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segunda-feira, fevereiro 27, 2017

Trabalhoso

Vencemos o Chaves na Luz na passada 6ª feira (3-1), mas como a lagartada foi derrotou o Estoril na Amoreira (2-0) e o CRAC trinfou no Bessa (1-0) mantém-se novamente tudo igual na frente. Foi um jogo tremendamente difícil, sendo os transmontamos uma das melhores equipa que passaram pela Catedral este ano.

Com o Jonas já no banco mas com o Fejsa na bancada, o Rui Vitória fez duas alterações em relação a Braga (entradas do Samaris e regresso do Ederson) e o jogo iniciou-se a bom ritmo. Logo aos 6’, o Fábio Martins teve uma entrada sobre o Samaris que deveria ser vermelho directo, mas o sr. Nuno Almeida nem amarelo mostrou. Aos 18’, inaugurámos o marcador através da cabeça do Mitroglou depois de um centro do Nelson Semedo. Houve a dúvida sobre se o nosso avançado teria empurrado o defesa (que surgiu estatelado no relvado), na televisão não deu para a dissipar, mas felizmente há sempre alguém com uma câmara por perto que regista o lance todo. Como se vê, os dois jogadores estão com os braços esticados, até que o defesa do Chaves resolve atirar-se para o chão. Não há falta nenhuma! Quando se esperava que este golo intranquilizasse o Chaves, nada disso aconteceu, porque os flavienses continuaram a jogar (e bem) da mesma maneira, sempre a procurar a nossa baliza. Quanto a nós, tivemos um bom par de ocasiões, mas a última decisão nunca saía bem (Rafa e Salvio, nomeadamente) e até o Mitroglou falhou um penalty em andamento. Até que aos 44’, um erro de marcação do Samaris deixou o Bressan sozinho à entrada da área e este aplicou um belo remate indefensável para o Ederson. O Chaves igualava numa péssima altura!

Apesar do subrendimento de alguns jogadores, voltou o mesmo onze para a 2ª parte, que se antevia bastante complicada. Felizmente, voltámos a marcar bastante cedo, logo aos 50’, numa boa abertura do Samaris para o Nelson Semedo na direita e centro deste para o Rafa atirar para a baliza, com o António Filipe a defender a bola já para além da linha de golo. Como as coisas não estavam fáceis nos primeiros cinco minutos, o Rui Vitória já se preparava para fazer entrar o Jonas quando se deu o golo e, ao contrário do que eu achei que devia, continuou com a substituição (saiu o Salvio) mesmo com o golo. Ou muito me engano, ou se fosse o Cervi ou outro que tal, a substituição não seria feita… E o que é certo é que o Jonas não acrescentou muito à equipa. Nos minutos subsequentes ao golo, tivemos algumas hipóteses de acabar com o jogo, mas os remates do Mitroglou, Zivkovic e Jonas saíram para fora. Numa das melhores jogadas do encontro com o Zivkovic e Mitroglou, o Jonas ficou isolado já dentro da área, mas houve um corte providencial para canto no último momento. O Chaves não tinha tanta liberdade como na 1ª parte, mas ainda obrigou o Ederson a uma das melhores defesas do jogo num remate de fora da área aos 82’. Aos 89’, pudemos finalmente respirar de alívio com o bis do Mitroglou, que ganhou uma bola aérea no corpo-a-corpo com um defesa e, perante o guarda-redes, desviou a bola.

Individualmente, novo destaque para o deus grego: Mitroglou! Mais dois golos na sua melhor sequência de jogos desde que chegou ao Benfica. O Rafa fez uma 1ª parte muito fraca, mas como foi desviado para a esquerda na 2ª subiu exponencialmente de produção, já que teve muito mais espaço. O Nélson Semedo, com duas assistências para golo, é outro dos destaques óbvios, mas como levou um amarelo vai ficar de fora em Santa Maria da Feira. O Ederson voltou a fazer uma defesa decisiva e os centrais (Luisão e Lindelof) também estiveram bem. O resto da equipa esteve num nível aceitável, apenas achei um pouco temerário por parte do Rui Vitória jogar os últimos 15’ com dois habituais suplentes (Samaris e Filipe Augusto) no meio-campo. Apesar de não estar a fazer um jogo por aí além, o Pizzi deveria (mesmo levando em conta estar tapado nos amarelos) ter-se mantido em campo até final (poderia ser desviado para a direita e ter saído o Zivkovic, por exemplo)

Continuamos a não ser muito constantes em termos de exibição durante os 90’, mas lá vamos conseguindo as vitórias. O problema é que o CRAC foi buscar o Soares que lhes garantiu mais três pontos (marcou em todos os jogos desde que chegou!). Confesso que depois do jogo frente à Juventus, estava com esperanças de uma escorregadela deles no Bessa, mas marcaram muito cedo. Se as coisas se mantiverem assim, é imperioso derrotá-los quando vieram à Luz no início de Abril, porque (nunca me cansarei de repetir) temos que chegar ao WC com margem de manobra.

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Mitroglou

Obtivemos uma vitória importantíssima em Braga por 1-0 e continuamos na liderança do campeonato com o CRAC a um ponto e a lagartada a dez. Pelo segundo jogo consecutivo, o Mitroglou resolveu e desta feita com um do melhores golos do campeonato. Tal como se esperava, foi uma partida complicadíssima em que só marcámos a dez minutos do fim, mas numa altura em que estávamos a ser a melhor equipa.

Já se sabe que as jornadas depois da Champions têm sempre um nível de dificuldade acrescido (basta ver os resultados de todas as equipas que participam naquela competição) e não ajudava nada que esta fosse a ida a Braga, mesmo que os locais não passem por um bom momento. Com o Jonas ainda sem estar recuperado, voltou a jogar o Rafa no seu lugar, tendo reentrado o Zivkovic na equipa em vez do Carrillo. Entrámos melhor nos primeiros minutos, mas foi sol de pouca dura, porque o adversário foi superior na maior parte do primeiro tempo. Mesmo assim, as (poucas) oportunidades foram repartidas, porque o Mitroglou desviou por cima num lance em que o Marafona ainda tocou na bola antes de ela chegar ao grego e levámos com uma bola ao poste pelo Battaglia, na sequência de um canto já perto do intervalo.

A 2ª parte principiou na mesma toada, mas com o passar o tempo o Braga foi-se afundando e nós subindo de produção. O problema foi que não conseguíamos rematar à baliza, porque o último passe invariavelmente não saía e nós tínhamos alguma cerimónia perto da área. Os treinadores foram fazendo substituições, mas as nossas acrescentaram mais do que as deles, com destaque para a entrada do Jiménez que acabou por ter acção no golo: roubo de bola do Pizzi ao Assis aos 80’, contra-ataque nosso com o mexicano a abrir no Mitroglou descaído sobre a direita, o grego parecia que estava a demorar muito, mas num espaço mínimo de terreno desenvencilhou-se de dois defesas, aguentou a carga de um terceiro e atirou por entre as pernas do Marafona! Um lance genial que não desmereceria ao Messi! Até final, conseguimos manter o Braga longe da nossa área, com excepção de um livre já depois dos 90’ em que deixámos um adversário cabecear à vontade, mas a bola foi fraca para as mãos do Júlio César.

Em termos individuais, o Mitroglou é obviamente o homem do jogo. Um golo daqueles, ainda por cima sendo o único, é razão mais do que suficiente. Também gostei bastante do Rafa, que terá feito o melhor jogo desde que chegou. Bastante rápido, a antecipar-se muitas vezes aos defesas, tem que aprender a definir melhor o último passe e a aprender a rematar. O Lindelof estava a fazer um óptimo jogo, mas aquela última bola foi responsabilidade sua. O Eliseu estava igualmente bem, mas resolveu sair a fintar no meio-campo a meio da 2ª parte e provocou um contra-ataque muito perigoso ao Braga. Grande parte do nosso problema neste jogo (e frente ao Dortmund) residiu no facto de tanto o Pizzi como o Fejsa não estarem na sua melhor forma. O nosso meio-campo nunca se conseguiu impor de forma consistente e acho que o Rui Vitória terá de pensar numa solução alternativa em partidas perante adversários mais fortes: claramente neste momento só Pizzi e Fejsa não são suficientes.

Depois do que se viu na 6ª feira (com o CRAC a ganhar 4-0 ao Tondela, mas com o primeiro golo perto do intervalo a sair de um penalty inventado e logo a seguir uma expulsão por duplo amarelo em que foi o Soares a fazer falta sobre o defesa, cortesia do sr. Luís Ferreira), este jogo era crucial para mostrar que, apesar de estarem a fazer tudo para puxar outra equipa lá para cima, nós não nos deixamos abater assim tão facilmente. Mesmo não tendo feito uma exibição por aí além, conseguimos o mais importante e, se ficarmos todos felizes em Maio, ir-nos-emos lembrar desta vitória no final da época como um dos momentos mais marcantes.

P.S. – Nomear o sr. Tiago Martins, que tinha expulsado o Rui Vitória na meia-final da Taça da Liga, para este jogo foi claramente uma provocação. Se o golo invalidado ao Mitroglou ainda se pode aceitar, porque é muito difícil de ver, e no penalty sobre o Salvio a maneira como ele cai pode suscitar dúvidas (mas é penalty, porque é rasteirado na perna esquerda), há dois lances que o definem enquanto árbitro. Na 1ª parte, o Rafa é rasteirado, mas a bola sobra para o Salvio que ia fazer um ataque perigoso, mas ele não dá a lei da vantagem e apita para mostrar o amarelo ao jogador do Braga. Na 2ª parte, o Eliseu agarra o Rui Fonte, este cai e tenta passar a bola para dois colegas que ficariam em boa posição para um ataque perigoso, mas não o consegue e só aí o árbitro assinalou a falta e o amarelo. Ou seja, esteve claramente à espera para ver no que o lance ia dar antes de apitar. De falta de coerência não pode ser acusado...!

quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Sorte e eficácia

Vencemos o Borussia Dortmund por 1-0 na 1ª mão dos oitavos-de-final da Champions. Perante um adversário fortíssimo, não me custa nada a admitir que tivemos bastante sorte, um grande guarda-redes e que o resultado foi lisonjeiro para nós. Mas o futebol consegue ser imprevisível e sabe muito bem quando é a nosso favor!

Com o Jonas indisponível por problemas na coluna e o Zivkovic castigado ainda do tempo do Partizan, o Rui Vitória apostou no Rafa e manteve o Carrillo a titular. Entrámos bem nos primeiros cinco minutos, em que o Salvio deveria ter feito melhor quando estava em boa posição, mas o remate saiu demasiado torto. E, pronto, foi tudo da nossa parte até ao intervalo… Os alemães controlaram completamente a partida e foram criando oportunidades para marcar, mas o Aubameyang & Cia tiveram felizmente um jogo para esquecer em termos de finalização. O gabonês falhou isolado perante o Ederson pouco depois dos dez minutos, o Lindelof cortou um remate do Dembélé que ia para a baliza e o Fejsa não conseguiu proteger a bola perante o Raphael Guerreiro, que ainda centrou, mas o Aubameyang chegou atrasado. Ou seja, poderíamos bem ter chegado ao intervalo com a eliminatória decidida contra nós. A posse de bola do Dortmund era brutal e nós não conseguíamos ligar um passe.

Para a 2ª parte, o Rui Vitória decidiu que estava na altura de voltar a jogar com 11 e tirou o Carrillo, que depois da grande exibição frente ao Arouca (ah, não, espera, afinal só marcou um bom golo…!) voltou ao nível com que nos habituou. Para o seu lugar, avançou o Filipe Augusto e a equipa ficou mais sólida no meio-campo. Entrámos novamente bem e fomos altamente eficazes ao marcar na única vez em que um remate nosso chegou à baliza: canto do Pizzi aos 48’, cabeçada do Luisão que o guarda-redes Burki provavelmente defendia, se o Mitroglou não tem desviado a bola e atirado posteriormente para a baliza. Golo à ponta-de-lança! A partir daqui, o Borussia voltou a vir para cima de nós e valeu-nos São Ederson que fez uma exibição a lembrar a do Preud’homme frente à Fiorentina em 1996/97: defesas perante o Dembélé, Reus, Piszczek e a um remate do Pulisic que foi desviado pelo Jiménez! Com se isto não bastasse, pelo meio ainda defendeu um penalty do Aubameyang aos 58’, a punir um carrinho do Fejsa com o braço demasiado levantado. O mesmo Aubameyang que, completamente isolado, já tinha atirado novamente por cima antes disso. Quanto a nós, defendíamos com muita garra, para além da do Filipe Augusto a entrada do Cervi também contribuiu para isso, mas por umas quantas vezes não conseguimos meter o passe que poderia criar uma situação de desequilíbrio a nosso favor.

O destaque óbvio do jogo, por tudo o que já referi, é o Ederson, que ontem terá selado definitivamente a sua saída no final da época. Depois do que se viu, será impossível que algum tubarão não o venha buscar. Outro em grande evidência foi o capitão Luisão, que fica com muito para contar no seu 500º(!) jogo pelo Benfica. É o Maior! O Lindelof foi igualmente muito importante para manter a nossa baliza a zeros. O Salvio foi o melhor na 1ª parte, mas esteve mais discreto na 2ª, quiçá a ressentir-se fisicamente do esforço. O Pizzi passou bastante ao lado do jogo e também já vi o Fejsa fazer melhor. Não é fácil conter o ataque dos alemães, é certo, mas ambos pareceram um pouco perdidos especialmente na 1ª parte. O Mitroglou marcou um golo importante e merece naturalmente uma palavra por isso. Quanto ao Carrillo, já disse o que tinha a dizer e o Rafa também quase não se viu. A diferença para o Cervi foi brutal, aliás, não percebo porque é que o argentino é muitas vezes preterido em favor daqueles dois…

Foi uma vitória que nos dá bastante prestígio, iremos sofrer na 2ª mão, mas neste momento estamos em vantagem. A estatística vale o que vale, mas das 13 vezes que fomos para a 2ª mão com uma vantagem de 1-0 só numa fomos eliminados (Anderlecht na pré-eliminatória da Champions em 2004/05). No entanto, o que me interessa mesmo é o campeonato e veremos como a equipa reagirá a este desgaste em Braga.

segunda-feira, fevereiro 13, 2017

Agradável

Vencemos na 6ª feira o Arouca por 3-0 e, com as posteriores vitórias do CRAC em Guimarães (2-0) e da lagartada em Moreira de Cónegos (3-2), manteve-se tudo igual na frente, com um ponto de vantagem sobre os assumidamente corruptos e dez sobre os outros. Foi uma partida bem conseguida da nossa parte, em que estávamos a fazer uma boa exibição até aos 41’ quando o Ederson foi expulso e depois fomos inteligentes na maneira como soubemos aguentar (e até aumentar) a vantagem.

O Rui Vitória surpreendeu ao apostar no Carrillo no lugar do lesionado Salvio, mas foi o Zivkovic a estar em destaque logo desde o início ao conduzir boa parte dos nossos ataques. O Arouca tentava responder na medida do possível, mas fomos nós a criar as maiores situações de perigo com destaque para um remate do Luisão em boa posição num canto para uma defesa do Bolat. Depois de termos visto um golo anulado ao Mitroglou por fora-de-jogo do Jonas que teve intervenção no lance, aos 25’, inaugurámos o marcador com um centro milimétrico do Jonas para a cabeça do mesmo Mitroglou. Pouco depois, nova assistência do Jonas para um remate de primeira do nº 11 que o guarda-redes blocou, mas dez minutos depois do primeiro o grego bisou com um remate também de primeira já dentro da área, na sequência de uma insistência do Eliseu na esquerda, que posteriormente fez a assistência. Aos 41’, o Sr. Manuel Mota demorou uma eternidade, mas acabou por expulsar o Ederson por indicação do fiscal-de-linha. O nosso guarda-redes saiu um pouco extemporaneamente da área para tentar cortar um ataque contrário, quando ainda havia dois defesas nossos na jogada, e de facto atinge o jogador adversário. Saiu o Mitroglou para entrar o Júlio César, mas logo na altura me pareceu que seria melhor ter saído o Jonas, dado o desgaste que se antevia com menos um.

Um jogo que deveria já estar decidido ficou assim em dúvida para a 2ª parte. No entanto, logo aos 49’ demos uma machadada fortíssima no Arouca ao fazer o 3-0 pelo Carrillo: grande jogada do Nélson Semedo desde a nossa defesa, tabela com o Mitroglou Jonas, bola para o Pizzi e assistência num timing perfeito para o Carrillo picar por cima do guarda-redes. Um golão! O Arouca, apesar de ter continuado a tentar, sentiu o nosso terceiro golo e só teve uma verdadeira oportunidade à passagem da hora de jogo, com um cabeceamento desviado inadvertidamente pelo Nélson Semedo que proporcionou ao Júlio César uma grande defesa por instinto. Nós lá substituímos o Jonas pelo regressado Jiménez e o Filipe Augusto voltou a render o Pizzi. Até final, o Luisão teve uma boa chance num livre, mas rematou por cima. Teria sido uma óptima maneira de comemorar o seu 499º(!) jogo pelo Glorioso.

Em termos individuais, o Mitroglou com dois golos merece obviamente uma menção, mas quem me continua a encher as medidas é o Zivkovic, que vai fazer muita falta frente ao Borussia Dortmund por conta da expulsão que teve ainda no Partizan. O Carrillo marcou um grande golo, melhorou um bocadinho o seu nível exibicional, mas ainda está muito longe de me convencer. Ao invés, os laterais (Nélson Semedo e Eliseu) estiveram bastante bem e muito participativos no ataque. Espero que a excelente defesa que fez contribua para que o Júlio César readquira confiança, porque vem aí uma deslocação muito difícil a Braga.

Amanhã teremos a Champions na Luz, mas o jogo mais importante será o do próximo domingo na Pedreira. Não nos podemos distrair, porque deixámos de ter margem de manobra e a entrada do Soares no CRAC continua a fazer mossa: continuam sem jogar nada, mas agora a bola entra...

segunda-feira, fevereiro 06, 2017

Normalidade

Vencemos o Nacional por 3-0 e continuamos com um ponto de vantagem para o CRAC que venceu a lagartada por 2-1 (não é que fossem necessárias mais provas, mas mais uma vez se demonstra que a lagartada não serve mesmo para coisa nenhuma). Perante um dos adversários mais fracos que passaram esta época pela Luz, o nosso triunfo foi justo e nem foi preciso jogarmos um grande futebol.

Já se sabe que, nestas partidas até entrar o primeiro golo, as coisas nunca são fáceis. Felizmente conseguimo-lo ainda na 1ª parte, o que ajudou a superar os traumas que vinham de duas derrotas consecutivas. Que os houve e foram visíveis. O Pizzi conseguiu recuperar de Setúbal (nem sei bem como...), mas notou-se que não estava no pleno da sua forma. Começámos a partida imprimindo velocidade e as ocasiões foram surgindo, com o Jonas em destaque por lhe terem pertencido grandes parte delas, mas os remates ou saiam fracos ou por cima. Até que aos 26’, finalmente, o nosso 10 conseguiu atinar com a baliza e fazer o 1-0 de cabeça depois de um centro teleguiado do Zivkovic. E foi o mesmo Jonas, depois de ter levado um amarelo escusadíssimo por ter atirado a bola contra o chão (num jogador com a experiência dele, não se percebe uma reacção daquelas com o resultado já a nosso favor), a aumentar a vantagem para 2-0 com um excelente remate rasteiro em arco de pé esquerdo de fora da área. Até ao intervalo, poderíamos ter resolvido definitivamente o jogo, mas o cabeceamento do Mitroglou, depois de nova assistência do Zivkovic, saiu ao lado.

Para a 2ª parte, a tendência da partida manteve-se: o Nacional não conseguia chegar à nossa baliza e nós íamos controlando a partida, mas já sem grande velocidade. Os madeirenses deveriam ter ficado com 10 à passagem da hora de jogo, porque o Rui Correia atingiu por trás o Salvio sem hipóteses de jogar a bola, mas o sr. Luís Godinho incompreensivelmente só mostrou o amarelo. Dado que não estamos a atravessar uma fase positiva, era importante marcamos o terceiro para dissiparmos quaisquer dúvidas e o Mitroglou teve uma cabeçada à figura do Adriano, quando estava em boa posição. Entretanto, começaram a surgir as substituições (estreou-se o Filipe Augusto) e foi o recém-entrado Rafa a assistir o mesmo Mitroglou aos 81’, permitindo-lhe finalmente marcar o seu golito.

Em termos individuais, o destaque tem que ser dado ao Jonas pelo primeiro bis da época. Nota-se que ele não está ainda na sua melhor forma, o que o deixa frustrado e nervoso (o estúpido amarelo pode ser reflexo disso), mas façamos votos para que estes golos o ajudem a atingi-la. Outro dos melhores em campo foi indiscutivelmente o Zivkovic, que está cada vez mais preponderante na equipa, não só com as suas assistências, mas também pelo que ajuda em termos defensivos. Quanto ao Salvio, que tem alguns (inacreditáveis para mim) anticorpos entre os benfiquistas, claro que (ainda... espero) não é o jogador que nos habituou, mas tem o mérito de nunca desistir. E, de vez em quando, as coisas saem-lhe bem (subiu bastante de produção na 2ª parte). A defesa esteve segura, mas o Nacional nunca a colocou verdadeiramente à prova. Ter-se-á de rever num futuro próximo, mas não desgostei do Filipe Augusto: pareceu-me inteligente na abordagem dos lances, a perceber para onde é que a bola ia e com boa capacidade de passe.

Teremos novo jogo em casa na próxima sexta-feira, perante o Arouca, e não se espera menos do que uma nova vitória. Desperdiçámos de maneira inglória uma vantagem muito confortável que teremos de reaver em parte sob pena de ainda fazermos a lagartada ganhar a época. Aposto que esqueceriam tudo de mau que têm feito, se pudessem roubar-nos o campeonato e oferecê-lo ao CRAC quando tivermos que ir ao WC perto do final de Abril. Mas ainda há muitos jogos até lá e não podemos de todo voltar a facilitar.