origem

sexta-feira, setembro 30, 2005

Os Campeões no Theatre of Dreams

Old Trafford é semelhante ao Estádio da Luz, ou seja é mais bonito por dentro do que por fora. Não sei se é por causa da sua forma rectangular (e não oval como o nosso), mas não se tem a sensação que se está num estádio ligeiramente maior que o do Benfica. E que vai ser ainda maior, já que os topos laterais estão em obras para aumentar a lotação de 69.000 para 76.000 lugares.

(clicando nas imagens, poder-se-á vê-las em tamanho maior)


Bancada Este - entrada principal do estádio

A Bancada Norte é bastante maior que a Sul, já que tem três pisos por contraponto a apenas um. A cobertura da Bancada Norte é parecida com a do Alvalade XXI, já que estando na Bancada Sul não se consegue ver o 3º piso do outro lado.

Bancada Norte - exterior e interior


Os 3.500 adeptos do Benfica foram distribuídos pela Bancada Sul e pela Este. Tanto esta como a Bancada Oeste têm dois pisos. O relvado está subido em relação ao “chão” do estádio. Suponho que deverá ter um sistema de aquecimento por baixo que o impede de congelar no Inverno.


Bancada Este


Bancada Oeste
Os 3.500 que calaram Old Trafford


A simpatia dos ingleses e gente famosa que foi apoiar o Glorioso a Old Trafford

O apoio dos adeptos do Benfica à equipa foi constante durante o jogo todo. Já revi o jogo na TV e durante vários períodos do jogo chegámos a calar os ingleses. Depois do nosso golo foi quando me pareceu que o nosso apoio foi maior e mais alto, mas estando no meio dos gritos “SLB, SLB, SLB, Glorioso SLB, Glorioso” não deu para ouvir que os adeptos ingleses não se calaram mais desde essa altura até ao final do jogo. Desde o “Man-ches-ter’s go-nna win” ao “ohhh United, we love you” o barulho deles acabou por abafar o nosso nesse período. É a diferença de mentalidades e a razão pela qual o futebol em Inglaterra é um espectáculo fantástico: o Manchester está na mó de baixo, a 10 pontos do 1º lugar, tinha perdido um jogo em casa três dias antes e o que fazem os adeptos? Enchem o estádio e apoiam a equipa principalmente a seguir a esta ter consentido a igualdade. Tal e qual como se faz cá pelo burgo...





Foi pena termos perdido, mas valeu a pena acompanhar os Campeões a Old Trafford!

Okuvligt

Não sei porquê, mas deu-me uma súbita vontade de ver como se dizia “indomáveis” em sueco... Afinal, sempre se pode ver fotboll-spektakel no Alvalade XXI, é pena é ter que ser praticado pelo 10º classificado (em 14 equipas) do campeonato da Suécia.

P.S. – Apesar do gozo que me deu ver os lagartos eliminados (não que eu tenha torcido para isso, porque sempre há uma certa diferença entre eles e o clube regional, embora baste pensar em figuras como o Dias Ferreira e o João Braga para aumentar o meu regozijo), o que se passou é preocupante para o futebol português. Estamos reduzidos a três equipas na Europa em seis possíveis, depois de se esperar a seguir à 1ª mão que estariam cinco em competição. Concordo com o D'Arcy quando diz que o futebol português não merece mais do que duas equipas na Uefa e 1+1 na Liga dos Campeões. O V. Guimarães foi o único a ter um resultado positivo nesta jornada, conseguindo uma vitória surpreendente na Polónia. Se a eliminação do V. Setúbal era previsível, a do Braga foi muito injusta, já que foi a melhor equipa nos dois jogos, mesmo tendo jogado bastante desfalcado na 2ª mão, sem os pontas-de-lança habituais que estão lesionados. Quanto aos lagartos, o que se passou foi ridículo demais para merecer comentários. Por cada final europeia em que participem de 40 em 40 anos, temos Vikings, Gençlerbirliğis, Halmstads e outros gigantes europeus afins a eliminá-los.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Nota editorial sobre Arte & Media

Devido à estima e consideração que todos os verdadeiros desportistas nutrem pelo Futebol Clube do Porto, resultado dos constantes exemplos de fair-play, nobreza de atitudes e respeito pelos adversários que têm pautado a sua actuação principalmente nos últimos 20 anos, vem por este meio o responsável deste blog mostrar-se particularmente solidário e triste pelo facto desta colectividade ter perdido o seu jogo de hoje em casa para a Liga dos Campeões. Considera-se ainda que quaisquer manifestações de júbilo e regozijo por tal facto, para além de serem exemplificativas de uma atitude de grande antipatriotismo, são totalmente despropositadas dado esta derrota ter sido consentida perante um colosso do futebol mundial chamado Artmedia Bratislava, oriundo desse igualmente poderoso país em termos futebolísticos chamado Eslováquia. Conseguir virar um resultado desfavorável de 0-2 numa vitória por 3-2, ainda por cima fora de casa, não estaria certamente ao alcance uma equipa que está a fazer a sua estreia na Liga dos Campeões.

Laranja muito amarga

Sr. Koeman, por favor, tome atenção ao seguinte:

O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!

Gostaria ainda de lhe dizer outra coisa:

O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!

E, já agora, acrescento só mais uma:

O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!

Depois de uma exibição muito boa e personalizada da nossa parte, foi bastante frustrante sair derrotado de Old Trafford muito por causa da falta de coragem do nosso treinador. Começámos a jogar com 10 e assim continuámos durante 85 min., até ao 2º golo do Manchester, quando finalmente o Koeman decide tirar o Beto. Errar é humano. Fazer duas vezes o mesmo erro é burrice. Incorrer pela 3ª vez no mesmo erro é inadmissível. Já se tinha visto, durante o jogo contra o Gil Vicente, que o Beto não rende nada como extremo-direito. Em Penafiel, o mesmo erro foi cometido durante boa parte do 2º tempo, quando ele substituiu o Geovanni, até à entrada do João Pereira. Ontem foi demais! Quando ouvi a constituição da equipa nem queria acreditar! Como é possível?! Se não queria colocar o Geovanni que colocasse o João Pereira, mas adaptar o Beto a extremo é que nunca! Será que é tão difícil colocar os jogadores nos seus respectivos lugares? Ou o Koeman é tão burro (desculpem-me a expressão, mas não encontro outra melhor) que ainda não percebeu que está a queimar o Beto, fazendo-o jogar num lugar que não é o dele? Não tem velocidade, técnica nem talento para jogar naquela posição. Dir-me-ão que o objectivo do Koeman era estancar o jogo atacante do Manchester colocando alguém que defendesse melhor que o Geovanni. Só que o (adaptado) defesa-esquerdo do Manchester passou pelo Beto quantas vezes quis e colocou o Nélson muitas vezes em situações de dois-para-um. Ok, erro cometido, o Beto entrou de início. Estando a perder ao intervalo, ele ficaria nos balneários e entraria o Geovanni, certo? Errado! O Beto continua em campo na 2ª parte, o Geovanni vai aquecer, só que o Simão iguala e o Beto... continua em campo. Quando finalmente se decide a fazer substituições, o Koeman coloca o João Pereira (que entretanto também já estava a aquecer) e tira... o Miccoli! “Vamos rapazes, vamos aguentar o empate que já é muito bom” foi a mensagem que toda a gente percebeu. Se queria refrescar o meio-campo poderia colocar o Karyaka no lugar do Miccoli, porque teríamos mais um jogador para lançar o contra-ataque e a mensagem defensiva não era tão óbvia. Claro que acabou por nos acontecer o que geralmente sucede às equipas que jogam para empatar.

Posto isto, tenho a dizer que foi um orgulho assistir ao vivo a uma exibição destas do Benfica em pleno Old Trafford. A equipa (com a já referida excepção do Beto) esteve toda em altíssimo nível. Talvez só o Miccoli (apesar de ter feito um jogo razoável) não tenha sido o desequilibrador que esperávamos. O Moreira teve uma saída à Ricardo, mas fez uma excelente defesa no remate do Cristiano Ronaldo que depois vai à barra. Os centrais estiveram excelentes, com destaque para o Ricardo Rocha que quase secou van Nistelrooy (quando não se põe com entradas a destempo, o Ricardo Rocha mostra que é melhor que o Anderson, porque como é mais duro e impetuoso consegue ganhar muitas bolas aos adversários). Irrepreensíveis foram igualmente os laterais, com o Léo a confirmar que é bom jogador (não tendo saído muito chamuscado do confronto com o Cristiano Ronaldo), e o Nélson a confirmar que é uma mais-valia que tem a vantagem da fazer bem aquilo que o Miguel não sabia fazer: cruzamentos. Os médios voltaram a fazer uma grande exibição, em especial o Manuel Fernandes (só foi pena ter feito aquele péssimo passe de que resultou o contra-ataque que deu origem ao canto do 2º golo). O Simão deve ter convencido de vez o Liverpool, se por acaso ainda tivessem dúvidas. O Nuno Gomes desta vez ficou em branco, mas batalhou imenso e foi perigoso ao distribuir jogo no centro do ataque.

Apesar de eu achar que o Koeman tem bastantes culpas na derrota, é um facto que o Benfica se apresentou num jogo europeu como há muito não o fazia e o mérito disso também é dele. Basta recuarmos uma época para vermos os jogos miseráveis que fizemos na Europa, com derrotas quase humilhantes perante equipas de 2ª linha. Desta vez tudo foi diferente e para melhor em termos de atitude e produção de jogo, mas perdemos uma oportunidade quase única para ganharmos (sim, ganharmos!) em Old Trafford. Acho que seria preferível termos perdido por termos tentado ganhar do que termos perdido por termos tentado empatar. Daí o sentimento de frustração que perpassou por toda a gente no final. O empate no Lille-Villarreal permite-nos ficar em 2º lugar e o próximo jogo em Espanha será muito importante para definir a posição final no grupo. No entanto, se jogarmos da mesma maneira que em Manchester (mas de preferência com 11 jogadores desde início...), teremos bastantes hipóteses de fazer um bom resultado.


Ontem, hoje e sempre: VIVA O BENFICA!

sábado, setembro 24, 2005

Nuno Gomes - outra vez!

Quando em Julho passado o Nuno Gomes avisou que esperava marcar mais golos esta época, porque era a primeira vez que estava a fazer a pré-temporada desde que voltou ao Benfica há três anos atrás, muita gente (incluindo eu próprio) continuou céptica. Passadas cinco jornadas e com cinco golos marcados, a resposta está dada. Só faltam dois para ele igualar a marcar do ano passado e de há dois anos, e quatro para igualar a marca de há três anos. Hoje à noite foi novamente decisivo em Penafiel, devendo-lhe o Benfica grande parte da vitória por 3-1. Abriu o marcador aos quatro minutos e fechou-o com um golão apenas três minutos depois do Penafiel ter reduzido para 3-1 e quando se perspectivava uns 10 minutos finais de muito sofrimento. Só foi pena que não tivesse marcado outro golo naquela excelente combinação com o Simão, em que deu um toque a mais na bola depois de passar o guarda-redes e perdeu tempo de remate.

No entanto, nem tudo foram rosas nesta vitória. Estou de acordo com o nosso treinador quando ele lamenta o facto de termos defendido muito atrás durante boa parte do jogo. Com efeito, com 2-0 aos 12 minutos tínhamos tudo para controlar a partida nas calmas, mas um pouco inexplicavelmente perdíamos bolas atrás de bolas para o Penafiel. Tanto assim foi que desde os 12 minutos da segunda parte até por volta dos 15 da 2ª praticamente não criámos perigo (a não ser em dois ou três cantos). O meio-campo não segurava a bola, que era sistematicamente bombeada para a frente para a cabeça (!) do Miccoli. O Petit e o Manuel Fernandes continuam longe da melhor forma (até em termos físicos) e pouco lestos em dar fluidez ao jogo atacante. O Simão subiu de produção em relação aos jogos anteriores (que golão!) e o Geovanni prometia fazer estragos, só que foi vítima de uma agressão (em tudo semelhante à que o Carlitos do Gil Vicente fez ao Ricardo Rocha), punida com o cartão… amarelo! Saiu lesionado ao intervalo e vamos lá a ver se recupera para Manchester (a propósito, com o João Pereira no banco, não percebi porque é que entrou o Beto para extremo-direito; viu-se bem o que melhorámos com a entrada posterior do João Pereira e com a passagem do Beto para o centro do campo). O Miccoli prendeu muito bem os centrais e o Nuno Gomes beneficiou com isso. Na defesa estivemos em geral bem, mas temos um grave problema de altura principalmente por parte dos laterais. O Léo é batido no golo do Penafiel precisamente por ser um jogador tão baixo. Não sei bem como é que isto irá ser resolvido, já que o Léo é importante em termos ofensivos, mas tem este grande handicap quando se trata de defender. Por outro lado, jogando com o Ricardo Rocha é ter menos um elemento a participar nos lances de ataque. De qualquer maneira, em Manchester eu poria o Ricardo Rocha.

A arbitragem do Sr. Benquerença foi muito habilidosa. Para além de ter perdoado (por duas vezes) a expulsão ao jogador que agrediu o Geovanni, e que posteriormente fez uma falta sobre o Nélson mais-que-merecedora de amarelo (que seria o segundo), e de não ter mostrado mais amarelos ao Penafiel (que foi muito caceteiro), na 2ª parte desatou a exibir amarelos aos jogadores do Benfica. Então o que o Simão levou é de morrer a rir! É uma falta a nosso favor, o Simão simula, o jogador do Penafiel na barreira avança cinco metros, o Simão pára e… leva amarelo! Ainda bem que temos um plantel melhor que o ano passado, porque por este andar vamos ter muitos jogadores castigados.

A vitória foi boa, principalmente para dar moral para Manchester, mas não devemos embandeirar em arco. Os benfiquistas têm a tendência de passar do oito para o oitenta (e vice-versa) em muito pouco tempo. Apesar de termos indiscutivelmente melhorado a nossa produção de jogo, convém não esquecer que defrontámos duas equipas que estão com apenas um ponto no campeonato. Quando jogarmos contra adversários mais poderosos as coisas serão mais difíceis. Mas nada melhor do que uma vitória em Manchester para provar que estamos mesmo mais fortes!

sexta-feira, setembro 23, 2005

Porque é que eu não os menciono?

Autocarro do Benfica vandalizado no Porto

Terão sido os adeptos do Penafiel a fazer isto? Não me parece...

Serão eles outra coisa para além daquilo que eu não menciono? O autocarro do clube deles, sempre que joga na região de Lisboa, fica no Hotel Altis bem no centro da capital. Passo muitas vezes por ele sempre que vou à Cinemateca, e é com dificuldade que contenho o vómito, mas alguma vez aconteceu alguma coisa à viatura? Já se ouviu alguma declaração de um responsável do clube deles a condenar estes actos? Será que não dizem nada só porque “não se conseguiu identificar os autores dos actos de vandalismo”? Pois, suponho que em Maio também não se conseguiu “identificar os responsáveis” pela vergonha na Avenida dos Aliados...

É suposto achar que esta corja representa o país nos jogos internacionais? Devemos ser patriotas e torcer por eles nesses jogos? É que é já a seguir...

P.S. - Não percebo a inteligência de quem organiza as nossas deslocações. Desde o passado dia 22 de Maio que se sabia que na cidade do Porto alguns que eu não menciono podiam fazer tudo o que lhes apetecesse (inclusive bater em mulheres e crianças que festejavam pacificamente um campeonato conquistado). Por que razão é que alterámos o local de estágio de Santo Tirso para lá?! Hello?!

quinta-feira, setembro 22, 2005

Here I go!

É uma loucura, mas “a vida são dois dias”. E pelo Benfica vale sempre a pena!



Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, NINGUÉM PÁRA O BENFICA, NINGUÉM PÁRA O BENFICA, NINGUÉM PÁRA O BENFICA, allez ohhhhhh!!!

segunda-feira, setembro 19, 2005

Até que enfim, Nuno Gomes!

É certo que o golo do Anderson logo aos três minutos ajudou-nos a relaxar, mas há muito tempo que não tínhamos um jogo tão calmo. Uma vitória por 4-0 foi o melhor que nos podia ter acontecido depois de um jogo tão intenso na 4ª feira. O U. Leiria mostrou-se uma equipa muito fraca e desde o começo da época que aposto no José Gomes para a primeira chicotada psicológica da época. Parece que ele está a querer dar-me razão.

Na 1ª parte, a seguir ao golo, descemos um pouco de produção (cansaço de 4ª feira?), mas sempre a controlar o adversário e o U. Leiria teve a sua única oportunidade de golo do jogo nessa altura. O Nélson foi indiscutivelmente a figura durante este período (finalmente temos alguém que faz centros perigosos!), com o Geovanni bastante mais mexido do que na 4ª feira passada. Ao invés, os médios-centro estiveram outra vez muito perros durante o primeiro tempo. Com um golo perto do intervalo e outro aos 15 min. da 2ª parte, o jogo ficou ganho. O Manuel Fernandes subiu bastante de produção na 2ª parte, mas o Simão (apesar de continuar a lutar durante o jogo todo) continua em baixa. Depois da fabulosa exibição contra o Lille, o Miccoli esteve mais discreto, mas teve dois pormenores de muita classe: um remate a rasar o poste na 1ª parte (a seguir a ter picado a bola e tirado o adversário do caminho) e numa combinação com o Nuno Gomes, na melhor jogada do encontro, um remate que infelizmente passou ao lado. Outro elemento a destacar é o Anderson que, a continuar assim, vai ficar com o lugar do Ricardo Rocha. É menos faltoso, não inventa e num mês já fez algo que o Ricardo Rocha nunca conseguiu em quatro anos de Benfica: marcar um golo num jogo oficial.

Todavia, a figura da partida foi indiscutivelmente o Nuno Gomes. Não me lembro há quanto tempo é que ele não marcava três golos num só jogo, mas finalmente voltou a fazê-lo. Pode ser que isso lhe dê confiança para o resto da época, agora que parece que vai voltar a jogar com outro avançado ao lado durante a maior parte da temporada (eu, pelo menos, assim o espero). Ainda por cima, os golos que marcou foram os três “à ponta–de-lança”, inclusive o 3º em que, não obstante alguma sorte depois do remate do João Pereira (que entrou muito bem no jogo), o seu movimento com a perna foi intencional. O Nuno Gomes sempre foi dos meus jogadores preferidos, mas não tem tido muita sorte desde que voltou ao Benfica. Como já aqui escrevi, nunca percebi muito bem porque é que ele não remata mais vezes à baliza, já que quando o faz geralmente cria perigo. Espero que com o Miccoli ao lado a abrir mais espaços, a sua produção em termos de golos se equipare ao que ele fez na sua primeira passagem pelo Glorioso. Com os golos de hoje já tem quase 50% dos golos que marcou durante todo o campeonato passado.

P.S. – Depois do empate do clube regional em Braga (no que acaba por ser um bom resultado para ambas as equipas), a grande dúvida da jornada é saber se o Belenenses (que joga logo à noite com o Guimarães) se torna a primeira equipa que irá defrontar o clube regional na ronda seguinte a não ter nenhum jogador expulso. Até agora nenhuma das outras teve essa sorte…

quinta-feira, setembro 15, 2005

Li(tt)lle Miccoli

Por mim, não preciso de ver mais nada. O Luís Filipe Vieira que comece a pensar onde é que vai arranjar os cinco milhões de euros, que custa accionar o direito de opção do italiano. Nos dias que correm, cinco milhões por um jogador destes, ainda por cima com apenas 25 anos, pode ser considerada uma pechincha. Ele corre, ele remata, ela atira bolas à barra, ele ganha espaços aos defesas em 2 m2 e, para cúmulo, ele marca golos de cabeça! Há muito tempo que não tínhamos um avançado de tanta classe no nosso clube. Só para o ver vale a pena ir à bola. Estarei a ser exagerado? Há jogadores que não enganam. A única dúvida é se ele terá a mesma motivação a defrontar Paços de Ferreiras ou Penafieis do que tem na Liga dos Campeões, mas isso é algo que se verá durante a época.

Devemos-lhe a vitória frente ao Lille, com um magnífico cabeceamento aos 92 minutos de jogo depois de um não menos perfeito centro do Mantorras (que por muito trapalhão que seja continua a ter participação directa nos golos). Para além do golo, foram do Miccoli os remates que mais perigo levaram e o Lille bem pode agradecer ao Tony Silva (fantástico nome para um jogador) o facto de não ter sofrido mais golos na Catedral. A vitória foi mais que justa, apesar de muito sofrida. O Lille ainda tentou atacar na 1ª parte, mas na 2ª abdicou completamente do ataque e só teve um lance de perigo, através um remate de ressalto que passou a rasar o poste.

O Koeman deu o braço a torcer e voltou à táctica que nos deu o campeonato, ou seja um 4-4-2 muitas vezes transformado num 4-2-3-1, com o Nuno Gomes a jogar mais recuado em relação ao Miccoli. Infelizmente jogámos durante a maior parte do jogo com 10, já que o Geovanni foi de uma inoperância total. Já se percebeu porque é que não jogou em Alvalade (todavia, isto não iliba o Koeman de ter posto o Carlitos, poderia ter jogado com o Karyaka, por exemplo). Pareceu completamente perdido em campo e a maior parte do tempo nem sequer esteve junto à linha. Vai precisar de passar uns tempitos no banco ou mesmo na bancada para ver ser melhora. O Petit e o Manuel Fernandes também estão fora de forma e o nosso futebol ressente-se disso, porque não há ninguém para transportar convenientemente a bola para o ataque. Pode ser que este alguém seja o Karagounis assim que melhorar a sua condição física. Apesar de tudo, acho que jogámos bem principalmente na 1ª parte, em que criámos várias situações de golo (todas pelo Miccoli). Pela positiva, para além do italiano tenho que destacar o Nelson, tanto a defender como principalmente a atacar (finalmente temos um lateral que faz centros perigosos!), o Luisão que revelou a segurança habitual e o Léo que apoia bastante bem o ataque. As entradas do Karagounis e do Mantorras, apesar de um pouco tardias (especialmente a deste último que substituiu o Geovanni), mexeram com a equipa, mas a condição física do plantel deixa muito a desejar. A meio da 2ª parte demos o estoiro, mas há que elogiar os jogadores porque tentaram sempre até ao fim marcar e essa persistência teve a recompensa devida. A equipa-base (com uma ou outra alteração) e a táctica estão encontradas, agora é só não inventar mais.

Como se previa, o Estádio da Luz só teve meia-casa. Muitos adeptos benfiquistas, que finalmente têm a oportunidade de ver a Liga dos Campeões ao vivo, continuaram a preferir o sofá. Todavia amanhã certamente vão estar muito contentes a ir para o trabalho e a dizer “ganhámos”, apesar de não terem contribuído directamente para isso, já que resolveram não ir ao jogo por causa dos maus resultados. Mas também não fizeram falta, os 30.000 que estiveram na Luz apoiaram a equipa como ela deve ser apoiada: do princípio ao fim, sem reservas e não dependente do resultado. A esses os meus parabéns, aos outros que aproveitem bem a alegria que o Benfica vos ofereceu sem que vocês o merecessem. VIVA O BENFICA!

terça-feira, setembro 13, 2005

Memória curta

Há apenas quatro meses atrás a maior parte dos portugueses teve uma grande alegria quando o Benfica voltou a ser finalmente campeão. As ruas de todo o país (de bastantes cidades estrangeiras) encheram-se e o Estádio da Luz esteve lotado até às 4h da manhã. Quatro meses e apenas duas derrotas depois caiu o “Carmo e a Trindade”. De repente, o presidente é um chantagista, o director para o futebol um mercenário, os jogadores não prestam para nada e o treinador é uma fraude. A consequência disto é que esperámos sete anos para voltar à Liga dos Campeões e amanhã o estádio deve ter pouco mais de meia-casa (na melhor das hipóteses). É triste, mas os portugueses são assim: para apoiar o clube nas horas boas está tudo pronto, para ajudar nos momentos mais difíceis está tudo quieto. Quando a equipa vence toda a gente diz “ganhámos”, quando perde passa-se rapidamente para “aqueles chulos não jogam nada”. A crónica falta de cultura do nosso povo reflecte-se naturalmente no aspecto desportivo. Não me constou que o Celtic, depois de ter levado cinco de uma obscura equipa eslovaca (que agora está no grupo do clube regional), tenha tido o estádio meio-cheio na 2ª mão na Escócia (e só ficou a um golo de igual a eliminatória). Os estádios estão cheios, porque os adeptos apoiam a equipa nos bons e maus momentos. É outro povo e é outra cultura. Por estas e por outras é que o nosso país é dos mais atrasados da Europa. Gostava é de saber se os adeptos que só são do clube quando este ganha, agem assim com os familiares e amigos: será que só lhes ligam quando eles estão bem, deprezando-os se alguma coisa corre mal?

É claro que eu não estou contente com o nosso início de época, mas isto é um jogo da Liga dos Campeões, caramba! Temos um prestígio a manter e mais do que nunca o Benfica precisa do apoio dos adeptos para ultrapassar este mau momento de forma. Os jogadores são quase os mesmos que ganharam três troféus nas duas últimas épocas, o treinador deve merecer o nosso benefício da dúvida, apesar dos erros que já cometeu (e parece que vai pôr a equipa no lógico 4-4-2) e o que esta direcção fez pelo clube (não obstante os erros no planeamento desta época) está mais do que à vista. Duas derrotas depois é motivo para pôr tudo isto em causa? Será que a política da “terra queimada” nos leva a algum lado?

P.S. – Depois de dias negros no que toca a alegrias futebolísticas, espero que o Glasgow Rangers nos dê motivos para celebrarmos hoje.

domingo, setembro 11, 2005

Ricardo Rocha e Koeman

Por esta ordem são para mim os principais culpados da nossa derrota por 2-1 em Alvalade. Se eu mandasse alguma coisa no Benfica, o Ricardo Rocha receberia metade do ordenado deste mês. O que ele fez (e é reincidente neste tipo de lances) é injustificável! Um falta grosseira a meio-campo, logo no início da 2ª parte e quando estávamos a perder?! O que é que lhe passou pela cabeça? Se fosse ao contrário muito provavelmente o árbitro não mostraria o vermelho, mas para mim o lance é de expulsão (ele não olha para a bola, apenas para o adversário). Nem o facto de ter levado uma estalada do Liedson nessa mesma jogada justifica aquela entrada. Principalmente sendo na zona do campo em que foi e estando nós em desvantagem no marcador. Pelo que se viu na 2ª parte se estivessem 11 contra 11 de certeza que não perderíamos o jogo (e mesmo assim só faltou um pouco de sorte perto do fim naquele lance do Luisão, que não se redimiu da falha incrível que teve no golo do Liedson). O Ricardo Rocha prejudicou a equipa, prejudicou-se a ele próprio, vai levar pelo menos um jogo de castigo, para mim era certinho: 50% do ordenado para a próxima pensar melhor antes de fazer aquilo.

Eu estava relativamente confiante antes do jogo, mas bastou ouvir a equipa inicial para que essa confiança se esvaísse. O Koeman cometeu três grandes erros na constituição da equipa:
- Carlitos?! Será que o nosso treinador foi atacado pelo síndrome “Trapattoni em Anderlecht”? Onde é que ele foi desencantar a ideia de colocar o Carlitos a titular? O que é que o Carlitos fez, enquanto jogador do Benfica, que justificasse entrar no 11 inicial num jogo desta importância? E depois o Koeman queixa-se que a nossa primeira parte foi fraca. Pudera! O lado direito pura e simplesmente não existiu. Por muito má forma em que esteja, o Geovanni faria certamente melhor do que o Carlitos, até porque o adversário era quem era e o Geovanni sempre se destacou a jogar contra os lagartos. Será que ninguém o informou acerca disto?
- Karagounis?! Poderia ser o melhor jogador do mundo, mas não é admissível que alguém que fez um (!) treino com a equipa seja titular, ainda por cima jogando contra os lagartos. O Souness colocava a titular jogadores britânicos com uma semana de treino, ao Koeman bastou um dia. Duvido que o Karagounis saiba sequer o nome de todos os companheiros de equipa. Os lagartos deixaram os dois reforços no banco e, apesar de não terem feito um grande jogo, viu-se a diferença em relação a nós.
- Nuno Gomes no banco?! Como já aqui escrevi algumas vezes, o Nuno Gomes é o jogador atacante em melhor (ou menos má) forma neste início de época. A recompensa que teve foi começar o jogo a suplente. Aliás, viu-se bem o que a equipa melhorou com a sua entrada na 2ª parte. O Benfica não pode ter o ataque entregue a um jogador com 1,68m e a verdade é que mesmo a produção do Miccoli melhorou bastante com o Nuno Gomes ao lado.

Por estas e por outras é que eu disse aqui que o Camacho era o meu preferido. Conhecia a equipa, conhecia os jogadores, conhecia o clube. Por erros na planificação da época (e neste caso a culpa é toda da dupla Veiga/Vieira), só agora é que temos o plantel completo. Todavia, não percebo porque é que o Koeman não ensaiou o 3-4-3 durante a pré-época. Jogámos sempre em 4-3-3 e agora, quando a época já começou, é que se está a utilizar um novo esquema táctico ao qual a inadaptação dos jogadores é evidente. Os jogadores são praticamente os mesmos desde há dois anos, com o Camacho e o Trapattoni jogávamos em 4-2-3-1 ou 4-4-2, tivemos bons resultados nestes esquemas e agora decide-se mudar. Sempre achei que o treinador tem que adaptar o esquema de jogo aos jogadores que tem e não o inverso. Não pode utilizar esquemas que os jogadores não estão habituados, sem bastante treino a priori. A primeira parte contra o Gil Vicente foi bastante razoável, mas ontem ficou provado que ainda não temos estaleca para jogar em 3-4-3 em jogos importantes. Não há automatismos neste esquema (por exemplo, os laterais sobem muito pouco) e precisamos rapidamente de começar a ganhar jogos, portanto não podemos perder tempo a experimentar diferentes sistemas.


Outro problema grave que já vem do ano passado foi mais uma vez visível: a falta de qualidade no passe, principalmente na zona de meio-campo. Houve imensos lances de contra-ataques que desperdiçámos, porque os passes eram invariavelmente mal feitos. Exasperei-me com o Manuel Fernandes, pelo menos três vezes, por causa disto. Não se admite que percamos a oportunidade de criar perigo por erros de principiante como este. Pode ser que agora com o Karagounis as coisas melhorem, porque a fluidez atacante é impossível se a bola não for passada em condições.

Apesar de tudo, percebe-se que o potencial da equipa melhorou com a chegada dos novos reforços. Aumentámos as opções em termos de banco (e ontem ficaram de fora dos convocados o Mantorras e o Nuno Assis), mas a margem de manobra do Koeman começa a ficar curta. Oito pontos de desvantagem à 3ª jornada é muito e daqui a um mês vamos ao Dragon. Não sou maluco para exigir a cabeça do treinador à 3ª jornada, mas sinceramente não gosto nada de treinadores que inventam em jogos importantes. Esperemos que na 4ª feira possamos finalmente celebrar uma vitória. Seria importantíssimo para aumentar o moral da equipa.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Selecção no Mundial

Pela primeira vez na história do nosso futebol, Portugal qualifica-se para dois Mundiais consecutivos. Eu sei que ainda falta um ponto, mas com dois jogos em casa sendo um deles contra o Liechtenstein é virtualmente impossível a nossa selecção não estar na Alemanha. Não vi o jogo de Sábado contra o Luxemburgo, mas gostei dos dois golos do Simão. Já não gostei tanto do bis do Pauleta, que o colocou somente a dois golos do recorde do Eusébio. Tenho pena que este recorde seja batido não por um fora-de-série como ele, mas por um jogador apenas razoável que tem tendência a ser inofensivo contra adversários mais poderosos (vide o caso do Euro 2004). Assim de repente lembro-me de outros jogadores mais dignos de bater tal recorde, como o Simão ou o Nuno Gomes...

No encontro de ontem contra a Rússia não jogámos mal, mas tivemos a “pecha” habitual da “finalização” (como dizem os comentadores desportivos). Os russos jogaram muito pouco e o Smertin fez duas faltas em quatro minutos inexplicáveis para quem é capitão de equipa, deixando-os a alinhar com 10 durante a 2ª parte toda. O maior embuste do futebol (que joga do lado direito na nossa defesa) não conseguiu fazer um única centro em condições, o Figo esteve pouco influente, o Deco só durou a 1ª parte e o Cristiano Ronaldo (apesar da morte do pai no dia anterior) foi dos melhorzinhos. O Ricardo conseguiu não dar nenhum frango (uma raridade nos dias que correm) e a defesa esteve bem com excepção dos primeiros 10 minutos. O melhor de tudo foi que o Simão só jogou 15 minutos e parece que regressou inteiro (o jogo contra os finlandeses em 2002, que teve como uma das consequências a vitória do clube regional na Taça Uefa no ano seguinte, ainda está muito vivo na minha memória...).

Digam o que disserem o certo é que o Scolari tem cumprido os objectivos a que se propôs. É claro que é teimoso, tem decisões inexplicáveis principalmente em relação às convocatórias, mas somos vice-campeões da Europa e vamos ao Mundial. E o que interessa são os resultados, ou não? Se calhar há alguns que prefeririam o António Oliveira, mais os alhos espalhados nos balneários. Além de tudo o mais, basta que o clube regional e o seu presidente o odeie para que o Scolari tenha sempre a minha simpatia.

P.S. – Este fim-de-semana temos tudo para voltarmos às vitórias no campeonato, nomeadamente o Tonel e o Tello a titulares e sem Rochemback em campo. A falta do Petit é teoricamente menos trágica do que se fosse o ano passado, já que o Beto está lá para isso mesmo. Duvido que o Karagounis alinhe de início (só no dia anterior ao jogo é que vai conhecer os companheiros e treinar), mas faço votos para que o que o Koeman não prescinda do Nuno Gomes com o Miccoli. Alguns jornais referem a possibilidade de o Miccoli alinhar como o homem mais adiantado, todavia espero bem que já lá vá o tempo de termos a jogar a ponta-de-lança alguém com 1,68m... Estive mesmo para ir ver, pela primeira vez, um lagartos-Glorioso a Alvalade, no entanto mudei de ideias por duas razões: os bilhetes mais baratos são 40€ e vê-se o jogo atrás da baliza (grandes ladrões!); estou muito tentado a cometer uma loucura e ir ao “Teatro dos Sonhos”, e o dinheiro não chega para tudo.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Onde está o ponta-de-lança?

Encerrou-se o mercado de transferências e não contratámos o jogador que provavelmente mais falta nos faz: alguém que saiba jogar na área e marque golos. Vamos atacar a época (ou pelo menos até Janeiro) só com dois pontas-de-lança de raiz, nenhum deles sabe jogar de cabeça e nem são grandes goleadores. Como se não bastasse, mandámos embora o único avançado que nos dava poder de choque na área e sabia cabecear. Palpita-me que ainda vamos chorar muito pelo Karadas. Considero isto tudo um grande erro desta direcção. Faz-me lembrar a época de 2001/02 em que vendemos (e bem, já que encaixámos perto de um milhão de contos) o João Tomás ao Bétis, mas não contratámos ninguém para o substituir. O resultado foi que começámos a época só com dois pontas-de-lança, o Mantorras e o Sokota, este lesionou-se gravemente logo em Setembro, e teve que ser aquele a jogar sozinho durante grande parte da época. Aliás, se bem se recordam, a grave lesão que o angolano sofreu posteriormente resultou do pouco tempo de recuperação que teve, depois de ser submetido a uma intervenção cirúrgica, porque era necessário que voltasse o mais depressa possível já que era o único avançado disponível no plantel (em Dezembro tinha vindo o Jankauskas, mas também falhou alguns jogos por lesão). Se o Nuno Gomes ou o Mantorras se lesionarem, como aconteceu várias vezes no ano passado, quem é que joga a ponta-de-lança? O Miccoli e o seu 1,68m? Ou o Simão e o seu 1,70m? Somente dois pontas-de-lança para uma época tão longa e com Liga dos Campeões pelo meio é algo que eu não entendo. O Koeman também tem a sua quota-parte de culpa neste caso, porque sempre considerou o Karadas dispensável.

A boa notícia do dia foi a permanência do Simão. Penso que neste caso a direcção do Benfica se portou bem. 15 milhões de euros (a oferta inicial) por um jogador que custou 12, ou seja somente três milhões de euros de lucro por um jogador que foi o mais influente das últimas quatro temporadas e é o capitão do clube, era um péssimo negócio. Já 20 milhões (o que nós exigimos ao Liverpool) dava muito que pensar. O clube inglês ainda subiu para os 18 e pagava a pronto, mas a direcção manteve-se intransigente. Esta era uma questão muito complicada. Se o dinheiro em jogo é uma quantia considerável, a preponderância do Simão no Benfica é inquestionável. Para além das qualidades futebolísticas, hoje em dia ele é o símbolo do Glorioso, aquele jogador com o qual os adeptos mais se identificam, aquele que dá o exemplo e aquele que, mesmo que esteja em má forma ou fisicamente diminuído, luta sempre até ao fim dos jogos. Coincidentemente (ou talvez não), foi no ano em que o João Pinto foi dispensado por aquele que infelizmente esteve na presidência do clube que acabámos em 6º lugar. Para além de todos estes factores, como era ontem o último dia para contratações não tínhamos tempo para substituir convenientemente o Simão, pelo que estou de acordo com a decisão da direcção. Ainda bem que ele fica!