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sexta-feira, setembro 28, 2018

Roubo de Capela

Empatámos em Chaves (2-2) e é quase certo que, não só vamos perder a liderança do campeonato, como vamos receber o CRAC para a semana um ponto atrás deles na classificação (jogam em casa com o Tondela). Num jogo que esteve quase para não se realizar, por causa do dilúvio que o obrigou a atrasar uma hora, o Sr. João Capela foi absolutamente decisivo para o resultado final.

Com os extremos do jogo anterior (Salvio e João Félix) lesionados, entraram, como seria de esperar, o Rafa e o Cervi, tendo o Grimaldo felizmente recuperado da lesão frente ao Aves. As coisas não poderiam ter começado melhor para nós, quando numa recuperação de bola o Seferovic fez uma abertura brilhante para o Cervi na esquerda, este correu e centrou para o Rafa entrar de rompante, e fazer o 1-0 logo aos 3’. Contra todas as expectativas, o que se viu a seguir fez parecer que o golo fez melhor ao Chaves do que a nós, já que fomos empurrados para a nossa área durante grande do primeiro tempo. Nessa altura, valeu-nos o Vlachodimos com duas intervenções brilhantes, que permitiram que fôssemos para o intervalo em vantagem. Quanto a nós, tivemos somente mais uma grande oportunidade num remate do Gabriel, ligeiramente desviado pelo guarda-redes Ricardo para o poste, na sequência de um livre para a área. A pior notícia não só da 1ª parte, como do jogo todo, foi a lesão do Jardel num sprint, que o obrigou a ser substituído pelo Conti. Vamos lá a ver quanto tempo vai ficar de fora…

A 2ª parte foi completamente diferente, porque estivemos muito melhor do que o Chaves, que raramente se conseguiu aproximar com perigo da nossa baliza. Infelizmente foi neste período que sofremos os golos. Culpa também nossa que não soubemos matar o jogo quando tivemos oportunidades para isso: remate cruzado do Cervi ao lado e, principalmente, dois lances do Seferovic, só com o guarda-redes pela frente, sem conseguir concretizar. Foi pena até porque o suíço foi dos melhores em campo com participação directa nos nossos dois golos. O Gabriel, que também já tinha um amarelo, saiu tocado, entrando o Gedson, e quando nada o fazia prever o Chaves empatou. Não me parece que tenha existido falta do Cervi, mas o livre era muito longe da área. Incompreensivelmente, até porque o Ghazaryan mostrava que ia rematar à baliza, colocámos somente dois(!) jogadores na barreira. Naturalmente que a bola passou ao lado dele e por entre o Pizzi e o Fejsa, que também não a tentaram cortar. O Vlachodimos acabou por ser surpreendido e atirou-se mais tarde do que devia, não conseguindo evitar o empate aos 75’. O Rui Vitória fez logo entrar o Jonas para o lugar do desta vez inoperante Pizzi, mas foi o Rafa a conseguir colocar-nos novamente na frente aos 85’: passe no círculo central do Rúben Dias, o Seferovic abriu as pernas e com esse movimento isolou o Rafa, que fuzilou o guarda-redes à sua saída. (Até qu’enfim que o Rafa já marca golos isolado!) Respirávamos de alívio, mas o jogo ainda não tinha terminado… O Sr. João Capela, que tinha deixado passar duas faltas claras sobre o Cervi na esquerda, entrou em campo e expulsou com vermelho directo o Conti por uma entrada aos 88’. O nosso central tentou cortar a bola, mas como tinha chovido imenso acabou por escorregar e derrubou o adversário SÓ com uma perna! E isso faz toda a diferença! Não foi uma entrada a pés juntos e foi derivada do estado do relvado. Era obviamente amarelo (a expressão do comentador na TV foi “entrada desastrada”) mas o Sr. João Capela (aquele que fez isto no ano passado, lembram-se?) resolveu equilibrar o jogo, expulsando o Conti. Recordo que já tínhamos perdido um central e, portanto, acabámos a partida com o Fejsa na defesa e o Gedson e Jonas(!) no meio-campo. Nos 5’ de descontos, conseguimos manter a bola longe da nossa baliza durante grande parte do tempo, mas aos 94’, numa jogada que envolveu boa parte da equipa, o Ghazaryan também bisou com um remate cruzado do lado direto e empatou definitivamente o jogo. O Sr. João Capela conseguiu os seus desideratos e matou dois coelhos numa cajadada: não só não ganhámos, como vamos ter que jogar contra o CRAC com o quarto central do plantel, que ainda não se estreou na equipa! Muitos parabéns para ele!

Em termos individuais, óbvio destaque para o Rafa pelos dois golos e porque está muito mais interventivo no jogo da equipa. Também gostei da envolvência do Seferovic com o nosso jogo atacante, mas ficou a dever-nos dois golos. O Conti ainda me tem que provar que não é um novo Lisandro, mas não deveria ter ido para a rua. O Vlachodimos foi brilhante na 1ª parte, mas provavelmente poderia ter feito mais nos golos, especialmente no primeiro. Todos nos outros estiveram num nível mediano, com o André Almeida a fazer uma 1ª parte horrível, mas a subir na 2ª.

Iremos agora a Atenas sem o Jardel e receberemos o CRAC no próximo domingo, possivelmente com o Lema a estrear-se na equipa. Em jogos equilibrados, pode haver sempre uma Capela a fazer pender o jogo para determinado lado. Cabe-nos a nós sermos mais eficazes nas oportunidades que criamos para não deixarmos que isso nos roube pontos. Mas lá que fomos terrivelmente prejudicados nesta partida, isso é indiscutível.

quinta-feira, setembro 27, 2018

Muito obrigado, Luisão!


Foto tirada da página de Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Palmarés: 6 Campeonatos Nacionais (22º); 3 Taças Portugal (35º); 7 Taças da Liga (1º); 4 Supertaças (1º);

Todos os jogos - 15 épocas; 599J (9º); 49G (67º);


Competições oficiais - 538J (3º); 47G (47º); 


Campeonato Nacional - 337J (6º); 26G (53º); 


Taça de Portugal - 44J; 8G; 


Taça da Liga - 24J; 2G; 


Supertaça - 6J; 


UEFA - 127J; 11G


[Dados do meu amigo João Tomaz]

Não é preciso acrescentar mais nada. Um enorme obrigado por tudo, grande capitão! Foste, és e serás sempre o maior!

segunda-feira, setembro 24, 2018

Convincente

Vencemos ontem o Aves por 2-0 e continuamos na frente do campeonato. Depois da derrota europeia a meio da semana, demos uma excelente resposta e fizemos uma exibição agradável, embora o resultado devesse ter sido mais avolumado.

O Rui Vitória surpreendeu e deu a titularidade ao Gabriel e João Félix, em vez do Gedson e Cervi. É bom que façamos alguma gestão do plantel para que todos tenham a rodagem necessária e ambos os que entraram foram dos melhores em campo. Tivemos um início muito forte e o João Félix marcou logo aos 4’, mas infelizmente estava fora-de-jogo. Por volta dos 15’, houve um toque nas costas do mesmo João Félix na área, mas o Sr. Rui Gomes Costa nem sequer foi consultar o VAR. O Salvio por duas vezes e o Pizzi também poderiam ter inaugurado o marcador, mas isso acabou por acontecer pelo inevitável João Félix aos 34’: grande abertura do Pizzi e o miúdo isolado perante o guarda-redes não falhou pela segunda vez, mas desta contou. Até ao intervalo, o Salvio noutra grande jogada atirou ao poste de pé esquerdo e o Vlachodimos teve de se aplicar num remate cruzado, naquela que foi a única ocasião do Aves.

Deveríamos ter ido para o intervalo com o jogo decidido, mas isso não aconteceu e, na 2ª parte, o Aves apareceu com outra disposição e teve logo uma oportunidade de início com um livre frontal muito bem defendido pelo Vlachodimos. Aos 50’, o João Félix colocou mal o pé esquerdo no relvado e teve de ser substituído. Foi pena, porque estava a ser o melhor em campo. Entrou o Cervi que acabou também por ser decisivo para o resultado final. No entanto, apanhámos um enorme susto antes com um mau passe do Jardel a permitir ao Baldé ter uma grande oportunidade, mas atirou ao lado com o Vlachodimos a fazer bem a mancha. Aos 62’, aumentámos a vantagem pelo Cervi, com um remate rasteiro de pé direito que ainda foi desviado por um defesa, depois de uma assistência do André Almeida na direita. Até final, ainda poderíamos ter aumentado mais o marcador, com oportunidades do Seferovic, num bom remate à meia-volta, e do Jardel a atirar de cabeça à barra num canto. O Aves poderia ter reduzido pelo entretanto entrado Derley, mas a bola picada sobre o Vlachodimos saiu felizmente torta.

Em termos individuais, destaque para o João Félix e não só pelo golo. Pelo toque de bola, vemos logo que temos ali jogador e esperemos que a lesão não o impeça de ficar de fora muito tempo. Outra lesão, bem mais preocupante, porque ao contrário desta as alternativas não existem, foi a do Grimaldo, que estava igualmente a fazer um bom jogo (com excepção da perda de bola de que resultou a oportunidade do Derley). Gostei muito do Gabriel, que não só consegue colocar bem a bola na frente, como recupera muitas delas e tem um bom remate. E, desde o Talisca, que não temos ninguém para rematar com perigo de fora da área. O Salvio fez uma boa 1ª parte, mas decaiu um pouco na 2ª. Outro que esteve em bom plano foi o Jardel, apesar do mau passe para a outra grande oportunidade do Aves na 2ª parte. Uma palavra para o regresso do Jonas, muito merecidamente aplaudido quando entrou.

A seguir aos jogos europeus, há sempre interrogações sobre a forma como as equipas se apresentam, mas a nossa exibição foi convincente. A minha grande preocupação no momento é a lesão do Grimaldo, porque é os jogadores mais insubstituíveis do plantel. Ainda por cima, já na próxima 5ª feira jogamos em Chaves, onde na época passada só ganhámos na compensação. E, na partida anterior a recebermos o CRAC, não podemos vacilar.

quinta-feira, setembro 20, 2018

Renato Sanches

Perdemos na Luz com o Bayern Munique por 0-2 na 1ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. A diferença entre as duas equipas é tão grande que nem vale a pena ficar muito chateado. São mesmo ‘de outro campeonato’ e a nossa luta tem que ser outra. 

Com o mesmo onze que defrontou o Nacional no dia 2 de Setembro, a nossa resistência durou 10’: uma arrancada do Renato Sanches, seguida de uma combinação entre o Ribéry e o Alaba na esquerda, centro deste para o Lewandovski, que tirou o Grimaldo do caminho e bateu o Vlachodimos. Por esta altura, já os bávaros controlavam perfeitamente o jogo, com trocas de bola imaculadas e um futebol geométrico de encher o olho. Só a partir dos 30’ conseguimos reagir e tivemos uma boa oportunidade pelo Salvio, mas o Neuer demonstrou porque é o... Neuer. No entanto, antes disso, já o Vlachodimos tinha tirado o golo ao Robben que lhe apareceu pela frente.

Na 2ª parte, as coisas ficaram decididas muito cedo: outra arrancada do Renato Sanches desde a sua grande área, depois de o Robben lhe ter dado de calcanhar num situação em que os estávamos a pressionar na defesa (‘é muito jogo’!), conseguiu aguentar a carga do Pizzi, abriu na direita, mudança de flanco para a esquerda, combinação e centro do James para o mesmo Renato Sanches marcar o primeiro golo de sempre com a camisola do Bayern. Não é por ser contra nós que vou deixar de achar que é um golão. A partir daqui, ambas as equipas perceberam que o jogo estava resolvido, mas mesmo assim ainda tivemos oportunidades em lances de bola parada pelos centrais (Rúben Dias e Jardel), mas o Neuer voltou a mostrar porque é um dos melhores guarda-redes do mundo (especialmente no primeiro caso). As substituições que o Rui Vitória fez não alteraram o resultado, embora o Rafa e o Gabriel tenham estado bem.

Em termos individuais não é fácil destacar ninguém, mas isto não significa que estivéssemos mal. Até fizemos um bom jogo tendo em conta que defrontámos uma equipa demasiado poderosa. O Gedson terá sido o melhor na 1ª parte, mas decaiu depois do intervalo (como é habitual). O Vlachodimos impediu que o resultado tivesse sido mais avolumado e só tem que melhorar a saída dos postes nos cantos (“melhorar” é uma forma de dizer: tem MESMO que sair algumas vezes). O Pizzi e o Salvio estiveram bem abaixo do que têm vindo a fazer e o André Almeida mostrou as suas limitações: chega e sobra para o campeonato português, mas isto ‘é outra loiça’. O Seferovic esforçou-se e esteve longe de ser dos piores, e o Gabriel mostrou que pode ser uma boa alternativa (tem sentido posicional, capacidade de luta e não tem medo de rematar de longe – algo de que estamos muito necessitados...!).

Para finalizar, eis a razão para o título do post. Já li por aí muito benfiquista indignado com as palmas ao Renato Sanches pelo segundo golo do Bayern. Digo desde já que eu me levantei e aplaudi efusivamente. MAS NÃO aplaudi o golo. Obviamente. Aplaudi a REACÇÃO do Renato ao golo. E isso, meus caros, faz TODA a diferença. Vamos lá a ver se nos entendemos: tivemos o privilégio, tal como neste jogo, de assistir ao vivo a uma grande equipa de futebol a jogar na Luz perante os nossos olhos. Que derrotou a nossa, porque é melhor. Ponto. A questão aqui é perceber o contexto e saber lidar com isso: não estamos na Champions para a ganhar. Isso é uma utopia. Estamos para ir o mais longe possível e honrar a camisola. E fizemos isso ontem. Há três anos, vendemos o primeiro jogador português para o Bayern. PRIMEIRO. Que fez um jogão contra nós. Eu senti orgulho disso. Não é ficar contente com o golo sofrido, como é lógico. É ver alguém que merece muito, pela campanha miserável que lhe fizeram enquanto esteve no Benfica, a ter finalmente algum sucesso num dos maiores clubes do mundo (o que, além do mais, nos poderá trazer grandes benefícios financeiros no futuro). E não aquele golo, MAS A REACÇÃO ao golo do Renato e a resposta do público vão ficar para sempre na memória de quem teve o privilégio de assistir ao vivo. Como ficará na do Renato. E na dos colegas (o Hummels elogiou-nas redes sociais). A reacção do Renato é obviamente merecedora do meu aplauso. Tal como o Rui Costa a chorar com a camisola da Fiorentina. Porque uma coisa é o Benfica ganhar e todos gostamos disso. Mas outra (e para mim mais importante) é o Benfica ser ‘Benfica’. E os adeptos do Benfica foram ‘Benfica’ com as reacções aos golos do Rui Costa e do Renato Sanches. O que me enche de orgulho. Foi um dos momentos mais belos em que tive a honra de participar enquanto adepto de futebol.

segunda-feira, setembro 17, 2018

Salvio

Vencemos o Rio Ave no sábado por 2-1 e, como no outro jogo houve um empate a zero entre o Paços de Ferreira e o Aves, estamos na frente do grupo A da Taça da Liga. Isto pode parecer informação pouco relevante, mas como no ano passado nem uma vitória conseguimos nesta competição...

O Rui Vitória fez alterações (poucas) certamente já a pensar no jogo frente ao Bayern Munique e, por isso mesmo, jogaram o Svilar, Conti, Yuri Ribeiro, Alfa Semedo e Rafa. O Rio Ave não se limitou a defender e o jogo foi bem disputado, com a posse de bola muito repartida. Infelizmente tivemos em campo uma das piores arbitragens que me lembro desde há muito tempo: o sr. Rui Oliveira é de uma incompetência (vamos ser simpáticos que a época ainda agora começou...) atroz! Conseguiu enervar o público presente, dado que só havia faltas contra nós. Pior: lances que nem faltas eram proporcionaram amarelos ao Alfa Semedo e Salvio! Aos 21’ inaugurámos o marcador num penalty marcado pelo Salvio a castigar um derrube ao Seferovic. No estádio, não consegui ver e mesmo na televisão não dá para ter a certeza se houve toque ou não, mas, pela tendência do sr. Rui Oliveira no resto do jogo, de certeza que foi falta! Até ao intervalo, o Rio Ave poderia ter empatado, mas o Jardel fez um corte providencial e o Gedson rematou ao lado numa óptima jogada do Salvio na direita.

A 2ª parte não poderia ter começado melhor com o 2-0 a surgir logo aos 50’ através do Rafa, num remate com a parte exterior do pé direito, depois de uma arrancada bestial do Salvio e uma assistência perfeita. Pouco depois, boa jogada do Rafa na esquerda e assistência para o Seferovic atirar por cima. Logo a seguir (60’), o Rio Ave reduziu para 2-1 pelo Carlos Vinícius, depois de centro da esquerda, com o avançado a rematar à vontade na área. Até final, poderíamos ter aumentado, mas o Pizzi atirou por cima depois de nova jogada do Salvio na direita e o mesmo Salvio desmarcou muito bem o Gedson, também na direita, que centrou rasteiro, mas quando o Seferovic se preparava para encostar um defesa cortou a bola. Em cima dos 90’, apanhámos um grande susto, com um centro da direita e um mau cabeceamento do Bruno Moreira por cima, quando só tinha o Svilar pela frente. Teria sido inglório não termos ganho este jogo.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Salvio: um golo, uma assistência e quase todas as jogadas de perigo passaram por ele. Está numa forma fantástica, talvez só equiparada às primeiras épocas na Luz, antes das malfadadas roturas de ligamentos. Quando os jogadores estão com confiança, tudo lhes sai bem e o Pizzi e o Seferovic são bons exemplos disso. Não foi o melhor jogo de ambos esta época, mas a boa forma está lá. Tal como o Rafa, cujos golos nos dois últimos jogos, lhe levantaram bastante o moral. Quantos às estreias esta época, não fiquei (outra vez) nada entusiasmado: o Svilar continua muito bem sem perceber quando deve ou não sair da baliza e, no cruzamento no final, andou aos papéis (é melhor mesmo que seja emprestado, porque no momento não é opção); o Conti será, na melhor das hipóteses, um Lisandro mais novo; o Yuri Ribeiro fez uma 1ª parte horrível (em que até dominar a bola era um problema irresolúvel), mas melhorou ligeiramente na 2ª (pode ser que seja como o André Almeida cuja estreia na equipa do Benfica também foi de fugir...). Referência igualmente para a estreia do Gabriel no meio-campo, na parte final do jogo, que mostrou que gosta de ter a bola.

Esta é a competição menos importante de todas, mas é oficial e temos um grande histórico a defender, portanto é bom que a levemos a sério. Até porque há dois anos que não a ganhamos...

quinta-feira, setembro 13, 2018

Portugal - 1 - Itália - 0

Passados 61 anos(!), voltámos a vencer os italianos numa prova oficial, na nossa estreia na nova Liga das Nações, em que partilhamos o grupo também com a Polónia. Apesar de o Fernando Santos ter arriscado ao não convocar o Cristiano Ronaldo (que ficou a “ambientar-se” em Turim), foi uma boa exibição da selecção nacional e a vitória é mais do que justa.

Com o Pizzi e três ex-Seixal no onze (Rúben Dias, Cancelo e Bernardo Silva), mais dois no banco (Gedson e Renato Sanches), Portugal dominou praticamente o jogo todo e os italianos não tiveram uma evidente oportunidade de golo. Quanto a nós, entre outras oportunidades, um defesa tirou o golo ao Bernardo em cima da linha ainda na 1ª parte e, no início da 2ª, uma boa arrancada do Bruma (possivelmente o melhor em campo), culminou num bom remate de pé esquerdo do André Silva fazendo o golo aos 48’.

Como no jogo anterior, Itália e Polónia empataram (1-1), estamos isolados na frente do grupo. O próximo jogo é na Polónia em 11 de Outubro. Só o 1º classificado nesta poule a três passará para a final four da Liga das Nações, que se disputará em Junho do próximo ano.

segunda-feira, setembro 03, 2018

Convincente

Goleámos na Choupana o Nacional por 4-0 e, por causa da diferença de golos, estamos agora na frente do campeonato, em igualdade pontual com a lagartada (1-0 no WC ao Feirense, com o golo aos 88’!) e o Braga, com o CRAC (3-0 em Mordor frente ao Moreirense) um ponto atrás. Depois da gloriosa jornada europeia, a equipa voltou a responder muito bem em termos físicos e conseguiu uma vitória sem mácula.

O Rui Vitória apostou mesmo onze de Salónica, o que quer dizer que o Seferovic voltou a ser titular. E foi o melhor em campo. Entrámos muito pressionantes como é hábito, embora verdade seja dita o Nacional tentou responder contra-atacando sempre que podia, especialmente na 1ª parte. O Sr. Fábio Veríssimo não teve dúvidas em dois lances, nem reviu as imagens, que me parecem penalty por derrubes ao Seferovic e Cervi (este, então, é claríssimo). Em termos de oportunidades para nós, o Salvio, numa boa iniciativa pela direita, remata rasteiro ao lado e o Seferovic não consegue chegar a um cruzamento do Grimaldo na esquerda. Até que aos 28’ inaugurámos finalmente o marcador, numa óptima desmarcação do Salvio para o Seferovic isolado não falhar perante o guarda-redes Daniel Guimarães. Logo a seguir, tivemos uma enorme contrariedade com a saída por lesão do Fejsa e a entrada do Alfa Semedo. O Salvio voltou a ter uma boa chance, mas também chegou atrasado a um centro do Seferovic, no entanto em cima do intervalo os mesmos protagonistas cozinharam o 0-2, com o suíço a centrar muito bem na esquerda para o argentino só ter que encostar de cabeça.

Na 2ª parte, como seria de prever pelo resultado e pelo jogo na 4ª feira, baixámos o ritmo e começámos a controlar mais o jogo. Poderíamos ter feito o terceiro golo logo no reinício, mas um bom remate do Seferovic foi defendido pelo guarda-redes. Só por duas vezes o Nacional colocou o Vlachodimos à prova, mas este mostrou que temos guarda-redes, ao fazer duas belas defesas. Quanto a nós, fomos fazendo as substituições da praxe de troca de extremos, entraram o Rafa e o João Félix (este já muito perto do fim), saíram o Cervi e Salvio. Aos 76’, acabámos de vez com as (poucas) dúvidas ao fazer o 0-3, numa bela abertura do Pizzi, para uma boa concretização do Grimaldo, com a bola a passar novamente debaixo da perna do guarda-redes (tal como no golo do Seferovic). Já na compensação, o Pizzi teve uma outra fantástica assistência que isolou o Rafa que, desta feita, conseguiu marcar só com o guarda-redes pela frente: excelente a picar a bola por cima dele. Aleluia!

Em termos individuais, o Seferovic foi o melhor para mim, com um golo e uma assistência e muito trabalho dado aos centrais contrários. Mostra confiança, capacidade de trabalho, mantém a posse de bola, enfim, o lugar é dele no momento. O Salvio também teve um golo e uma assistência e foi outro dos melhores em campo: esteve completamente endiabrado na direita. Quem fez igualmente um jogão foi o Gedson, especialmente na 2ª parte quando foi necessário levar a bola para a frente para a equipa subir no terreno. O Vlachodimos foi também importante para garantir o nulo nas nossas redes. O Grimaldo voltou a ser dos melhores transportadores de jogo para a frente, mas convinha que não desatasse a fintar logo à saída da nossa área (sim, eu sei que já estava 0-3, mas mesmo assim…). Foi só pena a lesão do Fejsa, mas agora com a paragem do campeonato pode ser que tenha tempo pata recuperar.

Passámos o difícil mês de Agosto com louvor de distinção. Conseguimos o principal objectivo que era a ida à Champions e estamos na frente do campeonato. Para além disso, estamos a praticar bom futebol, algo que na temporada passada só muito esporadicamente conseguimos. Para ser tudo absolutamente perfeito, só faltou ganhar à lagartada na Luz.

P.S. – Na passada 5ª feira, houve o sorteio da Champions. Ficámos no grupo do Bayern Munique, Ajax e AEK Atenas. Temos MAIS QUE obrigação de ir pelo menos à Liga Europa, mas espero que possamos igualmente ficar à frente do Ajax. A 1ª volta vai ser complicada, com a recepção aos bávaros e depois dois jogos fora consecutivos. A nossa possível qualificação vai depender muito de como correrem estes três jogos.