segunda-feira, março 27, 2017
Portugal - Hungria
Vencemos a Hungria no Estádio da Luz no passado sábado por 3-0, mas com a vitória da Suíça frente à Letónia (1-0) continuamos a três pontos dos helvéticos. Foi um triunfo indiscutível, apesar de até ao primeiro golo pelo André Silva aos 32’ as coisas terem parecido complicadas. O Cristiano Ronaldo acabou por desbloqueá-las, inventando essa jogada e abrindo na esquerda para o Raphael Guerreiro cruzar para o ponta-de-lança só ter que encostar e marcando ele o segundo golo aos 36’, num óptimo remate de pé esquerdo de fora da área, depois de uma assistência de calcanhar do mesmo André Silva. Na 2ª parte, tudo ficou resolvido de vez aos 65’ num livre do C. Ronaldo.O capitão da selecção foi obviamente o jogador em maior destaque, mas também gostei dos laterais (Cédric e Raphael Guerreiro) e do jogo em crescendo do João Mário. A Hungria mostrou muito pouco e não se percebe como é que nós conseguimos empatar com eles no Euro 2016... Amanhã irá haver um particular com a Suécia na Madeira e o meu desejo é o de sempre: que ninguém do Benfica se lesione!
segunda-feira, março 20, 2017
Empate
Não
conseguimos melhor que um 0-0 em Paços de Ferreira e, como aposto os meus dois
braços em como o CRAC ganha amanhã ao V. Setúbal em casa, iremos recebê-los na
Luz no 2º lugar a um ponto deles. Desde a 5ª jornada que estamos no 1º lugar,
já os tivemos a seis pontos e, consubstanciada esta ultrapassagem, temo bem que
o sonho do tetra se tenha começado a desmoronar hoje, porque o momentum está todo do outro lado…
Este seria o início do post que eu estive quase para escrever ontem no final do nosso jogo. Estava absolutamente convencido que o CRAC, vindo de nove vitórias consecutivas para o campeonato, não desperdiçaria uma oportunidade flagrante destas para nos passar à frente. Mas só não escrevi logo ontem o post, pela mesma razão porque não comprei uma camisola deste ano (nota prévia: só compro as camisolas campeãs nacionais) que estava com 50% de desconto numa altura em que tínhamos seis e oito pontos de vantagem, pela mesma razão porque só a cinco minutos do fim, e com 3-0 a nosso favor, eu começo a achar que o jogo está resolvido, ou pela mesma razão porque não comprei os bilhetes para a final da Taça da Liga deste ano antes da meia-final com o Moreirense: não dou nada por adquirido até o árbitro apitar para o final dos jogos. Trocado por miúdos: superstição! As bruxas não existem, mas não vale a pena provocá-las…!
Tal como se esperava, a ida a Paços de Ferreira foi bastante complicada ou não tivesse esta equipa também tirado dois pontos ao CRAC. A reentrada na equipa do Nélson Semedo foi a única alteração em relação ao Belenenses e deveríamos ter-nos colocado em vantagem logo aos 9’, quando o Salvio falhou incrivelmente o desvio depois de um centro do Jonas na esquerda. Durante a 1ª parte, contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram) as vezes que o Paços passou de meio-campo, mas nós nunca tivemos engenho e arte para conseguir criar grandes situações de perigo. Perante uma defesa muito fechada, mas nunca a fazer antijogo (louve-se isso), eram raras as vezes em que imprimíamos velocidade ao nosso futebol, a que não é alheio o facto de os extremos Salvio e Zivkovic serem dois dos nossos piores jogadores. A única vez que estivemos perto do golo foi numa bomba ao poste do Eliseu aos 26’.
Na 2ª parte, o Paços abriu-se um bocado mais, mas nós continuávamos muito pouco inspirados. Mesmo assim, ainda tivemos algumas ocasiões, com destaque para uma do Jonas em boa posição, mas em que o defesa cortou, outra do Luisão de cabeça num canto, mas tendo acertado mal na bola, e um centro-remate do Nélson Semedo que o guarda-redes Defendi desviou. O Paços também teve uma grande chance num livre do Welthon que o Ederson tocou para o poste. O Rui Vitória lá se decidiu fazer substituições e foi sem surpresa que melhorámos com as entradas do Cervi, Rafa (este um pouco menos) e Jiménez. Na parte final do jogo, o Pizzi teve um bom remate à entrada da área, mas a bola não saiu tão ao ângulo quanto se desejava e, mesmo no último lance do encontro, o Jonas atirou por cima de cabeça já na pequena-área na sequência de um livre. Foi a nossa melhor oportunidade, num lance em que há mãos nas costas do Jonas, mas em que eu acho que o Sr. João Pinheiro fez bem ao não assinalar nada. É a velha questão da intensidade e, aliás, o Jonas nem protestou.
Em termos individuais, o Samaris foi dos melhores, bem como os centrais Luisão e Lindelof. O Pizzi defendeu-se muitíssimo bem quanto aos amarelos e foi igualmente dos poucos clarividentes na equipa. Continuo sem perceber a ostracização ao Cervi, claramente o nosso melhor extremo. Viu-se bem o que a equipa melhorou com ele em campo e, além disso, o Salvio e o Zivkovic estiveram, como já referi, particularmente mal (na senda dos últimos jogos, acrescente-se). O Jonas continua ainda à procura da sua forma e passou muito ao lado do jogo, assim como o Mitroglou que não teve praticamente bolas à sua mercê. O Nélson Semedo desceu bastante na 2ª parte e foi pena que o Eliseu não tenha quebrado o seu jejum de golos (desde o Braga na Luz há dois anos que não marca) com aquela bomba ao poste.
Tivemos uma benesse com que ninguém contava (uma palavra para o V. Setúbal que não perdeu nenhum dos quatro jogos contra nós e o CRAC - gostava de saber qual, e quando, foi a última equipa a conseguir este feito), mas o facto de continuarmos na frente não nos pode fazer esquecer de algo fundamental: o caminho do tetra passa por ganharmos ao CRAC na Luz. Depois do que se passou neste fim-de-semana, com o seu empate nestas condições que é impossível não lhes abalar o moral, uma vitória nossa (para além de dilatar a vantagem pontual que nos salvaguarde de uma possível futura derrota) faria pender bastante a balança a nosso favor. Não a desperdicemos, por favor!
Este seria o início do post que eu estive quase para escrever ontem no final do nosso jogo. Estava absolutamente convencido que o CRAC, vindo de nove vitórias consecutivas para o campeonato, não desperdiçaria uma oportunidade flagrante destas para nos passar à frente. Mas só não escrevi logo ontem o post, pela mesma razão porque não comprei uma camisola deste ano (nota prévia: só compro as camisolas campeãs nacionais) que estava com 50% de desconto numa altura em que tínhamos seis e oito pontos de vantagem, pela mesma razão porque só a cinco minutos do fim, e com 3-0 a nosso favor, eu começo a achar que o jogo está resolvido, ou pela mesma razão porque não comprei os bilhetes para a final da Taça da Liga deste ano antes da meia-final com o Moreirense: não dou nada por adquirido até o árbitro apitar para o final dos jogos. Trocado por miúdos: superstição! As bruxas não existem, mas não vale a pena provocá-las…!
Tal como se esperava, a ida a Paços de Ferreira foi bastante complicada ou não tivesse esta equipa também tirado dois pontos ao CRAC. A reentrada na equipa do Nélson Semedo foi a única alteração em relação ao Belenenses e deveríamos ter-nos colocado em vantagem logo aos 9’, quando o Salvio falhou incrivelmente o desvio depois de um centro do Jonas na esquerda. Durante a 1ª parte, contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram) as vezes que o Paços passou de meio-campo, mas nós nunca tivemos engenho e arte para conseguir criar grandes situações de perigo. Perante uma defesa muito fechada, mas nunca a fazer antijogo (louve-se isso), eram raras as vezes em que imprimíamos velocidade ao nosso futebol, a que não é alheio o facto de os extremos Salvio e Zivkovic serem dois dos nossos piores jogadores. A única vez que estivemos perto do golo foi numa bomba ao poste do Eliseu aos 26’.
Na 2ª parte, o Paços abriu-se um bocado mais, mas nós continuávamos muito pouco inspirados. Mesmo assim, ainda tivemos algumas ocasiões, com destaque para uma do Jonas em boa posição, mas em que o defesa cortou, outra do Luisão de cabeça num canto, mas tendo acertado mal na bola, e um centro-remate do Nélson Semedo que o guarda-redes Defendi desviou. O Paços também teve uma grande chance num livre do Welthon que o Ederson tocou para o poste. O Rui Vitória lá se decidiu fazer substituições e foi sem surpresa que melhorámos com as entradas do Cervi, Rafa (este um pouco menos) e Jiménez. Na parte final do jogo, o Pizzi teve um bom remate à entrada da área, mas a bola não saiu tão ao ângulo quanto se desejava e, mesmo no último lance do encontro, o Jonas atirou por cima de cabeça já na pequena-área na sequência de um livre. Foi a nossa melhor oportunidade, num lance em que há mãos nas costas do Jonas, mas em que eu acho que o Sr. João Pinheiro fez bem ao não assinalar nada. É a velha questão da intensidade e, aliás, o Jonas nem protestou.
Em termos individuais, o Samaris foi dos melhores, bem como os centrais Luisão e Lindelof. O Pizzi defendeu-se muitíssimo bem quanto aos amarelos e foi igualmente dos poucos clarividentes na equipa. Continuo sem perceber a ostracização ao Cervi, claramente o nosso melhor extremo. Viu-se bem o que a equipa melhorou com ele em campo e, além disso, o Salvio e o Zivkovic estiveram, como já referi, particularmente mal (na senda dos últimos jogos, acrescente-se). O Jonas continua ainda à procura da sua forma e passou muito ao lado do jogo, assim como o Mitroglou que não teve praticamente bolas à sua mercê. O Nélson Semedo desceu bastante na 2ª parte e foi pena que o Eliseu não tenha quebrado o seu jejum de golos (desde o Braga na Luz há dois anos que não marca) com aquela bomba ao poste.
Tivemos uma benesse com que ninguém contava (uma palavra para o V. Setúbal que não perdeu nenhum dos quatro jogos contra nós e o CRAC - gostava de saber qual, e quando, foi a última equipa a conseguir este feito), mas o facto de continuarmos na frente não nos pode fazer esquecer de algo fundamental: o caminho do tetra passa por ganharmos ao CRAC na Luz. Depois do que se passou neste fim-de-semana, com o seu empate nestas condições que é impossível não lhes abalar o moral, uma vitória nossa (para além de dilatar a vantagem pontual que nos salvaguarde de uma possível futura derrota) faria pender bastante a balança a nosso favor. Não a desperdicemos, por favor!
terça-feira, março 14, 2017
Fácil
Goleámos
o Belenenses na Luz por 4-0 e mantivemos a vantagem de um ponto perante o CRAC
e os 12 em relação à lagartada. Depois
de um compromisso europeu, o que mais se deseja é um jogo tranquilo e uma
vitória confortável, que foi o que felizmente acabou por acontecer.
Com
o Nélson Semedo a constituir-se como baixa de última hora, o Rui Vitória voltou
a apostar no André Almeida, indiscutivelmente o jogador mais útil do plantel.
Incompreensivelmente, no entanto, foi ter colocado o Cervi, um dos melhores em
Dortmund, no banco. Não percebo porque é que o argentino é sucessivamente
preterido, quando é quanto a mim o extremo com melhor rendimento do plantel.
Entrámos muito fortes na partida e o Belenenses mal passava do meio-campo.
Inaugurámos o marcador aos 12’ no primeiro golo de sempre do André Almeida para
o campeonato, aproveitando uma falha incrível do Miguel Rosa, depois de um
passe longo do Pizzi. Marcávamos bastante cedo o que, desejar-se-ia, nos
catapultasse para uma boa exibição, mas isso não aconteceu na 1ª parte. Depois
de golo, baixámos bastante a velocidade e, como o adversário praticamente não
criava perigo, fomos deixando correr o
marfim até ao intervalo sem criar grandes situações de perigo.
Na
2ª parte, o jogo ameaçava não mudar e até foi o Belenenses a ter a primeira
grande ocasião num remate do Miguel Rosa de fora da área ao poste. No entanto,
logo na jogada seguinte aos 52’, começámos a arrumar de vez a questão com o 2-0
num remate do Mitroglou de fora da área, bastante colocado, depois de uma
assistência do Salvio. Pouco depois, só a aselhice do Maurides não permitiu ao
Belém reduzir, quando cabeceou ao lado completamente sozinho. Continuamos a
revelar momentos de desconcentração preocupantes que, perante adversários mais
fortes, nos podem sair bastante caros. Aos 60’, tudo ficou resolvido em
definitivo com o Salvio a marcar o terceiro golo num remate rasteiro de fora da
área depois de um passe do Zivkovic. O jogo ficou ainda mais aberto, com
algumas boas combinações atacantes da nossa parte que não resultaram em golo
porque o último toque não saía bem e o Belenenses a ter igualmente um par de
ocasiões perigosas, uma das quais proporcionou ao Ederson a melhor defesa do encontro.
Já em tempo de compensação, o Samaris isolou o Mitroglou, que estava
ligeiramente adiantado em relação ao defesa, o nosso goleador não foi egoísta e
deu para o Jonas desviar do guarda-redes Cristiano e fechar a contagem nos 4-0.
Os
espectadores da Luz escolheram o André Almeida para melhor em campo e não se
pode dizer que estivessem errados. Já o disse várias vezes e nunca é demais repetir:
espero bem que ele faça a carreira completa no Benfica, porque é muito
complicado arranjar um jogador que faça tantas posições em campo de um modo tão
regular. Além disso, é tricampeão, é dos mais velhos no plantel e a mística
passa por jogadores assim. O Pizzi parece querer voltar à boa forma e,
especialmente na 1ª parte, foi dos poucos a querer dar um safanão ao jogo. O
Salvio estava a ser dos piores, mas termina a partida com um golo e uma
assistência. Não se pode criticar um jogador assim. Ao invés, o Zivkovic já esteve
em muito melhor forma do que agora o que torna ainda mais difícil de
compreender, digo-o mais uma vez, a ostracização do Cervi… Depois de dois jogos
menos conseguidos, o Eliseu voltou à regularidade habitual. Na frente, espero
que o golo ajude o Jonas a recuperar mais rapidamente o seu nível e o Mitroglou
continua a facturar sem espinhas.
Teremos
agora a deslocação a Paços de Ferreira antes da pausa das selecções. Como a
seguir a esta receberemos o CRAC, é mais do que nunca fundamental garantir os
três pontos. Estamos longe de encantar a nível exibicional, mas isso é de
somenos importância perante o mais importante: a possibilidade de conseguir
algo inédito na nossa história.
sexta-feira, março 10, 2017
Sonhámos
Perdemos em
Dortmund por 0-4 e dissemos adeus à Liga dos Campeões. Esta frase pode parecer
contraditória em relação ao título do post,
mas por incrível que pareça acho que jogámos melhor do que na 1ª mão. E os
resultados foram completamente antagónicos... No entanto, quem consegue ver
para além do marcador final, não poderá deixar de concordar que até aos 59’ a
partida esteve equilibrada de uma maneira que todos os 90’ da 1ª mão nunca
estiveram. O problema foi, ao
contrário da Luz, a eficácia dos alemães.
Com o Fejsa em Lisboa, o Rui Vitória apostou (e muito bem) no reforço do meio-campo com o André Almeida ao lado do Samaris e no Cervi (até qu’enfim!) na esquerda do ataque. Num ambiente absolutamente fabuloso, entrámos praticamente a perder com o golo do Aubameyang logo aos 4’ na sequência de um canto. A eliminatória ficou logo empatada e confesso que temi o pior. Mas, à semelhança, do que aconteceu em Munique há um ano, conseguimos equilibrar o jogo a seguir a termos sofrido o golo. O Borussia não teve grandes oportunidades até ao intervalo, enquanto nós criámos algum perigo num remate do Cervi e num cabeceamento do Luisão ambos defendidos pelo Burki. O intervalo chegava connosco perfeitamente dentro da eliminatória, o que se via pelo facto de os alemães estarem estranhamente silenciosos durante boa parte do jogo, enquanto a nossa bancada não se calou inclusive durante o tempo de descanso.
A 2ª parte começou com a nossa melhor oportunidade, num remate frontal de ressaca do Cervi, já dentro da área, que um defesa desviou para canto. Foi pena, porque a bola ia na direcção da baliza... O Ederson fez duas defesas magistrais em lances anulados por fora-de-jogo, mas a eliminatória começou a ficar decidida aos 59’ com o 0-2 através do Pulisic, que se desmarcou bem e picou a bola à saída do nosso guardião. Em dois minutos terríveis, tudo ficou decidido com novo golo do Aubameyang aos 61’, que só teve que encostar depois de um cruzamento na esquerda. Nós acusámos claramente o toque e nunca mais fomos os mesmos até final, com as entradas do Jonas, Zivkovic e Jiménez (este aos 82’ para o lugar do Cervi e indo jogar para a extrema-esquerda... Não percebi a lógica...) a não acrescentarem nada à equipa. O Borussia ainda atirou uma bola à ao poste, antes de fazer o 0-4 aos 85’ com o hat-trick do Aubameyang, noutro golo só de encostar desta feita depois de um cruzamento da direita. O gabonense marcou com juros todos os golos que falhou em Lisboa... Apesar do resultado, os jogadores do Benfica foram brindados no final com uma enorme ovação e cânticos sem parar da nossa bancada. A qualificação do Borussia é obviamente justa, mas conseguimos ganhar-lhes um jogo (algo que nenhuma outra equipa portuguesa conseguiu) e acho que demos uma boa imagem durante boa parte da 2ª mão. Chegámos novamente à fase a eliminar da Champions, o que convenhamos é ligeiramente melhor do que ser eliminados por uns Legias desta vida...
Em termos individuais, gostei bastante do André Almeida (sempre muito generoso a correr atrás dos adversários), do Cervi (que mostrou porque é que tem que deixar de ser o quarto extremo na hierarquia do lado esquerdo para passar a ser o primeiro!), e do Pizzi e do Salvio (ambos durante a 1ª parte).
Vamos agora concentrar-nos naquilo que é verdadeiramente essencial, que é entrar para a história com o primeiro tetra do nosso palmarés.
P.S. – Acerca da viagem, apesar do cansaço e da chuva, como disse um amigo meu, “correu mal, mas valeu a pena”. O estádio é fantástico e no início da partida o famoso muro amarelo fez uma coreografia com os jornais e o galhardete de 1963 quando nos deram 5-0 na 2ª mão. Pontos pela criatividade numa bancada que impressiona, mas que só se ouviu de forma consistente a partir do 0-2. A organização dos alemães não tem nada a ver com a nossa e o facto de tratarem os adeptos do clube visitante como... lá está, pessoas, torna tudo mais simples. Quando fui perguntar a um stewart, ainda antes de o jogo começar, se tínhamos que lá ficar uma hora no final, o tipo olhou para mim de um modo completamente surpreendido e perguntou: “why do you want to stay here for one hour after the game...?!” Toda a gente saiu ao mesmo tempo e não houve nenhum problema. Foi pena que não se tivesse visto a nossa bancada na televisão, mas ao que me dizem ouviu-se e bem. O apoio foi fabuloso e, como já disse, nem no intervalo parou. Mesmo durante cerca de 10’ depois de o jogo acabou ainda se cantava como se pode ver no vídeo abaixo. Os adeptos do Benfica deram nova demonstração do que é um clube com uma Grandeza Incomparável! A nossa bancada aplaudiu o agradecimento do Borussia ao muro amarelo e os alemães aplaudiram-nos de volta. Foi inesquecível e, sinceramente, só por isso já teria valido a pena ir. Não tive a prenda mais desejada no dia do meu 41º aniversário, mas mesmo que a tivesse também a trocaria por uma ainda maior em Maio. Vamos a isto! VIVA O BENFICA!
Com o Fejsa em Lisboa, o Rui Vitória apostou (e muito bem) no reforço do meio-campo com o André Almeida ao lado do Samaris e no Cervi (até qu’enfim!) na esquerda do ataque. Num ambiente absolutamente fabuloso, entrámos praticamente a perder com o golo do Aubameyang logo aos 4’ na sequência de um canto. A eliminatória ficou logo empatada e confesso que temi o pior. Mas, à semelhança, do que aconteceu em Munique há um ano, conseguimos equilibrar o jogo a seguir a termos sofrido o golo. O Borussia não teve grandes oportunidades até ao intervalo, enquanto nós criámos algum perigo num remate do Cervi e num cabeceamento do Luisão ambos defendidos pelo Burki. O intervalo chegava connosco perfeitamente dentro da eliminatória, o que se via pelo facto de os alemães estarem estranhamente silenciosos durante boa parte do jogo, enquanto a nossa bancada não se calou inclusive durante o tempo de descanso.
A 2ª parte começou com a nossa melhor oportunidade, num remate frontal de ressaca do Cervi, já dentro da área, que um defesa desviou para canto. Foi pena, porque a bola ia na direcção da baliza... O Ederson fez duas defesas magistrais em lances anulados por fora-de-jogo, mas a eliminatória começou a ficar decidida aos 59’ com o 0-2 através do Pulisic, que se desmarcou bem e picou a bola à saída do nosso guardião. Em dois minutos terríveis, tudo ficou decidido com novo golo do Aubameyang aos 61’, que só teve que encostar depois de um cruzamento na esquerda. Nós acusámos claramente o toque e nunca mais fomos os mesmos até final, com as entradas do Jonas, Zivkovic e Jiménez (este aos 82’ para o lugar do Cervi e indo jogar para a extrema-esquerda... Não percebi a lógica...) a não acrescentarem nada à equipa. O Borussia ainda atirou uma bola à ao poste, antes de fazer o 0-4 aos 85’ com o hat-trick do Aubameyang, noutro golo só de encostar desta feita depois de um cruzamento da direita. O gabonense marcou com juros todos os golos que falhou em Lisboa... Apesar do resultado, os jogadores do Benfica foram brindados no final com uma enorme ovação e cânticos sem parar da nossa bancada. A qualificação do Borussia é obviamente justa, mas conseguimos ganhar-lhes um jogo (algo que nenhuma outra equipa portuguesa conseguiu) e acho que demos uma boa imagem durante boa parte da 2ª mão. Chegámos novamente à fase a eliminar da Champions, o que convenhamos é ligeiramente melhor do que ser eliminados por uns Legias desta vida...
Em termos individuais, gostei bastante do André Almeida (sempre muito generoso a correr atrás dos adversários), do Cervi (que mostrou porque é que tem que deixar de ser o quarto extremo na hierarquia do lado esquerdo para passar a ser o primeiro!), e do Pizzi e do Salvio (ambos durante a 1ª parte).
Vamos agora concentrar-nos naquilo que é verdadeiramente essencial, que é entrar para a história com o primeiro tetra do nosso palmarés.
P.S. – Acerca da viagem, apesar do cansaço e da chuva, como disse um amigo meu, “correu mal, mas valeu a pena”. O estádio é fantástico e no início da partida o famoso muro amarelo fez uma coreografia com os jornais e o galhardete de 1963 quando nos deram 5-0 na 2ª mão. Pontos pela criatividade numa bancada que impressiona, mas que só se ouviu de forma consistente a partir do 0-2. A organização dos alemães não tem nada a ver com a nossa e o facto de tratarem os adeptos do clube visitante como... lá está, pessoas, torna tudo mais simples. Quando fui perguntar a um stewart, ainda antes de o jogo começar, se tínhamos que lá ficar uma hora no final, o tipo olhou para mim de um modo completamente surpreendido e perguntou: “why do you want to stay here for one hour after the game...?!” Toda a gente saiu ao mesmo tempo e não houve nenhum problema. Foi pena que não se tivesse visto a nossa bancada na televisão, mas ao que me dizem ouviu-se e bem. O apoio foi fabuloso e, como já disse, nem no intervalo parou. Mesmo durante cerca de 10’ depois de o jogo acabou ainda se cantava como se pode ver no vídeo abaixo. Os adeptos do Benfica deram nova demonstração do que é um clube com uma Grandeza Incomparável! A nossa bancada aplaudiu o agradecimento do Borussia ao muro amarelo e os alemães aplaudiram-nos de volta. Foi inesquecível e, sinceramente, só por isso já teria valido a pena ir. Não tive a prenda mais desejada no dia do meu 41º aniversário, mas mesmo que a tivesse também a trocaria por uma ainda maior em Maio. Vamos a isto! VIVA O BENFICA!
segunda-feira, março 06, 2017
Difícil
Vencemos no sábado o Feirense em Santa Maria da Feira por 1-0 e mantivemos
a distância de um ponto para o CRAC, que goleou o Nacional por 7-0. A lagartada resolveu festejar a reeleição do desequilibrado mental do seu presidente
empatando em casa com o V. Guimarães (1-1) e está agora a 12 pontos de nós. É o
que se chama um começo auspicioso de mandato!
Com o Jonas de volta, mas no banco, o Rui Vitória pôs o Rafa a fazer-lhe
companhia, dando a titularidade ao Carrillo e colocando o Zivkovic nas costas
do Mitroglou. Com o Nélson Semedo castigado, foi naturalmente o André Almeida a
ocupar a lateral direita. Perante um adversário que subiu imenso de produção (e
resultados) desde que trocou o José Mota pelo Nuno Manta Santos, a partida foi
tremendamente complicada. Com o Pizzi sempre muito marcado e uma falta de
inspiração gritante dos três homens no apoio ao Mitroglou, raramente
conseguimos criar situações de perigo na 1ª parte. Só num contra-ataque de
3x1(!) que o Salvio estragou ao preferir rematar em vez de passar ao Mitroglou,
que estava isolado, e numa cabeçada do grego, defendida pelo Vava Alves a dois
tempos, é que estivemos perto do golo. Quanto ao Feirense, poderia ter logo
aberto o marcador no primeiro minuto, num remate do grego Karamanos que foi
desviado pelo Luisão e ia traindo o Ederson, e num falhanço escandaloso do Luís
Machado quase na pequena-área. A três minutos do intervalo, um pouco caído do
céu, chegámos ao golo: boa abertura do Carrillo e grande jogada do Pizzi já na
área, a tirar um adversário do caminho e a enganar o guarda-redes, atirando
para o lado contrário dele. Foi um golo na altura certa!
Na 2ª parte, com os espaços que o Feirense necessariamente criou,
melhorámos o nosso nível exibicional. No entanto, e para não variar, o Ederson
foi absolutamente decisivo na manutenção da vantagem ao sair de modo
rapidíssimo aos pés de um adversário pouco depois do recomeço e, a vinte
minutos do fim, ao defender com os pés (por instinto) um cabeceamento na
pequena-área na sequência de um canto, num lance em que o Lindelof se deixou
antecipar pelo adversário. Quanto a nós, tivemos um rol de oportunidades
desperdiçadas, com destaque para duas do Mitroglou, com um remate já sem o
guarda-redes na baliza, que foi interceptado por um defesa, depois de o Salvio
ter ganho a bola ao guarda-redes, e um cabeceamento à vontade que saiu ao lado.
Também o Salvio teve um falhanço clamoroso, ao atirar um lado depois de uma
assistência do entretanto entrado Cervi, e o próprio Cervi viu um remate seu
que ia na direcção da baliza ser cortado por um defesa. Como não acabámos com o
jogo, ficámos sempre à mercê de um lance fortuito que o empatasse, mas
felizmente isso não aconteceu.
O destaque terá de ir para o Pizzi por nos ter garantido os três pontos e
para o Ederson por os ter mantido na nossa posse. Continuo sem perceber porque
é que o Cervi é o último extremo na lista do Rui Vitória: a equipa melhorou a
olhos vistos quando ele entrou em campo! O Nélson Semedo fez falta, apesar de o
André Almeida ser de uma regularidade constante cada vez que joga. O Zivkovic
já esteve em muito melhor forma do que agora, o Carrillo lutou bastante em
termos defensivos e acabou por fazer a assistência para o golo, mas foi muito
intermitente, e o Salvio foi o pior dos três.
Na próxima 4ª feira, iremos tentar a segunda qualificação seguida para os
quartos-de-final da Champions. Por
ser um dia muito especial para mim, por não ter visto isto ao vivo nesse dia e
porque estamos a falar de um estádio com um ambiente mítico, estarei em
Dortmund a gritar pelo Glorioso. Espero uma boa prenda, mas troco-a
imediatamente pelo 36 em Maio...!
quarta-feira, março 01, 2017
Em vantagem
O Rui Vitória fez
algumas alterações e entraram o Júlio César, Jardel, Filipe Augusto e Carrillo.
Deveríamos ter-nos colocado em vantagem logo aos 5’, mas quase em cima da
pequena-área o Rafa conseguiu(!) que o
guarda-redes Luís Ribeiro defendesse para canto o seu remate. Falhanço
inacreditável de um jogador que deveria mesmo fazer treino específico de
finalização (se o faz, não se nota nada...!). Pouco depois, o Júlio César inventou com os pés, mas felizmente o
Estoril não conseguiu marcar. Os canarinhos davam boa réplica e nós tínhamos
muitas dificuldades em criar lances de perigo. Até que aos 36’, o Zivkovic
tirou um óptimo cruzamento da esquerda e o inevitável Mitroglou atirou lá para
dentro. O mais difícil estava aparentemente conseguido, mas quatro minutos
depois o Eliseu resolveu esticar estupidamente o braço na nossa área depois de
um cruzamento. Penalty indiscutível que o Kléber não falhou. Neste lance, o
Filipe Augusto, que já estava queixoso, lesionou-se de vez e entrou o Pizzi.
Mesmo antes do intervalo, tivemos um golo anulado por fora-de-jogo, porque o
Mitroglou se fez ao lance num cruzamento do Carrillo que acabou por entrar na
baliza. Foi pena que não estivéssemos a jogar com as camisolas do Boavista...
Na 2ª parte, o
Estoril foi a primeira equipa a criar perigo, mas o remate do Kléber passou a
rasar o poste depois de um centro. A partir daqui, os canarinhos deram o berro fisicamente (acho inacreditável
que se tenha obrigado o Estoril a jogar contra os lagartos e nós com três dias de intervalo) e só nós é que tentámos
marcar. No entanto, tivemos sempre muitas dificuldades em criar lances de
perigo, porque o adversário se fechou muito bem atrás. Só tivemos duas
verdadeiras oportunidades: o Rafa permitiu novamente a intervenção do
guarda-redes quando estava em boa posição e um remate do Mitroglou foi desviado
por um defesa quando a com boa direcção. Até que aos 89’ marcámos finalmente o
segundo golo: grande lance do Eliseu na esquerda, que isolou o Cervi
(entretanto entrado) de calcanhar e este assistiu para Mitroglou dominar e
desviar do guarda-redes. Vê-se na televisão que o grego está com o tronco e
cabeça em fora-de-jogo mas os pés em jogo. É um fora-de-jogo milimétrico e só
os desonestos intelectualmente (e já se sabe que os há aos milhares) vão achar
que foi um escândalo. É não ligar aos grunhidos. Antes de terminar, o Zivkovic
falhou inacreditavelmente de cabeça o terceiro golo.
Correndo o risco
de ser repetitivo, é impossível não destacar novamente o Mitroglou. Nono golo
no sexto jogo consecutivo a marcar tornam o grego o jogador mais fundamental do
Benfica actual. Grande Mitro! A contrário do que vi muita gente a dizer, acho
que o Carrillo não esteve nada mal: sempre muito em jogo, a vir várias vezes
atrás ajudar na defesa e a fazer desarmes, especialmente na 1ª parte foi dos
nossos melhores jogadores. Já o Rafa, com o seu problema crónico de
finalização, esteve novamente abaixo do que deve render. O Zivkovic, tirando o
centro para o 1º golo, também não esteve no seu nível habitual. Ao invés, o
Nélson Semedo fez outra vez uma boa exibição e vai fazer muita falta em Santa
Maria da Feira. O Jardel também regressou bem à equipa depois da debacle na
Taça da Liga.
Só o Nápoles é
que ganhou esta época na Luz, mas convém não facilitar no jogo da 2ª mão.
Também aqui há uns anos tínhamos ganho 2-0 fora e depois levámos uma banhada de
1-3 em casa. Bem sei que o adversário era outro, mas se por acaso sofrermos
algum golo antes de marcarmos as coisas vão ficar tremidas. E, infelizmente,
temos já bastantes exemplos no passado recente de más experiências em meias e
inclusive finais da Taça. A não repetir, sff!
P.S. - Espero que o lugar em que fiquei no estádio seja bom prenúncio para esta época!
P.S. - Espero que o lugar em que fiquei no estádio seja bom prenúncio para esta época!
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