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segunda-feira, novembro 28, 2005

Empate frente a um camião-tir

Estava muito apreensivo quanto ao jogo frente ao Belenenses, já que sem cinco (!) titulares indiscutíveis (Quim/Moreira, Petit, Karagounis, Simão e Miccoli) seria muito complicado vencer. E os meus receios eram fundados, já que não conseguimos melhor do que um empate a zero. Ao contrário do que aconteceu em Paris, o Koeman apostou claramente no ataque, com o Karyaka, Nuno Assis e Geovanni na equipa inicial. Não jogámos bem, é certo, mas a exibição esteve quilómetros à frente da de 3ª feira passada (pior também seria difícil...). Defrontámos uma equipa que não colocou um autocarro à frente da baliza, mas sim um enorme camião-tir. Pelo menos, não deu muita pancada e não fez tanto anti-jogo como o Gil Vicente na 2ª jornada, mas não é com equipas a jogar assim que o futebol em Portugal melhorará a sua qualidade.

Na 1ª parte a melhor situação que tivemos foi um remate do Nuno Assis em que a bola ainda bate no poste. Tivemos outra boa jogada em que o Karyaka remata de cabeça por cima na sequência de um bom cruzamento do Nuno Gomes. Por outro lado, o Rui Nereu ia sofrendo outro frango, num livre do Belenenses com um remate quase do meio-campo que bateu no poste e lhe ressaltou para as mãos. É um grande pontapé, mas dada a distância da baliza ele tinha a obrigação de se fazer à bola. Depois de intervalo pressionámos mais e tivemos pelo menos quatro claríssimas oportunidades de golo: remate de pé esquerdo do Manuel Fernandes para uma grande defesa do Marco Aurélio; remate do Nuno Assis à entrada da área na sequência de um bom cruzamento do Alcides, que o guarda-redes defendeu outra vez; o Alcides, desmarcado magistralmente pelo Nuno Gomes, fica isolado mas chuta contra o Marco Aurélio; o Mantorras atirou de cabeça por cima já mesmo no fim da partida. Lutámos, corremos, esforçámo-nos, mas com a falta dos jogadores já referidos não temos capacidade para fazer melhor.

O melhor jogador do Benfica foi o Beto, o que diz muito acerca da nossa exibição. Igualmente razoável esteve o Nuno Assis (que, e já aqui escrevi, não percebo porque é que não joga mais vezes). O Karyaka e o Geovanni passaram ao lado do jogo, mas não percebi a entrada do Alcides para o lugar deste último com o adiantamento do Nélson. Já se tinha visto em Paris que o Nélson a extremo não rende tanto (aliás, o seu abaixamento de forma é notório) e ainda por cima estava no banco o Hélio Roque, que quando entrou (somente a dez minutos do fim) mexeu claramente com a equipa. Por outro lado, acho que se poderia ter arriscado um pouco mais com a substituição de um central (Anderson) ou o adiantamento do Luisão na parte final do jogo para ganhar bolas de cabeça na área (Karadas, onde estás tu?!). Mas, enfim, o plantel é curto e milagres como o do ano passado não acontecem sempre. O problema é que provavelmente teremos o clube regional a oito pontos de distância (não acredito que não ganhem ao Gil Vicente) e os lagartos já estão a quatro. Para a semana vamos à Madeira e o Marítimo está muito melhor agora do que no início do campeonato. O castigo ao Petit já terminou, mas os restantes lesionados não devem jogar o que vai fazer com que só um milagre nos permita trazer os três pontos de volta.

P.S. – Não foi por causa dele que empatámos, mas ficou um penalty sobre o Nuno Assis por marcar pelo Sr. Pedro Proença , esse grande benfiquista que quando nos arbitra arranja sempre maneira de provar a sua isenção (lembram-se certamente do jogo frente aos lagartos na Luz há dois anos ou do jogo em Penafiel no ano passado). Há também um fora-de-jogo mal tirado a um jogador do Belenenses que ficaria isolado, mas que não é tão descarado quanto os foras-de-jogo que resultaram em golos sofridos frente ao Rio Ave e Braga. No lance da 2ª parte em que a bola bate na mão de um jogador do Belenenses na sequência de uma defesa do guarda-redes, parece-me que o toque é involuntário.

quarta-feira, novembro 23, 2005

FORÇA GLASGOW RANGERS!

FC Porto apresenta denúncia - Nuno Gomes sob inquérito

Foi pelo D’Arcy que tomei conhecimento desta notícia. É por estas e por outras que eu tenho orgulho em dizer que sou COMPLETAMENTE anti-FC Porto (ooops, mencionei-o!). O nível de abjecção desse clube está a ser batido de ano para ano. Quando se pensava que havia um limite para a vileza, eis que somos surpreendidos por atitudes como esta. Qual é a justificação para isto? Iremos porventura jogar contra eles proximamente? Estaremos por acaso à frente deles na classificação? Não sou ingénuo ao ponto de pensar que pudesse existir fair-play, decência e honradez por aqueles lados, mas será que mesmo estando seis pontos atrás deles ainda lhes metemos assim tanto medo?

Não compreendo é como é que ainda há pessoas que têm a felicidade de não ser deste ignóbil clube que torcem por ele nas competições europeias. Como é que um clube que tem atitudes como esta pode representar bem Portugal lá fora?! Será que queremos dar externamente uma imagem de mesquinhez, vileza e baixeza de espírito? Não me vou alongar muito mais sob pena de vomitar em cima do teclado... Só espero, e muito sinceramente, que o Glasgow Rangers me dê hoje a alegria que o Benfica ontem não me soube dar.

P.S. – Sobre a atitude do Nuno Gomes (em resposta a uma provocação de um jogador do Braga, apontou para a veia), só uma pergunta: como é possível não haver controlo anti-doping em todos os jogos da competição profissional do desporto mais importante do país?!

À la Trapattoni

Péssima! A nossa exibição de hoje frente ao Lille foi das piores que já vi em termos europeus. Depois de darmos dois festivais de futebol em Manchester e Villarreal, o jogo de hoje foi um autêntico balde de água fria. Nada que não fosse previsível ao tomar conhecimento da equipa inicial, como escrevi abaixo. Aliás, o título deste post é um pouco injusto porque acho que nem o Trapattoni se lembraria de colocar nove (!), n-o-v-e jogadores de características defensivas em campo! Nem sei porque é que em vez do Nuno Gomes e Miccoli não jogaram o João Pereira e Dos Santos, assim o ramalhete ficava mais composto.

Com seis defesas e dois trincos é natural que tenhamos criado zero, (leram bem) z-e-r-o jogadas de perigo em situação de bola corrida. O “quase-perigo” que criámos resultou de dois ou três centros do Alcides que invariavelmente não encontravam a cabeça de nenhum jogador nosso. Perante tudo isto, o objectivo do Sr. Koeman foi conseguido: não perdemos o jogo. Sim, não me venham dizer que o tentámos ganhar, porque isso não é verdade, tanto mais que terminámos a partida com duas substituições para fazer e com o Karyaka, Geovanni e Manuel Fernandes sentados no banco. A única substituição que fizemos deveu-se à lesão de Miccoli em mais uma BURRICE da estrutura do nosso futebol (não sei de quem é a culpa, se da equipa técnica se da médica) que insiste em colocar em campo jogadores que ainda não estão recuperados de lesões. Claro que o italiano teve uma recaída o que me levou a apanhar uma fúria tão grande que ia partindo a mesa de tanto bater nela! Quero ver agora quanto tempo vamos ficar outra vez sem ele. Para o seu lugar entrou o Mantorras que curiosamente não conseguiu bater o Miccoli nos foras-de-jogo: perdeu por 4-3.

Destaques individuais só com uma lupa: Luisão esteve imperial como é hábito, o Petit muito trabalhador (mas péssimo nos livres) e pouco mais. Tanto o Nélson com o Léo estiveram obviamente desfasados porque uma coisa é subirem no terreno de tempos a tempos enquanto defesa, outra bem diferente é jogarem a extremo. O Beto cortou algumas bolas que poderiam ser perigosas, mas foi uma nulidade completa a colocar a bola jogável na frente. O Quim fez uma grande defesa perto do fim que nos garantiu o empate. O Nuno Gomes falhou alguns passes que poderiam resultar em lances de perigo logo no início do encontro e continua sem marcar na Liga dos Campeões. O Mantorras falhou a nossa única oportunidade mesmo no último minuto dos descontos ao conseguir enviar a bola por cima da barra depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.

Faltam jogadores importantes, mas esta exibição e esta equipa inicial não tem desculpa. Não sei porque é que o Sr. Koeman de vez em quanto gosta de inventar, mas nunca tivemos êxito quando se lembra de o fazer. Passar o jogo inteiro sem fazer substituições que demonstrassem um pouco de ambição é incompreensível. Deve ter seguido a velha táctica do “empate fora, vitória em casa” na Liga dos Campeões, mas é uma pena que não tenhamos tentado ganhar o jogo porque o Lille é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Para além disso, o empate entre o Manchester e o Villarreal colocar-nos-ia numa posição bastante favorável, em que um empate frente aos ingleses seria provavelmente suficiente para passarmos. Assim sendo, resta-nos esperar pelo jogo frente a eles, que temos impreterivelmente que ganhar, e desejar que os jogadores importantes estejam recuperados para que a imaginação do Sr. Koeman não tenha tanta rédea solta.

terça-feira, novembro 22, 2005

Antes do Lille – Benfica

Excepcionalmente escrevo este post antes do jogo, porque ouvi agora a constituição da equipa e temo o pior: Alcides (não entra em campo desde 10 de Setembro) e Beto (em vez do Manuel Fernandes) vão ser titulares; vão jogar de início os quatro centrais do plantel (Ricardo Rocha na esquerda); os dois habituais laterais (Nélson e Léo) vão ser os extremos (seis defesas de raiz na equipa inicial...); o Miccoli (jogou oito minutos nas últimas cinco semanas) também vai ser titular; o Karyaka, o Geovanni e o Manuel Fernandes ficam no banco; para além disto tudo, já se sabia que o Simão não joga e resta ver em que estado está o Quim.

Espero bem estar enganado (“o treinador é que sabe”), mas não auguro nada de bom para este jogo...

Viagem à Pedreira

Tal como há dois anos, quando a maioria destes companheiros de viagem foram comigo a Leiria (3-3), vimos um dos melhores jogos da época, mas sem uma vitória do Benfica. Parece que é sina! Chegámos a Braga por volta das 13h00 depois de cerca de quatro horas de viagem, com duas paragens pelo meio. Estacionámos no centro da cidade, almoçámos e fomos a pé para o estádio (meia-hora que se faz bem) por volta das 15h30. O estádio é de facto lindíssimo e a zona envolvente não lhe fica atrás. Como fica num plano mais elevado, a vista das bancadas é excelente.

Contrariamente ao esperado o estádio não estava cheio, o que muito me satisfez para ver se os clubes aprendem a não chular (não tem outro nome) os adeptos do Glorioso. Os lugares de 50€ eram os que estavam mais vazios, o que não é de espantar. Tivesse o Braga posto os bilhetes mais baratos e nem a chuva impediria a lotação esgotada. Ficámos na bancada poente superior e a visão sobre o relvado era óptima. A cada três filas havia uma espécie de corrimão para proteger os espectadores dado que a bancada superior é muito inclinada. Como são da mesma cor que as cadeiras, esses corrimãos mal se notam ao longe. Li nos jornais que havia mais adeptos do Braga do que do Benfica no estádio, mas não foi essa a sensação que tivemos, parecendo mais que estavam 50-50.

Independentemente do resultado valeu a pena ir pelo passeio e pela companhia. Havia o aliciante do despique entre dois karmas. A J.S. tinha ido ver dois jogos do Glorioso até à data ambos com 3-0 a nosso favor. O J.M. tinha uma performance para esquecer (2 V - 3 E - 4 D). Deveria ter calculado, tal como na matemática “+” com “-” dá sempre “-”! Não há nada a fazer, a única maneira do mau karma do J.M. passar é ele comprar um cativo: duvido que consigamos perder 17 jogos em casa! Esteve por um fio, mas a pedido de várias famílias lá o trouxe de volta para Lisboa.

O melhor momento da viagem foi sem dúvida quando passámos pelo estádio do clube regional na auto-estrada, com as janelas abertas e o CD do “Ninguém Pára o Benfica!” em altos berros!


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Vista da entrada principal..................A pedreira

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Os viajantes com o estádio................Início do jogo
atrás (falta o J.T. que ainda não
tinha chegado de Guimarães)

P.S. – Entretanto o previsível aconteceu: os 45 minutos do Simão em Braga fizeram-no ter uma recaída e não vai jogar hoje contra o Lille. Que grande surpresa...! Estou muito pessimista para este jogo. Sem o Simão, com o Quim ainda a recuperar, o Miccoli vindo de uma lesão muscular, o Beto provavelmente outra vez a extremo-direito (e já agora com o Dos Santos em vez do Nuno Assis na convocatória, numa decisão incompreensível dado que o Karagounis também está magoado), temos que conseguir algo que não sucede desde o jogo contra o Arsenal em 91/92 (!): ganhar fora para a Liga dos Campeões.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Falhas de concentração

Para a próxima não caio no mesmo erro. Antes de me meter ao caminho para ver o Benfica fora da Luz, vou telefonar ao Sr. Koeman e perguntar-lhe se vai colocar o Beto a titular e a extremo-direito. Se assim for, mais vale ficar em casa. A nossa derrota em Braga por 3-2 não se deveu só a isso, mas é irritante jogarmos com dez jogadores durante o tempo todo, tal como em Manchester. Ao princípio ainda pensei que jogaríamos em 4-3-3, com os três trincos (Petit, Manuel Fernandes e Beto) no meio-campo, mas jogámos em 4-2-3-1 com o Beto a extremo e o Geovanni a “nº 10”. Por outro lado, persistimos no mesmo erro de alinhar com jogadores que ainda não estão recuperados de lesões, como o Quim e o Simão. Se este só jogou 45 minutos e pouco fez, o Quim realizou um punhado de boas defesas, mas deitou tudo a perder com dois frangos descomunais no 1º e 3º golo do Braga (volta Nereu, que estás perdoado!). No primeiro deixa a bola bater à sua frente e passar-lhe por cima, no terceiro é lentíssimo a fazer-se à bola e só lhe toca de raspão não conseguindo impedi-la de entrar na baliza. Deve estar a tentar manter o seu lugar na selecção e fazer concorrência ao Ricardo...

O grande erro do jogo foi o Benfica tentar manter a vantagem de um golo logo a partir do final da 1ª parte! Pior ainda, foram as declarações do Sr. Koeman a criticar isso. Foram os jogadores que por sua livre e espontânea vontade começaram a passar a bola para o lado e para trás? Mas afinal quem é que manda na equipa? A ganhar por 1-0 tirar o Geovanni (que estava a ser dos melhorzinhos, pelo menos dos únicos a jogar em velocidade) para pôr o Nuno Assis, e deixar o Beto em campo, é um sinal do banco para a equipa avançar e tentar marcar outro golo? E colocar o Miccoli só depois do 2º golo do Braga a dois minutos do fim é querer ganhar o jogo? A maioria dos jogadores não esteve bem, mas a sensação que dá é que a mensagem do treinador não passa para o campo e a culpa não será obviamente dos jogadores.


Depois de sofrermos o 2-1 a três minutos do fim, empatámos aos 93 num penalty do Nuno Gomes e deixamos o Braga fazer o 3-2 aos 95. Estas falhas de concentração são inadmissíveis! Todos os três golos do Braga eram perfeitamente evitáveis. No primeiro é o Beto que deixa o Jorge Luís centrar à vontade (quem é que disse que o Beto sabia fechar bem o lado direito da defesa?!) para o Cesinha. No segundo é o Karyaka que não acompanha a movimentação do Bevacqua na sequência do canto. No terceiro é o Bevacqua que ganha a bola de cabeça no meio do Anderson e Petit (aposto que este avançado argentino vai entrar na galeria dos “jogadores-que-não-fizeram-nada-de-especial-em-Portugal-mas-marcaram-golos-ao-Benfica”, como o Lagorio do Marítimo que marcou três há cinco anos e depois disso desapareceu de circulação). Claro que o Sr. João Ferreira teve o seu dedinho no jogo: o penalty a nosso favor não existe (embora o movimento do braço do Nem o possa ter induzido em erro, a bola bate-lhe no peito, mas também só se tem a certeza com a repetição do lance) e o 3º golo do Braga é obtido em claro fora-de-jogo (terceiro golo sofrido em fora-de-jogo em três jogos consecutivos!).

Temos jogadores fundamentais lesionados e espera-se que com eles recuperados possamos melhorar a nossa produção, mas com esta derrota voltámos a estar a oito pontos do 1º lugar do Braga, com o clube regional a seis e os lagartos a dois. Vem aí um jogo decisivo da Liga dos Campeões, mas não podemos perder concentração no campeonato, sob pena de ficarmos irremediavelmente afastados do título. E convenhamos que é mais fácil voltarmos a ser campeões nacionais do que ganhar a Champions...

quinta-feira, novembro 17, 2005

On Tour



Previsões para o próximo sábado: 730km, 16 horas de viagem, oito a conduzir, 60€ de gasolina, 40€ de portagens, 40€ bilhete de jogo (que roubo!), 20€ refeições, o meu irmão, o J.C., a J.S., o J.M. e eu no carro (tudo graças ao J.T. que foi de Guimarães a Braga comprar os bilhetes), só peço uma coisa aos jogadores do Glorioso Sport Lisboa e Benfica: GANHEM!

P.S. – Eu sei que é arriscado levar o J.M., ainda por cima num jogo em que não devemos jogar na máxima força (Simão, Miccoli e Quim ainda em dúvida), mas pode ser que a sua malapata acabe de vez. (Claro que se perdermos ele tem que arranjar outra boleia de volta para Lisboa…)

quarta-feira, novembro 16, 2005

Instantâneos II

No seguimento de um dos assuntos comentados no jantar de bloguiquistas e em sugestões que me fizeram, resolvi abrir uma rubrica aqui no blog dedicada às figuras impagáveis que pululam no nosso audiovisual desde há 20 anos. Os dois ou três segundos que se deixam entre a gravação de um resumo e outro deste projecto permitem que se recorde o seu aspecto. E, tal como no primeiro post acerca deste assunto, volto ao melhor cromo do nosso jornalismo desportivo. Cá está ele:



Reparem bem no ar dele, preparado para disparar mais uma verdade absoluta ou uma perspectiva inédita acerca do jogo em questão: Benfica – 3 – clube regional – 1 da época 82/83 (encontro sobre o qual o TMA já escreveu nas suas memórias). O comentário do nosso amigo Gabriel começa assim: “(…) pensamos que Alder Dante na lei da vantagem não esteve bem, mas quanto ao mais não se deu muito por ele (…)” É impressão minha ou não estará aqui uma contradição?!

segunda-feira, novembro 14, 2005

Rescaldo do II Jantar de Bloguiquistas

1) Quando 15 pessoas, a maioria das quais desconhecidas entre si, se juntam à mesa para jantar o motivo que os une só pode ser forte;
2) Quando esse jantar começa às 20h e só termina à 1h30 devido a uma abrupta carga de água que faz dispersar os convivas no exterior do estádio (entretanto, o restaurante já os tinha expulso) é porque o que têm em comum é imenso;
3) Quando quatro resistentes (D’Arcy, MB, Superman Torras e eu próprio) preferem abrigar-se da chuva, suportam a noite mais fria do ano, continuam o falatório, a chuva pára entrementes, só que não se pode deixar a meio uma conversa sobre o Isaías e os seus remates quase de meio-campo, o falhanço do Mostovoi nas Antas e o do Futre no Bessa, alguma coisa muito poderosa os liga;
4) Quando o segurança quer fechar o perímetro exterior do estádio às 2h00, a conversa prossegue já na rua e só termina meia-hora depois porque a chuva ataca de novo, é porque o assunto debatido é inesgotável (entretanto, para o MB e para mim a noite só acabou às 3h30 porque estávamos nós a começar a fugir da carga de água quando vejo o meu amigo M.R. dos No Name Boys e tivemos direito a uma visita guiada pela sua sala de convívio com mais discussão sobre o Glorioso pelo meio);
5) Quando sete horas se passam e parecem sete minutos é porque a ocasião é decididamente para ser repetida. No I jantar fomos sete, agora mesmo apesar de algumas baixas de última hora ultrapassámos o dobro, no próximo seremos certamente muitos mais;
6) As caras por detrás dos teclados nem sempre são como nós as imaginávamos, mas a sensação de cumplicidade que se estabelece devido a este Glorioso clube faz com que o conhecimento ao vivo seja apenas um pró-forma (Et Blogirus Unum). Foi um prazer partilhar a mesa com os seguintes bloggers benfiquistas: HMémnon (deste e deste), D'Arcy, TMA (deste e deste), Antitripa (vindo propositadamente da mui nobre e invicta cidade do Porto), T-Rex, MB, Superman Torras (comentador regular ainda sem blog), Laura (deste e deste), Papo-Seco (deste e deste), Corto Maltese e a Anita.


Por tudo isto, resta-me agradecer a quem deu origem a este convívio fantástico: Obrigado, BENFICA!

quarta-feira, novembro 09, 2005

Projecto Resumos – update I

Tal como prometi na semana passada, cá está o update sobre este projecto. Depois de 34 DVDs gravados em HQ (cerca 1h de imagem) e um backup de 17 em SQ (2h), está na altura de fazer um balanço. Neste momento, cheguei ao fim da época 89/90 (a da final da Taça dos Campeões contra o Milan), ou seja tenho oito (das 23) épocas transcritas. A qualidade da imagem do velho Betamax ainda é bastante aceitável (como se pode ver neste post do D’Arcy ou nas memórias do TMA) considerando o facto de que as cassetes não são vistas praticamente desde a altura da sua gravação e de que as condições de armazenamento não são as ideais (gostaria muito de ser o ANIM, mas infelizmente não há verba para isso… :-). Ao fazer o índice dos conteúdos de cada um dos DVDs tenho aproveitado para rever algumas imagens que fazem parte do meu imaginário benfiquista (e não só) desde 1982. Com efeito, para além dos resumos do Glorioso (que incluem todas as finais da Taça dos Campeões em que participámos e alguns jogos importantes desde os anos 60), as cassetes têm igualmente resumos da maioria (para não dizer totalidade) dos jogos oficiais da Selecção Nacional, das finais das competições europeias, dos Europeus e Mundiais de futebol e outros marcos importantes do desporto português, como por exemplo as conquistas olímpicas, mundiais e europeias do Carlos Lopes e Rosa Mota.

Por outro lado, esta visualização ajudou-me a dissipar uma dúvida que este post me tinha lançado. Qual seria o melhor guarda-redes do Benfica que eu tenha visto ao vivo: Bento ou Preud’Homme? O Preud’Homme foi considerado o melhor guarda-redes do Mundial 94, mas o Bento era o Bento, um dos melhores de sempre do Benfica e capitão durante alguns anos. E nisto de escolher o melhor, a mística e a influência sobre a equipa é definitivamente um ponto a considerar. Só que não me lembrava de um pequeno pormenor: o Bento dava o seu franguito de vez em quando, ao contrário do Preud’Homme. Para além disso, por vezes perdia a cabeça e isso geralmente custava-nos caro (o soco ao Manuel Fernandes em 81/82, ou no estádio do clube regional em 82/83 quando já com a bola nas mãos passou uma rasteira ao Walsh, mas redimiu-se ao defender o penalty). Portanto, fiquei sem dúvidas: o Preud’Homme foi o melhor de todos.

Voltando às gravações, da época de 81/82 tenho muito poucos resumos: oito em 30 para o campeonato (mas está lá o tal jogo do soco e também a vitória frente ao clube regional em casa), três em sete para a Taça de Portugal (incluindo a nossa vitória em casa do clube regional já no prolongamento com um grande golo do Néné) e os dois jogos frente ao Bayern Munique para a Taça dos Campeões. Como os resumos não foram gravados de forma sistemática, esta época não entra para a estatística geral que a seguir apresento dos jogos do Benfica (resumos gravados/jogos efectuados).

82/83.................83/84................84/85
Camp: 26/30........Camp: 27/30........Camp: 26/30
T. Port: 5/7.........T.Port: 3/4..........T. Port: 6/7
T. Uefa: 11/12......T. Camp: 6/6.......T. Camp: 4/4
........................Supert: 2/2..........Supert:3/4
Total: 86%...........Total: 90%...........Total: 87%

85/86.................86/87................87/88
Camp: 27/30........Camp: 29/30........Camp: 33/38
T. Port: 6/8.........T.Port: 7/8..........T. Port: 3/7
T. Taças: 4/4.......T. Taças: 3/4.......T. Camp: 8/8
Supert: 2/2..........Supert: 2/2.........Supert: 2/2
Total: 87%...........Total: 93%...........Total: 84%

88/89...................89/90
Camp: 37/38..........Camp: 34/34
T. Port: 4/6...........T.Port: 2/2
T. Uefa: 4/4...........T. Camp: 9/9
...........................Supert: 2/2
Total: 94%.............Total: 100%

P.S. - Quem quiser o índice detalhado dos conteúdos de cada um dos DVDs é favor enviar-me um email ou requisitá-lo nos comentários.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Erros grosseiros

Tal como disse o nosso treinador, não ganhámos ao Rio Ave muito por culpa própria, mas já é a segunda jornada consecutiva em que equívocos de um fiscal-de-linha nos custam uma vitória. No entanto, pelo que ambas as equipas produziram, o empate 2-2 seria justo não fosse o segundo golo do Rio Ave ter sido obtido na sequência de um claríssimo fora-de-jogo. O Rio Ave, ao invés do Gil Vicente, fez um jogo honesto, a trocar bem a bola entre os seus jogadores, sem constantes perdas de tempo e sem fazer pontaria às pernas dos nossos jogadores. Foi até agora a equipa adversária que melhor futebol praticou na Luz.

Sem o Simão (que sem estar em condições nunca deveria ter jogado contra o Villarreal) pela segunda vez consecutiva para o campeonato, o Koeman resolveu deixar o Manuel Fernandes e o Karyaka no banco e colocar o Beto e o João Pereira de início. Não percebi. Segundo o nosso treinador, a justificação para a não–titularidade do Manuel Fernandes é que ele é muito jovem, fez muitos jogos seguidos e estava muito cansado. Ora bem, um jogador com 19 anos não estará mais capacitado para resistir a uma série de jogos seguidos do que um de 30? Além disso, é impressão minha ou os campeonatos vão parar para a semana? Será que o Koeman quis poupar o Manuel Fernandes para o play-off dos Sub-21? Incompreensível... Quanto ao João Pereira, não se justifica a sua titularidade no lado direito do ataque num jogo em casa, ainda para mais com o Karagounis como nº 10. Como já aqui e noutros pontos da blogosfera benfiquista se escreveu, com o Karagounis naquela posição o Nuno Gomes fica muito desacompanhado no ataque, já que o grego tem tendência a vir atrás buscar a bola em vez de dar apoio ao ponta-de-lança e se constituir como segundo avançado. Assim sendo, não espanta que o nosso jogo tenha sido algo fraco e muito pouco fluido.

Ainda assim, tivemos o azar de sofrer dois golos em dois dos três remates que o Rio Ave fez à nossa baliza. Tal como na semana passada, um ligeiro desvio de um nosso defesa (neste caso, a cabeça do Luisão) fez com que o Rui Nereu não defendesse o remate do 1º golo. Foi um desvio tão subtil que só deu para reparar na repetição do lance no ângulo inverso na televisão, mas foi o suficiente para o Rui Nereu não poder chegar à bola. Conseguimos empatar num livre do Petit na sequência de uma falta sobre o Karagounis quase em cima da linha de grande-área. No estádio pareceu-me falta, mas não penalty (havia essa dúvida), só que estava a ouvir rádio e disseram que não tinha sido falta. No entanto, confirmei mais tarde pela televisão e houve MESMO falta (deveria ter suspeitado do antibenfiquismo típico da TSF). Há um toque na perna direita do Karagounis que o derruba, pelo que as afirmações do treinador do Rio Ave a contestar a legalidade do lance são injustificadas. A magnífica equipa de arbitragem liderada pelo Sr. Paulo Pereira já tinha assinalado anteriormente um fora-de-jogo inexistente ao Léo (que ficaria isolado) e mesmo no final da 1ª parte conseguiu não ver (ou não querer ver) o corte com a mão de um defensor na barreira a um livre do Karagounis. Mau demais para ser verdade...

Na 2ª parte, o mesmo fiscal-de-linha (Sr. José Carlos Santos) que assinalou o tal fora-de-jogo inexistente, não assinalou outro em que o jogador do Rio Ave está meio metro plantado à frente da nossa defesa, no lance de que resultaria o 2º golo do Rio Ave. Uma coisa é um lance em que os jogadores estão a correr e o fora-de-jogo é milimétrico, outra é um como este em que o jogador está parado na grande-área bem à frente dos defesas. Inacreditável... Ao contrário do que sucedeu em jogos anteriores quando estivemos em desvantagem, a nossa reacção neste não foi nada boa. A equipa pareceu cansada (7º jogo em 23 dias, não esqueçamos) e à falta dos jogadores referidos acrescente-se o jogo menos conseguido do Nélson e um Nuno Gomes muito marcado que justificam muito da nossa inoperância. Mesmo assim, conseguimos empatar novamente noutro livre do Petit a cinco minutos do fim. No estádio fiquei com a sensação de que não tinha sido falta sobre o Mantorras, mas mais tarde na televisão verifiquei que a falta existiu mesmo (o angolano foi agarrado pelo Idalécio). Até ao fim poderíamos ter sofrido mais um golo, no terceiro remate do Rio Ave (uma cabeçada na sequência de um canto, em que os nossos defesas se esqueceram do avançado), mas poderíamos igualmente ter marcado num remate fabuloso do Nuno Assis que passou a rasar a barra. Gostei de ver no final do jogo a equipa recolher aos balneários sem a assobiadela que costuma caracterizar os resultados negativos nosso estádio. Os adeptos estavam desiludidos com o desfecho do jogo, mas continuam com a equipa.

Os nossos rivais não tiveram tanta sorte como nós nos seus jogos. Em Paços de Ferreira, o clube regional demonstrou a vantagem de poder jogar com dois guarda-redes. Para além de o Vítor Baía ser o único guardião no mundo que pode defender com as mãos fora-de-área sem ser expulso, agora temos o César Peixoto que pode cortar bolas com a mão dentro da área sem ser assinalado o respectivo penalty (que poderia ter dado o 1-1 na altura). Na 2ª parte, há um golo anulado ao clube regional por um fora-de-jogo mal assinalado (deve ter sido em jeito de compensação). Em Alvalade assistimos ao ESCÂNDALO do ano! Se os lagartos tiverem um pouco de decência e vergonha na cara (eu sei que é difícil...) nunca mais falarão em “levados em colo” pelo menos até ao final do ano. Como é que um guarda-redes pode estar com as costas quase a bater na rede do fundo da sua baliza, esticar a mãos e defender uma bola em cima da linha de golo? Será o Ricardo o novo Plastic Man? Segundo o fiscal-de-linha António Neiva, sim. A bola estava mais de meio metro dentro da baliza e o golo que daria o empate ao União de Leiria não foi sancionado. Hão-de me dizer quando é que o Benfica teve um lance tão escandaloso como este decidido a nosso favor... E depois os grandes escândalos aconteceram no ano passado quando o Estoril mudou o lugar do jogo frente ao Benfica para não fazer as figuras tristes do V. Setúbal este ano, ou quando um jogador do Belenenses levantou os braços, a bola bateu neles e o árbitro assinalou penalty a nosso favor. Tenham dó...!

A brincar a brincar, nós temos menos quatro pontos em dois jogos e outros têm mais do que deveriam. Assim se ganham e perdem campeonatos...

sábado, novembro 05, 2005

Lembrete – II Jantar de Bloguiquistas

É só para relembrar os mais distraídos que falta uma semana para o jantar de bloggers benfiquistas, cujos detalhes podem ser encontrados aqui. Neste momento, temos as seguintes pessoas inscritas: HMémnon, D’Arcy, TMA, Ry, Álvaro de Campos, T-Rex, Superman Torras e Papo-Seco. Quase certos no jantar estão também o Antitripa, o Quetzal Guzman, o MB e a Anita. Ficaram de confirmar a sua presença o Gwaihir, a equipa do Mar Vermelho, o Plaka, o Guitarrista, o Corto Maltese e as Catarinas. Infelizmente não vão poder estar connosco a Magnolia Azul, o FPVC e o TMC.

Agradecia as confirmações e outras inscrições (vamos lá, há muita gente aí na coluna da esquerda que ainda não me respondeu) até à próxima 6ª feira, dia 11, às 18h. O email é naosemencioneoexcremento@hotmail.com. Relembrando: o jantar é no sábado, dia 12, às 20h na Catedral da Cerveja dentro do Estádio da Luz.
VIVA O BENFICA!

quinta-feira, novembro 03, 2005

Imerecido

No duelo de estatísticas entre a equipa que não perde fora para as competições europeias há mais de um ano e a equipa que nunca tinha perdido em casa contra espanhóis foram aqueles que ganharam. Pela segunda vez em quatro dias o futebol foi ingrato para connosco. Não merecíamos ter empatado com a Naval e não merecíamos ter perdido com o Villarreal. Infelizmente, um frango do Rui Nereu aos 81 minutos deu aos espanhóis uma vitória com a qual já nem eles próprios contavam naquela altura.

Ao contrário do que tem sido habitual na Liga dos Campeões, entrámos muito mal no jogo. A 1ª parte foi totalmente do Villarreal, que teve dois lances de perigo: um remate do Forlán que passou ao lado e um do Riquelme que o Rui Nereu defendeu. Quanto a nós, com o Karagounis em campo em vez do Karyaka, o Nuno Gomes fica muito mais desacompanhado na frente, e com o Simão a 50% e a intermitência habitual do Geovanni não criámos uma verdadeira oportunidade de golo. O Villarreal melhorou imenso em relação ao jogo de há 15 dias e muito disso se deveu ao Josico e ao Senna (o “Petit” e o “Manuel Fernandes” deles) que, ao contrário da outra vez, estavam ambos disponíveis (no outro jogo, só o Jozico entrou e apenas na 2ª parte, e viu-se a diferença). Ainda por cima, foi um remate do Senna que decidiu a partida.

Na 2ª parte o jogo foi completamente diferente. Estivemos muito melhor, mais pressionantes e rápidos sobre a bola, e o Villarreal apostou tudo no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos a sorte da Naval e o fiscal-de-linha anulou um golo ao Nuno Gomes por fora-de-jogo milimétrico, num lance igualzinho ao de sábado. Pouco depois criámos a melhor oportunidade de golo de todo o encontro quando o Nuno Gomes, descaído sobre a direita na grande-área, remata à figura do guarda-redes na sequência de uma óptima abertura do Petit. Com as entradas do Mantorras e do João Pereira (para os lugares do extenuado Karagounis e do Geovanni) a mensagem que veio do banco foi clara: o jogo era para ganhar! No entanto, a menos de 10 min. do fim o inesperado acontece. Num remate a 35 m da baliza, o Villarreal conta com a colaboração do Rui Nereu e coloca-se em vantagem. É certo que ninguém saiu ao caminho do Senna, permitindo-lhe rematar completamente à vontade, mas também estava a mais de três dezenas de metros da baliza! Não vamos crucificar um jovem de 19 anos, mas é óbvio que tem muitas culpas no golo (será que se o Quim tivesse sido operado quando devia, logo a seguir ao jogo em Villarreal, não estaria já disponível para jogar ontem?). Até ao fim do encontro demos mais uma prova de que somos uma grande equipa. Depois de o Koeman ter tirado um defesa (Anderson) e colocado um médio-ofensivo (Nuno Assis) - numa substituição que seria mais provável o clube regional ter respeito pelos adversários do que o Trapattoni a fazer - fomos para cima do Villarreal e tivemos dois lances que poderiam ter dado o empate: um remate do Petit que passou a rasar o poste e mesmo no último minuto uma boa jogada atacante que permitiu ao Léo ficar à vontade na grande-área e rematar, mas para nosso azar a bola foi interceptada por um defesa quando seguia na direcção da baliza.

Ficou demonstrado que a falta do Miccoli e o Simão a 50% nos fazem perder muito poder de fogo. Para complicar ainda mais as coisas, o Nélson deve ter feito o seu pior jogo com a camisola do Benfica em termos de cruzamentos, não tendo acertado um único da meia-dúzia que fez (acontece...). O meio-campo andou aos papéis na 1ª parte, mas recompôs-se na 2ª e o Nuno Gomes, muito desacompanhado, está com a pontaria afinada só a nível interno. Não percebi a titularidade do Anderson (com duas fífias nos dois últimos jogos deveria ter ficado no banco), que teve um grande erro ao deixar-se bater pelo Forlán no tal lance de perigo na 1ª parte. O Luisão esteve imperial como habitualmente, mas o melhor do Benfica foi o Léo. Que grande defesa-esquerdo! Não só se limita a defender como também cria bastante perigo quando avança no terreno.

Com a vitória do Lille frente ao Manchester, descemos para último lugar no grupo, mas a apenas dois pontos do 1º. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões, mas temos impreterivelmente que ganhar em Paris daqui a três semanas. Nem o empate serve, já que se empatarmos continuaremos em último. De qualquer dos modos, o jogo frente ao Manchester vai ser decisivo para a nossa continuidade nas competições europeias (Champions ou Uefa) e seria muito frustrante se ficássemos de fora com o futebol que temos vindo a apresentar. A ilação a tirar deve ser “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e o nosso calculismo em Macnhester e Villarreal (“o empate basta, é um bom resultado fora de casa”) pode vir a sair-nos muito caro. Poderíamos, e deveríamos, ter feito mais para ganhar esses dois jogos (a realidade mostrou que estavam ambos ao nosso alcance) e, assim sendo, um remate a 35 m a oito minutos do fim já não teria feito tanta mossa. Mas vamos ter fé! Estamos a jogar bastante bem e a sorte não nos pode ser sempre tão madrasta.