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quinta-feira, novembro 02, 2023

Positivo

Arrancámos bem a fase de grupos da Taça da Liga com uma vitória em Arouca por 2-0. Com a continuidade na Champions, melhor dizendo na Europa, muito tremida, e a atravessar um período nada bom, o Roger Schmidt não fez poupanças e a equipa deu uma resposta melhor do que tem dado.
 
Inovando tacticamente com três centrais, alinhámos igualmente com o Gonçalo Guedes na frente, secundado pelo Rafa e Di María. E começámos logo com duas boas chances, com o Di María no seu movimento habitual da direita para o meio a atirar em arco ao lado e o Gonçalo Guedes a rematar muito por cima depois de um bom movimento a desenvencilhar-se de dois defesas. O Rafa e o Aursnes também tiveram ocasiões, porém ambos os remates saíram ao lado. Até que aos 26’ inaugurámos o marcador pelo Di María num livre directo semelhante ao que teve em Vizela. O Arouca justificava o facto de estar num péssimo momento com uma série de derrotas consecutivas e praticamente não conseguiu criar perigo.
 
Na 2ª parte, o cariz do jogo manteve-se o mesmo, com o Arouca com muitas dificuldades para dar trabalho ao Trubin. Colocámos de novo a bola na baliza pelo João Mário, mas o Gonçalo Guedes estava fora-de-jogo no início da jogada, uns bons 10’’ ou 15’’ antes de a bola entrar na baliza...! Acho isto ridículo! É muito pior um canto mal assinalado que dá golo, e aí o VAR já não intervém, do que uma jogada destas que ainda passa por não-sei-quantos jogadores antes de entrar na baliza! O Schmidt começou a rodar a equipa e tirou os três da frente para colocar o Arthur Cabral, Tengstedt e Tiago Gouveia. Naturalmente que a qualidade baixou, embora o Tiago Gouveia tenha dado outra vez mostras de merecer mais oportunidades. Mesmo assim, ainda tivemos direito a um momento muito pouco vulgar, ou seja, um golo do Arthur Cabral! Assistência do Tengstedt com o brasileiro a partir ainda do nosso meio-campo, a aguentar o defesa e a rematar muito bem à saída do guarda-redes. Grande golo! Até final, o Tiago Gouveia ainda rematou com perigo por cima e o Arouca teve a sua única oportunidade, mas o Trubin encaixou bem.
 
Em termos individuais, realce para o Di María enquanto esteve em campo, continuo a achar que o Florentino tem de ser titular, apesar de ainda não estar na sua melhor forma, o João Neves fez o corredor direito, mas é um desperdício jogar aí, e o Guedes, mesmo um pouco desastrado, é um sério candidato ao lugar de avançado. Menção honrosa para o Arthur Cabral por causa do golo, que pode ser que lhe dê a confiança devida para sair do marasmo em que está desde que chegou ao Benfica.
 
Com este resultado, basta-nos um empate frente ao AVS em casa para nos qualificarmos para a final fourdesta competição. É certo que é a terceira na ordem de importância das provas nacionais, mas não só temos um prestígio a manter por sermos o clube que a conquistou mais vezes, como também há que ultrapassar esta seca de sete anos sem a conquistar.

1 comentário:

joão carlos disse...

Alguma coisa tinha de ser feita de diferente e algumas mudanças eram necessárias e nisso temos de dar mérito ao treinador por ter a capacidade de pelo menos tentar alterar as coisas agora resta saber se estas alterações vem para ficar, mesmo que seja para alternar entre os dois modelos com alguma frequência, o que é sempre bom porque leva a que os adversários fiquem na duvida de que maneira vamos atuar e assim sermos imprevisíveis, já que um dos nossos defeitos éramos ser demasiado previsíveis, ou se foi apenas uma coisa esporádica sem continuidade.
Ainda assim pese embora algumas coisas positivas neste sistema, que protege melhor alguns jogadores, não pode ser executado utilizando aqueles jogadores a jogarem a laterais é que neste sistema os extremos são os laterais e jogando com dois médios centros nas duas posições de laterais e indo eles sempre para dentro, por características dos jogadores, significa que deixamos de ter jogo exterior afunilados ainda mais um jogo que por tendência já afunilávamos muito.
No entanto este sistema não é milagroso alguns defeitos foram corrigidos e outros disfarçados, mas muitos dos erros continuam lá, como por exemplo o manter o jogo demasiado tempo em aberto e neste até conseguimos aproveitar o adiantamento deles quando acreditaram que poderiam fazer melhor devido às substituições muito cedo coisa que muito provavelmente foi só por ser este jogo e que muito provavelmente o treinador não vai repetir noutros jogos.