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sexta-feira, julho 29, 2005

Silly Season

Este post no Anti-Anti-Benfica chamou-me a atenção para esta “crónica” do jogo que os lagartos disputaram há alguns dias com o West Bromwich Albion feita pelo Sr. Paulo Pedrosa no site Mais Futebol. O primeiro parágrafo é elucidativo e acho que nem eu, se fosse jornalista, conseguiria ser tão “isento” numa crónica do Benfica (deixei lá um comentário, mas curiosamente não aparece). É absolutamente lamentável que jornalistas (?) destes tenham tempo de antena em órgãos de comunicação social supostamente imparciais. Pode ser que tenha sido só por causa da época estival em que estamos, que é propensa a estes disparates, ou então os Kompensans ainda não fizeram efeito a este senhor. Quanto tempo mais irá demorar a azia desta gente?

Na passada quarta-feira ganhámos ao Barreirense por 1-0 em mais um jogo de preparação. Como o jogo não deu na televisão e só vi o resumo não posso tecer grandes considerações acerca do mesmo. Saliento apenas o golão do Petit e, a fazer fé nos jornais, a nova boa exibição do Beto.

Entretanto, o meu vídeo Betamax já está de novo operacional. Vou ter que gravar os resumos em alta qualidade, já que as cassetes de origem não estão em grandes condições (com mais de 20 anos também não é de espantar) e, se não for assim, a qualidade fica bastante má. Isto vai implicar que grave três DVDs por cassete, já que em alta qualidade cada um fica só com uma hora disponível e as cassetes têm três. Mas este projecto vai ter que ficar em stand-by durante duas semanas, porque vou a banhos para o sul do país. Este blog estará também provavelmente inactivo durante este tempo. Mas no dia 6 farei uma pausa nas férias, voltarei a Lisboa e lá estarei na Nova Catedral a ver o Glorioso contra a Juventus. Vou tentar escrever sobre o jogo antes de voltar para o Algarve. Até lá, boas férias (ou bom trabalho) a todos. E... VIVA O BENFICA!

sábado, julho 23, 2005

Que saudades de um 5-0!

Há quanto tempo não tínhamos um resultado destes? 5-0 num jogo contra uma equipa da Premier League é sempre algo de assinalar, mesmo que seja num encontro particular. Claro que os aziados devem estar a dizer que o West Bromwich Albion não jogou nada, que é uma equipa muito fraquinha, longe do poderio de um Vitesse, por exemplo. Enfim, “os cães ladram...” Mas teremos o tira-teimas na próxima 2ª feira, quando os lagartos jogarem contra esta mesma equipa. Vamos ver por quantos é que vão ganhar...

No jogo de ontem, os dois do costume voltaram a destacar-se: Anderson e Beto. Aliás, estou a achar complicado tirá-los da equipa, principalmente o Beto, que está numa forma física invejável, recupera bolas, acerta passes de longa distância e remata com perigo. Tivemos igualmente uma ressurreição: a do Nuno Gomes. Continua a não marcar golos, apesar de dois bons remates, mas fez três assistências fabulosas ao primeiro toque: duas resultaram em golos e o Simão falhou escandalosamente a outra. Não há dúvida que precisamos de um ponta-de-lança goleador, porque com o Nuno Gomes a fazer assistências destas, só temos a beneficiar com isso. Não sei é como é que vamos jogar em 4-3-3 com dois avançados, porque se o Nuno Gomes jogar sempre assim é titular absoluto. Também gostei do Hélio Roque, que não obstante precisar de crescer mais um bocado, afigura-se um bom jogador e uma opção a ter em conta no futuro. O Léo parece-me ser um elemento muito ofensivo, o que irá dar jeito na maioria dos jogos em que é preciso romper a defesa contrária. E, para deixar o melhor para o fim, o Geovanni: três golos, o que se pode pedir mais? Se fosse mais regular e constante durante os jogos era o melhor jogador do campeonato.

P.S. – Acho divertidíssimo o entreposto comercial de jogadores em que está convertido o clube regional. Depois de ter dispensado três da escola de samba que vieram em Dezembro (Cláudio “Pitbull”, Léo Lima e Leandro do Bomfim), conseguiu ainda bater este recorde de permanência no clube: O Sandro, contratado há três semanas ao V. Setúbal, também teve guia de marcha! Isto é que é ser criterioso nas aquisições...

sexta-feira, julho 22, 2005

Projecto para este fim-de-semana (e próximos)

Este excelente blog do TMA despertou-me para uma perigosa realidade. Agora que o meu velhinho Sony Betamax SL-C7, adquirido no longínquo ano de 1981, está de novo operacional, posso finalmente começar a transcrever para DVD uma das minhas mais preciosas relíquias, que estava em vias de se tornar invisível (bastava que o Betamax se estragasse de vez): os resumos de todos os jogos do Glorioso desde a época 81/82 até aos dias de hoje. Bem, não serão mesmo todos, mas se disser que serão 95% deles não estarei a exagerar. São cerca de duas dezenas de cassetes L-750 (a partir de 1998 passei a gravá-los em VHS), com 195 minutos cada, cheias de inolvidáveis momentos gloriosos. É uma boa oportunidade para rever os dribles fabulosos do Chalana, o sentido de oportunidade do Néné, a inteligência táctica do Shéu, a geometria do Stromberg, a técnica do Diamantino, o poderio físico do Manniche (o original, não a cópia rasca dos dias de hoje), o remate forte do Carlos Manuel, a elasticidade do Bento, os golos decisivos do Filipovic, a classe do Humberto Coelho, entre outros.

Começarei cronologicamente pela época de 81/82, onde o que mais me lembro é do soco do Bento ao Manuel Fernandes no jogo contra os lagartos para o campeonato em Alvalade, em que perdemos por 3-1. É claro que depois desta brincadeira ele foi expulso, entrou o Jorge Martins (que depois jogou no Belenenses e foi o 3º guarda-redes no Mundial do México), foi penalty e sofremos o 2-1. Mas o que mais quero rever é a fantástica época de 82/83, a primeira do Eriksson no Benfica, em que fizemos a dobradinha (tendo a final da Taça de Portugal sido disputada no início da época seguinte nas Antas contra... o clube regional e mesmo assim ganha por 1-0 com um golo do Carlos Manuel) e fomos à final da Taça Uefa contra o Anderlecht. Essa fantástica época europeia, em que eliminámos sucessivamente o Bétis de Sevilha, o Lokeren, o Zurique, a Roma e a Universidade Craiova, sem derrotas em 10 jogos, é das minhas primeiras recordações do Glorioso.

Já não vejo estas cassetes há muito tempo, espero que ainda estejam em boas condições. Vai ser um trabalho longo, mas recompensante.

quarta-feira, julho 20, 2005

Chegou o novo B.I.

Antecipando o que seria a minha vontade, o meu pai fez-me sócio do Benfica quando eu tinha 15... dias. E com uma noção exemplar da ordem de importância das coisas, o meu pai tornou-me associado do Glorioso antes de ter a minha cédula pessoal. Ou seja, em primeiro lugar veio o Benfica e só depois é que veio a cidadania portuguesa. Há que ter consciência das prioridades. Serve este preâmbulo para dizer que recebi finalmente o meu novo B.I. na semana passada. O número está agora na casa dos 8.500 e estou a 20 anos de receber a águia de ouro! Ei-lo:

segunda-feira, julho 18, 2005

O jogo dos campeões

Foi uma partida interessante e jogámos razoavelmente bem, apesar de termos perdido por 1-0. Contra uma das melhores equipas do mundo, que faz uma pressão impressionante em todo o campo, tivemos algumas boas oportunidade (Geovanni de cabeça, Simão isolado, Carlitos isolado e Beto), mas não conseguimos marcar. Claro que também poderíamos ter sofrido mais um ou dois golos, mas seria injusto face ao que se passou. Gostei da nossa postura, sem receio do adversário, não obstante a diferença de qualidade entre as equipas. Ficou novamente visível a URGÊNCIA de adquirirmos um ponta-de-lança que saiba concretizar o volume de jogo atacante que produzimos. Enquanto esteve em campo, o Nuno Gomes passou mais uma vez ao lado do jogo e o Mantorras não pode jogar os 90 minutos. A não-vinda do Tomasson foi uma grande decepção, mas espero que sirva de vez de lição para os nossos dirigentes não abrirem a boca antes de terem os contratos assinados. Estava “quase, quase garantido”, mas assim a desilusão é muito maior. Vamos ver quem será o substituto “tão bom ou melhor”.

O Beto foi de longe o elemento que mais se destacou e, mesmo sabendo que qualquer jogador é por definição melhor que o Paulo Almeida, sinceramente surpreendeu-me. Afigura-se como uma alternativa muito válida à dupla Petit-Manuel Fernandes e deste modo estes jogadores escusam de alinhar a 50%, como aconteceu em alguns jogos do ano passado. Todavia, acho que ainda nos faz falta mais um médio, já que basta um castigo e uma lesão para ficarmos reduzidos a um único jogador para o meio-campo. O João Pereira voltou a estar bem e neste momento leva vantagem sobre o Alex. O Karyaka desiludiu em relação aos dois jogos passados, tendo as coisas saído-lhe menos bem, mas é um jogador que acrescenta qualidade à equipa. O Anderson é um bom central e não será pelo centro da defesa que teremos problemas. O Geovanni continua muito intermitente, mas com a concorrência do Carlitos não terá problemas em ser titular. Voltamos a não ter alternativa ao Simão, já que o Koeman coloca o Karyaka no centro do campo e o Hélio Roque, que me parece bom jogador (tem muito bom domínio de bola), ainda não pode ser considerado uma opção regular. Ambos os guarda-redes estiveram bem, mas continuo a pensar que o Moreira é melhor, além de ter uma margem de progressão que o Quim já não tem.

Um facto menos positivo foi ver o Estádio da Luz somente com meia-casa. Mesmo considerando que estamos a meio de Julho, parece-me pouco para um jogo frente ao Chelsea. Uma das explicações, quiçá a principal, é o preço dos bilhetes, que não devia ser tão caro para um jogo a feijões. O mais barato era 15€ para sócios e 30€ para não-sócios. Acho bem esta diferença entre os sócios e não-sócios, já que com o novo cartão e respectivos descontos não há motivo nenhum para os benfiquistas não se tornarem sócios do clube, mas o Benfica deveria rever esta política de preços. Não custava muito conceder benefícios do género “adquira um cativo e veja o jogo contra o Chelsea”. Era uma boa maneira de estimular e habituar as pessoas a irem ao estádio. Temos todas as condições para termos grandes assistências nos jogos e custa-me ver o Estádio da Luz somente com 30.000 pessoas. Para outros clubes, este número é uma “grande casa”, e ficam com o estádio praticamente cheio, mas há que ter em conta diferença de dimensão entre nós e eles.

quinta-feira, julho 14, 2005

3 (+ 4) a zero

Com um pouco de sorte, em vez dos 3-0, teríamos ganho por 7-0 ao Étoile Carouge. Bastava que as quatro (!) bolas ao poste tivessem entrado. A equipa adversária era muito fraca, mas confirmou-se a impressão do 1º jogo: temos uma dinâmica mais atacante do que no ano passado. Todavia, ao invés do jogo contra o Sion, as nossas “duas” equipas equivaleram-se. Estivemos bem em ambas as partes, criando várias situações de golo que resultaram nas tais bolas ao poste.

Em relação a jogadores, o Karyaka confirma-se como um bom reforço, mas convém não esquecer que está a meio da época dele (no início da época passada, o Karadas também deu nas vistas e depois não confirmou na totalidade as boas impressões iniciais). Sendo o único jogador a actuar os 90 min., na 2ª parte, ainda por cima estando a jogar a trinco, baixou um pouco de nível. O Simão e o Nuno Assis estiveram mais mexidos (mas o Nuno Assis não pode falhar um golo daqueles isolado frente ao guarda-redes). O Mantorras marcou um bom golo e fez duas assistências que o Geovanni desperdiçou. A defesa não foi posta muito à prova, mas temos que ter atenção ao espaço que deixamos livre atrás. Houve uns quantos lances em os avançados do Carouge estiveram em igualdade numérica frente aos nossos defesas. Contra uma equipa mais credenciada teríamos problemas.

Na 2ª parte, o Hélio Roque voltou a destacar-se, nomeadamente com um remate ao poste e uma abertura fantástica para o Nuno Gomes. Este esteve melhor do que contra o Sion, mas continua sem confiança na finalização, falhando dois lances de baliza aberta (no primeiro deixou-se desarmar e no segundo, em vez de rematar logo com o pé esquerdo, fez duas fintas e rematou fraco com o direito). Se vier o Tomasson ou outro ponta-de-lança que garanta golos, o Nuno Gomes arrisca-se mesmo a não ser titular. Quanto ao Karadas marcou um golão, muito parecido ao que marcou contra o Nacional (aliás, foi o único golo daquele género que o Benfica marcou no ano passado). Continuo a pensar que não deve ser emprestado, porque a sua estatura e bom jogo de cabeça ainda nos poderão fazer falta durante a época. O Alex tem que aprender a centrar melhor, porém defendeu bem. Pela negativa, tenho que destacar o Carlitos, que definitivamente não me convence. Tem muita vontade, mas perde-se em preciosismos e não cria um único lance aproveitável.

quarta-feira, julho 13, 2005

Já cá canta!

Junta-se o útil ao agradável: estar de férias no Algarve nessa altura e aproveitar para ir ver o Glorioso ao vivo. E, já agora, espero que sucedam duas coisas:
- Que o vencedor seja diferente do jogo do Jamor;
- Que eu sofra consideravelmente menos do que da única vez que vi um jogo ao vivo neste estádio.

segunda-feira, julho 11, 2005

Miguel e LFV

Tivemos novos desenvolvimentos no “caso Miguel”. Na entrevista que lhe fizeram (e que só passou na íntegra na SIC Notícias à meia-noite), as suas contradições são mais que muitas. Primeiro afirma que “ainda tudo é possível”, para logo depois dizer que “não há condições para continuar no Benfica”. Segue dizendo que “não me quero pronunciar sobre o contrato” (se este fosse inválido, ele já se pronunciaria?). A questão resolver-se-á quando “as pessoas se sentarem à mesa e conversarem”, não tem problemas em “falar com o presidente”, mas meio minuto depois diz que “acho que não vou ter a consideração de me sentar à mesma mesa do que ele”. Aquela cabeça está muito confusa...

Na resposta, o Luís Filipe Vieira esteve bem mais uma vez e pôs os pontos nos ii: o Miguel é jogador do Benfica, tem que se apresentar no clube e depois se quiser conversa com ele. Até lá, se continuar sem se apresentar no clube o problema é dele, já que devido ao “caso Mexès” não vai haver nenhum clube que o queira em litígio com o Benfica. As contradições dos representantes do Miguel também são engraçadas: primeiro, o contrato não era válido, depois era melhor o Benfica a vendê-lo por 2 milhões de euros, depois já eram cinco. É a estratégia de atirar tiros para o ar, a ver se algum acerta. É pena os jogadores de futebol deixarem levar-se na cantiga de alguns empresários, autênticos proxenetas modernos, que só os prejudicam.

As únicas coisas que o Dias Ferreira, esse profissional tão exemplar e principalmente tão isento, conseguiu dizer em resposta ao LFV foram que o Miguel tinha direito a ter um advogado e que existe uma “proposta honesta” de 5 milhões de euros pelo jogador. Isto quando o Benfica já disse que o mínimo eram 10. A estratégia é clara: uma off-shore compra o jogador por 5, vende-o a um clube por 6 ou 7 e assim há quem meta alguns milhões ao bolso.

Espero bem que, como disse o LFV, este caso sirva de lição. Um jogador com contrato e com os ordenados em dia não pode fazer o que lhe apetece.

CAMPEÕES NACIONAIS - 2 - Sion - 1

Para 1º jogo da época e ao fim de quatro dias de treino, não foi nada mau. No entanto, convém não esquecer que jogámos contra 10 durante 85 min.! Em jornais oficiais, o lance era claramente de expulsão, mas num jogo particular o árbitro poderia ter evitado mostrar o vermelho. Em relação à nossa exibição, destacaram-se o Karyaka (joga quase sempre para a frente e tem facilidade de remate, mas deve afinar a pontaria) e o Geovanni (que golão!). Quanto ao Anderson e ao Beto, não deu muito para ver, já que o adversário também não pressionou o nosso meio-campo e defesa. Gostei das saídas rápidas para o ataque e das nossas movimentações atacantes. Curiosamente, estivemos melhor na 2ª parte, com menos jogadores titulares do ano passado em campo, do que na 1ª. Dos miúdos que jogaram, o Hélio Roque foi o que mais sobressaiu, mas não pode falhar um golo daqueles de baliza aberta. Na baliza, o Moreira ficou a meio do caminho em dois cantos (o que não é nada habitual nele), mas o Quim também esteve mal no golo sofrido, já que a sua saída foi completamente a destempo.

No entanto, a ideia predominante que ficou do jogo é que é urgente virem mais reforços. Lembremo-nos que do plantel actual, só não jogou o Manuel Fernandes (e o Miguel, claro). Não sei se a possível dispensa do Karadas (quando vier o tal matador) será uma boa medida, e digo isto independentemente de ele ter marcado um golo de cabeça que poucos jogadores no nosso plantel marcariam. O Mantorras ainda é uma incógnita e o Nuno Gomes continua (preocupantemente) a não rematar à baliza. É certo que o Karadas precisa de cinco metros para dominar a bola, mas é o único avançado que ganha lances de cabeça e tem peso na área. Mesmo no ano passado, tivemos quatro pontas-de-lança. Não sei porque é que este ano, ainda por cima com Liga dos Campeões pelo meio, achamos que só precisamos de três...

segunda-feira, julho 04, 2005

“A vontade do jogador”

No regresso ao trabalho para a nova época, surgiu a “novela Miguel”. Durante o defeso, o jogador manifestou várias vezes a intenção de sair do Benfica e hoje apareceu a notícia de que irá pedir a rescisão unilateral do contrato, por alegar que o que assinou em 2003 não é válido. Entretanto, Luís Filipe Vieira já veio a público meter um pouco de água na fervura e reafirmar que o jogador está a ser muito mal aconselhado. Parece-me sensata esta posição do presidente. De facto, não se está a ver fundamentos legais para esta atitude do Miguel (os salários não estão em atraso e ao abrigo do novo contrato, válido até 2008, o jogador tem vindo a receber desde há dois anos para cá um vencimento bastante superior ao do contrato antigo; parece que aqui ele não viu nenhuma ilegalidade...) e percebe-se claramente que há uma manobra do empresário (Paulo Barbosa, que fez o mesmo com o Hugo Leal e o Maniche) por detrás desta história. Convém, por enquanto, não lançar o odioso todo da questão sobre o jogador.

No entanto, este problema de jogadores que, a meio dos seus contratos, arranjam desculpas e tentam esticar a corda para se irem embora é um mal que tem que se erradicado do futebol actual. Nenhum dos três grandes se pode ficar a rir, já que o mesmo aconteceu com o McCarthy e com o Liedson, que todavia não chegaram a tomar, por enquanto, uma atitude tão radical quanto o Miguel. Ao que se saiba ninguém apontou uma arma à cabeça dos jogadores para assinarem contrato. Quando o fazem, eles estão conscientes que têm um determinado valor comercial e não podem vir dizer pouco depois que querem sair do clube a qualquer preço. “A vontade do jogador” não pode ser desculpa para tudo. Os clubes determinam o valor (ou existe uma cláusula para tal) e as coisas processam-se a partir daí. Estas manobras de empresários, sempre à espreita da comissão, já cheiram mal.

Apesar de estar a ser mal influenciado, o Miguel também já é crescidinho o suficiente para pensar pela sua própria cabeça. E se o fizesse, veria quanto a sua atitude é injustificada. O Benfica disponibilizou-se para o transaccionar por 10 milhões de euros, um valor perfeitamente razoável dada a sua qualidade. Mas se não aparecesse nenhum clube interessado e ele ficasse no plantel seria titular absoluto. Realizando um bom campeonato, e em ano de Mundial, teria a possibilidade de fazer um contrato certamente superior ao que lhe poderão oferecer agora e num clube mais conceituado que a Fiorentina ou o Valência. Para mim, este caso resolver-se-ia de forma muito simples: ou surge algum clube com o dinheiro pedido, ou o jogador não é libertado do contrato. Se quiser ficar sem jogar até 2008, o problema é dele. Mas ceder à chantagem e vendê-lo por um valor abaixo é que estaria absolutamente fora de questão. É uma questão de princípio.

sexta-feira, julho 01, 2005

Desfalcados

A época ainda não começou, mas tivemos esta semana uma péssima notícia. Um jogador que tantas alegrias nos deu no ano passado vai sair do clube. É uma perda irreparável, que certamente iremos lamentar durante a próxima época. Fiquei destroçado com isto!