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sexta-feira, abril 29, 2005

Uma grande verdade

O que mais irrita, desorienta e faz perder a cabeça aos adversários directos do Benfica na luta pelo título não é a mudança de palcos que, só por si, não garante os três pontos. O pior, o que mais dói é a entronização de uma realidade poderosa: é o Benfica quem alimenta o futebol português. É, foi e será. E quando são os clubes ditos pequenos a reclamar a imponência dessa realidade, a pedir ao Benfica que no curto espaço de 90 minutos salve um ano inteiro de aflições, de salários, de compromissos, é natural que os outros clubes, ditos grandes, sintam que, afinal, não são tão grandes assim em comparação com o maior de todos. Leonor Pinhão in A Bola (28 Abr 2005).

P.S. - Ontem, aos 79 min. do jogo dos lagartos com o Az Alkmaar, fiquei preocupado. Pensei: queres ver que o Pinilla afinal sabe jogar à bola? Mas aos 90 tudo voltou à normalidade. Aqueles recorrentes falhanços de baliza aberta são mesmo a sua imagem de marca e um golo daqueles só acontece uma vez na vida.

quarta-feira, abril 27, 2005

Voleibol

A nossa grandiosidade também se mede noutros desportos que não o futebol. Fomos o único clube grande que construiu estruturas para as modalidades amadoras aquando da edificação do novo estádio. E passados 14 anos voltámos a conquistar o campeonato e fizemos a dobradinha no Voleibol. Esperemos que não seja a única deste ano...

terça-feira, abril 26, 2005

Sofrimento algarvio

Parece que estamos condenados a ganhar sempre em sofrimento, mas não havia necessidade de exagerar. Não jogámos tão bem como contra o Rio Ave e União de Leiria, mas merecemos indiscutivelmente a vitória neste jogo contra o Estoril. Num dos estádios mais bonitos do Euro (pena foi o estrangulamento na saída da Via do Infante para o acesso ao recinto) e com um ambiente fantástico, assistimos a um jogo com sentido único. Atacámos muito e quase sempre mal, mas o Trapattoni lá fez substituições atacantes (ao menos uma vez na vida) e acabámos o jogo com três defesas e cinco avançados! Na equipa inicial não percebi a entrada do Fyssas, já que o Dos Santos é bastante mais atacante, mas FINALMENTE reentrou o Moreira! Já não era sem tempo, apesar de neste jogo ter sido um mero espectador (e não ter tido culpa nenhuma no golo sofrido).

O Estoril, que já na Luz tinha sido das equipas mais agressivas que vi, não deixou o seu crédito por mãos alheias e actuou de maneira duríssima durante o jogo todo. A expulsão do Rui Duarte aos 25 min. é mais do que justificada (coitado, teve menos sorte que o Polga que cortou a bola com a mão no jogo com a Académica também por volta da meia-hora e, apesar de ser o último defesa, não foi expulso... Sim, porque não obstante o jogador academista se ir isolar, como estava logo depois do meio-campo a jogada não era de iminente golo, claro, claro...). Se é a 1ª vez neste campeonato que um jogador é duplamente amarelado ainda antes da primeira meia-hora, azar o dele, não fizesse duas faltas mais que merecedoras de amarelo. A expulsão do outro jogador estorilista por palavras não discuto. Faltou a expulsão do Cissé por ter pontapeado o Mantorras por trás. A falta sobre o Petit que deu origem ao livre que resultou no nosso 1º golo é indiscutível (fica com o pé direito preso pelo pé do adversário). O agarrão (completamente desnecessário) do Ricardo Rocha ao Moses na grande-área é, de facto, penalty, mas lances daqueles na sequência de cantos e livres acontecem aos magotes nos jogos todos e raramente são sancionados. Portanto, não percebo tanta celeuma em redor da arbitragem.

Para ser um fim-de-semana perfeito, só faltou o clube regional não ter a sorte do jogo em Aveiro (golo do Quaresma no último minuto depois de duas oportunidades claras do Beira-Mar). Voltámos a ter três pontos de vantagem sobre a concorrência mais próxima, mas a equipa está demasiado ansiosa. Espero que com o regresso do Miguel e Manuel Fernandes contra o Belenenses as coisas melhorem até porque, como jogamos antes dos rivais todos, temos que lhes colocar pressão em cima e, se não ganharmos, eles vão actuar mais moralizados. Acho que para além dos lagartos e do Braga (que, jogando entre si para a semana, terão necessariamente de perder pontos) temos que nos preocupar principalmente com o clube regional, que, estando só a quatro pontos, é a equipa que tem o calendário mais fácil até final.

sexta-feira, abril 22, 2005

O frenesim

O problema de a semana demorar muito tempo a passar, nunca mais chegar o próximo jogo e como deveremos reagir perante cinco pontos perdidos em duas semanas está fantasticamente descrito aqui. Mais um texto a não perder. Tal como foi só depois do primeiro jogo contra a Grécia que coloquei a bandeira portuguesa, desde o passado Domingo (a seguir ao Leiria) está uma bandeira do Glorioso à minha janela. "Sou do Benfica e isso (cada vez mais) me envaidece".

quinta-feira, abril 21, 2005

Vamos ao Jamor!

O regresso às vitórias aconteceu com naturalidade na Amadora. Não forçámos muito, mas também não foi preciso. Acho piada aos comentários que dizem que se esperava mais da nossa equipa, o jogo foi fraco, etc. Estamos na fase crucial da época e isto era um jogo a meio da semana. Se fossem outros, os comentadores diriam que controlaram perfeitamente o jogo e produziram um futebol bastante eficaz. Mas, como somos nós, a conclusão é que se esperava mais. Enfim, os cães ladram...

Num estádio com poucas condições (a entrada foi bastante difícil) e cheio de benfiquistas, gostei de ver o regresso dos Nunos aos golos, para ver se ficam com mais confiança para os próximos jogos. Não percebi a não-substituição do Simão depois do 3-0, já que pode não estar em grande forma, mas é um jogador que nunca regateia o esforço (vimo-lo bastante vezes em recuperações defensivas). Não deu muito para ver se o André Luís é bom ou não, porque o Estrela também quase não atacou. O Moreira lá provou outra vez que é bastante melhor que o Quim, já que agarra as bolas nos cruzamentos e transmite maior segurança à defesa, e o Fyssas mostrou que neste momento o Dos Santos merece ser titular.

Lá vamos nós a mais uma final da Taça e espero que este ano não se repita esta confusão. Em 65 finais da Taça, estivemos presentes em 33 (50,77%) e ganhámos 24 (75%). Se ganharmos este ano teremos o mesmo número de vitórias que os lagartos e clube regional juntos. Factos são factos!

Depois de estar ao vivo na Amadora, irei para o Algarve no fim-de-semana. Por mim, a onda vermelha não pára. Aliás, achei imensa piada à polémica sobre a transferência do jogo para o Algarve. Não é legítimo os clubes pequenos querem ter a maior receita possível, especialmente se ela permite, segundo o seu próprio treinador (antigo jogador lagarto, não se esqueçam), pagar os ordenados em atraso? Além disso, se era uma questão de princípio porque é que os lagartos não protestaram com a transferência para Guimarães do nosso jogo contra o Moreirense este ano nem com a transferência para o mesmo sítio do jogo do clube regional contra o Gil Vicente no ano passado? Há compadrios agora? E suponho que não tenha havido esses mesmos compadrios com o Pampilhosa, que acedeu (a troco de o presidente ser lagarto e mais 15.000€) a antecipar o jogo da Taça em Janeiro deste ano, para o Liedson limpar os amarelos e poder jogar contra nós... Não dependem só de vocês para ganhar o campeonato? Não têm a equipa do mundo e arredores que melhor futebol joga? Porque é que estão (sempre) preocupados com o Benfica? Tenham dó!

quarta-feira, abril 20, 2005

Um texto a não perder

Subscrevo completamente estas palavras. Acrescentaria eu que ser do Benfica é também ter orgulho em celebrar os nossos golos só gritando e festejando com os nossos jogadores e não, como fazem os adeptos de outros dois clubes (revelando a sua inveja e pequenez em relação a nós), insultando o rival que nem sequer participa nesse jogo.

segunda-feira, abril 18, 2005

(Ainda) Estamos em primeiro

Mas por este andar não vamos estar lá durante muito mais tempo. A desilusão foi bastante grande no Sábado com o União de Leiria. Decididamente, a estrelinha de campeão abandonou-nos nos últimos dois jogos. A sorte que tivemos ao marcar o golo do empate aos 92 minutos mal deu para compensar o azar de vermos um guarda-redes habitualmente suplente defender pelo menos cinco (!) remates que iam direitos para a baliza. Os últimos 20 minutos da 1ª parte foram de um sufoco total e não faltou a habitual bola no poste. No entanto, na 2ª parte não jogámos tão bem e as ocasiões de golo escassearam, mas também o Leiria só existiu durante os primeiros 16 minutos de jogo. Depois de marcar o golo, mal passaram do meio-campo.

Ao jogo menos conseguido da 2ª parte, o nosso treinador não deu a resposta devida. Infelizmente, o Sr. Trapattoni já sabe de antemão as substituições que irá fazer, não levando em consideração se determinado jogador está ou não a jogar bem. Assim se passou com o Geovanni, um dos nossos melhores e mais perigosos jogadores, cuja substituição determinou o fim das ocasiões de perigo que criámos. Ao invés, é por demais evidente a má forma física do Simão (também, pudera, depois de tudo o que já fez) e o abaixamento de forma do Nuno Assis (não se pode falhar um golo daqueles). O Miguel também esteve longe daquilo que nos habituou e o Nuno Gomes continua a não rematar à baliza tanto quanto deveria. E será só embirrância minha, ou o Quim deveria ter saído ao cruzamento do golo que foi cair à entrada da pequena-área? Tudo isto conjugado com a exibição da vida do Costinha significou mais dois pontos a voar.

Neste momento não sei bem o que pensar. Sinto-me como se estivesse a dormir e a ter um sonho magnífico, mas ouvisse em fundo uma barulheira infernal no quarto ao lado que poderá acabar por me acordar. Resta saber se conseguirei terminar a tempo o sonho. Perder cinco pontos em duas semanas não augura nada de bom, mas sofrer golos nos últimos minutos e exibições estratosféricas dos guarda-redes adversários não acontecem sempre. E agora lá estamos como o nosso treinador gosta, só com um ponto de avanço... Entretanto, irei à Amadora e ao Algarve para continuar a alimentar o sonho.


P.S. - E é claro que hoje à noite irei à Cinemateca...

quarta-feira, abril 13, 2005

Superstições

Como todo o bom adepto que se preze tenho algumas superstições futebolísticas que se têm vindo a agravar nos últimos anos. Têm sobretudo a ver com os jogos dos nossos rivais, já que o efeito dos cachecóis e camisolas que dão sorte nos encontros do Glorioso, como os vejo a todos, acaba por se anular a si próprio (por exemplo, a minha camisola do Nuno Gomes tinha dado bastante sorte, até ao dia em que perdeu o último jogo na velha Luz contra o clube regional).

Em relação aos jogos dos outros, há duas chamá-las-emos coincidências que se verificam constantemente. A primeira delas é que quando vou ao cinema (especialmente se for à Cinemateca), ao mesmo tempo que um jogo dos lagartos ou do clube regional, raramente eles ganham. Então com os lagartos é quase “cada tiro cada melro”. As grandes alegrias da vitória do Gil Vicente por 3-0 em Alvalade há dois anos, da vitória do Nacional da Madeira por 3-2 no ano passado ou do empate do Leiria em Alvalade neste ano foram obtidas desta maneira. Em relação ao clube regional não é tão frequente, mas o empate do Leiria no Dragon e a derrota deste fim-de-semana com o Boavista também me apanharam no cinema. Todavia, há uma nuance que se liga com a segunda coincidência. Estes resultam positivos só se verificam se o jogo já tiver terminado quando eu sair do cinema. E a segunda coincidência é precisamente esta: quando chego ao carro vindo seja lá de onde for e ligo o rádio é certo e sabido que tanto os lagartos como o clube regional marcam. Só neste ano foi assim que ouvi o clube regional a marcar em casa ao Gil Vicente e os lagartos ao Belenenses (e em ambos os casos ganharam os respectivos jogos).

Neste fim-de-semana, vi o jogo dos lagartos contra o Beira-Mar até aos 77 minutos noutra casa que não a minha e no trajecto de regresso de somente 10 minutos, como o campeonato está na fase decisiva e convém não arriscar, não liguei o rádio propositadamente. O meu irmão, que estava comigo no carro, achou um grande disparate e fartou-se de protestar, mas o rádio ficou desligado mesmo. Imaginem que eu o tinha ligado... Nunca me iria perdoar, porque a culpa da vitória dos lagartos aos 84 min. teria sido obviamente minha!

terça-feira, abril 12, 2005

Levados ao quê?

Acho imensa graça quando os adeptos dos outros clubes dizem que estamos a ser “levados ao colo”. Desculpem? Importam-se de repetir? Para não ir mais atrás, basta referir que para além de termos sido prejudicados em três das últimas quatro jornadas, com penalties por marcar e golos limpos anulados, vimos na semana passada mais uma benquerença falta de visão no Dragon e esta semana tivemos em acção um fiscal-de-linha no Alvalade XIXI, perdão XXI: na 1ª parte é anulado um golo ao Beira-Mar por fora-de-jogo em que o jogador estava no mínimo em linha; na 2ª é validado o golo aos lagartos em que o Liedson está ligeiramente adiantado na altura da cabeçada do Polga. Reconheço que os dois lances são complicados de julgar, porque são uma questão de centímetros, mas o fiscal-de-linha (que era o mesmo) decidiu-os de igual maneira: foram ambos a favor dos lagartos.

Venham lá falar agora dos favorecimentos ao Glorioso...

segunda-feira, abril 11, 2005

Injusto

A derrota com o Rio Ave foi a mais injusta do ano. Provavelmente a única que não merecíamos (se descontarmos a benquerença roubalheira). Depois de uma 1ª parte equilibrada, dominámos completamente na 2ª e na única ocasião de perigo que o Rio Ave teve sofremos o golo no último (!) minuto.

Todavia, há coisas que não compreendo: porque é que entrámos em jogo cheios de medo? A 1ª parte foi muito fraca e qualquer semelhança com o mesmo período do jogo com o Marítimo foi pura coincidência. A jogar praticamente em casa, com o estádio todo de vermelho, não percebo porque é que não entrámos para cima deles, a pressionar e a tentar construir uma vantagem segura, para não corrermos o risco de acontecer o que aconteceu. Mesmo assim, conseguimos criar uma excelente oportunidade que o Simão não deveria ter falhado. Na 2ª parte tivemos mais duas grandes chances de marcar que desperdiçámos. Na 1ª delas, o remate do Nuno Gomes foi muito fraco, mas se o Karadas se tivesse esticado teria chegado à bola. E na 2ª o Luisão falha inacreditavelmente de cabeça depois de o guarda-redes ter falhado a intercepção num canto. E no último minuto lá aconteceu o impensável. Depois de ter defendido durante a 2ª parte toda, num contra-ataque, em que o Petit não acompanhou convenientemente o extremo contrário e o João Pereira deixou o marcador do golo à vontade, o Rio Ave ganhou o jogo. Mas será que sou só eu a achar que foi um pouco frango do Quim? O remate é à queima, é certo, mas a bola vai para o centro da baliza e é o nosso guarda-redes que a coloca lá dentro! Voltamos à velha questão: não sei até que ponto o Moreira não o teria defendido.

E pronto, lá estamos com a vantagem reduzida para três pontos (as declarações do Trapattoni antes do jogo, quando disse que ganhou sempre os campeonatos com um ou dois pontos de vantagem, também não foram das mais felizes, para dizer o mínimo...). Espero que em termos psicológicos a equipa não se vá abaixo, porque acabámos por fazer um bom jogo, nomeadamente na 2ª parte, e não merecíamos de todo ser derrotados. Mas se entrarmos em campo com ganas de ganhar logo desde início é muito mais difícil sermos contrariados. Os próximos quatro jogos (Leiria e Belenenses em casa, Estoril e Penafiel fora) darão a resposta, temos obrigação de os vencer (especialmente tendo em conta os dois últimos jogos do campeonato - lagartos em casa e Boavista fora), mas se isso não acontecer, temo o pior.

quarta-feira, abril 06, 2005

Rui Costa renova pelo AC Milan

1) Fico contente por o Rui Costa ter o reconhecimento que merece como grande jogador que ainda é. Caso contrário, o Milan não teria querido renovar o contrato até aos seus 35 anos em 2007.
2) É legítimo alguém procurar ganhar sempre mais e durante mais tempo no seu emprego. Mas quando já se ganha 80.000 contos/mês e se tem alguma cabecinha, não me parece que esteja em causa um futuro duvidoso.
3) Diz ele que aceitou "imediatamente" quando lhe propuseram a renovação e que irá terminar a carreira no Milan. Ok, tudo bem, mas não percebo é porque é que o Rui passou a vida a dizer que gostaria de voltar ao Benfica para acabar a sua carreira. Durante muitos anos disse que o seu possível regresso ao Glorioso nunca seria uma questão de dinheiro. Afinal em que é que ficamos? Com 33 anos, tendo já ganho tudo o que poderia ganhar no Milan (Campeonato e Taça de Itália, Liga dos Campeões e Supertaça Europeia) e sendo há duas épocas suplente do Kaká, o que é que o motivou a renovar contrato senão o dinheiro? O Poborsky saiu do Glorioso para a Lázio e, quando estes lhe propuseram a renovação ao fim de ano e meio, não aceitou dizendo que já tinha ganho dinheiro suficiente no futebol e que queria voltar para o seu país e para o Sparta de Praga. E ao que consta ele nunca teve vencimentos ao nível do Rui Costa...

Continuarei a ser um grande admirador do Rui e a desejar-lhe todos os sucessos desportivos (enquanto ele lá estiver, como escreveu há uns tempos a Leonor Pinhão, todos os benfiquistas serão também adeptos no Milan), mas confesso que esta renovação foi um grande balde de água fria.

segunda-feira, abril 04, 2005

O estofo e a sorte dos campeões

Com muitos Benficas-Marítimos, o meu coração não vai aguentar até ao fim do campeonato. Aos melhores 25 minutos da época sucederam-se inacreditáveis desconcentrações defensivas. Mas, depois de termos sofrido o empate a três, demonstrámos estofo de campeão e uma vontade de alterar o rumo dos acontecimentos como tinha sido pouco vista este ano. Notou-se bem que os jogadores acreditaram até ao fim que era possível vencer o jogo. A vitória é mais que merecida e sem beneficiar de favores nenhuns. E é assim que nós gostamos de ganhar jogos (ao contrário de um certo clube que não olha a meios para atingir os seus fins). Aliás, mais uma vez (e é curioso que já é o terceiro jogo consecutivo em que isto acontece), fomos prejudicados. O golo invalidado ao Nuno Gomes é de bradar aos céus! Um domínio de peito é transformado em domínio com o braço, ou seja, exactamente o oposto do que aconteceu com o Jorge Costa no jogo com o Gil Vicente. Que pena não termos a “benquerença” (que coincidência ter sido este o árbitro...) do clube regional.

Individualmente, destacaram-se pela positiva o Nuno Gomes, ao readquirir a sua veia goleadora (o seu 2º golo é magnífico), e o Miguel, que nos dá um desequilíbrio atacante que poucos laterais-direitos mundiais podem dar. Até o Trapattoni “perdeu a cabeça” e colocou os três pontas-de-lança ao mesmo tempo em campo (só aos 82 min, mas lá estiveram os três juntos)! Aliás, as entradas do Mantorras e Karadas foram fundamentais para a vitória, como se viu no 4º golo. Negativamente, estão o Quim, que tem grandes responsabilidades no 1º e 3º golos (quando é que ele agarrará uma bola num cruzamento?!), e o Luisão, que ainda devia estar com o jet lag.

Há muito tempo que não víamos o Glorioso ganhar um jogo nos últimos minutos, mas alguma vez teríamos que ter a sorte dos campeões. O estádio, quase cheio, estava lindo e a cereja no topo do bolo foi-nos dada pelo jogador que mais merece ser um herói: Mantorras. As vitórias assim são mais saborosas, mas eu trocava o jogo de ontem (sem dúvida o melhor desta edição do campeonato) por um 4-0 a nosso favor. O sofrimento teria sido bastante menor...