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quarta-feira, dezembro 27, 2023

Melhoria

Vencemos o AVS (4-1) na 3ª jornada da Taça da Liga na passada 5ª feira e apurámo-nos para a final four de uma competição em que, apesar de termos ganho sete troféus nas primeiras nove edições, já não vencemos há sete anos e só fomos a uma final nesse período.
 
Esta partida aconteceu há quase uma semana, mas trabalho, o pré-Natal e o pós-Natal só me permitiram escrever sobre ela agora. Já perdeu um pouco de actualidade, mas também só lê quem quer. Devo dizer que o AVS me espantou pela positiva, porque se apresentou desempoeirado na Luz e a tentar jogar o jogo pelo jogo. O facto de ter de ganhar por dois golos de diferença para se apurar para a fase seguinte também terá contribuído para isso, mas de qualquer maneira é sempre de saudar equipas que não apresentam o autocarrona Luz. O Roger Schmidt não facilitou e colocou a equipa titular, só com a entrada do Tiago Araújo para o lugar do Otamendi, que não irá jogar na próxima partida do campeonato por causa dos amarelos. Entrámos bem no jogo e o João Mário poderia ter marcado logo no primeiro minuto, mas o guarda-redes Pedro Tigueira defendeu bem o seu remate de primeira. Pouco depois, foi o Kökçü com um petardo a cerca de 30m da baliza que embateu com estrondo no poste. Seria um dos golos do ano! Mas foi o AVS a adiantar-se no marcador aos 21’ pelo John Mercado, também num excelente remate de fora da área, na sequência de uma perda de bola do João Neves no meio-campo. No entanto, o mesmo João Neves inventou a jogada do empate, com um excelente trabalho na esquerda, em que passou por três adversários, libertou para o Rafa, que assistiu o Di María na direita para o 1-1 aos 31’. Em cima do intervalo, aos 44’, foi a vez do João Mário passar-nos para a frente do marcador, com um desvio na pequena-área depois de uma assistência do Aursnes na direita.
 
No início da 2ª parte, foi o AVS o primeiro a meter a bola na baliza, mas o quarentão Nenê estava fora-de-jogo. Com três golos de vantagem, o jogo estava decidido e o Schmidt finamente aproveitou para fazer substituições ainda antes da hora de jogo. Colocou o Gonçalo Guedes, o Arthur Cabral e o Tiago Gouveia em campo nos lugares do João Mário, Tengstedt e Rafa. E foi do Tiago Gouveia o momento do jogo aos 65’ num golão de chapéu depois de uma abertura fabulosa do Kökçü. Se dúvidas houvesse de que ele merece mais tempo de jogo, espero que o Schmidt as tenha tirado de vez. Aos 68’ fechámos o marcador com o 4-1 num autogolo do Anthony Correia, que tirou o pão da boca ao Cabral, depois de uma assistência do Gonçalo Guedes, na sequência de um livre marcado muito rapidamente pelo Di María. Até final, ainda tivemos mais algumas chances, nomeadamente uma boa corrida do Cabral, mas também convenhamos que um resultado mais pesado seria injusto pela postura que o AVS apresentou na Luz.
 
Em termos individuais, destaque para o João Neves, que compensou (e de que maneira!) a falha no golo sofrido e olhemos só para a coincidência: joga os 90’ nos últimos dois jogos e ganhamos os dois, ao passo que foi substituído nos dois anteriores e empatámos... Afinal, parece que aquela assobiadela ao Schmidt frente ao Farense, aquando da sua substituição, valeu a pena por tê-lo feito acordar e não voltar a repetir a gracinha...! O Di María também levou a partida muito a sério e esteve presente em mais do que um golo, assim como o Kökçü, que está nitidamente a subir de forma. O Cabral entrou muitíssimo bem (está nitidamente mais magro), mas quem ficou mesmo na retina foi o Tiago Gouveia. Só peço é que o Schmidt tenha visto isso de vez! É que, se calhar, ele teria sido mais útil nos últimos minutos em Moreira de Cónegos do que o João Victor a lateral-direito... E frente ao Farense, em que também não esgotámos as substituições... Digo eu...! 
 
Iremos defrontar o Estoril nas meias-finais da Taça da Liga no final de Janeiro e espero naturalmente que possamos voltar a vencê-la, até porque ganhámos os dois últimos troféus nacionais em disputa e seria bonito manter essa tendência.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas poderíamos na mesma ter feito duas ou três alterações, em vez de apenas uma, que não significava facilitar é que por vezes jogarem os mesmo contra equipas menos apelativas leva a que alguns jogadores tendam a facilitar e ter menos empenho, e por outro lado quem entra e joga pouco tem tendencia a querer mostrar serviço e que merece mais tempo de jogo, como aconteceu a quem entrou na segunda parte.
Mas temos de ser muito cautelosos nas conclusões a tirar depois deste jogo não nos podemos esquecer que era uma equipa da segunda divisão e que mesmo assim a jogar em nossa casa acabou por ter mais posse de bola do que nós o que até é muito raro acontecer com equipas que são tão fortes, ou mais, do que nós quanto mais equipas inferiores que resulta muito do terem vindo para discutir o jogo que nos permitiu mais espaço que poucas vezes temos.
Continuo a achar que a dupla de meio campo não funciona, independentemente de os momentos de melhor forma poderem disfarçar alguma coisa, e não tem a ver com a qualidade dos dois jogadores, mas com as suas características são dois jogadores muito iguais naquilo que fazem e que não se complementam como deveria acontecer numa dupla de meio campo e a prova disso acabou por ser o lance quem que eles marcaram.