Mantendo o Aursnes e o Morato nas laterais, e com o Tengstedt na frente, a nossa 1ª parte até foi agradável, com um número razoável de oportunidades, embora tenhamos igualmente permitido ao Famalicão acercar-se com perigo da baliza do Trubin. O Tengstedt esteve em particular evidência ao conseguir colocar-se em posição de marcar por mais de uma vez, mas a ver os seus intentos gorados quer pelo guarda-redes Luiz Júnior, quer pelos defesas. O Di María também teve um bom remate de pé direito ainda fora da área, mas o Luiz Júnior por mais uma vez impediu que marcássemos. Do outro lado, foi o Trubin a salvar-nos por duas vezes perante remates do Puma Rodríguez.
Na 2ª parte, a nossa produção baixou consideravelmente com inevitável repercussão na diminuição de oportunidades de golo. Uma cabeçada ao lado do Otamendi num livre e um remate do Rafa em que acertou mal na bola, depois de assistência do Aursnes na direita, foram as únicas verdadeiras oportunidades que tivemos. Começava a cheirar a prolongamento até que aos 72’ o Florentino abriu no Tengstedt na direita, depois de uma bola recuperada pelo Aursnes, aquele centrou largo para a área e o Riccieli antecipou-se à saída do guarda-redes e colocou a bola na sua própria baliza. Dois minutos depois, as coisas ficaram mais fáceis, com nova investida do Tengstedt na direita, a fazer com que o Otávio o derrubasse quando se ia isolar, resultando naturalmente num vermelho directo (azar onomástico, se fosse o outro e ainda jogasse cá, provavelmente veria amarelo...). O destino da partida ficou selado aos 77’ com o 2-0 através do Rafa, depois de assistência do João Mário na sequência de uma bola recuperada por este a meias com o João Neves. O nº 27 flectiu da esquerda para o meio e rematou cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Até final, o Schmidt ainda fez algumas substituições, tendo promovido o regresso do Kökçü depois de lesão e também do Tiago Gouveia, que continua a justificar mais minutos em campo, porque é dos poucos jogadores que temos a quebrar linhas.
Em termos individuais, destaque para o Tengstedt que esteve em dois lances fundamentais na nossa vitória: o primeiro golo e a expulsão. O João Neves, já se sabe, não consegue jogar mal, assim como o Aursnes, que esteve bastante activo na direita. O Morato na lateral-esquerda não resulta em jogo em casa em que temos maioritariamente de atacar, porque simplesmente... não vai à linha dado que... é defesa-central! Era bom que o Schmidt percebesse isso. O João Mário lá continua com o seu lugar cativo no onze, apesar de continuar a funcionar a diesel. Do século passado. A única coisa que fez de jeito em 90’ foi ter participado na jogada do segundo golo. Já o Trubin, foi importante na manutenção a zeros da nossa baliza.
Iremos ter hoje o sorteio dos oitavos-de-final da Taça, mas teremos de elevar o nosso nível de jogo se quisermos chegar ao Jamor.
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