta e sem a obrigatoriedade de jogar sempre para o mesmo (se não tem, disfarça bem). O Gonçalo Inácio, o Gonçalo Ramos e o Diogo Jota bisaram, com os restantes golos a serem marcados pelo Ricardo Horta, Bruno Fernandes e João Félix.
Há que não embandeirar em arco com esta campanha, porque, quando o 3º classificado do grupo leva nove golos, está tudo dito acerca da dificuldade deste grupo... Além de que a selecção ainda está num patamar abaixo daquilo que a mais-valia dos jogadores justificaria.