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quarta-feira, junho 30, 2004

Adivinha

Qual é o clube do mundo (repito, do MUNDO!) com o maior número de jogadores presentes nas meias-finais do Euro 2004? Resposta aqui

terça-feira, junho 29, 2004

Frantic

O Durão ainda não quer dizer o que toda a gente já sabe.
O Santana quer dizer o que toda a gente esperava não saber.
A Direita não quer eleições porque sabe que as vai perder.
A Esquerda quer eleições porque sabe que as vai ganhar.
O cidadão comum quer que ganhemos à Holanda.
O benfiquista ainda alimenta a esperança de ter um treinador campeão mundial e (espera que também) europeu à frente da equipa.

segunda-feira, junho 28, 2004

A laranja

Pelo que se tem visto até agora, não está tão mecânica como de costume, mas nunca fiando. O que vale é que o treinador tem dado uma ajudinha, com substituições a fazer lembrar os bons velhos tempos do Sr. Boloni. Colocar o Makaay a três (!) minutos do fim é de um arrojo enorme (será que ele viu o que a Holanda melhorou com a sua entrada?). Isto já para não falar da substituição de um médio-defensivo (Davids) por um... defesa-direito (Heitinga) (!) a meia-hora do fim. Espero que ele mantenha esta coragem no jogo contra nós... Aliás, a resposta de um adepto holandês à pergunta se tinha gostado das substituições do Advocaat foi paradigmática: "Please, don't make us cry!"

Pelo nosso lado, especula-se sobre a entrada do Pauleta em detrimento do Nuno Gomes. O quê?! Importam-se de repetir?! Estatísticas oficiais: Pauleta: 193m., 0 remates, 0 golos; Nuno Gomes: 221m., 11 remates (média: 4,48/jogo), 1 golo. Há dúvidas?! Por outro lado, espero que o Ricardo Carvalho faça o mesmo ao Van Nistelrooij que fez nos jogos do FCP com o Manchester United (que grande desgosto eu tive na altura...); é que agora ele veste uma camisola com a cor certa!

sábado, junho 26, 2004

A única vantagem

de ter o Santana ("salta-pocinhas") Lopes como primeiro-ministro é ver o MST a subir pelas paredes com um enorme ataque de raiva...!

E, se formos campeões europeus, com ou sem golo da "grande desilusão do Europeu" (conforme ele profetizou na TVI), o Rui Costa, então o sapo que engolirá será de um tamanho incomensurável! Aposto que ficará de rastos com estes dois desgostos. E eu ficarei (ainda) mais feliz!

sexta-feira, junho 25, 2004

A festa

Estacionado o carro à porta do El Corte Inglès fui a pé até ao Rossio! As ruas estavam cortadas ao trânsito, o que facilitou imenso a caminhada. Foi uma noite memorável! Nunca tinha visto tanta gente na rua. Para conseguir beber uma cerveja foi o cabo dos trabalhos. Quando passei por um grupo de croatas, eles gritaram "Portugal", ao que eu respondi "Sokota"!

Algumas situações engraçadas: um adepto no Marquês empunhava um cartaz: "Who's Next?"; outro que subia a Av. Liberdade anunciava: "Last Flight to England 23h30"; outro pintou o seu Fiat Panda meio verde e meio vermelho, tinha um boneco do Scolari lá dentro e escreveu na porta "Scolaridade obrigatória".

É bom ver o povo divertir-se!

P.S. - Gostaria de mandar as condolências ao único português que ficou triste ontem. O tal que eu
mencionei. Pois é, Miguel Sousa Tavares, os jogadores da selecção puseram ontem o país a festejar nas ruas. E eles "não sabem fazer mais nada", imaginem só se soubessem... Será que é agora que ele vai emigrar para o Equador?

Futebolisticamente falando

Acabámos por fazer uma grande exibição colectiva. Há que, no entanto, destacar alguns jogadores.

Positivamente:

O Ricardo teve finalmente a sua desforra pessoal (o Baía poderia ter defendido tudo o que ele defendeu, mas certamente que não marcaria o pénalti). Como disse o meu pai, é bom ver o Ricardo Carvalho na nossa equipa a defender com uma camisola vermelha. Sempre que o via a disputar um lance com um inglês, os meus batimentos cardíacos baixavam, "já é nossa". O resto da defesa também esteve bastante bem, o Jorge Andrade no seu nível habitual, o Nuno Valente meteu o Bechkam no bolso e ganhou a maioria dos lances aéreos e o nosso Miguel, que vai ser muito difícil segurar depois do Euro que está a fazer. No meio-campo, o Maniche (apesar de eu continuar a achar que, se a situação alguma vez se viesse a colocar, não tem estatura moral para representar o SLB) esteve soberbo e o Deco impressionante, especialmente quando fez 45 minutos a defesa-direito (estão a ver, não sou tão faccioso pelo SLB que não me permita ver o óbvio!). O Cristiano Ronaldo, apesar de não ter jogado mal, confirmou o que já se sabia, ou seja, que desequilibra mais a entrar a meio dos jogos do que a jogar de início. O Nuno Gomes fez igualmente um jogo fantástico, a abrir espaços para os médios (o Rui Costa que diga...) e a tabelar com os companheiros (espero sinceramente que o Scolari não se lembre de dar a titularidade ao Pauleta no próximo jogo).

Quanto aos suplentes, voltámos a acertar na mouche. O Simão mostrou-se finalmente ao nível gloriosamente habitual, dois remates perigosíssimos e um centro fabuloso para o 1º golo. O Postiga foi decisivo, o que foi merecido depois da temporada difícil que teve em Inglaterra. Os ingleses é que não o devem poder ver, depois de os ter eliminado com um golo (com a mão é certo) nos Sub-21, ontem fez o que fez. Last but definitely not least, o soberbo, o fabuloso Rui Costa. Para além de um jogador magnífico, é um GRANDE homem. O golo dele é indescritível, até me vieram as lágrimas aos olhos. Vê-lo marcar um golo daqueles no seu Estádio da Luz e depois de todo o mal que disseram dele, fazendo-o bode expiatório da derrota com os gregos, foi dos momentos mais alegres que tive na minha vida. Reparem nesta cara de felicidade absoluta:




Negativamente:

Da mesma maneira que disse no post de ontem que era inacreditável os adeptos assobiarem o Figo, manda a verdade dizer que a sua atitude, aquando da substituição, foi lamentável e muito feia. Ele é indiscutivelmente o 2º melhor jogador português de todos os tempos, mas como pessoa desiludiu-me muito. Ele que olhe para o Fernando Couto e o Rui Costa e aprenda a ser mais humilde e a dar força aos companheiros, mesmo quando não está em campo. Finalmente, esse grande coveiro da selecção, chamado Costinha. Não bastou no jogo contra a Grécia ter feito um péssimo passe, que deu origem ao contra-ataque de que viria a resultar o pénalti, ontem faz uma abertura genial para o Owen aos três minutos! O que é que este homem continua a fazer em campo? Desde quando é que o Petit não é melhor que ele a recuperar bolas a meio-campo? Ok, ele tem melhor jogo de cabeça, mas para isolar ingleses e falhar golos de baliza aberta com os espanhóis, não é necessário... Porque é que ele não fez uma abertura daquelas para o Morientes na final da Liga dos Campeões?! Enfim, como deve ser titular no próximo jogo, resta-me desejar que leve um cartão amarelo, para o Petit poder jogar a final!

Por último, uma referência para o Scolari. Já se sabia que não poderia ser mau treinador (tantos títulos numa carreira não acontecem por acaso), mas em termos de unir as tropas, tanto em campo, como fora dele, duvido que haja melhor que ele. A empatia que criou com os adeptos, desde as bandeiras nas janelas, como os reptos aos carros que vêem o autocarro da selecção passar, fazem dele um mestre no jogo psicológico. Espero bem que venha para o Glorioso para o ano! (Ainda não perdi a esperança... :-)

O melhor espectáculo da minha vida

Já fui a inúmeros jogos de futebol na minha vida, mas a experiência de ontem foi inolvidável. Nunca tinha vivido uma situação semelhante. No 3º anel da Nova Catedral, estávamos rodeados por ingleses e o ambiente foi fantástico. O fair-play deles é espantoso (temos mesmo muito que aprender neste domínio). Chegaram a desejar-nos "good luck" antes dos pénaltis! Cantam durante o tempo todo, fazem um barulho ensurdecedor, gostam e percebem mesmo de futebol. Mesmo que tivéssemos perdido, sairia do estádio bem-disposto só por causa daquele espectáculo. É bom ver futebol no meio de verdadeiros adeptos que não querem só ganhar a todo o custo e que apoiam a sua equipa mesmo depois dela sofrer um golo aos 83 minutos! Acabei por ter pena de os ter defrontado tão cedo no Euro, mas por outro lado foi um privilégio ter visto aquele jogo ao vivo com eles.

E depois houve outro momento memorável. Ao intervalo, estava um inglês a falar ao telemóvel e a dizer: "I'm here at the stadium. It's fucking amazing! Unbelievable!". Com a camisola do Glorioso SLB vestida e o número 21 do Nuno Gomes nas costas, bati-lhe no ombro, ele virou-se e eu estiquei-lhe o polegar a sorrir.

quinta-feira, junho 24, 2004

Três sílabas

Pode ser só impressão minha, mas nos dias dos grandes jogos sinto sempre uma vibração qualquer no ar. E não é só porque não se fala de outra coisa na comunicação social. Basta andar na rua para se sentir essa energia. Por isso, ando durante o dia com três sílabas a martelarem-me permanentemente a cabeça:

BEN-FI...

Perdão, é a força do hábito...

POR-TU-GAL!

Logo à tarde, lá estarei na Nova Catedral a aplaudir incessantemente a nossa selecção. Só espero é não ouvir, como aconteceu no Portugal-Rússia, alguns a chamarem nomes ao Figo e a mandarem-no embora durante a 2ª parte do jogo. Por muito má forma que esteja, é inadmissível que o assobiem depois de tudo o que ele fez pelo nosso país! Se nem eu, nestes jogos, assobio os jogadores do FCP (e Deus sabe o esforço que faço, principalmente quando ouço o speaker anunciar o número 6)...

Apesar da selecção não ser, como é óbvio, o Glorioso SLB, se ganharmos conto festejar bastante. Se perdermos, continuarei a torcer pelo Eriksson, Fyssas, Poborsky e Van Hooijdonk.

P.S. - Porque é que nós nos armamos em chico-espertos de vez em quando? Porque é que o português tem a mania que pode sempre enganar os outros para provar que é mais esperto? A fazer fé nas palavras
dele, quem é que o enganou?

terça-feira, junho 22, 2004

Eu vou lá estar!

O meu desejo do Portugal-Inglaterra na Nova Catedral concretizou-se. Pelo que a Inglaterra tem vindo a mostrar, e especialmente no jogo de hoje em que não perdeu a cabeça com o golo contrário aos 3 minutos (exactamente o que nós não fizemos no jogo contra os gregos), vai ser um jogo complicadíssimo. No entanto, promete ser um festa dentro e fora do campo. E, sinceramente, depois da exibição de ontem não acho que sejamos menos favoritos que os ingleses. Para parar o Rooney lá temos o Ricardo Carvalho (um jogador magnífico que, estranhamente, apesar de vir de onde vem, raramente dá "cacetada"!) E para marcar golos lá estará o Nuno! 5ª feira averiguarei tudo isto in loco!




P.S. - Mesmo que percamos, tenho o pequeno consolo de ver esse grande gentleman, chamado Eriksson (que ainda hoje disse que gostou muito da Nova Luz, como já gostava da velha), seguir em frente.

segunda-feira, junho 21, 2004

Desire

O Sokota que me perdoe, mas, tendo bilhetes para os quartos-de-final na Nova Catedral, preferiria ver um Portugal-Inglaterra do que um Portugal-Croácia. Além de que está provado que jogamos melhor frente a adversários mais cotados do que frente a outros teoricamente menos fortes.

Por outro lado, se queremos ser reconhecidamente os melhores da Europa, convém-nos defrontar as melhores selecções, para não sermos como os outros, que foram campeões europeus de clubes, sim senhor, mas que só defrontaram uma grande equipa europeia (e mesmo esta a passar a sua maior crise dos últimos anos...). Para grande sorte deles, todas as outras foram eliminadas quase ao mesmo tempo.

Bem, mas qualquer que seja o adversário, lá estarei ao vivo a puxar pela nossa selecção! E, jogando o Nuno Gomes de início, temos todas as razões para estarmos confiantes.

Euro-considerações na ressaca da grande vitória

(Finalmente estou em dia no blog... Espero que tenham acabado de vez os flashbacks....)

1 - Jogámos muito mal frente à Grécia, entrando incrivelmente muito nervosos. Na noite dessa dia, fui comprar a segunda bandeira para pôr à janela e a rapariga da loja olhou para mim como se esivesse a olhar para um alien. Disse-lhe: "façamos o funeral quando morrermos, ainda só perdemos um jogo, não percebo porque é que já está tudo descrente". Por outro lado, temos sempre grande desilusões futebolísticas em termos de selecção naquele estádio e no que o antecedeu...

2 - Jogámos um pouco melhor frente à Rússia na Nova Catedral, mas convém não esquecer que jogámos contra dez durante toda a 2ª parte. Ao vivo, o futebol tem outro encanto e foi a primeira vez que fui para o 3º anel. A visibilidade é fabulosa! Claro que continuo a preferir o meu título fundador no piso 0, mas fiquei espantado com o bem que se vê mesmo estando longe do relvado. Vibrei bastante com o magnífico golo do Rui Costa e q.b. com o primeiro... Ah, é verdade: o outro é que vale 20 milhões de euros, mas o Miguel é muito melhor!

3 - Estava muito descrente quanto as nossas possibilidades, dado que a Espanha me pareceu muito melhor que nós nos dois jogos. Não estava é nada à espera que entrássemos a matar como entrámos. Jogámos como um bloco e o meio-campo tripeiro esteve muito bem. Mas quem é que tinha que resolver o jogo?! Pois é... tivéssemos jogado com ele mais tempo e, se calhar, não tínhamos passado por este sufoco. Desde o primeiro jogo que melhorámos imenso sempre que o Nuno Gomes entrava em campo. O Pauleta é um grande jogador, mas parece-me fisicamente de rastos. Claro está que a vitória soube muito melhor com um golo glorioso! :-)


Vou mencioná-lo... - 18/6

Apesar do nome deste blog indicar o contrário, sou obrigado a mencioná-lo graças a esse artigo abjecto assinado no Público na passada 6ª feira, dia 18, por esse Margarida Rebelo Pinto masculino da nossa literatura. Aliás, o artigo é tão inqualificável, que o Público online não sequer o tem disponível (será coincidência...?)

“Filho, só vai para futebolista quem não sabe fazer mais nada” é provavelmente uma das frases mais idiotas de sempre. Há coisas que os nossos paizinhos nos dizem e que nós, se fôssemos espertos, não repetiríamos, por isso não ser muito abonatório para a inteligência deles (era certamente preferível ter o Zidane numa serralharia em vez de o ver dominar a bola como o domina...). Principalmente quando nós próprios rejubilamos com as vitórias do nosso clube graças a esses que “não sabem fazer mais nada”! Ou somos parvos ou estamos a entrar em contradição. Será que também só é pintor, escultor ou actor quem não sabe fazer mais nada? Ou só quem tem o curso de advocacia e é comentarista/cronista/escritor é que sabe fazer alguma coisa?

“Jogadores da selecção que, até à data, não fizeram nada, absolutamente nada que justifique as homenagens”?! Estarei enganado ou o Figo, o Rui Costa e o Couto não foram campeões do mundo de sub-20? Estarei enganado ou estes três jogadores juntamente com outros não conseguiram três qualificações em quatro possíveis para Campeonatos da Europa e do Mundo, facto inédito do futebol português? Estarei enganado ou não conseguiram ficar entre os oito primeiros no Euro ‘96 e em 3º lugar no Euro 2000? Estarei enganado ou um deles não chegou a ser considerado o melhor do mundo, outro foi campeão europeu de clubes, e o terceiro tem uma série infindável de títulos conquistados? “Não fizeram nada”?! Este senhor sabe bem que Portugal seria muito menos conhecido no mundo inteiro se não fossem estes que “não sabem fazer mais nada”... Porque é que é mais desprestigiante para Portugal ser conhecido por causa do Figo, em vez de ser pelo Saramago ou Siza? Não serão todos eles o paradigma da excelência naquilo que fazem? Porque é que uns podem ser heróis e outros não? Felizmente que o nosso país não é conhecido é por causa de alguém que escreve um livrozeco qualquer e publica uns quantos artigos de jornal... Muito mal andaríamos nós neste caso...

“Histeria patriótica com a bandeira nacional”? O que é que tem mais lógica? Vermos as fachadas dos prédios enfeitadas com a bandeira durante os dias do Europeu ou irmos a uma sessão de autógrafos na Feira do Livro, uns bons 15 dias depois de uma vitória europeia de um certo clube, com o cachecol ao pescoço?! Então, mas “o favor de disputar uns quantos jogos de futebol” é só em relação à selecção? O clube já não os disputa? Afinal, quem é que tem uma “febre endémica”?!

Também quem é que pode dar credibilidade a um senhor que é do clube que é e que não achava a Marilyn Monroe nada de especial, porque era “gorda”?! Porque é que este tipo não emigra de vez para o Equador?

terça-feira, junho 15, 2004

Tiago e Scolari - 8/6

Não sei o que passou pela cabeça do Tiago para dar aquela entrevista ao "Público" em que faz graves acusações a Luís Filipe Vieira e a José Veiga. Devo dizer que a contratação deste último me faz um pouco confusão. Não haveria ninguém no grande universo de adeptos benfiquistas (seis milhões ou não) capaz de comandar o futebol profissional? Era preciso ir buscar um empresário de futebol e sócio do Porto? Enfim, tenho grandes dúvidas em relação a isto, mas resta-me esperar para ver.

De qualquer maneira, o Tiago não tem o direito de fazer aquelas afirmações, por muita razão que tenha. Apesar de tudo, é jogador do Benfica e tem mais três anos de contrato. Está a querer esticar a corda, para ver se o Benfica o liberta (destino: Porto?). O próprio timing é muito suspeito, porque já se sabia há muito tempo que o Veiga viria para o Benfica e agora estamos em pleno estágio da selecção. O objectivo dele seria que o Benfica não pudesse responder sob pena de vir a ser acusado de desestabilizar um elemento da selecção?

Aliás, convém relembrar que, no próprio dia da sua apresentação, o Tiago tinha dito um pouco subliminarmente que o Benfica não era o auge da sua carreira. Não sei muito bem como vamos "descalçar a bota", mas o Tiago é um jogador fundamental no futuro do SLB.

Quanto ao caso Scolari, sinceramente não entendo. Quem é que deu a notícia que ele seria o novo treinador e com que objectivo? Chateá-lo, para ele recusar de vez a possibilidade de vir? Para o SLB ser acusado de desestabilizar a selecção? Qualquer que tenha sido o objectivo, não é assim que se devem fazer as coisas...

Goodbye and don't come back - 2/6

O panorama futebolístico vai ficar muito mais desanuviado com a ida do Mourinho para Inglaterra. Só de pensar que não vou ter que ver quase diariamente a sua pose de convencimento, arrogância e presunção faz-me sentir muito melhor do estomâgo. Vou deixar de sentir aquela sensação de náusea absoluta que tinha cada vez que o via.

Nunca gostei muito do Chelsea graças a esse grande problema estrutural, a cor das camisolas. Agora passará a ser a equipa que eu mais quero ver perder, depois do Porto, naturalmente. Ao Mourinho resta-me desejar-lhe as maiores infelicidades e os maiores insucessos na sua carreira e que a sua queda seja tão grande quanto a sua ascensão. Vai e não voltes!

segunda-feira, junho 07, 2004

As Bodas de Ouro - 27/5

O dia, que tinha começado de forma tão triste, terminou de forma gloriosa. Por ocasião do 50º aniversário da estreia, a Cinemateca passou pela enésima vez o fabuloso Johnny Guitar (também conhecido pelo “Johnny Bénard”, segundo o próprio). Foi a 5ª vez que o vi numa sala de cinema e devo confessar que foi a vez que gostei mais (claro está que quando o vir pela 6ª, direi exactamente o mesmo...). Este filme é exactamente como o vinho do Porto. Os décors, os diálogos, a cor, os olhares, o não-dito melhoram a cada nova visão. As imagens parece que renascem e nos surpreendem como se as víssemos pela 1ª vez. Está tanto no ecrã e muito mais fora dele. Do que se passou antes, nada nos é dito explicitamente. Apenas o poderemos imaginar. E, no entanto, nunca teremos a certeza...

- How many men have you forgotten?
- As many women as you remember.

domingo, junho 06, 2004

The Longest Day - 27/5

Os dias de luto são sempre os mais longos a passar. Sim, disse bem, os dias de luto, ou não tivesse eu hoje vindo todo vestido de preto para o trabalho. Poucos foram os que se espantaram com esta decisão, facto que me congratulou, pois os meus colegas começam a conhecer-me razoavelmente bem.

Houve até um que tinha feito a promessa de pagar um café a cada pessoa da empresa (somos cerca de 40) por cada golo de diferença que o FCP obtivesse. Claro está que eu não bebi nenhum! Certamente teria logo uma gastrenterite aguda se ingerisse algo para celebrar uma vitória do FCP.

A propósito de celebrar, ontem à noite dei uma voltinha por Lisboa no fim do jogo e verifiquei que só no Saldanha é que se verificava uma concentração de pessoas (que é como quem diz, estavam lá meia dúzia de gatos pingados). Qualquer semelhança com a grandiosa festa que se fez de vermelho vestido na Avenida dos Aliados aquando da nossa vitória na Taça é pura coincidência.

P.S. - Uma amiga minha faz anos hoje. Coitada, está rodeada por datas tristemente célebres! Ontem foi o que foi, há 17 anos atrás aconteceu precisamente o mesmo e amanhã, por outras razões, também é o aniversário de um dia triste...

quinta-feira, junho 03, 2004

"Me. I like me" - Bart Lonergan (Ernest Borgnine) in Johnny Guitar - 26/5

O que vale é que, mesmo nestas alturas de maior tristeza, o FCP ainda é capaz de me dar alegrias. A maneira como o Mourinho comemorou (?) a vitória em pleno relvado foi delirante! Numa atitude de “eu-sou-superior-a-isto-tudo” (a propósito, leiam), das primeiras coisas que disse foi que se queria ir embora! Também, quando um clube regional que é representado por gente mesquinha e vil ganha algo, é natural que atitudes destas aconteçam... O homem nem sequer foi ao Porto comemorar com os adeptos! Já se tinha percebido que eles não sabiam ganhar, nem perder, mas ficou a saber-se que também não sabem comemorar! Quando a arrogância e o egocentrismo são valores absolutos, eis o que acontece...

The Nightmare Before Christmas - 26/5

O que todos os desportistas (palavra que, como toda a gente sabe, é antónima de portista) temiam concretizou-se hoje: o FCP ganhou a Liga dos Campeões.

A bem do patriotismo é suposto estarmos todos contentes! Patriotismo? Será isso um valor assim tão supremo? Deverei estar feliz por alguém, que representa todos os valores que eu abomino, se destacar no estrangeiro, só porque ele é português? Porque é que eu deveria ficar contente com a vitória da equipa que:
- Tinha adeptos de uma das suas claques a esperar os adeptos da Lazio no aeroporto para lhes desejar boa sorte?
- Cujo treinador se congratulou publicamente quando o SLB foi eliminado na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, porque assim o dinheiro distribuído pela UEFA iria todo para eles?
- Representa o que de mais vil tem o desporto, nomeadamente a falta de fair-play (no campeonato português, quando estão a perder, nunca devolvem a bola ao adversário quer seja no 1º ou no último minuto, depois deste a ter atirado para fora, para ser prestada assistência a um dos seus jogadores - tomem atenção no próximo jogo...), o não-olhar a meios para atingir os fins (as constantes agressões e intimidações que fazem aos adversários, com a complacência dos árbitros), a humilhação do adversário (colocar o guarda-redes a marcar um penalty, quando o resultado já está em 3-0 – jogo contra o Varzim para a Taça, no ano passado)?
- Tem um treinador que disse que trocava uma (!) vitória pela vida do Fehér (e isto porque na altura tinha 5 pontos de avanço, caso contrário, seria provavelmente só um empate...) e um capitão que, no comunicado que leu à imprensa (portanto, não foi uma declaração a quente) sobre a morte do Fehér, não dá os sentimentos ao Sport Lisboa e Benfica?

A lista de razões é infindável e não as quero gastar todas num só post, mas claro que torci pelo Mónaco! Ainda por cima, estamos na União Europeia, é suposto não haver fronteiras...

Só há três tipos de pessoas que ficaram contentes com esta tragédia:
- Os adeptos do FCP;
- Os que não estão muito por dentro do fenómeno desportivo em Portugal, logo não sabem como as coisas se passam;
- Os que não comungam dos valores nobres do desporto: fair-play, respeito pelo adversário, saber ganhar e saber perder.

Por isso, é que passeando pelas ruas de Lisboa depois do jogo, só se viam meia-dúzia de gatos-pingados no Saldanha...

Claro está que, nestas alturas, ninguém se lembra do golo limpo anulado ao Paul Scholes em Manchester, que daria o 2-0 ao United, as agressões do Nuno Valente e Maniche no jogo da Corunha ou os quatro (!) foras-de-jogo (que isolariam outros tantos jogadores) mal assinalados ao Mónaco na final. Até na Europa são beneficiados! Tudo lhes corre bem. O próprio jogo da final foi de sentido único até à altura do 2º golo. Fazem três remates, metem três golos! O Mónaco domina durante 70 minutos e nada! O nosso melhor jogador, Giuly, magoa-se a meio da 1ª parte! A primeira vez na temporada que o Baía sai da baliza e não defende com as mãos é logo nesta final! (Também não é parvo, se fizesse uma igual à que fez com o Gil Vicente, não havia Pedro Henriques que lhe valesse...)

Enfim, esperemos que o Valência tenha mais sorte na Supertaça Europeia... Cá estarei a torcer!

terça-feira, junho 01, 2004

Phone Booth - 19/5

Estava eu a começar a almoçar hoje e telefona-me o meu irmão:

- "Telefonaram-te do Benfica, da parte do Luís Filipe Vieira, que quer falar contigo"

- "Estás a gozar!!!" (já calculava que não estava, porque não se goza com coisas sérias!)

- "Não, é verdade. Queriam o teu contacto directo e eu dei-lhes o telefone do teu emprego".

- "Devias ter-lhes dado o meu telemóvel, mas enfim..."

Engoli o almoço como pude e voltei para o emprego. Telefonei logo para o Glorioso, claro! Atendeu-me o João Salgado (chefe do gabinete da Presidência) a dizer que o Presidente estava numa reunião e a pedir-me o meu contacto directo.

Passado 15 minutos, toca o telefone. Do outro lado da linha, reconheço a voz do Luís Filipe Vieira. Pediu-me desculpa pelo que se passou com os bilhetes, disse que não tinha conhecimento das coisas que se tinham passado (presumo que se referisse à candonga), que o que estava estabelecido era que os sócios tinham prioridade, mas que as coisas iriam mudar para a próxima vez, para não haver estas confusões.

Eu disse-lhe que tinha acabado por conseguir o milagre de arranjar bilhetes na Agência ABEP e ainda bem, porque, depois do que se passou na final, nunca perdoaria ao Benfica se porventura não tivesse ido ao jogo. Dei-lhe os parabéns pela vitória e disse-lhe que foi uma alegria imensa, tão grande que no fim do jogo não resisti e chorei durante 10 minutos (ouvi risos do outro lado da linha...).

Acrescentei que esperava que, sendo a Supertaça presumivelmente em Leiria, Coimbra ou Aveiro, os bilhetes fossem vendidos de outra maneira, para as pessoas que são mais dedicadas ao Benfica, como as que têm títulos fundadores, tenham outros privilégios.

Desejei-lhe boa sorte para a próxima época para que as alegrias ainda sejam maiores, mesmo que, infelizmente, não seja possível continuar com o mesmo treinador. "Só desejo que, venha quem vier, não traga uma "brigada do reumático inglesa", ou outros jogadores de qualidade duvidosa", acrescentei. "Esteja descansado, isso acabou no Benfica".

Digam o que disserem dele, ao menos o LFV teve a cortesia de me telefonar e dar uma satisfação em resposta à carta que lhe enviei. Só espero é que, na prática, as coisas corram melhor no futuro.

As Good As It Gets - 16/5

A festa da conquista da Taça foi



O momento zen da noite foi passado encostado ao semafóro da Av. da Liberdade, de frente para o Marquês das 23h30 até às 0h30. Estava sozinho no meio daquela gente toda e pensei: o Benigni tem mesmo razão!

batteries not included (aka O Milagre da Rua 8) - 16/5

Tive uma revelação divina no Sábado. Estava eu a passar muito por acaso na Av. da Liberdade, quando toca o telefone. Como bom condutor que sou, paro para atender. Só que paro em frente ao Palácio Foz e, de repente, olho para esquerda e fui iluminado (terá sido pelo Fyssas ou pelo Simão? :-) Penso... por que não... tentar a agência ABEP?! Duvido que tenham bilhetes, nem sequer estava previsto venderem, mas porque não tentar? Não se perde nada...

Quando o tipo me pergunta "quantos quer" eu ia desmaiando. Os "ditos" caíram-me ao chão e foram a rebolar até ao Rossio! Consegui três bilhetes para a bancada lateral!!!!! Claro está que estive eufórico durante o Sábado todo e no Domingo... Bom... É melhor nem descrever!

Também apreciei sobremaneira o Fair Play e desportivismo habituais que mostrou o Mourinho na hora da derrota. É bom saber que o nome de Portugal é bem representado lá fora por pessoas de tão alto gabarito e que sabem ganhar e perder...

Subscrevo plenamente o que os Diabos Vermelhos disseram ontem:



The Scarlet Letter - 14/5

Lisboa, 14 de Maio de 2004

Assunto: Bilhetes Para a Final da Taça

Exmº Sr. Luís Filipe Vieira
Presidente do Sport Lisboa e Benfica
Exmº Sr. Dr. Tinoco Faria
Presidente da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica
Exmº Sr. Dr. Carlos Colaço
Responsável pela Organização dos Jogos

Peço aos senhores o favor de dispensarem 10 minutos do vosso tempo e fazerem o obséquio de ler esta minha carta, porque ela expressa o sentimento dos muitos milhares de sócios que se sentiram ofendidos e revoltados pela autêntica VERGONHA que se passou na manhã do dia 12 de Maio do corrente ano, dia da venda dos ingressos para a Final da Taça.

Tinha a intenção de adquirir bilhetes para mim (sócio desde que nasci, Título Fundador, accionista da SAD, subscritor do empréstimo obrigacionista), para o meu pai (sócio vitalício, Título Fundador, accionista da SAD, detentor de um lugar de estacionamento no piso -1) e para o meu irmão (sócio desde que nasceu, Título Fundador, accionista da SAD). Infelizmente, o meu avô (sócio vitalício, Título Fundador, accionista da SAD) de 87 anos já não pode subir as escadas do Estádio Nacional, pelo que eu só iria comprar três bilhetes.

Tendo o Benfica, ao que consta, cerca de 70.000 sócios pagantes é claro que a procura seria sempre muitíssimo superior à oferta dos seis mil bilhetes. Ou seja, teria de haver um critério para a compra dos bilhetes. Alguém teria de ser favorecido. Gostaria de vos perguntar o seguinte: em relação a ter privilégios sobre os bilhetes, qual é a diferença entre mim próprio (sócio desde os 15 dias, título fundador da Nova Catedral, que não falha nenhum jogo em casa, accionista da SAD, subscritor do empréstimo obrigacionista da SAD, que tinha lugar cativo no estádio antigo) e uma pessoa que se tenha feito sócia no dia anterior à venda? Eu respondo-lhes: NENHUMA! Para efeitos de aquisição de bilhetes para o jogo mais importante que o nosso clube vai realizar em oito anos, não havia diferença nenhuma de estatuto entre os sócios. Sinceramente, acho muito triste! O jornal “A Bola”, na sua edição do dia 12 de Maio, refere que no Porto havia uma banca especial para sócios com mais de 20 anos de filiação, que tinham direito a levar dois bilhetes mostrando um só cartão e os outros sócios poderiam levar dois bilhetes se mostrassem dois cartões. Resultado? Dos seis mil bilhetes colocados à venda, sobraram 400 para o dia seguinte! Ainda por cima, no passado, aconteceu algo semelhante no Benfica: na época 1995/96 (a fatídica final Benfica-Sporting do “very light”), cada pessoa (sócio ou simpatizante) só podia adquirir dois bilhetes. Parte-se-me o coração ao dizê-lo, mas hoje em dia há clubes que respeitam mais os sócios dedicados do que o Benfica!

Mas ainda mais do que ser associado há duas décadas, outra vantagem que seria legítimo pensar ter seria o título fundador. Querem estimular as pessoas a adquirir o título fundador? Que vantagens é que dão? O nome na cadeira? Sim, de facto, eu gosto de saber que há uma cadeira no Estádio da Luz com o meu nome, mas por 2.400€ + 400€/ano de bilhete de época esperaria ter um pouco mais de privilégios para além do nome na cadeira, de um diploma, de um cachecol e de um “pin”. Quem é que o Benfica deve privilegiar? Quem é dedicado e se sacrifica pelo clube ou os sócios candongueiros? Como o Porto fez em relação ao direito de preferência que os detentores de lugares anuais tinham para os jogos da Liga dos Campeões, porque é que o Benfica não dá aos detentores dos Títulos Fundadores (que, ainda por cima, são muito mais caros do que os lugares anuais “lá de cima”) direito de preferência, nem que seja durante um só dia, sobre os bilhetes para eventos onde já se sabe que a procura é muito superior à oferta, como as Finais da Taça?

Como, para o Benfica, os Títulos Fundadores (que, segundo referiu várias vezes o Sr. Mário Dias em inúmeras entrevistas, parece que são essenciais para o financiamento do novo Estádio) são tratados como todos os outros sócios (e cujos “privilégios” se restringem àqueles que referi no parágrafo anterior), e os sócios com mais de duas décadas servem para dar 20 votos às Direcções nas eleições, mas não servem para ter vantagens deste género, tive de ir para a fila para tentar adquirir os bilhetes. O critério escolhido pelo Benfica foi a ordem de chegada. Ora bem, cheguei às 7h15 e fui substituído pelo meu irmão às 12h30 (porque tinha uma reunião profissional às 15h à qual não poderia faltar) e ele saiu da fila às 17h, quando foi avisado de que os bilhetes já estavam esgotados. Ou seja, perdi meio-dia de trabalho e o meu irmão tempo de estudo, já que tinha um teste na manhã do dia seguinte, para nada! Na altura que eu cheguei à fila, estavam cerca de 500 pessoas à minha frente. Quer isto dizer que os seis mil bilhetes disponíveis ficaram supostamente nas mãos das primeiras 500 pessoas que chegaram. Digo supostamente porque o problema foi que a total falta de organização permitiu que muitas delas dessem o “golpe” na fila. Só colocaram um polícia a vigiar o gradeamento que dá acesso ao showroom, através das escadas que ficam em frente ao ex-restaurante “O Silva do Benfica”, cerca das 10h30, permitindo que várias pessoas se infiltrassem na fila e outras, que chegaram muito mais tarde, dessem os cartões aos mais adiantados para a compra.

Fosse este o maior problema, estaríamos relativamente bem. Acreditei que, mesmo assim, ainda conseguiria comprar os bilhetes. Só que o que foi INACREDITÁVEL foi que o Benfica não tenha limitado as vendas por pessoa. Cada cartão cada bilhete. Sabem o que se passou? Houve pessoas a comprarem 250 bilhetes (número dado por um polícia que vigiou a fila dentro do showroom) para as “casas do Benfica”. Curiosamente, as “casas do Benfica” eram junto ao muro que está sobre o showroom e os bilhetes que custavam 20€ eram revendidos a 150€ (cf. jornais “Record” e “O Jogo” do dia 13 de Maio). Ou seja, o próprio Benfica deu azo a que houvesse candonga! Podem argumentar que não é justo que alguém apresente cartões de sócios válidos e com as quotas em dia e não possa levar os bilhetes. Pois é, mas quem é que fica mais prejudicado? Essas pessoas que acabam por revender os bilhetes no mercado negro ou os milhares de sócios que, como eu, acordaram mais cedo, estiveram dez (!) horas na fila e não conseguiram arranjar bilhetes? Porque é que não limitaram a venda, por exemplo, a quatro bilhetes por pessoa no máximo (e isto para não dizer dois, como fez o Porto)? Isto permitiria uma muito maior igualdade e justiça perante os sócios.

E mesmo que os ditos bilhetes fossem hipoteticamente para as Casas, porque é que as 249 pessoas que entregaram o cartão àquela pessoa têm mais direito do que eu, que estive na fila durante tanto tempo, a ter bilhete? Mesmo não havendo vantagens para os Títulos Fundadores ou para os sócios com mais de 20 anos de filiação, qual é a justiça neste caso? Alguém que acorda cedo e está dez horas na fila, ou outra pessoa que empresta o cartão ao amigo e está descansadinho à espera do bilhete? Uma coisa é uma pessoa saber que à sua frente cada um só poderá comprar até quatro bilhetes, outra é não saber se irão ser um ou 250! Fazem ideia do stress e ansiedade que isto provoca, sempre na expectativa de ver se sobram bilhetes para nós ou não? De certeza que nenhum dos senhores passou por esta situação, mas creiam-me que é MUITÍSSIMO frustrante estar tanto tempo à espera, não conseguir bilhetes, e depois ver os mesmos serem traficados no mercado negro! Desde a época 1984/85 que eu não perco ao vivo uma final da Taça em que o Benfica participa, e vou perder este ano por causa de sócios candongueiros e com a conivência do próprio Benfica!

Esperando que esta carta encontre eco junto de V. Exas e para que possamos construir um Benfica mais justo e menos ingrato para quem realmente gosta dele, despeço-me

VIVA O BENFICA!

Atenciosamente,

S.L.B.

Strange Days

Como foram muito pródigos em eventos, segue-se a narração do que se passou com a respectiva data. A carta que se segue foi enviada no dia referido (curiosamente o dia do 10º aniversário do 6-3!) por correio registado e com aviso de recepção.